Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

XV - AJUDEMOS OS BOTÕES DE ROSA - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.






A vida dos Espíritos de todas as categorias, tanto daqueles que iniciam os primeiros passos como seres encarnados, seja neste planeta terreno já em certo grau de adiantamento espiritual, seja naqueles onde ainda impera a lei do mais forte, a vida de todos eles obedece aos mesmos princípios evolutivos, e há de os conduzir a todos ao mesmo alto grau de aprimoramento espiritual.

Aqueles que já mereceram viver na Terra e aqui têm vindo século após século, já se encontram numa fase que eu denominarei de média evolução, embora ainda se encontrem em seu meio almas bastante endurecidas. Por endurecidas eu desejo significar um não pequeno número de encarnados refratários aos ensinamentos esclarecedores da vida no Além e suas obrigações para com Deus e Jesus. São almas que ainda não abriram o coração aos ensinamentos do amor e da fraternidade, não podendo assim irradiar bondade e fé em torno de si, embora estes atributos se encontrem latentes em seu coração. É o mesmo que haveis de testemunhar ao tomardes nas mãos um minúsculo botão de rosa que em vão tentareis aproximar do olfato, visto como, sendo apenas botão, não pode exalar o delicioso perfume que somente a rosa perfeitamente aberta pode exalar.

Pois os nossos irmãos ainda na fase que chamamos endurecida, são outros tantos botões de rosa que ocultam no íntimo dos seus corações os belos sentimentos que hão de elevá-los um dia à categoria de Espíritos Superiores. Prosseguindo com a imagem dos botões de rosa, já sabemos que sua abertura plena depende entre outros fatores, de sua fase de crescimento e maior ou menor exposição aos raios solares. Também os nossos irmãos endurecidos hão de alcançar seu próximo estágio evolutivo de Espíritos de fé, segundo a circunstância em que se encontrarem em relação aos ensinamentos espirituais. Àqueles que tiverem a felicidade de conviver com outros irmãos esclarecidos, e ouvirem deles conselhos e ensinamentos para seus Espíritos, mais depressa se abrirá o coração ao amor e à fé, e mais depressa alcançarão também o seu próximo degrau espiritual.

Já os demais, os que viverem retirados dos centros de irradiação espiritual, e por isto privados do convívio com irmãos preparados que lhes ministrem os ensinamentos de que carecem, são botões de rosa criados à sombra, e só tardiamente poderão irradiar o perfume que se aninha em seus corações.

Disto se infere, por conseguinte, que não existem homens maus e homens bons porque assim tenham nascido, mas simplesmente porque diferente é o seu grau evolutivo, ou seja, a sua idade espiritual.

Nosso Senhor Jesus manda-me recomendar a todos os meus leitores, em face do exposto, que ajudem no que puderem a abertura dos botões de rosa que lhes estiverem próximos, por meio de pequenas palestras informais, conduzidas habilmente para esse objetivo, na certeza de que o que fizerem beneficiará igualmente a ambos: ao que recebe o ensinamento, iluminando-lhe o Espírito, e aos que o proferem, exercendo dessa maneira um mandamento divino: ensinar os ignorantes, estão com isso acrescentando luz aos seus Espíritos. É preciso contudo, agir com muita prudência e bastante paciência, não vão os ensinamentos que pretendem ministrar, provocar reação contrária da outra parte.

Nosso Senhor incumbiu-me ainda de recomendar aos estimados irmãos leitores deste volume, que se preocupem o que puderem com o nível de sua linguagem diária usada em suas atividades por que isso representa muito em relação ao maior ou menor brilho, de sua atual luz espiritual. Se um encarnado cujo Espírito se encontre classificado numa categoria bastante evoluída, usar habitualmente um tipo de linguagem incompatível com a sua categoria, devido quase sempre às circunstâncias do meio em que cresceu, uma certa névoa se formará em sua aura, empalidecendo-a de tal maneira que a mesma poderá ocultar-se aos próprios Espíritos Superiores. E quando este fenômeno se verifica, o que é deveras lamentável, esse encarnado poderá regressar a seu tempo ao plano espiritual de onde veio a Terra, em circunstâncias bastante desagradáveis para si próprio. Verificará então, que o desleixo com que viveu sua existência terrena, segundo o nível da linguagem que usou, ao invés de contribuir para o seu progresso, o que fez foi determinar o seu estacionamento sabe Deus por quantos séculos. Já tem acontecido que mesmo enquanto na Terra, encarnados que se afeiçoam ao uso de uma linguagem condenável por sua deselegância moral, encerraram sua vida física em situação bastante triste e dolorosa, com o corpo afetado por enfermidades produzidas exclusivamente pelos reflexos da má linguagem que tanto lhes agradava usar, julgando-se com isso originais. Acresce que um tal tipo de enfermidades a medicina terrena é impotente para curar porque entre vós não existem por enquanto certos medicamentos espirituais. Quer dizer: para enfermidades de origem moral, medicamentos espirituais; assim como para as de origem material, medicamentos terrenos.

Isto posto, meus prezadíssimos irmãos encarnados, quero oferecer-vos um ensinamento de grande utilidade para todos vós enquanto permanecerdes na Terra, e de experiência para os vossos Espíritos quando vos for dado regressar ao mundo espiritual. Quero referir-me ao costume bastante difundido entre os seres humanos de toda a esfera terrestre, de se dirigirem a Deus, o Pai Celestial, assim como a Jesus, o Senhor do Mundo, como se o fizessem a um igual, a um amigo que dispensasse certas normas de hierarquia ou demonstração do maior respeito vosso. Esse costume nós o verificamos largamente difundido, mais certamente por falta de ensinamentos por parte das diversas correntes religiosas existentes na Terra, do que propriamente pela índole de cada um. É necessário dizer a todos os encarnados que o ato de alguém se dirigir ao Pai Celestial ou ao Senhor do Mundo, e ainda às Entidades de sua devoção, deve ser precedido de uma demonstração de humildade tal, que uma vibração da maior pureza de sentimentos possa atingir no Alto a Entidade invocada. Costuma-se proferir uma prece, é verdade, antes do pedido. É necessário porém, que essa prece seja proferida pelo coração, mais do que pelas palavras declamadas porque essas palavras permanecem no ambiente e só o sentimento alcança o alvo visado — o Pai Celestial, o Senhor do Mundo ou as Entidades espirituais. Se aquele que necessita de algo e para adquiri-lo resolve dirigir-se às Entidades de sua fé, e o faz após a irradiação de uma prece verdadeiramente sentida e acompanhada de uma vibração harmoniosa de seu coração, e ainda isento daquela ânsia dos desesperados, mas tranqüila, serena, otimista, pode ficar certo de que o seu pedido se inscreveu por si mesmo nos arcanos espirituais, e seu atendimento já não necessita do beneplácito do Alto, porque o pedido levou toda a força requerida para se materializar sem mais demora. Argumentareis vós que em tal caso os aflitos, os desesperados, não poderiam ver-se atendidos em determinadas circunstâncias. Vosso raciocínio estaria certo por desconhecerdes o potencial enorme de um pedido feito por um ser encarnado em momentos críticos, num naufrágio ou grave perigo, por exemplo, em que não sobra tempo para a prece nem a meditação. Nesses casos, que são muitos por toda à parte, a vibração de socorro emitida pelos Espíritos em perigo é tão poderosa, que todos nós a identificamos no Espaço pelo traço luminoso característico produzido no éter que circunda a Terra.

Uma vez identificado esse traço, acorrem ao local as Entidades disso incumbidas, e o socorro é imediatamente prestado. Isto não quer dizer, contudo, que as vidas em perigo sejam todas salvas, mas algumas o serão, aquelas cuja hora de partir não tenha chegado para elas. As demais, as que não puderam ter sua permanência na Terra prolongada nesses momentos, são Espíritos cuja partida de regresso estava de antemão fixada, inclusive da maneira pela qual se verificar.

Isto sucede em virtude da lei que conheceis pela denominação de Causa e Efeito ou Lei do Karma. É ela que prescreve a maneira pela qual deverá desencarnar este ou aquele Espírito em peregrinação na Terra, cujos motivos o próprio conhece e conferirá em sua chegada de regresso ao seu plano espiritual.

Assim pois, desejo firmar ainda uma vez a necessidade de vos dirigirdes ao Pai Celestial, a Nosso Senhor, bem como aos vossos Santos preferidos, não em atitude de quem se sente em condições de ordenar que lhe enviem isto ou aquilo, mas em atitude de grande humildade, de muita bondade e doçura de coração, não se esquecendo de acrescentar ao pedido a condicional de se o merecerdes, inclusive se ele for justo e conveniente para vós. Quem assim a Deus se dirigir, quem assim pedir a Jesus seja o que for, demonstrará desde logo pela maneira por que o faz, que seu coração se encontra em perfeita harmonia com as Forças Superiores, e portanto em estado de merecimento. Muitas outras coisas eu desejaria ensinar-vos, meus queridos irmãos, para que mais depressa alcanceis a vossa meta espiritual. Como, porém, outros Instrutores aqui tereis depois de mim, eles certamente vos dirão o que faltar, e que tudo somado completará este valioso compêndio de ensinamentos espirituais que hão de ajustar-vos na vossa ânsia de alcançar a Luz Espiritual que ainda vos falta.

Adeus meus amiguinhos. Se porventura necessitardes de algum novo esclarecimento que em mim esteja, apelai mentalmente para o vosso dedicado irmão e amigo
ANTERO DE QUENTAL

Not. biogr. — Antero de Quental — 1842-1891 — Poeta-filósofo português. Nasceu em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Açores, em 18 de abril de 1842. Foi um dos caracteres mais nobres e um dos Espíritos mais profundos do Portugal moderno. Pertenceu a uma família ilustre por títulos nobiliárquicos e também literários. Feitos os primeiros estudos em sua Cidade, foi enviado a Lisboa, onde cursou o colégio fundado e dirigido por Antônio Feliciano de Castilho, e mais tarde para a Universidade de Coimbra, onde se bacharelou em Direito. Uma inteligência invulgar iluminava o Espírito de Antero de Quental, levando-o à produção de uma obra poética notável, e ao seu engajamento em virulenta e prolongada polêmica com outros poetas e escritores da qual resultou bater-se em duelo a espada, no Porto, com Ramalho Ortigão, do qual resultou um ferimento leve no pulso de Ortigão.

Sua vivacidade e madureza intelectual positivou-se também na área política, com a organização em Lisboa de um programa de “Conferências democráticas”, iniciadas em maio de 1871, tendo por companheiros outras importantes figuras da época, entre as quais Eça de Queiroz, Oliveira Martins, Manoel de Arriaga e Teófilo Braga. Estas conferências, porém, foram proibidas pelo marquês de Ávila, então presidente do Conselho de Ministros, o que levou Antero a dirigir-lhe uma carta “escrita com o fogo de sua legítima indignação”, segundo a crônica da época. Desgostoso com a situação em Portugal, Antero dirigiu-se aos Estados Unidos e depois à França, onde necessitou de consultar alguns médicos, inclusive Charcot. Regressando a Portugal bastante doente, retirou-se para a sua Cidade natal, de onde uma triste notícia em breve surpreendia toda a população culta: suicidara-se o grande poeta a 11 de setembro de 1891.

XIV - PODER MARAVILHOSO DA ORAÇÃO - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Atendo com a maior alegria ao honroso convite com que me distinguiu Nosso Divino Mestre e Senhor, para vir ao ambiente terreno grafar algumas palavras dirigidas aos Espíritos que aqui se encontram no cumprimento de mais uma encarnação. Sejam pois minhas palavras que por este meio dirijo aos meus estimados irmãos de todo o mundo, um convite que por minha vez lhes faço eu no sentido de que abram os ouvidos às vozes que do Alto lhes chegam, porque outro objetivo elas não têm senão o de procurar acautelá-los dos perigos que podem chegar a qualquer momento.

Todos os encarnados já sabem de sobra que a vida na Terra tem o seu limite, e que ao fim dessa existência todos devem desaparecer das vistas dos que ficam, uma vez que a matéria ficou oculta no seio da Terra. Disso todos os seres humanos estão perfeitamente cientes porque a Lei da Vida assim o determina desde o início da vida humana neste pequeno mundo de Deus. O que certamente uma grande maioria ainda não sabe, porque não procurou saber, é o destino a seguir que o Espírito faz após o decesso do corpo. E por não conhecer este destino, seja por falta de oportunidade para isso, seja por sua provável filiação a alguma corrente religiosa que ensina erradamente, que tudo acaba no túmulo, ou seja ainda pelo temor que lhe cause o estudo das leis espirituais que regulam e superintendem a vida de todos os seres; por não conhecerem este particular é que essa grande maioria se assusta ao lhe falarem do futuro do Espírito ao deixar seu veículo na Terra.

É precisamente para esclarecer a todos os encarnados que Nosso Senhor está dirigindo uma Grande Cruzada já iniciada na Terra por um dos seus mais dedicados servidores, o antigo Apóstolo Thomé, cujos livros repletos de ensinamentos e generosos conselhos já circulam pelo mundo em fora. Este Espírito que hoje vos fala, interrompeu as suas atividades no Alto a serviço do Senhor Jesus, para a seu convite vir juntar aos conselhos do bom irmão Thomé, e de outros irmãos que neste volume me precederam, a minha sincera palavra de fé, a palavra de quem tanto se empenhou no século passado em cantar em verso e prosa as belezas da vida terrena, a minha palavra de fé, repito, para vos dizer a todos do íntimo do meu coração, que é necessário desperteis já e já, sem mais demora, para o cumprimento de deveres que solenemente aceitastes ao reencarnar mais uma vez.

Quero dizer-vos ao ouvido espiritual que não deis ouvidos àqueles que costumam apregoar que o que deste mundo se leva é apenas o que dele se aproveita à sua maneira. Nada mais errado do que semelhante conceito, emitido invariavelmente por Espíritos bastante atrasados com aspirações de orientar os demais. Nada mais contrário aos postulados da verdade, quando sabemos que exatamente do quanto haja pertencido à matéria, seja na satisfação de seus apetites alimentares, seja no que respeita a toda outra sorte de prazeres, nada disso pode contribuir para formar a bagagem daquele que foi chamado de regresso ao mundo espiritual. É em conseqüência de semelhante equívoco que uma aluvião de almas permanece ao léu da sorte em meio aos encarnados, ora prejudicando a uns, ora tentando prejudicar a outros, exatamente por haverem levado toda a existência finda na ilusão de possuírem apenas o corpo sensível que perderam.

Eu vos direi então, meus irmãos encarnados, que a única bagagem que acompanhará a cada um dos vossos Espíritos em sua partida deste plano material, tem de ser constituída pelo valor das boas ações que houverdes praticado ao longo da vossa existência terrena, da essência dos vossos bons pensamentos dirigidos a Nosso Senhor Jesus Cristo, quando iluminados pela prece sincera de todos os dias, partida do vosso coração.

O Espírito que vive uma nova existência na carne, recebeu para isso uma permissão prévia das Forças Superiores, já vossas conhecidas pela designação de Forças do Bem que o são realmente. Para essa permissão cada um de vós encarnados apresentou um plano de vida que prometeu cumprir na Terra, assim que lhe fosse permitido reencarnar uma vez mais. Confiadas nessa promessa foi que as Forças do Bem autorizaram a reencarnação solicitada, designando também Guias e Protetores para acompanhar, aconselhar e proteger individualmente a quantos aqui reencarnaram. Esperaram porém, e ainda esperam as Forças do Bem, o cumprimento de uma parcela mínima que seja, daquilo que todos vós prometestes, mas, infelizmente já decorreram algumas dezenas de anos sem que a maioria dos encarnados se disponha sequer a meditar neste particular. O resultado só poderá ser o que tem sucedido a essa aluvião de almas que perambulam pela superfície da Terra sem direção nem objetivo, nisto podendo levar anos e anos, se alguma mão amiga se não compadecer delas e vier em seu auxílio.

É infelizmente uma verdade o fato provado através dos séculos, de se julgarem os seres humanos uma espécie de pequenos deuses na Terra, e se dispensarem de orar ao Senhor do Mundo como tanto necessitam. Eu vos direi de todo o meu coração, porém, que mais necessária se faz a oração ao Espírito do que o alimento ao corpo. Se quiserdes experimentar esta verdade, o que eu entretanto, não aconselho, podereis viver normalmente de vinte a trinta dias sem vos alimentardes, orando diariamente ao Senhor com todo o vigor da vossa fé. A oração tem poder maravilhoso sobre todo o organismo humano, irradiando sobre ele poderosas vibrações capazes de o manter num estado permanente de saúde, e aumentar dia a dia a luz espiritual daquele que ora.

Então devo dizer-vos com todo o vigor da minha fé de Espírito que cumpriu todos os seus deveres espirituais na Terra, Espírito que em milhares de vidas neste planeta adquiriu todo o progresso que alguém aqui possa adquirir — eu devo dizer-vos que todos vós estareis em tempo de voltar as vossas energias mentais para o cumprimento dos vossos deveres espirituais, traçando um plano de ação a partir de agora, mediante o qual possais ainda alcançar a meta que vos traçastes quando ainda no Alto. O artigo primeiro desse plano de ação, se me permitis, deverá ser a vossa determinação de vos colocardes diariamente em contato com o Divino Mestre, a quem pedireis perdão pelo que até agora não houverdes feito e forças e determinação de o fazerdes nos dias que vos restarem. Poderá parecer utopia a alguns leitores esta minha orientação, dizendo-vos que vos coloqueis diariamente em contato com o Senhor, por estarem esses convencidos — mal convencidos — de que o Senhor Jesus deve estar muito longe ou muito alto, e que não irá dar atenção ao que lhe pedirem ou disserem estes pobres peregrinos da Terra.

Em contestação a essa teoria tão profundamente pessimista, eu vos afirmo que o Senhor Jesus recebe e atende a todos os pedidos de seus guiados terrenos, sempre que estes saibam dirigi-los. Para isso é necessário estabelecer cada um primeiramente o contato com o Senhor, o que se faz por meio da prece-sincera, partida do íntimo da alma em recolhimento, em vez e apenas pronunciada com os lábios enquanto o pensamento vaga pelas coisas frívolas da Terra. Elevada a prece em tais condições, abra cada um o seu coração ao Senhor e conte-lhe as suas necessidades reais, exatas, ou seja, aquilo de que realmente precisa para a sua tranqüilidade e a dos seus. Nosso Senhor aprecia sobremodo a atitude dos filhos que assim se lhe dirigem e jamais deixou ou deixará de atendê-los.

É preciso esclarecer que todos os viventes humanos têm direito ao conforto, bem estar e tranqüilidade de Espírito, para que bem possam cumprir a existência em que se encontram. É entretanto necessário esclarecer igualmente, que os desvios morais, as infrações porventura cometidas contra as leis divinas e humanas, só contribuem para reduzir o poder mental de cada um para chegar ao boníssimo coração do Senhor Jesus. Corrijam-se, pois, aqueles que a seu próprio juízo tenham infringido aquelas leis; meditem o quanto puderem em tudo o que possa contribuir de agora em diante para tornar o seu viver particularmente feliz; entreguem a Nosso Senhor os seus problemas espirituais ou materiais, mas faça isto cada um com verdadeira unção em seus momentos de recolhimento, e eu lhes asseguro que dia virá, e bem próximo, em que estarão repetindo a outrem quanto eu aqui lhes deixo grafado no papel.

O primeiro passo em tal sentido é apenas este: fazer de Nosso Senhor o seu verdadeiro confidente e grande conselheiro, falando-lhe a sós em seu recolhimento como se o fizesse ao próprio pai material ou ao seu maior amigo. Este é em verdade o primeiro passo: pôr-se em contato direto com o Senhor para que o Senhor saiba que esse filho existe e precisa de algo. Isto feito, irmãos meus, tudo o mais vos chegará por acréscimo, porque o Senhor anseia verdadeiramente por entrar em contato com os filhos que vivem na Terra. Nosso Senhor escolherá então esses filhos, pelo conhecimento que lhe deram de um coração dedicado, e não apenas os atenderá pressuroso, como também os designará para o desempenho de tarefas que só os filhos encarnados podem desempenhar. Esta, por exemplo, que o meu intermediário vem desempenhando com tanto amor e dedicação, grafando para a Terra a palavra dos emissários do Senhor, é uma das tarefas que muitos dos leitores poderão também desempenhar, prestando ao Divino Mestre um serviço que só os encarnados podem prestar.

Eis aí ao vosso alcance uma tarefa que apenas requer boa vontade e dedicação sincera à causa de Jesus na Terra. Procurai exercitar-vos também com amor e dedicação porque no Alto sobram Entidades sinceramente desejosas de encontrar na Terra irmãos encarnados em condições de poderem servir ao esclarecimento da humanidade, servindo igualmente ao Senhor Jesus. A recompensa, irmãos meus, é um verdadeiro fanal a ser entregue no Alto, oportunamente, a quantos assim fizerem por merecê-lo.

Ora bem, meus queridos irmãos. Creio poder dar por bem cumprida a minha missão junto a vós, nestas palavras que vos deixo, e que são um pedaço de mim mesmo. Peço-vos que não vos contenteis em as ler uma vez; lede-as várias vezes com o pensamento neste vosso irmão e amigo, e eu de onde estiver farei por as tornar mais e mais clara, para que a sua luz se incorpore aos vossos belos Espíritos. Aqui se despede e vos abençoa em nome do Nosso Divino Mestre e Senhor, este vosso amigo
LONGFELLOW

Not. biogr. — Henrique Wadsworth Longfellow — 1807-1882. Grande escritor e poeta norte-americano. Nasceu em Portland (Maine) e desencarnou em Cambridge (Massachusetts). Foi professor de línguas vivas no Colégio Bowdoin, em Brunswick, e mais tarde na Universidade de Harvard. Entre os numerosos trabalhos de sua autoria, destacam-se a tradução da célebre elegia de Manrique sobre a morte de seu pai (Coplas de Manrique) precedida de um estudo sobre a poesia moral espanhola; o poema Evangelina e o Canto de Hiawatha, nos quais descreveu com felicidade a natureza americana. Suas pequenas poesias são encantadoras pela delicadeza do sentimento um pouco melancólico e pela justeza da expressão. Entre os trabalhos de Longfellow encontram-se mais de trezentas traduções de autores de diversas nacionalidades, na série Poetas e poesias da Europa, publicada em 1845; uma bela tradução de Dante em 1867-1870, e a Divina Tragédia, drama tirado do Evangelho, em 1871.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

XIII - OS DESÍGNIOS DE DEUS Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Os desígnios de Deus representam em verdade leis imutáveis e perfeitas, que regulam e presidem a vida espiritual em todos os mundos do Universo. Os desígnios de Deus cumprem-se portanto em todos os mundos habitados, quer se trate de habitantes revestidos de invólucro carnal, mais ou menos denso, como de Espíritos livres da matéria, habitando mundos espirituais. Em qualquer das circunstâncias, pois, os desígnios de Deus são integralmente cumpridos por todos os seres encarnados ou não.

São ainda os desígnios de Deus que determinam e presidem a evolução dos planetas em todo o Universo infinito, com fases e épocas predeterminadas para a sua ascensão ao grau imediatamente superior àquele em que se encontram. Isto sucede igualmente na escala evolutiva de todos os seres, de tal maneira que a nenhum vivente é permitida a sua estagnação indefinidamente num mesmo grau evolutivo. Da mesma maneira que aos viventes na Terra se torna indispensável o alimento do corpo, para cuja obtenção o indivíduo tem necessidade de se movimentar, seja ele o mais ínfimo organismo ou o próprio ser humano, assim na vida universal tudo se movimenta por essa força incoercível que reside no íntimo do próprio ser, impelindo-o para frente e para cima, segundo a Lei que preside e dirige a própria vida.

A ninguém e a nada, portanto, é permitido estacionar indefi-nidamente, manter-se aferrado ao mesmo ponto em que o colocaram os desígnios de Deus, porque o próprio ser possui no íntimo essa força incoercível que o obriga a movimentar-se nesta ou naquela direção. Aquele que tiver a felicidade de se movimentar na direção certa, que é aquela que impulsiona o ser para frente e para cima, esse está seguindo o caminho de sua própria evolução de acordo com os desígnios de Deus.

Ora bem, meus caros irmãos e amigos terrenos. Já mencionei que o que sucede aos seres viventes, sucede igualmente aos planetas que giram continuamente no Espaço, conforme está hoje em dia matematicamente demonstrado. E esses planetas vivem por sua vez a vida que lhes é própria, porque sua constituição representa a reunião de uma infinidade de células e moléculas agregadas por força do próprio dinamismo que as conserva unidas, necessitando por sua vez de alcançar conjuntamente os degraus que à sua frente se encontram na escala evolutiva que lhes é própria.

A Terra, sendo como é, um membro ativo dessa imensa família planetária, está  determinado a alcançar um novo degrau, a fim de que por sua vez possa oferecer melhores condições de vivência aos seres espirituais destacados para povoá-la,  já com enorme volume populacional constituído por Espíritos que atingiram ao mais alto grau na escala espiritual. E como esses Espíritos já alcançou em sua evolução muito maior grau do que a Terra lhes pode oferecer, há que modificar então as condições planetárias da Terra, para que esse tipo de habitantes possa aqui permanecer.

Usei desta digressão mais ou menos sucinta acerca da vida e evolução planetária, para justificar as modificações a serem introduzidas em breve neste vosso planeta, as quais hão de certamente determinar alguns acontecimentos extraordinários em sua superfície, para vós, e em profundidade para as Forças Espirituais incumbidas da orientação, vida e segurança da Terra.

O que possa acontecer em meio à vida terrena não deve causar pânico a ninguém, assim como um grupo de operários não incomoda aos observadores de suas atividades, mesmo quando se trate da demolição de alguma pedreira gigantesca ou conjunto de edifícios, porque aos observadores não escapa a idéia de que eles o fazem para modificar para melhor, seja o desmonte da pedreira, seja a demolição citada, para erguer em seu lugar um novo e portentoso edifício.

Assim pois, meus caros irmãos encarnados, quando ouvirdes surpresos o eco ainda desconhecido, resultante da operação transformadora da superfície da Terra, eco que tanto poderá assemelhar-se àquele proveniente do trovão mais aterrador, como produzido pela expansão de gases acumulados no interior do solo a que denominais terremoto; quando entre surpresos e assustados ouvirdes o eco de tais acontecimentos, procurai manter-vos em absoluta calma, com o que vos constituirdes um ponto de apoio das Forças Espirituais Superiores que orientam esses fenômenos no solo terreno. Para que assim possais manter-vos, será bastante vos recordar, do que aqui vos informo, e estabelecerdes in continenti vossa ligação telepática com a Misericórdia de Nosso Senhor Jesus, cuja assistência ou socorro, se for o caso, prontamente vos chegará. Nada temais, irmãos meus. Os trabalhos realizados no subsolo devem ser provavelmente ruidosos, projetando-se mesmo na superfície em certas regiões do mundo. A transformação pla-netária da Terra assim o exige, no cumprimento ainda dos desígnios de Deus relativos ao vosso mundo.

Eu bem sei que ao ler-me, vosso pensamento se dirige preocupado para os vossos familiares, amigos e conhecidos desta vida que viveis. Eu vos direi que vos liberteis dessa preocupação afetiva que porventura dominar os vossos pensamentos, transferindo-a integralmente a Nosso Senhor Jesus, o Salvador de Almas da Terra, porque antes de tais operações se iniciarem, providências foram tomadas para socorrer a todos os filhos em todas as latitudes. Sendo, como é, o Senhor Jesus, o refúgio certo de todos os filhos encarnados na Terra, é para Ele, para o Mestre Divino que todos devemos apelar em nossos momentos de dificuldades como de prova, valendo-nos exclusivamente da fé que devemos implantar e desenvolver em nosso coração.

Está prevista, é certo, ao longo dos meses e anos que durar o processo de transformação do solo terreno, — está prevista a desencarnação de boa parte dos seres atualmente encarnados, não pelo motivo dessa transformação, como à primeira vista possa parecer-vos, mas precisamente porque essa desencarnação foi prevista antes de sua vinda na presente existência, e assim apenas se cumprem os desígnios de Deus. Todos sabemos que a vinda terrena tem um limite em cada indivíduo, e todos regressam a seu tempo ao plano espiritual, o que muitas vezes fizeram antes mas não se recordam. A felicidade que cada ser humano poderá alcançar agora, ao término de sua presente existência, decorrerá, isto sim, do maior ou menor grau de fé que houver implantado em seu coração. E o que vem a ser a fé? — poderão alguns indagar. A fé, meus caros irmãos, é o sentimento mais delicado e sublime que o ser humano poderá construir para toda a sua existência infinita. Pela fé entrará o homem como a mulher, e também a criança, em comunhão direta com as Forças Espirituais Superiores personificadas por Nosso Senhor Jesus; pela fé o Espírito encarnado adquire os bens espirituais e também materiais que devem ornar sua personalidade na Terra; pela fé o recém-desencarnado desfere um vôo sublime do solo terreno ao plano espiritual condizente com a luminosidade de sua própria fé; pela fé o ser humano entra em comunicação com as Forças do Bem sempre que o desejar, bastando-lhe para isso abrir-lhes o coração puro, isento de todos os sentimentos negativos ainda existentes no mundo terreno; pela fé, finalmente, o homem como a mulher transforma o mal em bem, a doença em saúde, a morte em vida, a tristeza em alegria, enfim, tornam-se possuidores de um grau tão elevado de felicidade só limitado pela própria vontade.

Eis aí, amigos que muito prezo, o que Nosso Senhor Jesus me recomendou viesse dizer-vos por este meio, um irmão cujo nome talvez jamais tenhais ouvido pronunciar, porque em verdade muito poucos encarnados têm tido conhecimento de que vivi na Terra inúmeras vezes a serviço do Divino Mestre. Meu nome deve constar dos primórdios do Cristianismo, época em que dei ao planeta o máximo que meu pobre Espírito pôde dar. Recebei pois as saudações daquele que daqui partiu há longos, longos anos, com o nome de
PLUTARCO

Not. biogr. — Escritor grego dos mais notáveis. Nasceu em Queronéa, na Beócia, entre os anos 45 e 50, e desencarnou na mesma cidade no ano 125. Durante sua primeira educação na terra natal, as lições dos mestres eram completadas pelas narrações de seu avô Lamprias, e pelos conselhos de seu pai Ninarco. Aos vinte anos foi para Atenas, onde completou seus estudos de retórica e ciências. Foi eleito deputado a Corinto, junto ao procônsul Achaia. Visitou o Egito e esteve várias vezes em Roma durante o reinado de Vespasiano, onde pronunciou conferências. Visitou vários outros lugares da Itália, regressando em seguida à cidade natal onde viveu o resto da vida. Informam os biógrafos que Plutarco deu o exemplo de todas as virtudes de família; iniciou na filosofia sua mulher Tinmoxena e seus filhos, viveu num circuto de pessoas amáveis e instruídas, das quais ele era o oráculo; exerceu em Queronéa as mais altas funções da magistratura e fez parte do colégio sacerdotal de Delfos. Plutarco escreveu um grande número de obras sobre os mais diversos assuntos, cujo estilo revela no seu autor uma leitura inteligente, familiar com o vocábulo filosófico e científico. Muitas de suas obras perderam-se; outras foram mutiladas ou resumidas. Conta-se que alguns escritos apócrifos foram introduzidos na coleção de suas obras. Distinguem-se, porém, no conjunto das produções de Plutarco, dois conjuntos: as Obras Morais e as Vidas Paralelas. As primeiras tratam dos mais diversos assuntos, menos de biografias. Mas o que sobretudo tornou popular o nome de Plutarco foram as Vidas Paralelas, obra geralmente conhecida pelo nome de Vida dos homens ilustres, que continua obtendo enorme êxito ainda nos tempos modernos. A obra completa de Plutarco encontra-se nas séries Teubner e na Biblioteca Didot. A edição da Moralia com Index Graecitatis de Wyttenbach (1795-1830) recomenda-se como trabalho valioso.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

XII - NÚCLEOS VIBRATÓRIOS POSITIVOS - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes





Aconteceu certa vez num mundo pertencente ao mesmo sistema solar da Terra, proceder-se a uma reforma fundamental na maneira de viver de todos os seus habitantes, para que melhor aproveitados fossem os anos por eles vividos nesse mundo. Com uma antecedência de mais de um século, vinham os habitantes desse mundo sendo preparados espiritualmente para a referida reforma, quer por meio do aparecimento entre eles de Espíritos Superiores que se mostravam e lhes dirigiam sua palavra audível, quer durante as horas de repouso do corpo, tal como sucede aos terrenos nos tempos que correm.

Para bem se avaliar as disposições da população desta esfera ou mundo de Deus, foi lançada uma espécie de proclamação a todos os recantos habitados, na qual se lhe dava conhecimento amplo do fato em perspectiva, pedindo resposta positiva de haverem os homens e mulheres tomado conhecimento de tudo, tal era o desejo das Forças Superiores de dar ciência a todos os habitantes do que se aproximava.

Sucedeu que a população do mundo em referência, já um pouco mais evoluída do que a que na Terra atualmente se encontra, aceitou de pronto o que se anunciava e preparou-se atentamente para receber os acontecimentos. Verificou-se então no Alto, com muito agrado, que mais de quatro quintos dos habitantes haviam manifestado por meio de vibrações mentais uns, e em Espírito outros, durante o sono, não apenas a sua concordância com os fatos anunciados, como ainda a disposição de formarem núcleos vibratórios destinados a auxiliar o processo que lhes era comunicado.  

A formação de núcleos vibratórios positivos, por parte dos habi-tantes do planeta em referência, consistia na reunião semanal do maior número possível de seres viventes naquele mundo, nas instituições nele existentes para variados fins, cujos salões nos dias designados se destinavam única e exclusivamente à concentração mental dos habitantes presentes, cujas vibrações eram então captadas pelas Forças Superiores e unidas às de todas as demais reuniões. O volume assim construído semanalmente pelas concentrações de mentes em favor da reforma da vida planetária daquele plano de vida, teve um efeito que poderei com muita propriedade classificar de maravilhoso.

Com efeito, um trabalho vibratório de tal natureza, repetido religiosamente todas as semanas, teve o mérito de promover a desejada reforma moral e física do planeta sem maior abalo para a sua população. Eu vos explicarei então como tal coisa foi possível, se um dos pontos a reformar era precisamente a parte moral da população, que se mostrava decadente de século em século, e necessitava, evidentemente, de ser reformada. Eis então como as coisas se passaram, com muito agrado das Forças Superiores. Reunindo-se semanalmente, como disse, cerca de quatro quintos da população planetária para emitir exclusivamente pensamentos bons, firmes, de auxílio em favor da reforma anunciada, e para que a mesma se processasse sem dano para as suas pessoas, estas estavam em verdade promovendo a própria reforma moral de que necessitavam, em face da lei mental que nos ensina a emitir pensamentos bons, puros, limpos, em favor de outrem, para recebermos em troca vibrações da mesma natureza.

Ora, a determinação adotada pelos habitantes do plano, prolongada por vários anos a fio, visto como haviam sido informados ser aquele o único meio de poderem salvar a própria pele, o que realmente lhes interessava, esses habitantes passaram a receber uma contrapartida do que em verdade emitiam, e ao cabo de alguns anos desta prática, quando lhes foi anunciado estar a reforma praticamente terminada sem que tivessem sido molestados, verificaram as Forças Superiores daquele mundo, ser já de teor bastante elevado o nível mental de mais de oitenta por cento da respectiva população.

Alguns cataclismos verificados na estrutura do planeta em questão, em face da atitude mental de sua população, registraram o desenlace de um número assaz reduzido de almas, precisamente entre os que deixaram de cooperar com a grande maioria. É preciso que fique bem claro, para o necessário entendimento de todos, que Deus, ou melhor, o Governador deste como os dos demais planetas do Universo, não tem o mínimo interesse na desencarnação das almas que em cada um deles se encontram em missão de aprimoramento moral. Absolutamente, irmãos encarnados; o Senhor Jesus, por exemplo, a quem o Pai Celestial entregou a humanidade destinada a evoluir na Terra, não deseja de maneira alguma que seus guiados terrenos deixem o mundo, por exemplo, aos quarenta, cinqüenta ou sessenta anos de idade, se todos poderiam alcançar os oitenta ou mais, enriquecendo ao máximo o seu patrimônio espiritual.

Desta sorte, o número de vindas à Terra em corpo físico ficaria bastante reduzido, e esses Espíritos, muito mais rapidamente ascenderiam a planos espirituais muito mais elevados, o que vale dizer, passariam mais cedo a uma vivência de indizível felicidade.

Ora bem, meus irmãos encarnados; esta pequena história que aí fica, é um relato fiel, embora sucinto, de acontecimento realmente verificado, sem o que eu não poderia trazê-lo ao vosso conhecimento. Ela serve muito oportunamente para que possais vós próprios ajuizar do que podereis conseguir também em favor de toda a população terrena, se outros quatro quintos dela se dispuserem a irradiar semanalmente, vibrações de alto teor moral em prol da transformação do mundo em que atualmente viveis mais uma existência na carne. Se vossos líderes espirituais, vossos dirigentes religiosos, ou mesmo os diretores das vossas associações puderem capacitar-se do grande bem que advirá para toda a população de uma prática sistemática da concentração mental assim dirigida, ah! meus irmãos estimados! vossa alegria e felicidade não terão limites quando em breve testemunhardes haverdes atravessado uma fase de grandes sofrimentos sem deles haverdes participado.

Amigos meus, irmãos meus: quem assim vos fala recebeu instruções para isso emanadas do Nosso Divino Mestre e Senhor Jesus, a quem adora e venera há muitos séculos pela grandeza, misericórdia e magnanimidade do seu coração. Quem assim vos fala deixou este mundo há mais de dezoito séculos, tendo em sua última jornada recebido a pesada tarefa de cingir uma coroa imperial que honrou até ao último momento. Já então meu Espírito se afeiçoara ao Divino Salvador de Almas, e os meus atos só fizeram aumentar de muito as luzes com que reencarnei. Para alcançar o êxito que alcancei à frente do antigo império romano, eu devo confessar-vos com toda a sinceridade, eu dedicava horas certas no dia para orar ao Senhor, dando conta dos meus atos com as justificativas de cada um, e rogava com toda unção a sua inspiração e guia para aqueles que eu devesse praticar nos dias subseqüentes. Devido a isto, e unicamente a isto, eu devo o acerto com que me houve na direção dos povos que me foram entregues. Sou profundamente grato às referências dos historiadores à minha humilde pessoa, as quais eu transferi integralmente ao meu Divino Mestre e Senhor.

Todos vós que estas linhas tiverdes sob os olhos, deveis considerar-vos outros tantos imperadores, porque na realidade assumistes tarefas semelhantes ao baixardes a Terra para construir lar e família que tendes por dever governar. E para que o façais a contento do Senhor, e d’Ele possais receber as graças e luzes de que ainda careceis, não há senão fazer como eu próprio fazia diariamente: apresentar-lhe vossos atos com as justificativas que os determinaram, e rogar-lhe inspiração e guia para os dias subseqüentes.

Meus irmãos estimados: se assim vos decidirdes daqui para o futuro, eu vos absolvo do mal que porventura possais ter praticado no passado, com a justificativa de que não existe uma única Entidade Superior que não tenha falido em seus princípios. No dia, porém, em que decidiram praticar somente o bem, e o que mais é, comunicar-se regularmente como seu maior protetor e amigo que é, incontestavelmente, o Senhor do Mundo, a partir desse dia sua vida se transformou fundamentalmente, e ei-los em pleno gozo de uma felicidade que a linguagem é incapaz de traduzir. Vós todos, por conseguinte, que nestas linhas meditardes, podeis ascender desde agora àqueles planos de luz e bem-aventurança que há séculos vos espera. Decidi-vos pois, eu vos suplico com todas as forças do meu coração: começai já e já a prestar vossas contas ao Senhor Jesus, e vereis com alegria o quanto essa prática serviu para impulsionar o progresso dos vossos belos Espíritos. Aqui se despede e vos abençoa em nome do Senhor Jesus, aquele que passou à história com o nome de
MARCO-AURÉLIO

Not. biogr. — Marcus Aurelius Antoninus Augustus — 121-181 — Imperador romano famoso pela sua cultura filosófica, retidão de caráter e sentimentos humanitários. Ascendeu ao trono na idade de quarenta anos, realizou um reinado de grandes benefícios para o povo, em que foram suavizadas várias leis: os escravos receberam novas garantias; as leis penais e o poder dos pais de família foram atenuados; as cidades foram protegidas com a criação de curadores encarregados da administração, e os menores pela criação de um pretor de tutela; o direito de sucessão foi dado ao parentesco natural; foram criados os registros do Estado e civil, e desenvolvida a instituição alimentar.

Seu poder foi freqüentemente desafiado pela sublevação de várias províncias do império, sendo necessário sustentar anos seguidos de guerra para pacificá-las. Os bárbaros do Danúbio e da Armênia talavam a ferro e fogo as províncias e ameaçavam de perto a Itália, tirando ao imperador todo o descanso. Por fim desenvolveu-se, por todo o império uma peste mortífera que arrebatou ao imperador seu grande amigo Lucius Verus, com quem partilhava o governo do império como segundo imperador. Marco-Aurélio valia-se então da sua fé em orações, sacrifícios e concentrações, para conseguir da Divindade a cessação do mal que assolava o império, o que conseguiu ao cabo de algum tempo. Este grande imperador veio a desencarnar no Danúbio aos 59 anos de idade, após haver vencido lutas armadas bastante árduas, contra ambiciosos e descontentes com seus métodos humanitários de governar.

Foi-lhe erigida uma estátua de bronze dourado na praça do Capitólio, cm Roma, a qual tem sido requestada por vários governantes para suas próprias regiões. Bustos de Marco-Aurélio foram colocados nos museus do Vaticano, dos Ofícios, dos Studi e do Louvre, a fim de perpetuarem perante as gerações futuras, a personalidade deste Grande Espírito que foi imperador romano no Século II da era cristã. Sua estátua em bronze dourado encontra-se atualmente defronte do paço de Latrão.