Sempre que as Forças
Superiores decidem empreender qualquer melhoramento nos diversos mundos em que
vivem seres espirituais, elas só o fazem depois de um período de preparação
bastante longo, durante o qual os seres viventes nesses mundos serão minuciosamente
informados da respectiva operação para que se preparem para ela. Este fato está
acontecendo presentemente na Terra, e terá por objetivo modificar uma boa parte
do solo terreno, adaptando-o às necessidades de uma população cada vez maior.
A esta altura é de
crer que a quase totalidade das almas aqui viventes já estejam perfeitamente
informadas do que deverá acontecer nestes dias finais, e tenham tomado as suas providências
a respeito. Não existe absolutamente por parte das Forças Superiores a intenção
mínima que seja de perturbar a tranqüilidade dos seres humanos presentes na
Terra, e muito menos o objetivo de lhe dar o menor sofrimento ou preocupação
moral. O que existe é exclusivamente a necessidade sentida desde longos, longos
séculos, de enviar à Terra um contingente muito maior de almas que se encontram
no Alto aguardando oportunidade de reencarnar, porém as condições oferecidas
por esta pequena esfera, na atualidade, são insuficientes para abrigar e
alimentar mais esse contingente que necessita de adquirir mais luz através de
uma nova peregrinação terrena.
Tornou-se por isso necessário operar certas transformações na superfície do
planeta, com vistas a estes dois objetivos: transformar em produtivas muitas
das áreas ainda incultas em numerosas regiões planetárias, e adaptar muitas
outras a esse mesmo fim.
E como essa espécie
de operações só pode ser executada com certos agentes de natureza violenta, é
mais do que provável a ocorrência de numerosos abalos sísmicos com as suas
habituais conseqüências.
É, entretanto, tão
grande e tão bela a intenção das Forças Superiores responsáveis pelas operações
em curso, que tudo foi por elas previsto para receber e acomodar nos planos do
Além, as almas que vierem a ser atingidas por essas operações e tiverem
encerrada sua presente vivência na Terra. E podem ficar absolutamente tranqüilos
todos os homens e mulheres participantes da civilização atual, que a situação
de cada um dos que vierem a ser chamados de regresso aos planos espirituais em
conseqüência do que vem por aí, será cem vezes mais agradável e feliz do que a
que todos levarem atualmente na Terra.
Nos planos
espirituais não há, por exemplo, esta necessidade que todos sentem na Terra de
se levantarem cedo e seguirem para o trabalho em busca do pão de cada dia para
si e seus dependentes, como uma necessidade instintiva. Não, meus irmãos e amigos;
nos planos espirituais também se trabalha, é verdade, mas é de outra espécie o
trabalho ali existente, muito mais ameno e até bastante agradável de realizar.
Não havendo nesses planos corpos físicos a alimentar como ocorre neste plano,
todo o trabalho é exclusivamente de ordem moral, porque orientado no sentido de
bem fazer a todos os necessitados.
Resulta, porém, do
trabalho realizado no Alto, uma paga correspondente ao esforço de cada
trabalhador, mas uma paga feita de luzes e bênçãos que se não eclipsam como acontece
ao metal recebido na Terra pelos serviços prestados, na aquisição dos
necessários alimentos para o corpo. A paga recebida no Alto pelas almas que
trabalham, incorpora-se definitivamente ao diadema de cada uma, tornando-se por
isso um incentivo constante à continuação do seu trabalho.
A vida no Além,
contudo, não é suficiente para promover o progresso total de quantas almas ali
vivem, porque todas elas carecem de conhecimentos e experiências só possíveis
de adquirir na Terra. Daí a necessidade de que todas possam realizar a sua peregrinação
terrena até concluírem o seu curso de aprendizado.
Deveis felicitar-vos,
por conseguinte, todos vós que desfrutais presentemente uma nova encarnação
neste plano, encarnação esta em que nenhum de vós pode recordar sequer uma
parte das dificuldades vencidas para poder consegui-la. Acredito mesmo que alguns,
talvez muitos de vós esperaram de dois a três séculos no Alto a necessária
permissão das Forças Superiores para poderem reencarnar, tendo para isso se
comprometido a cumprir determinado programa de vida terrena.
Nenhum ser humano
aqui se encontra que tivesse reencarnado quando bem o entendeu, nem também que
o houvesse feito livre de compromissos bem sérios perante as Forças Superiores.
Nada disso, estimados leitores. Todos os homens e mulheres que se encontram na
Terra, assim como quantos daqui se despediram, são almas compromissadas às quais foi permitida
mais esta encarnação em busca do pouco que ainda lhes falta para completarem o
seu aprendizado terreno.
Em face, pois, do conhecimento
que agora tendes das obrigações assumidas no Alto por cada um de vós para
poderdes voltar ao plano físico, é de esperar que mediteis profundamente neste
assunto, a fim de não serdes considerados porventura desidiosos ao regressardes
desta vossa peregrinação pela Terra.
Escuso-me de repetir
aqui quais e a natureza dos compromissos que todos assumistes perante as Forças
Superiores antes de baixardes à Terra, porque os mesmos se encontram claramente
expostos nas páginas anteriores. Mencionarei contudo, alguns deles, com objetivo
de completar o despertamento da vossa memória física, porque na memória
espiritual todos eles se encontram bem nítidos.
Comprometeram-se
todos os homens e mulheres deste século a viverem na Terra uma existência
firmada, primeiramente nos sagrados princípios da verdade e do amor aos seus
semelhantes, como base de todo o progresso espiritual. Comprometeram-se
solenemente todos os seres humanos do presente a conduzirem sua vida terrena em
perfeita harmonia com as Forças Superiores, de maneira a poderem merecer o seu
apoio e proteção nos atos que tiverem de praticar na Terra. Comprometeram-se,
entre outras obrigações, a serem justos e mansos para com seus companheiros de
jornada, ajudando-os sempre que possível, para merecerem ajuda por sua vez
quando necessitados. Estes são alguns dos compromissos assumidos no Alto por
quantas almas se encontram encarnadas na atualidade, para muitas uma espécie de
último ano universitário, para que possam receber afinal o ambicionado diploma.
A diferença consiste apenas em que o diploma conquistado na Terra em matéria
escolar pode ser facilmente destruído ou perdido, o que não acontece com
aqueles entregue no Alto pelas Forças Superiores a quantos os mereceram.
Estes consistem em
galardões admiráveis acompanhados de novos focos de luz para quantos os
conquistaram e jamais se perdem ou desmerecem. Desejaria eu então que todos os
homens e mulheres se capacitassem desta verdade e se empenhassem desde agora na conquista do seu belo
galardão espiritual que lhes será entregue em meio à mais bela das
solenidades realizadas no Alto.
Se algo estiver sendo praticado em harmonia com
os compromissos assumidos por todos vós para virdes mais uma vez à Terra, fácil
vos será corrigir o erro e enveredar pelo caminho certo. Se algo necessitardes
em matéria de esclarecimento ou de ajuda, usai a forma e o processo do vosso
conhecimento, por meio dos quais entrareis em perfeito contato com as Forças
Superiores: a oração e a meditação diárias operarão para vosso benefício até o
mais difícil dos milagres.
Firmai pois no vosso
coração a grande verdade de que as Forças Superiores jamais deixarão de atender
aos pedidos bem intencionados das almas em peregrinação na Terra. Dizendo
Forças Superiores, eu estou referindo a fonte mais alta de todo o bem que é
Nosso Amado Jesus, o Chefe Supremo de todos vós e também nosso, para quem
apelamos sempre que em nossos trabalhos necessitamos de ajuda maior em favor
dos nossos semelhantes. Recorrei então às Forças Superiores, entregai-lhes os
vossos problemas, rogai sua ajuda na presente existência terrena com vistas ao
perfeito cumprimento dos deveres contraídos, e vereis como o difícil se tornou
fácil para qualquer de vós.
Eis aí estimados
leitores o que me cumpria dizer-vos através das páginas que vim escrever na
Terra, a serviço do Senhor Jesus. Se vos sentirdes sinceramente empenhados em
seguir realmente o caminho que no Alto prometestes seguir, e alguma dúvida se
vos apresentar, usai este processo que nunca falha: voltai a ler o que aí está,
na certeza de que o que vem do Alto é rico de interpretação, devendo cada nova
leitura revelar-vos um detalhe que antes vos escapara.
Agora, para encerrar
o capítulo, falarei sobre a maneira mais fácil de cada ser humano poder
conduzir-se na vida terrena com o mínimo de dificuldades ou transtornos quanto
à sua convivência na sociedade que lhe é própria. Necessário se torna traçar
cada um mentalmente um programa de vida no qual fique estabelecido o seu desejo
de viver em harmonia com todos os seus contemporâneos.
Para isso o roteiro de
cada um deve consistir na vivência de uma vida em que tenha de bastar-se a si
mesmo, isto é, esforçar-se em produzir com o seu trabalho o suficiente para
atender às suas e às necessidades dos que lhe forem dependentes. E traçará ao
mesmo tempo o roteiro do seu comportamento no trabalho. Considerando que todos
os chefes apreciam de preferência os auxiliares que primam pela pontualidade no
trabalho, você meu estimado leitor, se for um desses, calculará sua hora de
saída para o trabalho de maneira a estar folgadamente na empresa, se possível,
meia hora antes do horário estabelecido, e jamais encerrará sua atividade antes
do respectivo sinal ou hora convencionada. Seu comportamento na empresa que lhe
concedeu emprego deve merecer sua maior atenção, considerando que nenhum negociante
ou industrial admite auxiliares para vê-los em palestras durante o expediente,
mas para que cumpra cada um os seus deveres.
É mister que todos os
trabalhadores compreendam devidamente que a prosperidade de uma empresa resulta
do bom desempenho dado por todos os seus funcionários às respectivas tarefas.
Se, pois, um ou alguns deles dispersarem alguns minutos que seja, do tempo em
que deveriam dedicar-se inteiramente ao serviço, isso representará uma perda
sensível para o progresso da empresa, da qual será culpado o funcionário ou
funcionários que assim procederem.
Bem sabido é
inclusive por todos nós que vivemos no Além, o interesse da juventude e
mocidade hodierna em torno das práticas desportivas em todo o mundo, das quais
está resultando a formação de uma mentalidade nova entre as almas encarnadas.
Esse interesse, contudo, não justifica que dois ou mais funcionários de uma
empresa, escritório ou indústria, despendam parte do seu tempo de trabalho em
comentários em torno de acontecimentos desportivos por mais importantes que
possam ser. Um trabalhador que não possa resistir a essa tentação, ao mesmo
tempo em que estará distraindo a atenção dos companheiros, dará provas de pouco
interesse pela função que lhe foi confiada por seus chefes, e estará,
concomitantemente, preparando provavelmente a sua demissão.
Os princípios
espirituais largamente difundidos no Alto a todas as almas que baixam à Terra, ensinam-lhes
que o futuro se alcança mais facilmente quando o trabalho se realiza também com
a ajuda do pensamento. Isto significa que o uso do pensamento na execução das
tarefas de cada um na Terra, não só torna essas tarefas mais suaves e fáceis de
executar, como o trabalho assim realizado contribui muito mais para a prosperidade
do próprio indivíduo.
O contrário se
verifica com aqueles funcionários que se entregam à execução de suas tarefas,
enquanto seus pensamentos divagam em torno de coisas fúteis ou atendem a
assuntos de companheiros sobre acontecimentos que só devem ser tratados fora do
serviço.
E a propósito eu desejo
cientificar-vos a todos, leitores meus, que em todos os locais de trabalho na
Terra existem Entidades incumbidas de registrar os fatos que ali se verifiquem,
assim como de testar a lealdade e fidelidade dos trabalhadores.
Alguns de
vós já devem ter constatado a demissão de companheiros em geral faltosos aos
seus deveres para com a empresa, cujas tarefas por esse e outros motivos deixaram
de corresponder à expectativa dos chefes. É muitas vezes o conhecimento
intuitivo dessas falhas pelos respectivos chefes que os leva a dispensar este
ou aquele funcionário que se terão revelado desidiosos de seus deveres.
Ao
contrário disso, aqueles funcionários que se empregam a fundo, por assim dizer,
no desempenho das suas funções numa empresa, mesmo que disso não façam alarde,
são sempre recompensados pela sua correção e eficiência. Quando isto não suceda
na própria empresa, forças invisíveis se encarregam de colocar diante deles
novas e melhores oportunidades. Nenhum ser humano até hoje perdeu pelo seu
empenho em ser correto, leal e fiel ao seu trabalho, em quaisquer
circunstâncias.
Sede pois, todos vós,
estimados leitores, igualmente corretos, leais e fiéis aos vossos trabalhos e
nisso sereis largamente compensados.
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