Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

XXI - ENSINAMENTO NOVO NA TERRA - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Os mundos que se encontram dispersos no espaço imensurável, porque infinito, obedecem todos às mesmas leis cósmicas que regem a vida espiritual e humana em todos os seus múltiplos setores. Nascer, crescer, viver e desaparecer do ambiente transitório, é princípio a que obedecem não apenas os seres humanos como os animais e os próprios mundos ou planetas do Universo.

Embora isto que eu vos digo a respeito dos planetas possa parecer quimera, não o é absolutamente. É bem verdade que existem diferenças milenares de tempo em relação à vida dos planetas ou mundos em circulação no infinito; as leis evolutivas, porém, se cumprem em todos eles nos períodos certos. Os mundos de que apenas possuís uma vaga idéia e nem sequer conseguis avistá-los por intermédio dos vossos telescópios, tiveram a sua fase inicial de formação, a de crescimento, de maturidade e evolução, tal como sucede à própria Terra em que temporariamente vos encontrais em busca de luz e progresso para os vossos Espíritos. Em todos esses mundos conhecidos e desconhecidos evoluem seres espirituais como vós, obedecendo às leis cósmicas ou divinas que regem a vida planetária, e a seu tempo todos os seres se despedem da esfera em que vivem para regressar a outros planos em que não necessitam do envoltório material de que se encontram revestidos.

Devo esclarecer aqui um detalhe que certamente todos vós gostareis de conhecer, a respeito do envoltório usado pelos habitantes de outros mundos. Dir-vos-ei então meus queridos irmãos, que esses envoltórios diferem muito, segundo a categoria do mundo ou planeta. Na Terra, por exemplo, a vida se tornaria impossível sem esse revestimento de carne em que vos encontrais, em face da própria natureza do ambiente terreno que tem de suportar uma pressão atmosférica assaz elevada. Mundos existem em que essa pressão se torna maior, obrigando à constituição de corpos ainda mais densos do que os da Terra, a fim de possibilitarem a vivência demorada dos seus habitantes. Isto sucede em relação ao grau evolutivo dos Espíritos encarnados nesses mundos constituídos de matéria também mais densa, sendo destacados para neles viverem e se aprimorarem, Espíritos ainda retardados, seja em conseqüência de sua pouca idade, que ainda lhes não faculta o ingresso na Terra, por exemplo, seja devido ao seu comportamento nos mundos em que viviam, depois de esgotados todos os prazos de tolerância concedidos pelas Forças Superiores, para os reconciliarem consigo mesmos e tratarem com interesse de sua própria evolução. Este fato está acontecendo a muitos Espíritos que pelo esforço despendido em seu passado foram promovidos a viver no vosso mundo atual, mas que, encontrando aqui todas as facilidades constantes do uso do livre arbítrio, têm falido seguidamente, século após século, necessitando por isso de viver mais algum tempo no plano que deixaram há já alguns milênios.

Retomando o assunto do envoltório usado nos diversos mundos do Universo, devo informar-vos que ele se refaz em relação ao estado evolutivo de cada um desses mundos, havendo alguns em que o envoltório se apresenta de uma quase transparência luminosa, refletindo no exterior a grande luminosidade das Entidades viventes nesse plano. Isto significa que as condições de vida locais diferem muitíssimo das vossas de hoje, não apenas no que tange às atividades dos habitantes como também às suas necessidades alimentares. Poderá causar-vos uma certa surpresa eu referir-me a necessidades alimentares de habitantes de mundos já altamente espiritualizados, mas eu completarei a explicação, dizendo-vos que nada existe no Universo infinito que não careça de alimentação, desde o ser de grau mais ínfimo ao mais elevado de todas as escalas ou categorias espirituais. A alimentação é condição essencial à vida e portanto tem de subsistir em todas as escalas de seres viventes seja em que plano for. No vosso plano, por exemplo, ainda se usa destruir a vida material de numerosos viventes da escala animal para alimentar o homem, o que consiste num verdadeiro atentado contra as leis da Natureza, e portanto um crime contra os semelhantes. A amenização da gravidade desse crime decorre da densidade do veículo que tendes de usar na Terra para resistir à pressão atmosférica; tempos, porém, se aproximam, em que uma completa transformação se operará também no vosso sistema alimentar, deixando o homem de ingerir os despojos de outros seres que aqui se encontram igualmente em busca de progresso espiritual.

As modificações a serem em breve operadas no sistema alimentar da humanidade terrena, estão em estreita relação com a contextura espiritual dos seres que estão descendo a Terra. Tratando-se de Espíritos em sua grande maioria já possuidora de notável grau evolutivo, os órgãos materiais por eles próprios construídos desde o ventre materno, não necessitam da alimentação grosseira do tempos atuais, a qual certamente lhes atrofiaria de maneira indesejável as elevadas vibrações que serão a sua característica. Para que possam esses futuros habitantes da Terra manter e elevar cada vez mais o nível de suas vibrações mentais, ser-lhes-á preferível um tipo de alimentação à base de legumes, de frutos, e algo mais que encontrarão na riqueza do ambiente terreno, dispensando por completo a carne e seus perigosos condimentos, responsáveis pelo encurtamento da vossa vida atual.

Creio não incidir em possível exagero se vos antecipar que o período médio da vida humana na terra deverá ultrapassar em breve a casa dos oitenta anos, podendo vir a registrar-se numerosas existências acima dos cem anos, com um estado de saúde admirável, em conseqüência destas duas razões: o tipo de alimentação usado, de par com a categoria espiritual de seus habitantes, que saberão buscar nas fontes de suprimento espiritual de saúde e bem-estar, por meio da prece e da meditação, a saúde do corpo e do Espírito de que tanto carecem os encarnados da atualidade.

Em vários outros planos ou mundos do Universo, segundo a categoria de seus habitantes, o tipo de alimentação consiste na absorção de determinado número de íons e elétrons através do sistema respiratório, que todos os habitantes sabem dosar na medida de suas necessidades, relacionadas com as próprias tarefas de serviço. Mas devo dizer-vos, porém, que em todos os mundos habitados há em abundância uma grande variedade de frutos que fazem a delícia de seus felizes habitantes. As variedades que possuís neste plano físico estão muito aquém das que haveis de saborear quando um dia fordes promovidos à vivência num dos planos de que ora vos falo. Essa promoção, posso assegurar-vos com toda a sinceridade do meu coração, encontra-se muito mais próxima de vós do que possais imaginar. O invólucro carnal, grosseiro, que vos impede de voar em pensamento por instantes a um dos mundos evoluídos a que me venho referindo, é que contribui para que possais pôr em dúvida a minha afirmação de que vos encontrais bem próximos daquela desejada promoção.

Acreditai-me porém, amigos e irmãos da Terra: a parte mais difícil da vossa evolução, vós ou a grande maioria de vós que vos encontrais na Terra, já a vencestes. Vindo como todos viestes de mundos em que imperava a destruição do semelhante como imperativo duma simples paixão ou material interesse, tendo padecido horrores tais que a vossa memória espiritual teve de ser obliterada para vossa tranqüilidade, e tendo merecido, após milênios de sofrimento, ingressar na vivência terrena em que vos encontrais, vai para mais de três milênios, tendo passado por tudo aquilo, eu posso afirmar-vos neste momento que a vossa promoção a um determinado mundo de luz está dependendo exclusivamente de cada um de vós. E de que maneira? — podereis talvez me perguntar. E eu vos esclarecerei que da maneira mais simples, como passo a explicar.

Dizendo-vos que os habitantes de certos planos de vida necessitam apenas, para se alimentarem, de absorver da atmosfera determinada dose de íons e elétrons, devo acrescentar que eles o fazem por um processo que para vossa compreensão eu direi ser um preceito religioso, porque religião vem a ser realmente a concentração do pensamento individual em causas estranhas ao seu próprio ambiente, concentração essa guiada e orientada exclusivamente pelo poder da fé. E é tão desenvolvido este poder nos seres em referência, que eles o aplicam em suas concentrações diárias para absorver do ambiente os elementos indispensáveis à sua vida e bem-estar.

Assim sendo, quero mostrar-vos como podereis caminhar a passo decidido para a vivência em plano de vida bem mais refinado do que este. Tem-se-vos recomendado sempre à necessidade da oração seguida da meditação como o único meio de vos assegurardes um encaminhamento feliz ao término da vossa vida atual. Isto está perfeitamente certo, porque em verdade assim é. Existe, porém, um outro motivo para esta prática, que por determinação do Senhor Jesus venho eu a transmitir-vos, como um novo ponto de desenvolvimento espiritual para todos vós. Este é o seguinte: sempre que puserdes o vosso joelho em terra para elevardes o vosso pensamento às camadas superiores, e a vossa prece ao Senhor Jesus, estareis recebendo ipso-facto dessas camadas superiores ou fontes de suprimento espiritual, uma relativa dose também de íons e elétrons que se incorporam à vossa personalidade espiritual, à qual acrescentam conseqüentemente uma determinada luminosidade. É necessário abandonar a idéia do milagre em conseqüência simplesmente do pronunciamento da oração; as mutações que esse ato opera e que são realmente verdadeiras, decorrem do maior acúmulo dos elementos acima captados na atmosfera, proporcionando ao Espírito que ora com sinceridade, forças novas e continuadas, que operam estes dois resultados: conservam e restabelecem a saúde do corpo, e permitem ao Espírito realizar fenômenos que usualmente considerais milagres. Nosso Senhor Jesus determinou-me que vos trouxesse este esclarecimento absolutamente novo na Terra, para que possais prosseguir em vosso ato diário da prece seguida de um certo período de meditação, durante o qual estareis absorvendo uma maior ou menor dose de alimento espiritual, ao mesmo tempo em que vos preparais para vos tornardes em tempos que se aproximam, criaturas das mais felizes do Universo.

Dado assim o meu recado, eu que já não sei da era em que deixei este vosso pequenino mundo, aqui me despeço de vós, colocando-me à vossa inteira disposição para qualquer esclarecimento suplementar se dele necessitardes. Vosso irmão e amigo
* * *

Not. biogr. — Esta Entidade deixou a Terra há cerca de oito milênios. Não deseja mencionar nenhum dos nomes com os quais aqui viveu, por serem muitos. Estes pentágonos traduzem melhor a sua situação atual. É um dos conselheiros do Senhor Jesus.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

XX - ÚNICO PATRIMÔNIO REAL E ETERNO - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.



A Consciência Cósmica que preside e dirige a vida humana em todos os mundos do Universo, sente-se por vezes na necessidade de empreender ações destinadas à reposição de certas práticas e princípios que se hajam afastado de alguns dos mundos que preside e dirige. Particularizando o que à Terra se refere, a Consciência Cósmica vem registrando há milênios um certo grau de inferioridade na vida dos seres aqui encarnados, da qual tem resultado desentendimentos e choques altamente mortíferos que podiam ter sido evitados.

Do registro acima aferiu a Consciência Cósmica da inadiabilidade de um conjunto de medidas a serem postas em prática no vosso mundo, capazes de repor a vivência humana em suas verdadeiras bases de fraternidade e amor, as únicas que podem conduzir os Espíritos encarnados à sua grande, luminosa, verdadeira meta.

Entre as medidas estudadas e em vias de entrarem em ação, podem destacar-se aquelas já mencionadas nas páginas anteriores, destinadas a afastar da Terra uma certa percentagem de seus viventes atuais, em virtude da ação transformadora em vias de ser iniciada em profundidade.

A vida dos planetas tem muito de semelhante à vida dos homens e também dos Espíritos, no que diz respeito à necessidade de sua evolução. Uns e outros estão sujeitos às mesmas leis evolutivas que regem o próprio Universo, a ninguém como a nada sendo permitido estacionar indefinidamente. Os planetas como as respectivas humanidades, não podem permanecer indefinidamente firmados num mesmo grau evolutivo, mas devem esforçar-se por acompanhar o ritmo da evolução universal. É por tal motivo que se aproxima uma nova fase evolutiva para a Terra, não importando citar aqui se a quarta, a quinta ou a sexta, visto como várias outras já se fizeram notadas e se encontram perfeitamente catalogadas nos registros da Consciência Cósmica. A fase que se aproxima envolve quase toda a estrutura física, devendo corrigir não poucas de suas regiões até agora absolutamente inaproveitadas pelo homem, mas que o serão nos tempos próximos.

O que vai acontecer ao vosso mundo já aconteceu a muitos outros pela razão mesma de lhes proporcionar acesso a um mais alto grau evolutivo. Uma comparação muito simples poderá esclarecer melhor o que desejo compreendais da maneira mais clara possível. Imaginemos a existência duma vivenda em determinado local vosso conhecido, habitado há séculos ou até milênios por uma família que a vai transferindo de geração em geração a sucessores que ali se instalam com o mínimo de conforto, porque não estejam habituados a mais alto quanto aprimorados níveis de vida. Sucede entretanto, que elementos humanos desse nível mais aprimorado foram designados para se instalar na aludida habitação, e que aquele a quem incumbiu tal designação, tenha constatado o estado de Inferioridade de suas instalações em face do aprimoramento social e científico dos novos ocupantes. Que fazer então? Apenas o que faria qualquer de vós no mesmo caso: submeter à habitação a um processo de reforma com a derrubada e reconstrução de suas paredes e instalações por demais arcaicas, erigindo em seu lugar verdadeiro palácio bem digno de receber os hóspedes que foram designados. Mais ainda: verificada a insuficiência da área cultivável pertencente àquela habitação em face do número de hóspedes que vão chegar, necessário se tornou ampliar essa área, estendendo-a às cercanias porventura não cultivadas, possivelmente por inadequadas a cultura do indispensável à manutenção dos novos hóspedes.

Aí tendes em linguagem sintética mas suficientemente compreensível, a imagem do que vai acontecer no vosso mundo de hoje. Uma nova e bem mais numerosa população apresta-se para encarnar na Terra, constituída de Entidades já bastante evoluídas, muitas delas provindas de outra esfera bem mais adiantada espiritualmente do que a vossa. Para instalar a nova população, representando, com efeito, nova civilização terrena, a Consciência Cósmica deliberou e começa a executar a demolição de quanto deve ser demolido na Terra, para em seu lugar erigir as instalações necessárias, capazes de servir por um período de alguns milênios às gerações de Espíritos que virão povoar a Terra. Tal como na imagem precedente, verificada foi também à imprescindibilidade da ampliação das áreas cultiváveis do solo terreno para proporcionar aos novos habitantes da Terra o volume de alimentos e demais utilidades de que vão carecer. Daí a transformação em profundidade a que em breve será dado início, recolhendo-se ao interior da esfera alguns milhares ou talvez mesmo milhões de quilômetros quadrados de solo improdutivo, emergindo em seu lugar uma superfície adequada às necessidades de sua população. Bem avalio a preocupação que este fato vos trará a todos, pela circunstância de serdes em grande maioria proprietários de bens que muito vos custaram a adquirir, e podereis ver-vos privados desse patrimônio a qualquer momento. Raciocinai, porém, comigo, da seguinte maneira: nada do que conseguistes acumular em vossa existência terrena, podereis dizer que seja eternamente vosso, visto como pelo fenômeno da morte tudo terá de passar a outras mãos. O único patrimônio que podereis considerar real e eternamente vosso, é aquele ao qual todas as Entidades que me precederam já se referiram como constituindo a razão verdadeira da vossa presente existência: a luz que houverdes podido adquirir para vossos Espíritos através das boas obras, bons pensamentos e experiências que possais haver acumulado. Tudo o demais que possuirdes, bens, fortuna, propriedades ou o que for, tudo isso pertence exclusivamente ao planeta em que vos encontrais, e por vosso regresso ao mundo espiritual aqui permanecerá, transferível de mãos em mãos pelos milênios em fora. Assim, pois, razões não podem existir para preocupações em face do que vem sendo anunciado, cujo começo praticamente já foi dado. A Consciência Cósmica, uma das numerosas designações do conjunto de Forças Superiores que governam os mundos, planificou com alta sabedoria o quanto terá de acontecer na Terra neste fim de civilização, tendo-se esmerado na maneira de atendimento à sua população atual.

Pelo conhecimento que me foi dado acerca do que está em caminho, posso assegurar a todos os habitantes humanos do mundo terreno, que nem uma só ovelha se perderá do rebanho do Senhor. Providências se encontram em curso no sentido de serem condignamente recebidos todos os Espíritos que vierem a desencarnar em meio aos trabalhos que vão ser executados, assim possuam todos eles a indispensável e bem sólida ligação com as Forças Superiores do Universo, representadas na Terra pelo meigo Jesus de Nazareth. É para esse objetivo, para que todos se precavenham neste sentido, que numerosos Espíritos de Deus têm vindo falar-vos ao coração, o que eu próprio venho igualmente fazer, a fim de evitar o que costumais chamar de balbúrdia na hora dos acontecimentos.

Este Espírito que vos fala deixou a Terra há bem pouco tempo, depois de muito se empenhar pelo esclarecimento dos seus contemporâneos. Tendo-me dedicado desde muito ao serviço do Senhor Jesus, procurei em minha última existência atrair a atenção dos homens para o lado místico do Cristianismo como base da crença que deveria e deve nortear os corações na Terra, afastando-os dos postulados materiais, tão em desacordo com a sublimidade da fé pura e verdadeira que os levará a aproximarem-se do Mestre Divino de todos nós. Bem certo é, e devo confessá-lo aqui, que o que em meus livros se encontra foi-me inspirado de mais alto, por Irmãos Maiores como eu designava as Forças Superiores, a cuja inspiração eu procurava juntar o resultado de minhas próprias experiências. Foi talvez a mais frutífera de minhas numerosas encarnações e a que maior foco de luz veio juntar ao meu Espírito, o que confirma, pois, o acerto de minhas idéias.

Consultado há pouco pelo meigo Nazareno se não gostaria de dirigir minha palavra aos meus irmãos terrenos, eu exultei com a consulta e prontamente me preparei para vir ao vosso meio dizer-vos uma vez mais que não se morre, que a morte não existe em parte alguma do Universo. O fenômeno corriqueiro que na Terra e em todos os mundos se verifica, diz apenas respeito ao invólucro do Espírito, ou seja à roupagem por ele usada em sua existência no plano físico. E a prova, vós tendes no fato de terdes em mãos um livro cujos capítulos são todos assinados por nomes que viveram na Terra, e que a seu tempo a deixaram para regressar ao seu plano de vida, tal como a mim próprio aconteceu. Morte é um termo que poderia ser substituído por vários outros, se esse vos inspira temor ou profunda tristeza. Mas isso apenas acontece a quem se não tenha querido dedicar ao estudo das leis espirituais porque se o fizesse, como eu próprio o fiz, a aproximação do termo da encarnação só deve ser recebida com a alegria e as mais profundas esperanças no termo também dos sofrimentos e canseiras suportados durante anos e anos de vida terrena. A aproximação da morte para quantos se encontram realmente compenetrados e convencidos da eternidade da vida, só deve ser recebida com sentimento de verdadeira alegria pelos Espíritos encarnados. Parentes? Deixá-los na Terra? — indagareis talvez intimamente. Sabereis por acaso quantas existências tereis vivido na Terra, em todas elas contando regular número de parentes? De experiência própria eu vos afirmo ser já incontável o número de parentes que fomos constituindo em nossas passagens pela Terra. .Quando nos sucede regressarmos vamos rever um tão grande número de Espíritos que se tornaram nossos parentes, que o número se torna quase incontável.

A Consciência Cósmica em sua inigualável sabedoria vai designando os filhos que devem reencarnar, assim como o lar em que vão aparecer, tornando-se por essa forma parentes muitas vezes de Espíritos que antes lhes eram totalmente desconhecidos. Há exceções naturalmente. Sucede não raro reencarnarem no mesmo lar Espíritos que terão sido parentes consanguíneos em passadas existências e ai se reúnem uma vez mais por uma graça do Alto ou por necessidade de completarem, corrigirem ou retribuírem algo a que se encontrem ligados em seu passado. Por conseguinte, a circunstância de um chefe de família, por exemplo, se preocupar a fundo com o que possa suceder àqueles que lhe tenham sido entregues para criar e educar, parentes enfim, não deve preocupá-lo se sua consciência lhe diz ter sido verdadeiramente um chefe de família como lhe cumpria ser. Adquira, pois, a convicção de que à Consciência Cósmica incumbe a tarefa de prover toda a humanidade e a cada um dos seus membros na medida das suas necessidades e merecimento de cada um. Convença-se ainda de que, se vier a ser retirado da Terra a qualquer momento por efeito desta ou daquela circunstância, nada terá acontecido por acaso, não só porque o acaso não existe, como porque cedo verificará que esse fato estava devidamente previsto em sua existência presente.

Creio ter expendido nestas linhas quanto desejava transmitir do meu ao vosso Espírito, no desempenho da tarefa de que me incumbiu o meu e vosso Mestre Jesus. Minha única preocupação ao terminar é quanto à clareza maior ou menor que possa ter posto em minhas palavras. Se, entretanto, necessitardes de algum esclarecimento a mais, eu vo-lo darei de todo o coração a qualquer momento, bastando para isso firmardes o vosso pensamento no meu nome e me chamardes mentalmente, pronunciando-o três vezes calma e pausadamente. Neste propósito pois, aqui se despede de vós
MAX HEINDEL


Not. biogr. — Max Heindel — Grande estudioso e investigador dos mundos super-físicos. Dedicou a maior parte de sua vida e esforços à pesquisa das causas reais das perturbações físicas e mentais, como se apresentam na região da causa, os planos superiores ou super-físicos. Escritor e filósofo espiritualista dos mais notáveis, foi o principal divulgador dos princípios filosóficos da “Ordem dos Rosa-cruzes”, sintetizados no seguinte conceito: UMA MENTE PURA — UM CORAÇÃO NOBRE — UM CORPO SÃO. Max Heindel foi um místico do Cristianismo puro, inspirado pelos Irmãos Superiores da Fraternidade Rosa-cruz, a Associação Internacional de Cristãos Místicos, com sede em Oceanside, Califórnia. Suas obras, numerosas, publicadas pela Fraternidade, acham-se traduzidas em vários idiomas e disseminadas por todo o mundo.

XIX - CHAVE ESPIRITUAL DA SALVAÇÃO - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.



Depois de alguns séculos de ausência deste mundo terreno em que tanto consegui aprimorar o meu Espírito, eis-me novamente no vosso meio em Espírito, para dirigir-vos, primeiro as minhas saudações fraternais a todos vós que ainda vos sentis prisioneiros da carne, e em segundo, para dar-vos também a minha palavra de confiança e de fé na grandiosidade da Misericórdia Divina.

Deixai que me expanda um pouco em minha grande alegria, pelo fato desta minha presença se verificar precisamente neste grande e belo país que amei como se fora a minha pátria, porque em verdade não serei capaz de distinguir a qual dos dois países eu mais amei: se àquele velho reino em que nasci, se a este país aonde fui conduzido por Forças Superiores para aqui edificar a minha personalidade. A verdade é que Portugal e Brasil ocupam lugares iguais em meu coração de antigo sacerdote da liberdade e do amor a Nosso Senhor Jesus Cristo! Benditos sejam pois aqueles tempos de lutas e sofrimentos morais, pelo bem, pela luz e felicidade que me proporcionaram.

Bem certo é que não foi aquela a minha única passagem pela Terra, filhos meus. Outras muitas eu as tive em regiões várias do vosso mundo, durante as quais eu consegui lapidar a jóia que hoje ostento como Espírito inteiramente dedicado ao bem da humanidade. Foi, entretanto, minha última existência terrena aquela em que desempenhei missão sacerdotal em várias cidades do vosso grande e belo país, e em apenas dizê-lo nestas linhas, todo o meu ser se volta para as lutas desiguais em que a fundo tive de me empenhar para conseguir a liberdade de seres humanos iguais a nós, que o mercantilismo dos primórdios tanto se empenhava em explorar. E para quê? meus filhos. Exclusivamente para amealhar o ouro e outras riquezas em que este país tanto fora e continua a ser excepcionalmente pródigo.

Desculpai filhos meus esta longa digressão em causa própria, porque outras são as razões de minha presença na Terra, todas elas motivadas pelo empenho em que se encontram todas as Forças Superiores do vosso mundo, sob a chefia do Nosso Amado Jesus, o Sol de todos os Espíritos de Deus em tarefas de serviço entre vós. Não vim até aqui, pois, para vos falar de mim; a circunstância entretanto, de me encontrar novamente atuando no solo brasileiro, trouxe-me num relance à memória todos os fatos em que fui parte há vários séculos, e eu instintivamente me transportei a eles. Mas vamos ao que aqui me trouxe meus caros irmãos encarnados, a quem me acostumei a chamar-vos filhos.

Instado que fui por Nosso Amado Jesus para apoiar na Terra a Grande Cruzada de Esclarecimento que aqui se desenvolve, é claro que este fato representou desde logo para mim um motivo para eu prestar novo serviço ao Senhor no solo terreno, tendo eu decidido com o coração repleto de alegria, minha partida para cá no mesmo instante. Nosso Senhor, porém, conhecendo como conhece os meus dotes de velho combatente pela sua causa sagrada em outros tempos, houve por bem me fazer justa ponderação. Disse-me então com aquela afabilidade que todos vós haveis de conhecer um dia:

—“Meu filho muito estimado: a missão que te peço desempenhares desta vez na Terra, é diferente daquelas que noutras eras desempenhaste com brilho inexcedível. O que agora desejo merecer de tua bela inteligência e dedicação à nossa causa, consiste apenas na transmissão duma mensagem do teu grande coração ao coração dos meus filhos presentemente encarnados na Terra. Necessito que todos se despertem em face dos trabalhos que lá se iniciam para a transformação da própria estrutura terrena, sendo provável o regresso de boa parte deles ao nosso plano, em conseqüência mesmo desses trabalhos. Minha grande preocupação está, então, em que esses filhos sejam tomados de surpresa e tenham de partir na inconsciência do seu estado, e se dispersem no infinito, onde só muito dificilmente os poderíamos recuperar. Assim, filho do meu coração; rogo-te que vás também à Terra, onde dispomos da organização necessária para deitares também a tua luminosa palavra ao coração dos filhos encarnados, onde sei que o teu nome e a tua autoridade gozam e gozarão eternamente de um prestígio singular.”

Eis-me então entre vós, meus queridos. Muito feliz eu me sentirei se a minha palavra sincera e franca tiver o mérito de penetrar em vossos corações e neles puder deixar a idéia que de Nosso Amado Jesus eu recebi para vos chamar à realidade presente. É um pouco diferente a minha missão de agora em relação àquela que em tempos desempenhei como sacerdote. Então, minha preocupação cifrava-se em atrair as almas para Cristo e para Deus, sem a urgência que hoje se requer. Naqueles tempos minha palavra podia flutuar em torno dos ouvidos materiais e ir penetrando lentamente nos vossos corações. Hoje o caso é diferente, filhos meus; há urgência em que os vossos corações se abram sem reservas ao que venho dizer-vos, em face do que se inicia no solo do vosso mundo e certamente vos atingirá.

O que eu me empenho hoje em dizer-vos, meus filhos, é que há necessidade de todos vós estabelecerdes estreita ligação com as Forças Superiores que orientam e dirigem os trabalhos de transformação da Terra, a fim de que no momento de serdes atingidos não tenhais nenhuma dificuldade a vencer: sejais recebidos confortavelmente pelos vossos maiores do Espaço e confortavelmente acomodados em companhia de quantos vos seguirem.

Então, para que não surjam problemas quanto à maneira de estabelecer a necessária ligação com as Forças Superiores, convencionou-se no Alto que todas às vibrações emitidas na Terra sejam dirigidas a Nosso Senhor Jesus, para que assim endereçadas sejam distribuídas aos elementos das Forças Superiores disseminadas em todas as regiões do mundo terreno, preparados para receber todos os Espíritos que deixarem a Terra no seu devido tempo.

Entidades bem mais luminosas de que esta que vos fala, já trouxe a sua mensagem no mesmo sentido, as quais encontrastes nas páginas precedentes. Minha palavra tem então o objetivo, não apenas de confirmar quanto vos foi dito, como ainda de juntar o meu testemunho a respeito de quanto vos quer e estima o Senhor Jesus, desejando prover a todos dos meios de se precaverem contra possíveis sofrimentos ou aflições que deseja evitar a todos os seus guiados terrenos.

O que vai acontecer neste vosso pequeno mundo, um dos menores em que evoluem seres humanos no Universo, já aconteceu em circunstâncias idênticas, sendo mesmo parte do progresso planetário geral. O que, entretanto, determina este grande empenho do Senhor Jesus em enviar um sem número de emissários ao vosso meio, é o seu grande desejo e preocupação de evitar sofrimentos a todos vós quantos receberdes e aceitardes a sua recomendação.

Todos sabeis de sobra que ninguém pode ficar eternamente na Terra, e que esta não passa de um campo-escola aonde todos nós viemos buscar conhecimentos e experiência que se transformarão em luz para os nossos Espíritos. O que na Terra existe portanto, seus belos mares, rios, montanhas e florestas, é que poderemos dizer que permanecerão na Terra porque lhe pertencem.

Já não diremos o mesmo com as flores que vos enfeitam os lares, visto como, cumprindo seu próprio determinismo, elas nascem, abrem, vicejam e morrem para que em seu lugar outras flores desabrochem na primavera seguinte. Considerai-vos então como flores que também sois, flores espirituais que nascem na Terra para um determinado período de vida, ao fim do qual desaparecereis da superfície terrena. Com a diferença apenas de que as flores, sendo seres inconscientes, cumprem também inconscientemente o seu belo destino, enquanto vós, seres humanos conscientes da vossa personalidade, ao desaparecerdes da superfície terrena desferireis um vôo de maior ou menor extensão, segundo a preparação que para o mesmo houverdes feito durante a vossa permanência na Terra.

Assim pois, não deve ser o fato de terem os seres humanos de deixar a Terra pelo fenômeno da morte, o que deve importar a todos. O que unicamente deve constituir a preocupação de cada um deve ser a maneira e o momento de partir. Nosso Senhor se empenha em incutir em todos os corações a necessidade da oração diária, por ser a única maneira de proporcionar ao Espírito encarnado uma ligação firme, segura, entre a Terra e o Céu, no ato em que tiver de se desprender dos liames da matéria.

Perdoai-me meus filhos queridos, se não vos trago mais aquelas imagens algo violentas, que imprimiam aos meus sermões de outrora até uma certa irreverência para com o Criador, a quem algumas vezes tentei responsabilizar pelos desacertos dos homens de então. Os meus sermões armavam-se daquelas imagens por vezes rudes, porque só assim conseguiam abalar a consciência algo endurecida dos homens que apenas esta infeliz idéia alimentavam em seus corações: enriquecer rapidamente e de qualquer maneira, mesmo à custa do sacrifício e escravidão de seres iguais a nós, apenas desprotegidos dos homens. Hoje não necessito mais de empregar as imagens nem as rudes expressões de outrora. Dirigindo-me a Espíritos já possuidores duma regular luminosidade, que é a característica da grande maioria dos meus leitores, eu tenho expressões do mais puro amor do Nosso Amado Jesus, que a todos vos deseja receber em breve nos planos do Além, onde acomodações as mais confortadoras vos estão sendo preparadas.

Desejo encerrar, então, o meu recado com a chave espiritual que aqui vos deixo, a qual me foi entregue pelo Senhor com este objetivo. Ao sentirdes algo de extraordinário em torno, seja ou não o acontecimento decisivo, ponde o vosso pensamento no Senhor Jesus e dizei de todo o coração:

Senhor Jesus!
Aqui estou às vossas ordens!
Salvai-me em vosso puro amor!

Aqui se despede saudosamente de vós e da Terra, o Espírito do
Pe. ANTÔNIO VIEIRA

Not. biogr. — Pe. Antonio Vieira — 1608 - 1697 — O pregador jesuíta mais notável do seu tempo, e o maior orador sacro do século XVII. Nasceu cm Lisboa a 6 de fevereiro de 1608, filho de Cristóvão Vieira e D. Maria de Azevedo. Aos sete anos de idade seguiu com seus pais para o Brasil, desembarcando em Salvador, Bahia, após uma viagem tormentosa, onde seu pai ia ocupar um cargo no governo. Na Bahia ingressou no Colégio da Companhia de Jesus, onde se despertou sua grande vocação religiosa ao ouvir um sermão do padre Manoel do Carmo, em 1623, sobre as penas do inferno. Em 1625 Antonio Vieira fazia os seus primeiros votos, contra a vontade da família que tudo fizera para o demover da idéia de professar. Seu talento desenvolveu-se tão precocemente que aos dezoito anos de idade já era encarregado de redigir a correspondência em latim ao Geral da Ordem em Roma. Com essa idade foi designado para lecionar no Seminário de Olinda, Pernambuco, como professor de retórica, ali comentando Séneca e Ovídio, dando extraordinário impulso ao desenvolvimento de suas brilhantes faculdades intelectuais, e elevando-se seguidamente a todos os estágios da Ordem até que, em 1635, foi ordenado sacerdote, passando a exercer então as funções de pregador, em que tanto se notabilizou. A partir dessa época a vida de Antonio Vieira enriqueceu-se de episódios em que este Espírito notável foi chamado a atuar inclusive na área política, como conselheiro e embaixador de D. João IV de Portugal, e mestre e confessor do príncipe herdeiro, D. Theodósio.

Resumindo a prodigiosa vida do Pe. Antonio Vieira, assim escreveu Eça de Queiroz:
“A sua existência foi uma das mais ativas e ilustres do seu tempo. Grande pregador, grande político, grande escritor, missionário, grande colonizador, esteve envolvido nos maiores negócios, tratou com os maiores personagens e trabalhou pelas maiores idéias da sua época. Os seus magníficos sermões arrebatavam tanto a gente inculta do Brasil, como encantavam em Roma o sábio e requintado mundo dos prelados romanos. Depois de ser confidente dos reis e dos papas, de ter conhecido as grandezas do mundo e as do alto saber, morreu com a pobreza e a simplicidade de um místico na capital da Bahia.”


O Pe. Antonio Vieira desencarnou em Salvador, Bahia, no ano de 1697, cercado das maiores demonstrações de carinho e respeito por parte do povo e das autoridades brasileiras. 

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

XVIII - A ÚLTIMA OPORTUNIDADE - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Os homens e as mulheres viventes atuais na Terra, não sabemos se pela centésima ou milésima vez, têm diante de si uma oportunidade que, se a perderem, talvez não a possam recuperar ao longo de vários séculos. É esta a sua oportunidade em todos os sentidos e circunstâncias. Se aproveitada, ei-los em breve transportados a uma vivência espiritual de tal modo feliz, que este idioma não tem expressões para descrever. Se aproveitada, repito, ver-se-ão em breve completamente livres das enormes preocupações que cercam os momentos mais felizes de sua vida terrena, conduzidos que serão, homens e mulheres, aos planos de vida onde só os Espíritos de Luz podem viver.

Vindo hoje vos dizer estas palavras, filhos meus, no cumprimento de uma missão que me foi entregue pelo Nosso Amado Jesus, secundando a palavra de outros elevados mensageiros seus, eu tenho a firme esperança de estar falando a corações já perfeitamente preparados para receber e entender as minhas palavras. Seria realmente para deplorar que nesta altura do Século XXI em que tanto progrediram as ciências na Terra, não se houvesse registrado igualmente o progresso moral da humanidade atual, constituída, posso dizê-lo, por Espíritos que aqui têm vindo vezes inúmeras num período não inferior a uns doze ou quinze milênios, exatamente em busca desse tipo de progresso.

A propósito, e para que melhor possais compreender-me, quero dizer a todos os meus leitores ocasionais, que todos vós aqui estivestes muito antes, durante e após a vinda do Senhor Jesus ao planeta em corpo físico. Exatamente, filhos meus, todos quantos encontram-se presentemente na Terra, são parte uns, e testemunhas outros, de todos os acontecimentos verificados na Terra e se encontram registrados na vossa História. Não estranheis, pois, que eu vos diga que os fatos verificados no passado mais remoto tenham sido provocados por muitos dos viventes atuais, quando em posições ocasionais de mando, cujo relato hoje poderia horrorizar-vos. Reis, príncipes, imperadores, chefes absolutos de várias nações e tribos humanas que povoaram a Terra nesses longos milênios, fostes vós mesmos que hoje vos encontrais na Terra, aqui tendo vindo antes em diversas espécies de encarnações, algumas delas duramente vividas. Horrores, violências, injustiças e toda a sorte de punições impostas pelos potentados de outrora aos seus governados ou mesmo adversários de outras nações, já as purgastes quase todas neste mesmo plano de vida, onde de século em século quase todos vos encontrastes.

Sabeis através da Lei de Causa e Efeito que nenhuma infração às leis do amor deixa de ser punida no seu devido tempo, embora o homem não se dê conta disso quando na Terra. Seu Espírito porém o sabe, porque ao descer a Terra para cada nova reencarnação, ele tem diante dos olhos todo o quadro de suas vidas passadas, comprometendo-se a apagar em cada nova existência terrena, uma, duas ou até a totalidade das manchas negras nele existentes. E dessa forma se explica aos vossos corações a razão de nascerem crianças mutiladas, defeituosas, anormais enfim, quando o estado saudável de seus progenitores só deixava prever o nascimento de filhos absolutamente sadios. Estou revelando-vos uma parcela da verdade que explica numerosas dessas anormalidades que conheceis, as quais não devem ser atribuídas absolutamente a nenhum descuido da Providência Divina. Existe para cada caso uma explicação verdadeira, que qualquer de vós poderá comprovar mais tarde no plano a que for conduzido após largar na Terra esse fardo de carne que formou e conduz na presente existência.

Isto posto, posso contar então com a vossa compreensão para o que venho dizer-vos, meus filhos, no sentido de que não deixeis fugir esta oportunidade que se apresenta, para alcançardes a vossa redenção total como filhos obedientes que tendes sido em numerosas vidas terrenas. Se desejardes penetrar um pouco no vosso passado para poderdes aferir do quanto haveis purgado neste mundo os vossos erros milenares, eu vos aconselho a que mediteis sobre isto ao deitar-vos mas recomendo-vos que vos prepareis para ver talvez horrores capazes de causar abalo na vossa tranqüilidade de hoje. Podereis fazer isto a título de curiosidade, mas amparai-vos antes no Senhor para que possais fugir prontamente ao assunto, quando certos quadros do vosso passado se vos apresentarem. Por exemplo: pode suceder que se mostre uma cena em que, após lutardes valentemente com um vosso semelhante e o abaterdes, vos entregastes à consumação dos despojos, numa atitude canibalesca que o vosso progresso atual já não suporta. Ou então, poderá mostrar-se esta outra cena igualmente desagradável nos dias atuais: vós, senhor absoluto de um povo tímido ao qual vosso reinado explorava desde os trabalhos da guerra aos próprios bens de consumo, por uma simples desobediência forçada não raro pela própria sobrevivência, vós, senhor absoluto desse povo pelo jugo que lhes impunhas, mandastes vir à vossa presença, homens, mulheres e crianças maltrapilhos e quase mortos de fome, acusados de desobediência ao vosso mando, e tranqüilamente, alegre até, assististes ao chicoteamento de todos até à prostração. Era para exemplo dos outros, dizíeis, que se ordenara esse tipo de punição. Desejais certificar-vos disso? Pedi-o em vossa meditação.

Tranqüilizai-vos porém, filhos meus, porque aqueles de vós que tais barbaridades houverem ordenado, já as resgataram completamente através de vidas e vidas vividas na Terra em várias circunstâncias. Para encurtar este relato eu vos direi que aquele que matou, foi morto de igual maneira; o que chicoteou, foi chicoteado; o que feriu, foi ferido nas mesmas circunstâncias, de maneira que hoje podereis considerar-vos Espíritos já despidos de todos aqueles crimes, por havê-los resgatado no próprio solo em que tenham sido cometidos.

E assim sendo, chegado é o tempo de todos se prepararem para a viagem de regresso ao plano espiritual de onde desceram à Terra, devendo fazê-lo então, não mais na categoria de Espíritos em prova de resgate, porém na categoria de Espíritos livres, por se haverem integrado nas leis do amor e da fraternidade.

E o que faltará então? — perguntareis vós. Apenas a vossa inscrição definitiva na categoria de Espíritos do Senhor, pondo-se em contato com o Senhor do Mundo, para receber cada um em seu coração as bênçãos e luzes que o Senhor lhes enviará cada dia ou cada noite em que a Ele se dirijam. Isto é o que apenas falta a alguns encarnados da era presente, ainda mergulhados no lodaçal dos interesses materiais que lhes ocupam todos os momentos da vida. A esses eu direi que acordem já, enquanto há tempo de se prepararem, visto haver sido dado já o sinal de partida dos operários do Senhor para a transformação da estrutura planetária. A esses eu convidarei com a máxima doçura das minhas palavras, e todos os anelos do meu coração, a que despertem, abram os olhos espirituais, e se decidam pelo único caminho que podem seguir com êxito, para alcançarem sua verdadeira felicidade — o caminho de Jesus, Nosso Senhor e Mestre.

Vou relatar-vos sucintamente um fato verificado há bem pouco tempo no Espaço, do qual todos podereis colher ensinamentos úteis. Chegava da Terra um Espírito que em sua existência recém-finda só se preocupava com os interesses materiais, com o pensamento honesto de promover a tranqüilidade daqueles que a Providência Divina fizera nascer em seu lar. Trabalhou, trabalhou durante várias décadas, para formar um patrimônio capaz de proporcionar realmente a tranqüilidade econômica de seus descendentes. Neste afã, o nosso irmão não teve tempo de cuidar de si próprio, da iluminação do seu Espírito por meio da oração, da ajuda aos semelhantes, porque sua única preocupação fora a família, proporcionando-lhe uma vida alegre e feliz, despreocupadamente feliz.

Eis que a seu tempo nosso irmão teve de regressar ao seu plano no Além, e esse passo sempre se cumpre sem delongas nem apelação. Partiu ele então da Terra tal como havia descido, carecente da luz e progresso espiritual que viera buscar, por não ter tido tempo de cuidar do Espírito. Fora um desses irmãos dos quais muitos ainda existem na Terra, que respondem tranqüilamente a quantos os convidam a meditar na vida futura, nos interesses do Espírito: deixemos isso para depois; agora meus interesses são outros... Nosso irmão também procedera assim, deixando de cuidar do Espírito, porque o depois não houve, por haver sucumbido inesperadamente. Imaginem porém os meus queridos leitores, o duplo desespero que desse irmão se apoderou, apenas decorrido pequeno lapso de tempo no plano em que se encontrou. A bela fortuna que tantos sacrifícios lhe custara, porque se transformara na única preocupação de sua vida, facilmente se desfez entre os seus herdeiros pelas divergências que entre eles se criaram, e rapidamente se diluía nos postulados judiciários. Aqueles para quem o chefe tanto se empenhou em trabalhar a ponto de se esquecer de si mesmo, pouco puderam aproveitar, porque, segundo um sábio princípio espiritual, quando a fortuna, a riqueza, não é transferida por direito divino, mas, apenas por direito humano, seus beneficiários não chegam a prevalecer-se dela porque a mesma se esvai pouco a pouco de suas mãos. Foi o que aconteceu ao nosso irmão: seus familiares não possuíam merecimento para se tornarem possuidores da fortuna que herdavam, e por isso ela se evaporava de suas mãos sob a contemplação melancólica de quem tanto se empenhara na Terra em reuni-la.

Agora o outro lado da história, ou como dizeis, o reverso da medalha. O nosso irmão desencarnado capacitou-se ao fim de alguns anos de novamente no Espaço, graças aos ensinamentos ali recebidos de seus Protetores, de haver perdido sua última existência terrena. Seus familiares, tendo perdido quase todos a sua parte da bela fortuna então herdada, cedo se esqueceram de quem tanto fizera pelo seu bem-estar, e nem se lembravam de orar ao Senhor por ele. E tendo se ocupado toda a vida em juntar dinheiro e bens, também ele não teve tempo de orar por si próprio, de meditar sobre os motivos de sua existência mesma, nem sequer de agradecer ao Senhor a proteção largamente recebida. Resultado: uma encarnação perdida como muitas, inúmeras mesmo, tanto no passado como ainda nos dias que correm.

Se você, meu filho, que estas palavras lê, suspeitar sequer que poderá encontrar-se em situação idêntica, por Jesus lhe peço: não perca tempo! Ponha seu joelho em terra e eleve seu pensamento ao Senhor, em meio a uma prece sentida no coração, e reconcilie-se enquanto é tempo. Reconcilie-se já e já, com Nosso Senhor Jesus Cristo!

É o que de todo o coração lhe pede um Espírito do Senhor, que passou ultimamente pelo solo terreno com o nome de
PONSON DU TERRAIL

Not. biogr. — Pedro Aleixo, Visconde de Ponson du Terrail — 1829-1871 — Romancista francês dos mais fecundos. Nasceu na vila de Montmaur, próximo de Grénoble, tendo desencarnado na idade de 42 anos em Bordéus. Publicou numerosas obras de grande sucesso podendo destacar-se dentre elas "As proezas de Rocambole”, aparecida em 1859, cujo assunto Ponson desenvolveu magistralmente em diversas partes e outras tantas continuações, com êxito igual. A certa altura, considerando o assunto já demasiado prolongado, Ponson deu morte ao personagem num lance em que este fora colhido sem remédio por seus perseguidores. Para que fizera ele isto! Foi tal a onda de protestos por parte dos leitores, que o Autor viu-se obrigado a produzir “A ressurreição de Rocambole”, no volume aparecido em 1866, reeditado seguidamente. Ponson du Terrail era sobrinho do general Toscano du Terrail, admitindo-se que seria descendente de Bayard, “O cavaleiro sem medo e sem mácula”, Senhor du Terrail.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

XVII - UMA DESINTEGRAÇÃO PLANETÁRIA - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Aconteceu há alguns milênios decorridos, em certo plano de vida física do Universo, encontrar-se a sua humanidade na iminência de passar por grandes sofrimentos em conseqüência da desintegração que se iniciara numa das extremidades, isto é, num dos pólos dessa esfera ou plano físico de vida. O fato estava em desenvolvimento, e a cada nova etapa de desintegração sucedia um abalo em toda a superfície, com enormes sobressaltos para a população.

Os cientistas desse mundo, cujo volume pode ser comparado ao de cem vezes a superfície da Terra, entraram a estudar o fenômeno com grande empenho, para poderem prevenir-lhe as possíveis conseqüências. Excursões e excursões de geólogos, engenheiros, físicos, e de outras categorias se dirigiram aos pontos mais próximos do local em que a desintegração progredia, na ânsia de identificarem as causas e proverem os remédios se possível. Enquanto isso, toda a superfície da esfera registrava os abalos sofridos pelo fenômeno ameaçando a segurança total, com grave perigo de vida para seus habitantes que já não encontravam momentos de paz e tranqüilidade para seus Espíritos.

Uma providência, das primeiras a serem tomadas, foi à entrada em comunicação telepática com habitantes de outra esfera reconhecidamente mais evoluída, durante a qual se pedia a seus felizes habitantes uma informação segura acerca do que então se passava, e dos meios adequados a impedir a desintegração total do planeta em causa. Naturalmente, em se tratando de mundos distantes, afastados por algumas centenas de milhões de milhas um do outro, somente após uma insistência prolongada foi possível aos habitantes da esfera vizinha receber e entender o que lhes suplicavam os irmãos aflitos do mundo em princípio de desintegração.

Foram então promovidas grandes reuniões dos habitantes da esfera solicitada, a fim de, mediante o estabelecimento de uma forte corrente magnética, poder-se obter de muito mais alto a informação que lhes estava sendo solicitada. Numa oitava, nona ou talvez décima reunião, realizada com o máximo fervor da fé que se implantava nesses corações de Espíritos já possuidores de grande evolução, manifestou-se uma Entidade extraordinariamente radiosa, enviada pelos dirigentes do mundo que lhes era superior, e lhes entregou a resposta ao pedido ardentemente feito, para orientação dos habitantes do mundo em desintegração. Sem que permitido nos seja transcrever a íntegra do conteúdo da informação em referência, procurarei traduzir uma pequena parte dela, pelo interesse daí resultante para os meus queridos irmãos terrenos. Dizia a radiosa Entidade em sua informação, que a esfera onde tal movimento se processava, em que muito pesasse as autoridades responsáveis pelo seu governo e evolução, não tinha mais possibilidades de sustar a própria desintegração, a qual provavelmente estaria concluída em pouco mais de um e meio milênios. Adiantava a informação que os registros siderais eram de tal maneira desfavoráveis aos habitantes daquele plano, que outro remédio não fora encontrado para pôr-lhe fim, que não fosse a sua desintegração total. Adiantava ainda a informação, para edificação espiritual daqueles irmãos desejosos de ajudar aos do mundo vizinho, que as partículas provenientes da desintegração do momento, seriam reunidos num futuro mais ou menos remoto, e dessa reunião um novo plano habitável seria edificado e pronto a receber uma nova humanidade.

Atendendo bondosamente a uma indagação que flutuava no ambiente, a radiosa Entidade explicou que, como não podia deixar de ser, todas as almas então encerradas na esfera em processo de desintegração, seriam conduzidas aos seus respectivos planos espirituais para um estágio indeterminado. A outra indagação igualmente ali produzida, a respeito dos motivos que teriam determinado medida tão radical em relação aos seres viventes na citada esfera, a radiosa Entidade respondeu em palavras que eu vou tentar reproduzir aqui.

— “Meus filhos, disse, pelo vosso grau evidente de desenvolvimento espiritual, já sabeis que tudo tem um limite no Universo, exceção apenas do próprio Universo. Os seres viventes no mundo pelo qual vos interessais, desenvolveram em suas numerosas vidas nele vividas, todos os poderes ao seu alcance, tanto no bom como no mau sentido. Dando, porém, mais atenção às solicitações da matéria do que às do Espírito, desprezando a estas quase por completo em proveito exclusivo dos sentimentos inferiores, a vida de relação entre eles transformou-se numa espécie de luta constante, cujo objeto outro não era que o de locupletar-se uns do que a outros pertencia. O Senhor desse mundo tentou por milênios implantar o espírito de fraternidade, de bondade e amor no coração dos seus governados, tudo, entretanto, sem resultado apreciável.

Procurou-se paralelamente afastar desse plano as almas que iam desencarnando, com o objetivo de as substituir por outras menos afeitas a essa maneira de viver, porém esse empenho não deu resultado em face das ligações poderosas que prendiam aquelas almas ao mundo de onde provinham, e para ele eram fortemente atraídas pelas vibrações afins que nele deixavam.

"O Senhor do mundo em referência não desanimou ante o fracasso do processo tentado. Fez baixarem no solo dessa esfera alguns dos seus mais valorosos emissários, os quais, na sua qualidade de Profetas e Grandes Instrutores Espirituais, deveriam captar a fundo o coração dos Espíritos encarnados, e com seu esforço elevar-lhes as vibrações para o Pai Celestial. Ah! amiguinhos meus! — declarou por fim a radiosa Entidade — imaginai que nem os Profetas e Grandes Instrutores foram respeitados por uma população inteiramente mergulhada — chafurdada seria a expressão — nos prazeres e vícios que se estendiam por toda a superfície daquele mundo, chegando a sacrificar não poucos deles, que voltaram desanimados ao seu plano espiritual."

Aqui retomo eu a palavra para mais algumas considerações muito úteis para os vossos Espíritos. Sabendo-se que o progresso ou retrocesso moral de um mundo é a decorrência do nível vibratório de sua população, a qual, por conseguinte, tanto pode contribuir para a mais rápida evolução do mundo em que habita, se procurar elevar sempre mais e mais o nível de suas vibrações. Se ao contrário disso todo o conjunto vibratório do mundo passar ao mais baixo nível moral indesejável, esse fato passa a se integrar no sistema psicofísico que alimenta e provê as necessidades radioativas do solo, podendo chegar, ao fim de milênios decorridos, àquele processo de desintegração de que vos falei linhas acima. Pode dizer-se que toda a contextura do solo do mundo em referência, entrou num processo de empobrecimento tal, que anos e anos decorridos iriam determinar a desintegração total.

Deste fenômeno naturalíssimo se evidencia a ausência completa de uma vontade superior, de Deus ou do Senhor do Mundo, por exemplo, na desintegração da mencionada esfera, a qual pudesse vir a ser considerada por algum Espírito menos preparado, como um possível castigo do Céu. Absolutamente, meus amigos, Deus não castiga ninguém, por maior que seja a infração cometida contra as leis divinas. A reação que uma infração desse gênero possa produzir, é que se incumbe de levar a quem tiver produzido a ação, o que inadequadamente costumais denominar de castigo. Foi em conseqüência dessa lei que a esfera citada entrou em franca desintegração, a qual se prevê estará em breve terminada. Isto feito, um mundo a menos deixará de existir no Universo infinito, até que das partículas recolhidas um outro possa constituir-se..., nos próximos doze a quinze milhões de anos.

Aí tendes, meus irmãos terrenos, um relato histórico que deconhecíeis, a conseqüência inevitável a todos os Espíritos que se desprendem de suas ligações multimilenares deixadas no Alto, para se dedicarem afincadamente ao solo onde tem firmado os pés, na ilusão de ser essa, exclusivamente essa, a finalidade da existência na carne. Muito ao contrário disso, a existência na carne representa a necessidade do Espírito para se manter no solo terreno durante o maior período de tempo possível, enquanto vai praticando suas melhores ações, ampliando laços de fraternidade e amor aos seus semelhantes, para delas recolher novos focos de luz espiritual de que tanto necessita.

Que cada um de vós se compenetre desta verdade absolutamente incontestável, e se desprenda o mais depressa que puder de certas práticas que a seu ver não possam produzir essa luz de que precisam, porque farão com isso, ainda nos dias, meses ou anos que lhes restam, o que não puderam fazer antes. Quem tal prática vos aconselha, aqui o faz devidamente autorizado pelo meigo Nazareno, o meu e vosso Senhor e Mestre Jesus, a cujo serviço eu me devotei de longas eras. Somai o que aqui vos deixo ao muito que outras Entidades do Senhor igualmente vos disseram e tirai as vossas conclusões. Seria deveras para deplorarmos, nós todos que deixamos no Alto os nossos afazeres para tentar despertar-vos ainda na Terra, seria deveras para deplorarmos, repito, se tivéssemos de constatar um início de desintegração deste planeta, por motivo da inferioridade das vossas vibrações. Eu estou convicto, porém, de que uma tal desgraça não acontecerá na Terra.
Aqui vos abençoa e se despede, vosso irmão
JÚLIO VERNE

Not. biogr. — Júlio Verne — 1828-1905. Escritor francês dos mais notáveis. Nasceu em Nantes e desencarnou aos 77 anos, após difundir pelo mundo inteiro os seus romances em que apresentou narrações de uma invenção engenhosa e pitoresca e ao mesmo tempo instrutiva. Seus livros subordinados à série “Viagens Maravilhosas” empolgaram os leitores de todas as idades, e ainda constituem a leitura predileta da geração atual. Júlio Verne concebeu idéias de viagens julgadas pura fantasia imaginativa no seu tempo, as quais entretanto vão sendo concretizadas, como a viagem à Lua num foguete, à volta ao mundo em oitenta dias e as viagens submarinas. Escreveu também peças teatrais de grande sucesso, tendo adaptado ao teatro igualmente vários de seus romances. Sua obra literária característica foi o gênero romance científico e geográfico, que fundou rapidamente a sua reputação. Seu primeiro trabalho “A cabra cega”, uma peça de teatro, apareceu em 1853, aos 25 anos, portanto, e o último, “Os irmãos Kip” em 1902. Entre as duas datas o escritor publicou em média um trabalho por ano, tal a fecundidade de sua prodigiosa imaginação.