Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

35. RESPOSTA ANTECIPADA – Livro: As Forças do Bem.





O momento que a Humanidade vive presentemente na Terra não encontra paralelo em toda a história deste planeta. Ciclos e mais ciclos de vida já aqui se registraram em muitos milhões de anos de existência da Terra, porém nenhum deles pode ser comparado ao momento presente, em seu próximo desenvolvimento. Trata-se, por conseguinte, de um fato absolutamente ímpar na história da Humanidade. Dos viventes atuais da Terra, uma grande parcela não aguardará na carne porque terá partido de regresso ao seu lar espiritual, de onde desceu para a sua presente encarnação. A essa parte dos viventes atuais é que meus conselhos se dirigem, visto que, muito mais depressa que os demais, isto é, dos que apenas acabam de ingressar no mundo, irão necessitar de pô-los em prática sem mais demora.

Quero, pois, tornar-me o mais explícito possível, certo como estou da necessidade premente que todos sentem das minhas palavras, trazidas à face da Terra por determinação e aprovação prévia do Nosso Divino Salvador. Eu bem sei que algumas perguntas se formarão na mente de vários dos meus leitores, acerca de como pode ter vindo manifestar-se através de um elemento não subordinado a uma confraria religiosa filiada ao Vaticano, uma Entidade canonizada pela Igreja de Roma, em vez de o fazer por intermédio de elemento categorizado dessa Igreja.

Reconheço com antecedência toda a razão de semelhante pergunta mentalmente feita ou mesmo confidenciada entre leitores, e me proponho também a respondê-la antecipadamente. O fato de eu ter procurado comunicar-me através do irmão que da melhor disposição e boa-vontade se prontificou a servir-me de intermediário no plano físico, obedece a princípio decorrente de um passado distante, que me não é permitido relatar aqui, pelo menos na confecção deste volume. Devo dizer-vos, contudo, que este fato obedece igualmente à Lei de Afinidades que funciona eternamente entre os Espíritos, de maneira que aqueles que ficaram no Espaço se ligam por essa Lei aos que baixaram à face da Terra, da mesma maneira que estes últimos, por sua vez, possuem ligações semelhantes no Espaço.

Por esta forma, quando Nosso Senhor me destacou para transmitir a vós outros, meus queridos irmãos encarnados, os conselhos que venho ditando semana após semana, minha primeira preocupação, como teria sido a de qualquer outro enviado, foi descobrir um irmão encarnado em perfeitas condições de afinidade comigo. Com a graça de Nosso Senhor não me foi isto difícil tarefa, porque, embora desencarnados no Espaço, os Espíritos de Deus sabem perfeitamente onde se encontram seus amigos e afins quando reencarnados. Procurando então o irmão que me serve de intermediário, tive a satisfação imensa de o encontrar não só convenientemente preparado, como também ansioso de poder prestar serviço a Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem se encontra igualmente ligado por inquebrantáveis laços milenares. Esta, a explicação quanto ao meu intermediário.

Explicarei agora a razão, ou as razões, de não surgir este livro na Terra por intermédio de uma confraria religiosa ligada à Igreja de Roma, à qual sou devedor da honra insigne de haver sido por ela canonizado. Uma dessas razões está na própria estrutura dessa grandiosa organização religiosa, opondo-se terminantemente à divulgação de quaisquer conselhos, palavras, doutrina ou ensinamentos recebidos através da mediunidade, cuja faculdade condena, embora não a possa impedir. E encontrando-se assim a Igreja hermeticamente fechada aos ensinamentos espirituais advindos do Alto através desta faculdade maravilhosa, fechadas se nos encontram as suas portas para que possamos comunicar-nos com os nossos irmãos encarnados por seu intermédio. Dizer que se possível me fora, eu teria dado preferência à Santa Igreja de Roma, é confissão que faço de todo o coração pelo muito que lhe sou devedor. Dizer ainda que nessa poderosa organização religiosa se abrigam médiuns excelentes, é também uma pura verdade, porque os há realmente. Entretanto, a rigidez de seus princípios milenares, sobretudo o combate sem tréguas que move ao intercâmbio entre os dois planos, o dos seres encarnados e o dos Espíritos, invalida qualquer tentativa do Espaço em manifestar-se por intermédio de seus sacerdotes. Isto posto, claro fica que nenhum demérito existe no fato de divulgar estes conselhos por meio de quem o faço, ao invés de o fazer por intermédio daquela venerável organização religiosa.

Uma outra razão ainda existe para proceder como venho procedendo, que é a seguinte: — Existindo na Terra um número quase infinito de credos, seitas, religiões e filosofias, abrangendo toda a população civilizada do Planeta, a preferência que Nosso Senhor tivesse dado a qualquer delas poderia suscitar restrições das demais em prejuízo dos respectivos adeptos, os quais ficariam privados do conhecimento destes conselhos, ou seja, deste chamamento da undécima hora, lançado na Terra sob a direção de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Utilizando, pois, um elemento desligado de quaisquer compromissos religiosos, abrigando embora em seu coração uma grande admiração e devotamento à causa de Jesus de Nazareth, foi o elemento escolhido para grafar no papel estes conselhos de amor e fraternidade, ditados pela misericórdia do Divino Salvador aos seus guiados da Terra.

Eis, amigos meus, irmãos meus, a resposta antecipada às perguntas que poderão ocorrer-vos, durante a leitura deste livro abençoado por nosso Senhor Jesus Cristo e que, para sua maior alegria, deveria ser vertido em tantos idiomas quantos forem os usados na Terra, para que o maior número possível de encarnados possa deles aproveitar o que puder.

Irmãos meus, amigos meus; milhões de encarnados estão sendo preparados no Alto durante o período de repouso do corpo nas noites da Terra, para poderem enfrentar e vencer a tempestade que se aproxima. Entre esses milhões, muitos de vós se encontram, mas infelizmente não conseguis recordar-vos ao retomar o corpo pela manhã. Um meio apenas existe para isso, do qual falei em capítulos anteriores, que é a meditação diária na hora de deitar. Se não levais à conta de insistência desnecessária a minha recomendação, eu vos direi uma vez mais: experimentai, irmãos meus; experimentai uma semana a seguir praticando a meditação antecedida da prece, certos de que vosso coração se alegrará com o resultado conseguido mesmo a título experimental. Por esse simples resultado, ser-vos-á fácil avaliar o que podereis receber, quando vos entregardes à prática da meditação e da prece com sincero devotamento.

Praticai, pois, sem esmorecimento. Se tiverdes algum problema cuja solução se afigure difícil, pensai nele durante a meditação, e vereis com alegria quão fácil vos foi solucioná-lo. E por quê? Algum milagre? — perguntareis. Não, meus queridos; a explicação é simples. Entrando no estado de meditação, vosso Espírito penetrou em planos superiores onde obteve esclarecimentos sobre o vosso problema, encontrando também ali a cooperação amável de Espíritos afins com o vosso que procuraram ajudar. E desses esclarecimentos e cooperação resultou a solução que antes parecera difícil. Vosso Espírito adquiriu igualmente, no plano visitado, idéias e inspiração de que necessitava, tornando-se dessa maneira apto a realizações antes desconhecidas. Nada de milagre, pois. Apenas cooperação, cooperação e nada mais.

Aqui se despede por hoje o vosso sempre dedicado servidor — Irmão Tomé.

34. O DESPERTADOR NÃO TARDA A DISPARAR... Livro: As Forças do Bem.





A vida humana, que é o lapso de tempo de permanência do Espírito na Terra em cada uma de suas passagens pela carne, é demasiado curta para ser desperdiçada em boa parte de sua duração.

Se os Espíritos encarnados se dispuserem a encarar com a seriedade necessária a sua situação atual, logo verificarão a transitoriedade de tudo o que possuem, assim como de tudo o que os cerca.

Já foi dito algures que a vida humana não passa de uma ilusão. Eu não direi isto porque na realidade, a vida de um ser humano é um novo período de aprendizado que lhe foi concedido pelas Forças do Bem, e que por isto não pode ser uma ilusão. Ilusão, isto sim, é a idéia que muitos possam fazer acerca dos ensinamentos espirituais que lhes chegam constantemente, e por considerá-los uma ilusão, os desdenham, e continuam em seu caminho.

Devo informar porém a todos os meus leitores que a própria vida espiritual é uma realidade, e que todos os Espíritos presentemente encarnados sabem disso, porque, em cada intervalo de suas estadas na Terra, têm vivido no plano espiritual, encontrando-se tão reais como aqui se encontram revestidos do fardo carnal. E o atraso espiritual de grande parte da humanidade terrena resulta precisamente da idéia errada em que vive, acerca de sua existência como seres humanos, esquecidos dos reais objetivos de sua vinda à Terra.

O momento, entretanto, amigos meus, não comporta mais a discussão acadêmica em torno do ser ou não ser, porque os ponteiros do relógio já estão bastante avançados, e o sinal do despertador não tarda a disparar. Não tarda a disparar é bem o termo, meus queridos; e este despertador não pode ser travado em princípio, como fazeis ao vosso relógio de cabeceira, para que o mesmo não prossiga no desempenho de sua missão: despertar-vos.

Este despertador da imagem precedente não pode ser travado porque a força que o anima é absolutamente incontrolável, e apenas se deterá quando houver despertado a quantos preferiram conservar fechados até agora os ouvidos espirituais ao chamamento do Senhor. Continuando a usar a linguagem parabólica, amigos meus, eu vos direi que quando a força do despertador terminar, muitos dos viventes da Terra terão sido conduzidos a outras paragens no estado em que moralmente se encontrarem. E como o Mestre Divino só deseja que seus guiados terrenos viajem nas melhores condições possíveis, isto é, com o mínimo de sofrimentos, de surpresa e decepções, destacou este vosso sincero amigo e irmão mais velho, para tentar alertar-vos antes que os ponteiros do relógio se aproximem da hora convencionada.

A esta altura dos meus conselhos, eu já sei de antemão que noventa por cento dos meus leitores já se convenceram dos objetivos desta Grande Cruzada de Esclarecimento, e passaram a dedicar alguns minutos diários ao interesse do Espírito, entrando em contato com as Forças do Bem, por meio da meditação e da prece diária. Mas a minha missão não estará completa se os restantes dez por cento dos meus leitores se mantiverem alheios, supondo que sua recusa não lhes poderá trazer sérias conseqüências.

Para convencer a esses irmãos que assim pensarem, eu lhes proponho que me chamem em pensamento ao deitarem, no dia que melhor lhes convenha, e eu lhes mostrarei durante o sono do corpo, o que poderá convencê-los da realidade das minhas palavras.

Prometo acompanhá-los ao plano que lhes seja acessível, e ali mostrar-lhes os elementos que possam esclarecê-los, na certeza de que, ao despertarem, terão desaparecido todas as suas dúvidas e incertezas acerca dos próximos acontecimentos na Terra.

Irmãos meus: se isto nada vos custa; se nenhum prejuízo poderá advir-vos deste meu oferecimento, visto como, sendo eu um Espírito que já atingiu a elevado grau evolutivo, um Espírito que vos fala por incumbência recebida do Divino Mestre, nenhum conselho, nenhuma idéia, nenhum oferecimento poderei transmitir-vos, que não seja exclusivamente para a vossa felicidade e bem-estar.

Quero por isto convencer-me, ainda, de que não só a totalidade dos meus leitores adotará estes conselhos, como se tornará, cada um de per si, em outro mensageiro do Senhor, repetindo minhas palavras a todos os seus familiares e amigos. E ficai certos, meus queridos, de que os que isto fizerem, iluminado o coração pela chama sagrada de Nosso Mestre e Senhor, os que isto fizerem receberão também o galardão espiritual com que o Senhor do Mundo costuma premiar os seus dedicados servidores.

Ora bem, queridos irmãos. Um ponto que desejo esclarecer através destes conselhos, para que nenhuma dúvida possa pairar jamais em vossos corações, o que vale dizer em vossos Espíritos, é que o anúncio que está sendo feito em toda parte da Terra, em torno do que está para acontecer, não tem absolutamente o objetivo de assustar os seres humanos, levando-os, possivelmente os mais sensíveis, ao desalento, à renúncia de suas atividades materiais. Nada disto. O objetivo desta pregação, deste esclarecimento dos Espíritos encarnados, é principalmente alertá-los, ou melhor, despertá-los para a realidade da vida terrena, a tempo de poderem voltar sua atenção para os interesses do Espírito, que nada têm de comum com os interesses da matéria. É por isso que eu declarei em capítulo anterior, que nada está definitivamente perdido para aqueles que, despertados, se decidam a entrar em contato com o Nosso Divino Salvador, Autor e Diretor desta Cruzada.

E a razão por que a estamos executando desde agora, está em que daqui a uns oito, dez ou quinze anos, seria tarde demais para muitos irmãos encarnados que deverão partir antes, e não teriam tempo de se preparar. Mas visamos muito especialmente à juventude atual, esta juventude que vai dos vinte aos cinqüenta anos, de quem muito espera Jesus para a implantação da nova civilização do terceiro milênio.

Nesta classe de Espíritos se encontram Entidades bastante evoluídas, portadoras de grandes coisas para o progresso da humanidade encarnada. É necessário apenas despertar nelas o sentimento da responsabilidade assumida com o Senhor do Mundo, para que sua mente comece a trabalhar desde agora nesse objetivo. Para isso, será bastante adotar o hábito de se comunicar com o Senhor sempre que puder, seja durante suas horas de trabalho, seja antes de deitar, a fim de receber a inspiração e a ajuda de que carecem.

O mundo terreno, que está em vias de passar por notáveis transformações, necessita da cooperação mental de todas os seus habitantes, para que suas transformações se processem com o menor índice de danos para si mesmos. Sabido como é que a união faz a força, a união que se requer é a de pensamentos bons, construtivos, moralmente corretos, a fim de que, assim unidos, possam opor um dique à avalancha de distúrbios de toda ordem prestes a desencadear-se.

Serenidade, pois, amigos meus, irmãos meus, é o que vos peço de todo o coração; serenidade, equilíbrio, fé e oração, serão forças bastantes para impedir vosso próprio naufrágio, se assim me posso expressar. Nosso Senhor muito se preocupa com o bem-estar e a felicidade de todos os seus governados terrenos, e a de cada um de per si. Dirigi-vos, pois, a Ele, que é o Nosso Mestre e Senhor, e confiai-lhe as vossas dúvidas, as vossas apreensões. Fazei isto através da prece partida do vosso coração; fazei-o se quiserdes em palavras vossas, porque Nosso Senhor não se preocupa com as palavras pronunciadas pelos seus governados, mas com o sentido que elas traduzem. Fazei isto, amiguinhos meus, e tereis todo esclarecimento, toda ajuda, toda proteção que lhe pedirdes, porque o Divino Pastor jamais faltou com o seu auxílio àqueles que sinceramente lhe pedem.

Uma grande parte da tarefa depende, por conseguinte, de vós. Uma cooperação que pode ser decisiva para o bem-estar e a tranqüilidade dos seres humanos, nos anos que se aproximam, depende exclusivamente do modo pelo qual estes conselhos sejam recebidos em toda a Terra. E eu, repito ainda uma vez, estou sinceramente convencido de que todos os meus leitores, em toda, a parte, darão a Jesus a sua contribuição de amor e boa-vontade.

Que nosso Senhor vos abençoe e proteja agora e sempre, é o que constantemente lhe pede este vosso dedicado — Irmão Tomé.

33. O GRANDE CONTRASTE – Livro: As Forças do Bem.





Os historiadores da Terra, os esforçados pesquisadores dos fatos ocorridos ao longo dos séculos vividos pela humanidade terrena, só de quando em quando, e mesmo assim muito superficialmente, se têm ocupado do lado espiritual da Humanidade.

Os acontecimentos de ordem material e política têm tido absoluta predominância nos relatos históricos, sendo bastante difícil levantar-se um esquema da evolução espiritual da humanidade terrena através desses relatos. Um exemplo apenas, em apoio do que aí fica: a passagem de Nosso Senhor em corpo humano pela Terra, é citada apenas em linguagem técnica, quando se tem necessidade de citar uma data. Então se diz, em documentos de importância geralmente perante um Tabelião: — No dia tal do ano tal, do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, iniciando a redação do documento. Mas, se desejarmos consultar a História, verificaremos com tristeza que a passagem pela Terra daquela grande figura pouco ou nenhum interesse despertou nos historiadores.

Esta é, infelizmente, a realidade das coisas ainda nos dias que correm, em que somente um reduzido número de Espíritos encarnados se preocupa sinceramente com a personalidade do Divino Mestre.

Agora o contraste: o Divino Mestre não cuida senão do bem-estar e do progresso espiritual dos encarnados da hora presente, assim como sempre cuidou das gerações passadas. E é de tal monta a preocupação do Senhor com o progresso dos seus guiados terrenos, que seus auxiliares mais categorizados, isto é, os Espíritos de maior evolução e luminosidade, estão chefiando falanges de outras entidades menores, sob a direção suprema do Senhor, com o único objetivo de incutir no cérebro dos encarnados a necessidade, a urgência, a inadiabilidade de sua maior preocupação com a felicidade do Espírito.

Tem sido meu empenho, em todos os conselhos anteriores, alertar-vos irmãos meus, em face do que está para vir, e acredito que os leitores destes conselhos tenham de alguma maneira atendido às minhas palavras. Quero dizer-vos hoje, amigos e irmãos que muito prezo, que dias bastante tenebrosos marcarão, em breve prazo, acontecimentos que os historiadores contemporâneos talvez não tenham tempo de registrar. Serão acontecimentos de tal maneira decisivos para a humanidade atual, que muitos chegarão a proclamar como sendo o fim do mundo previsto pelos astrólogos.

Nada disso, entretanto, meus queridos. Tudo pode acontecer, mas pode também deixar de acontecer, nesse esquema de que falei em princípio. Vou tentar descrever o quadro que poderá ou não positivar-se. As vibrações emitidas pelo conjunto dos seres humanos são de um potencial magnético tão acentuadamente grosseiro, que sua condensação nos planos próximos à Terra vem formando uma espécie de figura sinistra, que cresce e se agiganta de século em século, mas que um dia terá de produzir efeitos altamente desastrosos sobre seus emitentes. Poderemos chamar a essa figura, com alguma propriedade, o egrégoro mental¹ da humanidade terrena. Ora, a continuar a emissão desse tipo de vibrações, todas elas impregnadas de espessa materialidade, a figura sinistra completará rapidamente o seu ciclo ideal, e em conseqüência espalhará sobre a face do Planeta toda a maldade acumulada através das vibrações recebidas.

Todo o empenho, por conseguinte, do Divino Mestre, mediante a Grande Cruzada de Esclarecimento presentemente em execução em todo o mundo terreno, é expor aos Espíritos encarnados esse perigo iminente, e obter que eles próprios se esforcem por evitá-lo, o que somente dos encarnados depende. O que devem eles fazer então? Apenas isto: tratarem de retirar seus pensamentos da materialidade grosseira de que vivem cercados, com o que diminuirão a onda vibratória que tem ajudado a formar e aumentar a figura sinistra do egrégoro da Terra e, dedicando-se concomitantemente à meditação e à oração, projetarem no campo magnético vibrações luminosas que, tal seja a sua densidade, poderão destruir completamente ou reduzir de muito os efeitos maléficos que ameaçam a tranqüilidade dos seres encarnados.

É necessário esclarecer convenientemente certa mentalidade humana que refere a existência de certos fenômenos como sendo castigos do Céu. Absolutamente, irmãos meus, não existem esses castigos. O Céu, assim designado ainda entre vós o plano espiritual peculiar aos Espíritos Puros, o Céu não castiga ninguém. Os fenômenos assim designados, e que têm caído sobre a Terra em forma de cataclismos, são originados e alimentados pela soma de vibrações grosseiras emitidas pela mente dos encarnados, as quais se acumulam, condensam-se, e, quando seu peso se tornou superior à capacidade de resistência do plano em que se egregoraram, rompe-se a resistência, e eis que se projetam sobre as próprias fontes emissoras na ânsia de as destruir.

É isto meus queridos, o que as Forças do Bem, sob a direção do Nosso Divino Mestre, intentam evitar mediante a emissão de bons pensamentos. Será isto difícil? De maneira alguma.

Claro está, por conseguinte, que os conselhos que este vosso irmão mais velho vos traz, como parte do plano elaborado no Alto para tentar reduzir, ou mesmo anular os efeitos daquilo que acabo de descrever, não constituem nenhum benefício por mínimo que seja, nem para o meigo Rabi da Galiléia, o Senhor do Mundo, nem tampouco para os seus mensageiros empenhados na Cruzada.

Todo proveito, todo benefício, irmãos meus, é exclusivamente vosso, dos vossos Espíritos. Sabeis perfeitamente que amanhã, um amanhã que não sabemos quando virá, tereis de abandonar família, riqueza, patrimônio e tudo mais que à Terra pertence, e regressar aos planos donde partistes para a Terra, não importa quando. Isto é o que mais certo podereis ter, o inevitável, quando muito adiável, segundo o curso aplicado à vossa presente encarnação. Pois se assim terá de acontecer, irmãos queridos; se essa é irrevogavelmente a lei da vida terrena, por que não aceitar e pôr em prática, desde já, essas medidas acauteladoras do vosso bem-estar e tranqüilidade?

Não são Nosso Senhor nem seus enviados, os beneficiários da aceitação destes conselhos; os únicos beneficiários sereis vós mesmos, e numa medida tal, que mais tarde haveis de conhecer. O empenho do Senhor, como vosso maior Protetor e Guia Espiritual, consiste em vos livrar dos horrores de uma tempestade psicológica que pode desabar a qualquer momento, da qual anseia preservar-vos, como vosso verdadeiro amigo que é.

A par do que aí fica, já sabeis do movimento de seleção que se está desenvolvendo por todo o planeta, visando afastar dele todos aqueles que até hoje têm recusado ingressar no caminho do bem e da solidariedade humana. Aqueles que apenas se têm empenhado em contrariar as leis do amor e da bondade, preocupados exclusivamente em perturbar a paz e a tranqüilidade dos seus semelhantes, esses estão sendo definitivamente afastados da vossa convivência, para seguirem o caminho a que fizeram jus.
Estou, entretanto, plenamente convencido de que nenhum dos que estas páginas estudarem será banido da Terra, mesmo que este volume seja lido por algum daqueles infelizes irmãos acima referidos. Eu acredito tão decisivamente nas palavras que aqui vos deixo, pela intensa luminosidade que das mesmas se projetará até nas mentes mais opacidadas, nos Espíritos mais endurecidos, que até mesmo os aparentemente condenados ao desterro ou banimento da Terra, tudo hão de fazer para se modificar, e alcançarão finalmente a redenção. E se isto irá acontecer àquela classe de Espíritos, o que dizer dos amorosos irmãos que se preocupam sinceramente com o desenvolvimento das potências da alma?

Irmãos queridos: não sei se me fiz compreender como desejo, acerca da razão e da origem dos temporais que desde o início destes conselhos venho referindo. Suas causas são exclusivamente terrenas, não havendo forças espirituais capazes de impedir a sua eclosão. É como se acumulásseis pedregulhos sobre os vossos telhados, aumentando o depósito diariamente ou amiúde, com novos seixos. Um dia, quando o peso desses elementos excedesse a resistência do telhado, tudo viria abaixo com estrondo, esmagando-vos ou ferindo-vos seriamente.

Aí fica, numa imagem mais simples, explicado o fenômeno dos chamados temporais, que tanto podem ser psicológicos como reais, verdadeiros temporais arrasadores. Lembrai-vos então do vosso telhado. Começai a retirar os seixos de lá e fazei que vossos amigos e conhecidos façam o mesmo, tratando de os dissolver mediante a emissão diária, constante, permanente, de pensamentos bons, corretos, dirigidos ao Senhor do Mundo.

Que Nosso Senhor vos abençoe hoje e sempre, iluminando-vos o entendimento, é o que sinceramente vós deseja este vosso dedicado — Irmão Tomé.

¹ EGRÉGORO MENTAL: Forma astral gerada por uma coletividade. A respeito das cadeias invisíveis e da formação do ser coletivo a que o ocultismo chama egrégoro, diz G. Pharneg: “O pensamento, a vontade, o desejo são forças tão reais, mais talvez, do que a dinamite ou a eletricidade. Debaixo da sua influência, a matéria astral, que é tão plástica, faz-se compacta e toma forma. O fato está provado por inúmeras experiências. Se, portanto, algumas pessoas se reúnem num local, emitindo vibrações fortes e idênticas, pensamentos da mesma natureza, um ser verdadeiro ganhará vida e ficará animado de uma força, boa ou má, conforme o gênero dos pensamentos emitidos. Em princípio fraco e incapaz de atividade, prestes a dissolver-se se for abandonado a si mesmo, esse ser coletivo vai-se precisando à medida em que as reuniões aumentam; a sua forma torna-se a cada dia mais nítida e ele adquire uma possibilidade de ação cada vez maior. Calcule-se que força terrível não há de ter, ao cabo de 2.000 anos, por exemplo, o egrégoro de uma grande religião! Que poder não há de ter ela para auxiliar os seus adeptos ou puni-los oportunamente! (Dicionário de Ciências Ocultas, Editora O Pensamento, 1927).

32. APELO AOS PAIS E MESTRES – Livro: As Forças do Bem.





O Senhor do Mundo procede ao chamamento dos seus guiados terrenos para o cumprimento de deveres milenares muito sérios, que os mesmos têm descurado cumprir durante as existências passadas. São deveres inerentes a todos os Espíritos em evolução, e que não podem ser por mais tempo postergados.

Não ignoram os homens e mulheres do momento terreno, os compromissos assumidos ao baixarem ao planeta em sua presente encarnação, mas apenas os não recordam, mergulhados como estão no que chamam a “defesa dos seus interesses materiais”. O Senhor do Mundo bem compreende a situação de cada um nesse particular, e por isso deliberou aproximar-se dos encarnados para lhes recordar esses deveres e chamá-los ao seu cumprimento.

Os deveres em referência não importam de maneira alguma no abandono dos interesses materiais dos filhos encarnados, absolutamente. Importam, isso sim, em voltarem seus pensamentos também para aquela Fonte Suprema do Bem, que é Deus, e orar de todo coração em seu próprio proveito.

Voltando seus pensamentos para Deus ao fim de cada dia de trabalho, os filhos encarnados estarão recebendo em seu coração eflúvios altamente benéficos para sua existência terrena, e, por conseguinte, para a sua felicidade.

A vida, tal como está sendo vivida pela maioria dos encarnados, afasta-os lamentavelmente de seus verdadeiros objetivos espirituais, que consistem na aquisição de luzes e bênçãos através de boas obras, o que só existe em escala insignificante. Observada então do Alto, a vida que está sendo vivida pela grande maioria dos Espíritos encarnados, ressente-se da falta de harmonia e de amor até para com eles próprios, notando-se uma acentuada tendência para a materialidade grosseira, a terminar nos desregramentos.

Observa-se com tristeza, ainda, o encaminhamento errado que está tomando a mocidade atual, toda ela constituída de Espíritos já possuidores de envergadura moral e de um regular patrimônio espiritual, mas que, a prosseguir como vai, por falta de autoridade dos pais, terminará convulsionando o próprio ambiente em que nasceu, com grave prejuízo para a coletividade e para si mesma.
O Senhor do Mundo, que tantas esperanças depositou e ainda deposita nos jovens do momento terreno, elaborou planos destinados a modificar a situação presente, entre os quais se encontra um apelo aos pais e mestres, para que tratem de incutir preceitos de moral cristã nos Espíritos dos filhos e alunos, a fim de ser tentada, com probabilidade de êxito, a salvação destes Espíritos.

As doutrinas políticas em choque no mundo representam simplesmente ambições e interesses de domínio sobre a Terra, o que o Senhor do Mundo não pode tolerar por mais tempo.

Assim, pois, desejo dirigir-me hoje a todos os jovens de ambos os sexos presentemente na Terra, para lhes dizer que o momento que estão vivendo será decisivo em suas vidas. Desejo convidá-los à meditação e à prece diária da qual muito carecem para poderem atravessar os obstáculos em breve colocados em sua frente. Desejo advertir-vos, jovens que cursais as universidades ou vos preparais para isso, que a falta da meditação e da prece diária pode lançar-vos em tão profundo abismo como jamais podereis imaginar. A meditação e a prece diária, meus queridos jovens, têm o mérito de afastar de vós os maus conselheiros invisíveis que tudo fazem para perder-vos, quero dizer, para impedir que realizeis os planos magníficos que preparastes no Espaço para realizar na Terra, e se encontram gravados em vossa memória espiritual. A meditação e a prece diária farão com que os vossos projetos, tão pacientemente elaborados com a finalidade de contribuirdes para o adiantamento do planeta, vos sejam pouco a pouco revelados em vossa memória terrena, e bem cedo vos dediqueis à sua realização.

Jovens de hoje, meditai um pouco no que aí fica, e vereis como tem razão este vosso irmão mais velho, no conselho que aqui vos deixa. Se ingressastes nas universidades da Terra, deveis dar graças a Deus por isso, porque milhões de outros jovens não o conseguiram. E por que tereis vós sido conduzidos por mão divina à Universidade que cursais? Julgais porventura que isso aconteceu unicamente por vossa vontade? Em resposta devo dizer-vos que milhões de outros jovens também abrigaram e abrigam desejos de estudar como vós, tiveram e têm vontade de subir estudando, e no entanto não o conseguiram na presente encarnação. Vós o conseguistes porque a mão divina vos amparou e conduziu aonde vos encontrais. E para quê? Podereis dizer-me? Não foi certamente para vos tornardes elementos de agitação e de desordem, tentando perturbar a paz e a segurança dos vossos irmãos terrenos. Não foi certamente, irmãos meus, para vos tornardes ponto de apoio de teorias subversivas que falharam e falham nos países em que a ambição e a treva conseguiram implantá-las. Não, meus queridos jovens; não foi para isso que a mão divina vos conduziu às universidades terrenas, e sim para estudar, para desenvolver e recordar em vossa memória física conhecimentos adquiridos no passado, e dos quais necessitais para as vossas realizações. Sim, irmãozinhos meus, foi para estudar, recordar e aperfeiçoar conhecimentos, que ingressastes na escola em que hoje vos encontrais.

Mas eu bem sei que este também é o vosso desejo, o objetivo de vossas preocupações, o sonho dos vossos sonhos: melhorar as condições da vida atual, distribuindo o amor e a justiça entre os homens. Escutai-me, porém. Primeiro tratai de preparar-vos convenientemente; dedicai o vosso tempo só e só aos vossos estudos que são árduos e precisais dominá-los. E como sois médiuns todos vós, vosso ascendente mediúnico está sendo utilizado por vibrações maléficas que intentam transformar-vos em instrumentos da desordem e do mal, para prejuízo inteiramente vosso. Guardai bem isto: duas forças vos acompanham os passos desde o vosso nascimento. Uma delas, projetada pela Mente Divina, ampara-vos, ajuda-vos e vos conduz para a frente e para cima em vossos sinceros propósitos. A outra espreita muito de perto as vossas fraquezas, explora as vossas tendências, mínimas que sejam, para o lado inverso, procurando desviar-vos dos vossos verdadeiros objetivos. Se à última vos mostrardes acessíveis, se lhe aceitardes as sugestões que ela sopra sorrateiramente aos vossos ouvidos, ah! meus queridos; muito mais cedo do que podereis imaginar tereis perdido vossa atual encarnação, para não contardes com outra nos próximos milênios.

Vou tentar ilustrar o meu pensamento com uma imagem que certamente conheceis. Foi na vida de Nosso Senhor que o fato teve lugar. Havia o meigo Nazareno procurado refugiar-se da confusão do mundo, afastando-se para o deserto a fim de ali poder meditar mais tranqüilamente no caminho a seguir, depois da morte de João Batista. Deveis conhecer bem o fato porque ele vem relatado na Bíblia que todos ledes. Pois bem; entregava-se Nosso Senhor à meditação, quando surge uma Entidade dizendo-se possuidora de poder como ninguém mais, e oferece ao Senhor o domínio absoluto sobre a Terra, em troca de bem pequena coisa. Dar-lhe-ia riquezas, poder, e todas as coisas que imaginar pudesse, em troca, vede bem, em troca apenas de sua adoração à referida Entidade. Bem pouco, não é verdade, meus queridos? Este pouco, como sabeis, importava nada menos que em repudiar seu amor e obediência ao Pai Celestial que o enviara, para se consagrar ao Espírito das trevas. O resultado todos vós o conheceis: Jesus de Nazareth repeliu a oferta, e o impostor desapareceu no mesmo instante, ao ver malograda sua tentação ao Senhor.

Colocai em vós mesmos a imagem que vos recordo, porque vós igualmente vindes sendo tentados a deixar o caminho certo em que a mão divina vos colocou, porque necessita do vosso concurso, da vossa dedicação à obra do progresso moral da Terra, para serdes nada mais que instrumentos da destruição e da morte dos vossos irmãos. Escolhei, por conseguinte, o lado que vos parecer melhor, e que só pode ser o do estudo sincero, da meditação e das realizações científicas que Nosso Senhor vos confiou. Que o não decepcioneis, são os votos e o conselho que aqui vos deixa este vosso dedicado amigo — Irmão Tomé.