Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

CAPÍTULO XXV- 2ª Parte – livro: Vida de Jesus ditada por Ele Mesmo. Jesus assinala o caráter progressivo do Cristianismo, fustigando os que, com enganosos sofismas, se esforçam em demonstrar o contrário.



A desgraçada condição humana filha da cegueira de seu espírito, perversa obstinação a travar os caminhos da luz que do alto vem, levantou altares à mentira, enquanto que a verdade, muda, em desconhecimento permanece para seu coração e para seus ouvidos.

É por isso que a verdade que de Deus vem não é recolhida em sua essência, antes confusão e mutação em seus entendimentos encontra, até chegar ao contrário do que ela é.

Disseram, igualmente, que os ensinamentos que do Pai lhes trouxe o filho a cegueira da Fé somente conseguem impondo sem brilho as luzes para o porvir, sendo a razão do descanso do Espírito que não marcha atrás do progresso do intelecto e do engrandecimento da Alma, antes que encerra o Espírito no círculo estreito do que pela Fé foi ensinado.

É, apesar disso, que deles mesmos, em completo desconhecimento, se ouve o que é a Fé e até onde ela alcança, isto é, até o Pai e dizerem de Jesus o que de seus lábios jamais saiu, mas sim de Roma.

Quando ensinou Jesus que a Fé deve entender-se em crer no que não se viu? A Fé transporta montanhas sim, foi dito e isto deve ser repetido cem vezes, e cem vezes cem, volta o Filho de Deus, a repetir-vô-lo, vindo porém agora para explicação também do que pela Fé deve entender-se, o que não podiam alcançar os entendimentos de quem primeiramente o ouviu.

Não disse Jesus das virgens que deviam esperar o Esposo, acesas as lâmpadas? Que era essa luz, senão a atividade e a luz do espírito, que em cuidá-las sempre despertas, devem ocupar-se?

Não ensinou à Samaritana que tempo chegaria que nem no Templo de Jerusalém, nem na Samaria, viria para orar ao Pai, mas sim em todas as partes, isto quer dizer, em espírito e em Verdade, como em outras ocasiões acrescentou?

Tais cousas não foram claros ensinamentos do Progresso? Não disse aos hebreus tardios em entendimento que escutaram minha palavra que viria o espírito de verdade, quer dizer, o progresso a dar luz ao que ainda seus entendimentos não puderam alcançar? — O espírito de verdade ou verdade alcançada em cada época, quer dizer o progresso, deve entender-se também pelo “consolador”, pois que no conhecimento da verdade se encontra o Verdadeiro consolo, comporta cada vez mais a idéia do progresso e não a da falta de movimento dessa Fé cega de que eles vêm falando, mas não o Messias que em nome do Pai veio endireitar os caminhos tortuosos que a Humanidade tem seguido e endireitou-os para conduzi-los para o progresso, lei fundamental do Universo, inculcando nesses homens atrasados e duros da Judéia o pouco que em seus entendimentos pudesse penetrar, dizendo-lhes portanto: “Muitas moradas tem a casa de meu Pai”, e também: “Necessário vos é nascer, renascer e tornar a nascer”.

“Em verdade te digo, que não verá o reino dos céus aquele que não nascer de novo, como disse ele mesmo.”

“Deus não quer a morte do pecador senão que ele viva e se converta porque finalmente todos serão salvos.” Lei de vida trouxe pois o Messias e não de morte; lei de progresso portanto e não as recomendações de uma fé cega e fria, que o fanatismo dos tais pretende falsamente atribuir-lhe, que entretanto, somente nos seus corações puderam abrigar-se pelas trevas da maldade e do erro de que cheio estão.

Hipócrita simulação é a de quererem encontrar no Messias a culpa da falta de compreensão de seus incultos ouvintes e torpe falsidade comportam as palavras daqueles que fazem maliciosa confusão do amor que ele inculcou e perdão das ofensas, com a sanguinária maldade dos que derramaram em torrentes o sangue de seus irmãos na Inquisição. “Não matarás”, repetiu Jesus com as antigas escrituras, acrescentando: “Ama a Deus sobre todas as cousas e a teu próximo como a ti mesmo, esta é a lei e os profetas”. É o orgulho o que aos tais em funda obscuridade traz e neles sopra sem cessar o espírito do mal que ódio eterno dirige contra mim, os advogados do espírito das trevas são eles portanto e não é de duvidar-se que tudo o que é de Jesus com ódio o recebem e com ódio o demonstram para os incautos que não descobriram ainda o lobo no meio do rebanho.

O espírito de verdade, porém, de século em século, de idade em idade, luz vos traz no caminho que vos conduz em marcha constante para o porvir, levando pela mão ao homem de boa vontade, como verdadeiro consolador, pelo êxito no labor sincero e paciente para o eterno progresso. Meus próprios apóstolos não entenderam minhas palavras, esquecendo delas o mais importante: as reencarnações, a pluralidade de mundos habitados e a idéia do progresso; escreveram-no, porém, nos Evangelhos, sem darem por isso. Quer-se maior milagre que este? Isto é em parte do que por eles foi dito como ensinamentos do Messias, muitas mais cousas, porém, de meus lábios lhes foi dado escutar, pois que, na intimidade com seus discípulos, Jesus os instruía daquelas cousas mais elevadas que não lhe era possível levar ao conhecimento do povo, apesar de que eles também muito curtos eram e cheia a cabeça dos preceitos da religião imperante, pouco mais lhes era dado alcançar e não era pois para eles a lei do progresso; a qual ainda agora mesmo os homens não compreendem em sua essência, aplicando-a somente para as cousas humanas, porquanto para as cousas do céu morta é para eles a idéia do progresso, acontecendo portanto que as suas próprias religiões destes tempos, todas elas encerram a verdade absoluta, o que quer dizer que não há progresso para elas porque toda a verdade nelas está.

Meus discípulos, somente as cousas mais simples e mais repetidas conservaram e ensinaram, nelas, porém, o suficiente ficou para conhecerem meus ensinamentos e poderem dar aos homens bom adiantamento nos caminhos do Pai, que o infinito compreendem, porque para o Pai conduzem.

Dizia a meus discípulos em ocasiões que me enchiam de perguntas sobre o que é do Pai: Se não compreendeis as cousas da Terra, como quereis que vos fale das do céu? Isto também digo agora aos que, com raciocínios puramente humanos, querem falar das cousas do Pai e pensam que Jesus nesta sua nova manifestação outras grandes cousas deveria ensinar, porém o que seu raciocínio não alcança, não o crêem, sendo por isso que, o que o Messias lhes traz, agora ao alcance dos homens deste tempo está, apesar de cheia terem sua cabeça das trevas do orgulho para rechaçar a luz da fé que não alcançam.

Todas as grandes cousas somente pela fé têm sido alcançadas e sem fé nada se engrandece e tudo morre, em tudo o que é humano, assim também em todas as cousas nada se faz sem fé, para as cousas superiores, porém superior também deve ser a fé, como já em outra parte vos ensinei também, encontrou-se erro em minhas palavras quando disse que o homem é formado de três partes: o espírito, o perispírito e o corpo, nada dizendo do corpo que eles chamam fantasmático porque, segundo eles, envoltura é do fantasma dos vivos, eis porém, como as cousas são. Três são em verdade; como já vos disse, as partes que formam o homem: espírito, perispírito e corpo, sendo o perispírito a envoltura permanente do espírito, pois que o perispírito não se relaciona com a matéria sem auxílio do elemento intermediário do magnetismo humano, pelo qual se une ao corpo. Primeiramente, o magnetismo dos pais forma conjunção do espírito com o que há de ser seu corpo para viver como homem, depois, o exercício da vida, o que se chama assimilação, forma a matéria do novo corpo e os fluidos que o vão ligando ao perispírito do espírito para quem destinados estão estes fluidos ou magnetismo humano envolvendo o perispírito, fazem- no mais denso até ver-se em certas ocasiões como fantasma, separando-se o espírito do corpo durante o sono profundo, este não é, porém, outro corpo como se diz e sim o mesmo perispírito vindo com maior densidade pela acumulação dos fluidos vitais ou magnéticos a que chamam também fluidos animalizados, os quais se formam durante a vida material e desaparecem com ela, não sendo portanto outro corpo.

Muita importância tem certamente a tal envoltura porque com ela vive o espírito outra vida fora do corpo durante o sono profundo, não se guardando memória dessa vida de libertação porque o cérebro não teve participação nela, não podendo guardar impressões do que por ele não passou. Não quer dizer que os espíritos dos homens dormidos vão ocupar o plano ou planos espirituais, mas sim uma região intermediária mais baixa, de pouca elevação, acima do mundo material que mal denominam plano fantasmático. Nesta região os espíritos dos vivos relações estabelecem com os espíritos livres, baixando estes com o auxílio desses mesmos fluidos magnéticos que os corpos dos vivos lhes proporcionam. Quase sempre os espíritos dos vivos seguem dominados pela materialidade da vida terrestre, sendo sua vida fora do corpo pesada e grosseira como a que com o corpo levam, não poucas vezes lhes aproveitando estes desprendimentos, alguns, porém muito poucos, estimulados por suas aspirações e conduzidos por seus protetores, alcançam as mais elevadas regiões, colhendo maior luz e energias espirituais que em parte conservam ao despertar pela ajuda dos mesmos protetores.

Sede, portanto, assim, puros em vossos espíritos, mantendo-vos tais como eu vos ensinei em nome do Pai, assim também muito alto ascendereis pelas vias do progresso, as únicas que até Deus conduzem.

Para estabelecer a confusão entre os cristãos, dizem os mal intencionados que os espíritos desprendidos dos vivos são os que vêm dar comunicações com os médiuns, cousa sempre impossível pelo desconhecimento que os tais têm de seu estado; podem, sim, perturbar algumas vezes com seu desconhecimento e cega torpeza as comunicações, porém não dá-las, dos espíritos mais adiantados, mas também costumam servir-se os espíritos livres para suas comunicações com os homens de sua maior relação com o corpo.

Agora mesmo quando têm sucedido comunicações de um espírito de homem dormido com um médium distante tem sido para ensinamento, com o auxílio de seus protetores, sendo em ocasião diferente das outras comunicações, e tendo um propósito humano de progresso conduzido por homens adiantados, inspirados e ajudados por espíritos mais adiantados, não sendo portanto obra de mistificação.


O que fica dito não há de trazer confusão com as comunicações mentais que podem ter lugar a grandes distâncias também entre homens de linguagem diferente, porque o pensamento nesse caso não precisa de idioma.

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