Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

XXXIII - A PRECE ATRAI SOCORRO E PAZ Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





O movimento espiritual que neste momento se processa nos planos mais próximos, é de tais proporções e diversidades, como não há memória de outro igual em toda a vida deste planeta. Ajustam-se planos de trabalho a ser desenvolvido no solo terreno, preparam-se trabalhadores para mergulhar no ambiente que circunda a Terra, retocam-se detalhes dos trabalhos a serem aqui empreendidos, medem-se e calculam-se distâncias e profundidades para que nada falte na obra imensa, quase ciclópica, a ser executada em profundidade no planeta que habitais, objeto de grandes transformações em perspectiva.

Como todo trabalho cuidadosamente planificado, este a que me refiro foi previsto para um período mais ou menos longo, é verdade, mas seu início a bem dizer já foi dado em vários setores e aí prossegue o seu curso. Cientistas, engenheiros, médicos e outras categorias especializadas, convocadas e instruídas em seu respectivo setor, encontram-se a postos com os elementos necessários ao desempenho de suas tarefas, inclusive a companhia de numerosos auxiliares e assistentes, para darem começo à sua parte. Não haverá nenhum exagero em referir aqui, para que os leitores possam fazer uma idéia aproximada do valor desses trabalhos, que todos os Espíritos de Luz que passaram pela escola terrena se encontram mobilizados neste momento.

De tudo se deduz, por conseguinte, que o que vai acontecer ao mundo terreno a partir de agora, é de molde a levar à meditação quantas almas aqui se encontram na vivência de mais uma existência terrena. Não necessitarei de repetir o que outras Entidades disseram acerca das modificações a serem operadas na Terra, com base, algumas delas, em grandes profundidades do solo, e isto porque todos os leitores já se encontram preparados para elas. Também não perderei palavras em tentar conduzir-vos para Jesus, Nosso Mestre e Senhor, porque o assunto já se encontra perfeitamente claro em vossas mentes, e todos vós, segundo observações feitas do Alto, já estais seguindo esse caminho com maior ou menor dose de fé. Não perderei palavras, por conseguinte, para repisar este assunto, embora ele constitua, por assim dizer, o artigo primeiro do primeiro capítulo.

Falarei então de assunto que suponho do maior interesse para quantos se encontram presentemente habitando corpo humano, em mais uma existência terrena, e sei de antemão que todos o apreciareis sobremodo. Quero referir-me neste capítulo que o Senhor me incumbiu de redigir, ao que se relaciona com o comportamento de cada um de vós em face de acontecimentos que devem positivar-se em breve sobre a face da Terra. Dada a natureza excepcional desses acontecimentos, pode suceder que o seu advento venha a produzir surpresas bastante fortes para os desprevenidos, podendo muitos seres humanos deixar-se tomar pela idéia insistentemente propagada de tratar-se do fim do mundo, o que não é absolutamente verdade.

A Terra não está em absoluto para acabar, como certos pseudo-cientistas apregoam; antes pelo contrário, este mundo terreno está sendo objeto de atenções especiais por parte do Senhor do Mundo, devendo a vida tornar-se em breve mais humana e mais fácil de ser vivida do que agora. As modificações em andamento a se positivarem na estrutura terrena, visam precisamente à preparação de condições mais favoráveis aos seres humanos, tendo-se em vista estas duas circunstâncias: a duplicação ou até a triplicação da população atual, e a vinda para a Terra de Espíritos possuidores de grande evolução, para constituírem a população dos próximos séculos. Não existe, por conseguinte, nenhuma possibilidade, por mínima que seja, de terminar a vida neste planeta, ou seja, de o mundo acabar agora ou daqui a algum tempo. Assim pois, meus caros leitores, a única circunstância à qual todos deveis dar vossa atenção, é à maneira de todos vos comportardes aos primeiros rumores, fatos ou acontecimentos que porventura se manifestarem, seja perto ou longe do local em que vos encontreis.

Como comportamento, desejo significar a atitude mental de cada um dos seres humanos de todas as idades, uma vez que o fato será geral, podendo abranger ora uma ora outra região do solo terreno. A melhor norma, pois, de comportamento, aquela que será capaz de dar paz e tranqüilidade aos Espíritos encarnados, é o estado de comunhão espiritual com as Forças Superiores, também designadas por Forças do Bem. O estado de comunhão com essas Forças, já o sabeis, adquire-se, ou melhor, realiza-se por meio da prece ou oração proferida com toda a convicção de quem sabe que está movimentando uma Lei Divina, que é no caso a Lei da Oração. Através da prática desta Lei todo o socorro prontamente se apresenta no local reclamado, podendo cada qual convencer-se da grande verdade multimilenar, de que, desde que o Universo existe, nenhuma prece ainda se perdeu. E não se perdeu pelo fato em si, de que tendo sido a prece criada paralelamente à criação do Universo, tudo quanto no Universo se encontra está estreitamente relacionado com a prece.

Talvez vos surpreendais em eu vos dizer que a prece se encontra presente em todas as manifestações da Natureza. A água que desliza no leito de um córrego, segue balbuciando uma prece ao Criador ao descer aqui e ali, num desnível do leito ou no choque verificado contra as pedras que nele se encontram. O boi, o cavalo, a cabra como o carneiro, ao erguerem a cabeça no pasto ou onde quer que se encontrem para emitir o som próprio da espécie, estão emitindo com ele a sua prece, algumas vezes de contentamento pela fartura de alimentação que defrontam, outras vezes implorando algo que necessitam ou desejam realizar. Podem os homens não entender completamente o que dizem os animais em sua prece, porem o Criador os entende e abençoa. A prece é, por conseguinte, o recurso mais pronto e mais eficaz ao homem em quaisquer situações. Demais não será dizer-vos, meus caros irmãos leitores, que ela nunca vos foi tão necessária no decorrer da vossa existência multimilenar como o será nos dias que se aproximam. A prece individual atrai o socorro, a paz e a tranqüilidade do Espírito; mas a prece coletiva, essa realiza verdadeiros milagres. Nós que vivemos hoje a vida de Espíritos livres no mundo espiritual, temos por hábito reunir-nos diariamente em horas predeterminadas para orarmos juntos, para realizarmos a prece coletiva, menos em nosso próprio proveito do que no vosso, irmãos encarnados. Observando do Alto as vossas necessidades de harmonia, precisamente pela ausência do hábito da prece, nós que tanto desejamos a vossa felicidade, procuramos suprir essa deficiência orando coletivamente por vós neste plano de vida terrena. Não penseis, contudo, que nos sereis devedores de algo por essa nossa prática em vosso favor. Absolutamente nada nos ficais a dever por isso. A prece contém em si mesma, nas vibrações que emite, esta beleza imensa: beneficia aquele que a faz em seu próprio favor, de maneira precisa, total. Porém, quando emitida em favor de outrem, então ela se desdobra em duas parcelas absolutamente iguais, sem que nenhuma delas seja inferior à sua totalidade: ela beneficia aquele em favor de quem é feita, e, em igual parcela beneficia quem a emitiu. Está nisto, por conseguinte, uma demonstração a mais do valor prodigioso da prece, uma das mais belas criações do Senhor, Nosso Deus. 

Constitui ainda hoje um dos mais belos trabalhos a serem realizados na Terra, ensinar as gerações novas a orar. E tanto mais se adiantem os trabalhos neste sentido, tanto mais as gerações se aproximarão de sua verdadeira felicidade. Ensinar desde os primeiros anos a criança a balbuciar as palavras da prece, representa pra quem o faz, o mesmo que estar iniciando no coração da criança a iluminação do seu Espírito. Dessa iluminação desde os primeiros anos de uma nova existência terrena, desenvolver-se-á nesse pequenino coração o hábito de se comunicar com Deus, Nosso Pai Celestial, cuja assistência e proteção jamais lhe faltará pelos anos em fora. Não há nenhum exagero em eu vos dizer que estatísticas cuidadosamente levantadas no Alto, demonstram que os Espíritos que na Terra se têm desviado do caminho reto, encontram-se entre os que não aprenderam a orar em crianças, ou o fizeram desprovidos da necessária explicação doutrinária, ministrada por seus responsáveis. Verificamos então que das crianças acostumadas à oração diária, em noventa por cento dos casos resultaram homens e mulheres corretos, quando não até modelos de criaturas humanas no desdobramento de sua existência.

Uma conclusão daí se retira, para a qual desejo chamar a atenção de todos os meus leitores: a da conveniência, da imperiosidade mesmo, para todos vós que fostes distinguidos na Terra com a dignidade de receberdes filhos em vossos lares para criar e educar, de acostumá-los desde bem cedo ao hábito da oração a Nosso Senhor, infiltrando em seus mimosos corações as vibrações maravilhosas que os ajudarão a vencer, na vida que iniciam, todas as dificuldades e obstáculos que não hão de faltar.

Este é o conselho que venho trazer-vos no capítulo que vim redigir por solicitação de Nosso Senhor, oportunidade que eu quis aproveitar para reeditar palavras e atitudes que tanto dignificaram minha última passagem pela Terra. Do Alto onde hoje vivo, contudo, muito tenho sido solicitado a intervir em favor de muitos milhares de filhos que aqui viveram e de outros que ainda vivem, quando em suas dificuldades se lembram deste velhinho.

Aqui me despeço com saudades imensas deste plano onde tanto procurei servir ao Senhor Jesus, servindo aos meus irmãos necessitados de todas as categorias. Continuai então a dispor, sempre que necessiteis, deste Espírito que tanto vos quer e estima em seu coração.
ANTÔNIO DE PÁDUA

Not. biogr. — Antônio de Pádua — 1195-1231 — Religioso franciscano português. Seu nascimento é dado por uns como ocorrido em Beja, e por outros em Lisboa, a 15 de agosto de 1195, filho do nobre Martinho de Bulhões e D. Teresa Taveira, “senhora de ricos dotes de alma e inteligência”. Tendo concluído o curso de humanidades em Lisboa dirigiu-se a Roma com o fim de obter um favor do Papa, e ali ingressou no estudo da religião.

Possuidor de inteligência incomum, Antônio adquiriu rapidamente o curso de teologia, passando, muito jovem ainda, a lecionar essa matéria na Universidade de Pádua. A circunstância de ter vivido vários anos nessa cidade levou os paduanos a chamá-lo mais tarde Frei Antônio de Pádua, “o filho mais querido da casa de S. Francisco”.

Antônio de Pádua foi pregador exímio, cuja palavra arrebatadora empolgava as multidões. Santo Antônio é tido no mundo cristão como descobridor das coisas perdidas. Conta-se que a origem dessa crença foi a seguinte: Estava Frei Antônio em Montpellier, França, ensinando teologia aos jovens frades, quando um dos noviços desapareceu do convento levando consigo o livro dos salmos comentado pelo Frei Antônio, uma preciosidade naquela época de falta de livros. O livro fazia falta ao Santo, no ensino, e o mesmo lamentava, sobretudo, o grave pecado do ladrão. Pôs-se então a rezar pelo pecador, pedindo na oração que o livro lhe fosse restituído, pois que dele necessitava para a continuação do ensino. A prova de que o Senhor ouviu a oração do Frei Antônio pode ser encontrada neste fato extraordinário: ao passar por uma ponte, o noviço viu-se detido por um negro que lhe tomou a frente, ameaçando lançá-lo ao rio se ele não fosse imediatamente restituir o livro a Frei Antônio. Aterrorizado com a ameaça, o noviço voltou ao convento, lançou-se aos pés do Santo, restituindo o livro e implorando perdão pelo grave pecado, e rogando ser readmitido no convento, o que lhe foi concedido. Data deste fato a fé depositada em Santo Antônio como o grande restituidor das coisas perdidas. Mas há muitos fatos semelhantes na vida deste Grande Espírito que ocupariam volumes.

Santo Antônio desencarnou no conventinho de Arcela, próximo de Pádua, no dia 13 de junho de 1231. Seu corpo, com grande cortejo, foi depositado num sarcófago de mármore na Igreja de Santa Maria, em Pádua, onde se lê a seguinte inscrição: “Esta cidade sente-se engrandecida por ter dado ao glorioso Taumaturgo português o sobrenome pelo qual é geralmente conhecido — Santo Antônio de Pádua”.

Um dos biógrafos de Santo Antônio (1) escreveu o seguinte: “Quem, indo visitar o túmulo do Taumaturgo chega à estação da Estrada de Ferro, não precisa ter cuidado para achar a grande basílica. Isto porque encontra um bonde estacionado com a tabuleta — II Santo — como se não houvesse outro Santo no Céu, tanta é a veneração que lhe tributam e a glória que julgam os paduanos ter possuindo os despojos mortais do “Santo de todo o mundo”. 

Santo Antônio foi canonizado pelo Papa Gregório IX no dia 30 de maio de 1232, um ano após a sua desencarnação, estabelecendo o dia 13 de junho anual para a celebração da sua festa.
(1) Frei Basílio Röwer

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

XXXII - FASE DECISIVA PARA TODOS - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Os desígnios humanos, projetados e cumpridos desde o inicio da criação do homem, são tão perfeitos e tão sábios, que nada tem sido necessário modificar no sentido de dar ao homem mais do que aquilo que lhe foi atribuído e vem sendo cumprido através dos milênios. Os Espíritos livres no Espaço conhecem de sobra esses desígnios e sempre prometem e desejam cumpri-los ao pleitearem junto às Forças Superiores a concessão de uma nova peregrinação no solo terreno, a fim de adquirirem ou aprimorarem as qualidades morais de que necessitam para a sua ascensão a mais elevados planos do Universo.

Sucede entretanto, e isto se tem verificado em todas as épocas, que o envolvimento do Espírito pela roupagem carnal peculiar ao mundo terreno, consegue fazê-lo olvidar aqueles seus compromissos anteriores à encarnação, em face do que, uma vez firmado no solo terreno, o Espírito facilmente se adapta aos costumes da maioria, e aqui permanece durante anos seguidos sem qualquer resultado para o seu adiantamento espiritual. É certo que no período em que o corpo se entrega ao sono cada vinte e quatro horas, o Espírito é assistido pelos seus Protetores invisíveis, e por eles alertado acerca do que lhe compete fazer no seu próprio benefício. Se um grande número de Espíritos consegue recordar no dia seguinte os conselhos que recebeu durante o sono do corpo e procura segui-los da melhor maneira, é certo que a maioria se esquece completamente do que ouviu, porque os interesses materiais superam neles os espirituais. Ao fim da encarnação acontece virem esses Espíritos a lamentar profundamente, mas sem remédio, o esquecimento que deles se apoderou, e o não aproveitamento de mais uma encarnação, às vezes tão dificilmente conseguida.

Isto aconteceu durante milênios em todo o planeta, e acontece ainda nos dias que correm a uma enorme percentagem dos seres humanos. Sendo, porém, a presente fase da vida humana, como que decisiva para quantos se encontram na Terra, decidiram as Forças Superiores sob a chefia de Nosso Senhor Jesus, enviar ao meio terreno emissários a transmitir por meio da palavra falada e escrita, uma série de conselhos e informações destinados a despertar no Espírito encarnado a idéia da necessidade inadiável de retomar o caminho e a prática de seu maior Interesse antes que certos fatos, ou melhor dizendo, certos fenômenos se positivem.

Esses conselhos e essas informações aí estão grafados nos livros do Irmão Thomé e nas páginas deste, tendo Nosso Senhor determinado que aqui viessem tantas Entidades a redigi-lo, quantos sejam os seus capítulos. Convidado também pelo Senhor Jesus, aqui se encontra um de seus menores servidores para grafar este capítulo, com o objetivo, ainda, de comprovar perante os menos crédulos que o que morre não é jamais o Espírito, mas apenas o corpo. O Espírito, ao terminar a sua encarnação em cada viagem a Terra, segue o caminho do plano espiritual a que pertence, do qual se deslocou para cumprir uma nova peregrinação terrena.

Pena é que numerosas escolas filosóficas persistam em ensinar erradamente aos seus adeptos que o Espírito — a alma — é criado para ocupar o corpo desde o nascimento, e dele se afasta para sempre após o fenômeno da morte. Puro engano esse, e altamente prejudicial à evolução de cada um. Ensinando assim erradamente à criatura humana que nada mais encontrará além da morte do corpo, essas escolas estão contribuindo para a estagnação dos Espíritos, tirando-lhes todo o estímulo a se devotarem à preparação de uma próxima reencarnação, após o necessário estágio nos planos do Além. Mediante esse princípio tão difundido na Terra, poucas criaturas se esforçam pela prática de obras capazes de a ajudarem em seu regresso ao mundo espiritual, porque desconhecem toda a beleza de uma vida inteiramente devotada ao bem e ao amor do próximo, como sementeira de luzes e bênçãos para si própria no mundo espiritual.

Para comprovação do que digo, encontrais reunidos neste volume capítulos redigidos por Entidades que a história humana registra como viventes desde o primeiro século do nascimento do Senhor Jesus na Terra, fato que o resumo biográfico que lhes segue pode elucidar. Ora, essas Entidades que em tão longas eras se destacaram pelo esforço despendido em suas vidas pelo bem do próximo, não poderiam ter sido criadas na ocasião do seu nascimento na Terra, com todo o seu saber de que deram provas, sendo este o resultado de muitas e muitas vidas anteriores, todas elas vividas na Terra desde tempos imemoriais. O saber demonstrado pelo homem em cada uma de suas vidas terrenas não é senão o resultado das experiências acumuladas em vidas anteriores. O Pai Celestial não criaria tal desigualdade de Espíritos para ocuparem uma única vez um corpo humano, concedendo a uns idéias, inteligência e possibilidades extraordinárias, enquanto recusaria os mesmos dons a outros filhos. Deus não enviaria a Terra com a mesma idade espiritual, filhos com a missão de dirigir, governar frações da população terrena, dispondo de recursos e meios excepcionais, enquanto a outros nada mais concederia além da obrigação de servir e obedecer àqueles, uma existência inteira.

Todos os Espíritos foram criados nas mesmas condições e com iguais possibilidades. Uns conseguem avançar mais depressa no caminho do seu aprimoramento, graças a uma boa orientação recebida da parte de seus genitores, mestres ou companheiros de jornada terrena, despertando suas qualidades latentes em benefício do seu mais rápido progresso espiritual. Outros, por motivos óbvios, como que estacionam durante encarnações seguidas, só muito lentamente alcançando os objetivos com que vieram àTerra. Isto sucede, aliás, em vossas escolas terrenas: há nelas alunos que se destacam, se agigantam pelo estudo e dedicação ao curso, vencem os primeiros lugares, ao passo que outros, muitos infelizmente, encaram as matérias com certa displicência, e só as vencem como uma obrigação imposta pelos seus maiores.

Assim pois, deveis convencer-vos de que todos vós tendes vindo à Terra seguidamente desde muito antes da era cristã, sendo muitos de vós contemporâneos de quase todas as Entidades que assinam capítulos deste livro. Todos nós que aqui viemos para o mister de colaborar em VIDA NOVA, verificamos encontrarem-se presentemente na Terra, provavelmente em sua última encarnação, Espíritos já possuidores de grande luminosidade, e aqui se encontram também em missão de dar exemplo de bom procedimento, de boa moral e de espiritualidade aos demais. Estes Espíritos, pela sua evolução, são extremamente modestos, vivem vida honrada e humilde, e sua palavra aborda invariavelmente temas dos mais elevados. Há-os em todas as classes sociais: entre os humildes como entre os doutorados, podendo os mais perspicazes identificá-los pela bondade e renúncia de que freqüentemente dão provas. São Espíritos missionários estes irmãos, também a serviço do Senhor. Eles podem ser comparados a pequenas partículas luminosas entre um conjunto de areias mais ou menos opacas, a demonstrar o grau a ser atingido por todos os grãos desse conjunto de areias. Sua vida presente, antes de ter sido motivo de solicitação sua, terá sido resultado duma solicitação do próprio Senhor Jesus a fim de iluminarem pela ação, pela palavra e procedimento, a quantos no momento aqui se encontram encarnados. Certo é que entre os leitores deste livro não poucos irmãos missionários se encontram. Uns já terão posto em ação a sua superioridade moral através dos seus atos e palavras, seja transmitindo a outros as suas experiências, seja ajudando, orientando irmãos no caminho que lhes convém. Outros muitos, porém, provavelmente adormecidos no envolvimento da carne de que se acham revestidos, apenas contemplam o desenrolar da vida comum sem nela intervirem com a sua experiência, luz e bondade de que são possuidores. É então a estes irmãos que desejo dizer aqui algumas palavras que são as seguintes:
— Meus queridos: vossa presente existência terrena pode elevar-vos imediatamente àquela categoria espiritual que tanto cobiçáveis quando no Alto, ao regressardes de vossa penúltima viagem a Terra, quando pudestes constatar que vos faltam poucos degraus para alcançá-la. Presenciastes muitos de vós, o galardoamento de vários contemporâneos vossos, feito pelas próprias mãos do Senhor, com o qual puderam alçar-se àquela ambicionada categoria. E todos vos entristecestes pelo fato de não vos encontrardes no meio deles nessa ocasião, e com eles vos elevardes também na escala da espiritualidade. Pois bem, meus queridos irmãos: a vossa oportunidade está agora em vossas mãos. Depende exclusivamente da vossa determinação na vida presente, para muitos a partir de hoje, ascenderdes em breve também àquele luminoso plano a que todos aspiráveis ainda há pouco. Despertai já e já as excelentes qualidades que em muitos se conservam adormecidas no âmago de cada um, e movimentai-as com amor a serviço do bem comum da coletividade, porque o fareis em verdade a serviço do Senhor. Como proceder? Bem facilmente irmãos estimados. Necessário se torna, precipuamente, entrar em contato com o Senhor a fim de receberdes do Divino Mestre as necessárias instruções. Dizendo instruções estarei dizendo idéias, sugestões, modalidades de agir, que são inúmeras em cada setor da vida humana. O contato com o Divino Mestre, segundo o processo longamente divulgado nas páginas deste e dos livros do Irmão Thomé, é a coisa mais fácil e agradável para cada um de vós, visto resultar de sua prática uma concepção inteiramente nova da vida terrena, dando-lhe a medida exata do que ela é. As idéias, sugestões e modalidades que tal contato vos trará, habilitar-vos-ão a transformar-vos de simples seres humanos a viver quase que automaticamente uma nova vida terrena, em vos sentirdes imediatamente Espíritos fortes, valorosos, capazes de operar até verdadeiros milagres, pela concentração e emprego de recursos até agora esparsos ou desperdiçados ao longo dos vossos dias decorridos. Vós todos que estas linhas estudardes, eu vo-lo afirmo sinceramente, podeis tornar-vos ainda na presente encarnação autênticos mensageiros do Senhor Jesus a serviço da coletividade a que pertenceis.

Eu vos asseguro igualmente, por estar para isso devidamente autorizado, que nenhum dos pensamentos de ajuda, súplica ou de auxílio que na hora certa dirigirdes ao Senhor Jesus, nenhum deles será desprezado ou desatendido. Nosso Senhor que me incumbiu de vos falar desta maneira, anseia por ver elevarem-se à categoria a que acima me referi, em seu regresso ao mundo espiritual, todos os Espíritos cursando presentemente esta escola terrena. Assim pois, meus queridos, não existe nenhum obstáculo para que todos vós alcanceis a vivência espiritual a que fizerdes jus, o que fareis já então portadores do almejado galardão que constitui o preço do ingresso de cada um.

Lá, nesse plano a que em breve ascendereis, várias surpresas das mais agradáveis vos ocorrerá. Uma delas será o encontro com amigos milenares de muitas vidas contemporâneas, os quais, pelo empenho com que aqui se devotaram ao serviço do Senhor, lograram há muito a sua elevação a esse plano de vida. Lá se hão de encontrar certamente, e alegremente vos receberão, Entidades que foram vossos progenitores, vossos filhos, vossos irmãos consangüíneos, e não poucos afeiçoados e grandes amigos feitos durante milênios de vidas vividas neste planeta de lutas e sofrimento. Dizendo-vos estas palavras redigidas, com o meu coração, para atender ao pedido do Nosso Senhor Jesus, sinto-me envolvido numa onda de amorosas vibrações que delas se desprende ao serem grafadas no papel, as mesmas que hão de envolver a todos vós, queridos irmãos, ao experimentardes pôr em prática o que minhas palavras traduzem.

Que Nosso Senhor vos ilumine com sua Divina Luz, e em breve vos encontreis no tão desejado plano espiritual, são os votos sinceros e ardentes deste vosso irmão e amigo
JACQUES MONT-SAINTE

Not. biogr. — Escritor e filósofo francês do século XVIII. É de admirar que as enciclopédias não lhe registrem o nome e as obras que escreveu, que foram várias. É uma Entidade de grande luminosidade, muito estimada no mundo espiritual, inteiramente devotada ao serviço de Jesus, de quem recebeu convite para colaborar nesta obra.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

XXXI - NECESSIDADE DO SEGURO ESPIRITUAL Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Efetivamente, o advento do Século XXI foi escolhido há cerca de dois a três milênios, para a reforma das condições da vida humana neste plano terreno, onde devem reencarnar Espíritos de há muito afastados da Terra, por haverem concluído satisfatoriamente o aprendizado e serviços que lhes haviam sido confiados. Transportados esses Espíritos aos planos espirituais a que fizeram jus, sempre sob a direção do Senhor Jesus, eis que novas encarnações lhes foram oferecidas no solo terreno, aonde novos empreendimentos devem ser desenvolvidos, tanto no campo científico como nos demais setores da vida terrena. Não é, aliás, a primeira vez que isto sucede, visto como os registros existentes em vossas bibliotecas nos dão conta de várias épocas assinaladas na história deste pequeno planeta. Desta vez há necessidade de se proceder transformações substanciais na própria estrutura da Terra, para criar as condições indispensáveis à vivência de uma humanidade bem mais numerosa quanto refinada do que a atual. Por esse motivo, para criar essas condições, tornou-se necessário mexer em várias regiões até hoje conservadas improdutivas no que se refere ao uso, alimentação e bem-estar da população, tornando-as então perfeitamente utilizáveis pela humanidade do próximo e dos séculos futuros.

Com os trabalhos transformatórios a serem realizados nessas regiões, mesmo naquelas consideradas inóspitas pela humanidade atual, algo de muito importante se apresentará aos homens de ciência em vias de reencarnarem, e de antemão designados para aproveitá-las. Metais altamente preciosos às descobertas que aqui se operarão, tanto no campo da química como da física, trarão à Terra o aprimoramento de numerosos processos hoje considerados adiantados, mas que não são mais do que primários, em face daqueles que transformarão completamente, tanto os vossos meios de transporte como de comunicações, e mesmo alimentares.

Neste último setor, o da alimentação, poderei adiantar que as necessidades dos futuros habitantes da Terra serão reduzidas em mais de cinqüenta por cento em relação ao volume das vossas refeições atuais, graças a um maravilhoso processo de concentração vitamínico, que substituirá os pesados alimentos de hoje. Os homens e as mulheres da Terra, portarão para isso, em essência, órgãos mais aprimorados que os atuais, mais resistentes às variações psicológicas do ambiente terreno, havendo, conseqüentemente, por parte dessas criaturas, uma completa aversão às bebidas atuais, aos tóxicos ingeridos em forma de condimentos, e ao fumo, que será lentamente banido da Terra. Haverá, por isto mesmo, entre as humanidades que vos sucederão na ocupação do planeta, um alto sentido de espiritualidade e da mais perfeita harmonia entre os povos das diversas regiões, graças ao seu adiantado estado de evolução, e portanto, de luminosidade entre os Espíritos que virão habitar os corpos humanos.

Nosso Senhor Jesus, auxiliado por imensa legião de servidores espirituais, Entidades que passaram pela Terra e aqui se aprimoraram moral e cientificamente, está dando as últimas providências no que concerne às modificações a serem operadas no solo terreno, ou seja os efeitos visíveis das operações já iniciadas em profundidade no globo terráqueo, onde numerosos operários especializados dirigidos por Espíritos Superiores estão dando início aos trabalhos. Um problema, um único, ainda preocupará o Senhor Jesus por algum tempo, apesar das providências e serviços que estão sendo executados neste plano terreno: é o que diz respeito aos seres humanos de todas as idades que serão atingidos pelos trabalhos em curso no subsolo, cuja assistência espiritual e respectiva condução aos planos do Além necessita em boa parte das boas disposições de cada um nesse sentido.

Campeia ainda por toda à parte, tanto nos meios cultos como nos demais, a displicência completa em relação ao porvir de cada um, não obstante a série de conselhos trazidos à Terra por determinação do Senhor Jesus, e amplamente divulgados nas obras ditadas por um de seus mais destacados servidores milenares, que é o Irmão Thomé. Não obstante, repito, esta luminosa série de conselhos dirigidos a todos os viventes da Terra, ainda registramos por toda parte uma tal displicência em preparar-se homens e mulheres para o que poderá suceder-lhes, que verdadeiramente nos entristece, e entristece igualmente o Nosso Divino Mestre Jesus.

Estamos certos, todos nós que nos achamos empenhados na elaboração deste terceiro e provavelmente último volume de chamamento a todos os filhos encarnados, de que, se uma pequena idéia pudesse alguém fazer do que vem a ser o sofrimento de uma alma atirada inesperadamente no vácuo que circunda a Terra, em virtude de algum movimento ou fenômeno telúrico; uma alma não convenientemente preparada, porque preferiu usar do seu livre arbítrio de não querer acreditar no que Espíritos de Luz lhe vieram expressamente dizer; uma alma que se manteve na maior displicência, dessas muitas que preferem esperar para ver como é — estamos certos de que se uma idéia precisa pudessem conceber do que lhes poderá suceder inesperadamente, mais tempo não perderiam e tratariam de entrar em contato diário com o Senhor Jesus desde hoje, a fim de serem por Ele socorridas na hora dos acontecimentos.

Vou tentar apresentar-vos aqui uma imagem que talvez consiga prender um pouco a atenção de todos para o que desejo fazer-vos compreender. Toda a população da Terra vem acompanhando, de perto ou de longe, o quanto se relaciona com o lançamento de artefatos na direção do Cosmos por duas grandes nações da Terra. Sabem todos que tais artefatos se alongam no espaço cósmico segundo o poder de expansão que lhes imprimem os seus lançadores. Uns se destinam a simples ensaios em volta da Terra, e, cumprida a sua missão, retornam ao solo com sua preciosa carga humana, graças à demorada preparação técnico-científica que permitiu o seu lançamento. Outros destes artefatos têm-se destinado aos mais longos ensaios, sendo dirigidos ao satélite da Terra que o homem tem a intenção de conquistar... Alguns têm efetivamente alcançado o seu objetivo, graças, também, a uma longa preparação do homem para isso.

Imaginai então, vós todos que me dais a vossa atenção, que esses artefatos tivessem sido projetados no espaço cósmico sem a preparação técnico-científica. O que lhes sucederia? Perder-se-iam decerto na imensidade do Cosmos porque, não tendo uma direção pré-estabelecida, ao alcançarem o vácuo, isto é, após transporem a atmosfera da Terra, encontrar-se-iam em pior situação do que um barco sem leme em alto mar, porque este ainda pode esperar a passagem de alguma embarcação que o socorra, enquanto nada jamais poderá socorrer ou controlar um artefato perdido no espaço cósmico, no qual poderá mover-se durante milênios inutilmente.

Esta imagem servirá para ilustrar o que Nosso Senhor Jesus deseja evitar a quantos Espíritos se acham presentemente vivendo sua vida terrena, os quais, por falta da necessária preparação — aqui a preparação é espiritual — poderão vir em breve a encontrar-se também em pleno vácuo no espaço cósmico, onde dificilmente poderão ser socorridos pelas Forças do Bem.

Nos artefatos referidos linhas acima, para que possam cumprir sua missão, existe a ligação estabelecida por meio dos aparelhos científicos situados na Terra, a qual os dirige em seu percurso, deles recebendo as mensagens e informes longamente preparados. No que diz respeito à alma humana, sua ligação se estabelece por meio da oração e meditação diárias, porque, sendo uma incógnita para todos o ano, o mês e o dia de sua partida da Terra, é através dessa ligação que as Forças Superiores estarão aptas a recolher no espaço cósmico ou alhures, as almas — Espíritos — que inesperadamente possam vir a ser projetadas no espaço em virtude de algum acontecimento relacionado com os trabalhos transformatórios em curso na Terra.

Mas não será necessário apresentar-vos exemplos desses fatos, porque todo o noticiário da imprensa mundial está repleto de acontecimentos desse tipo, ocorridos em diversas regiões, em consequência dos quais muitas desencarnações se têm registrado. Terremotos, ciclones, inundações, desabamentos, são simples detalhes de maiores fenômenos que podem positivar-se por toda à parte, e sem aviso ou previsão. O certo por conseguinte, o melhor que tudo em se tratando de tranquilidade, da paz e da felicidade do Espírito, é estar cada qual preparado para o que vier. Porque, se a muitos nada vier a suceder, nenhum prejuízo lhes advirá em virtude de sua preparação, ou talvez isso se verifique por efeito mesmo dela. Ocorrerá nesses casos algo semelhante ao negociante, industrial ou mesmo ao particular que põe seus haveres no seguro e paga religiosamente o respectivo prêmio anual. Se algum dia tiver necessidade de recorrer ao valor segurado em consequência de se haver verificado o sinistro, terá a satisfação de constatar quão bem avisado andou em se precaver no devido tempo. E se, ao cabo de anos e anos de contribuir com as taxas dos valores segurados, nenhum sinistro houver ocorrido, esse homem sentir-se-á igualmente feliz pela sua atitude previdente. Coisa ainda parecida pode ser acrescentada aos Espíritos previdentemente preparados, isto é, habituados à prática de sua ligação diária com Nosso Senhor Jesus, e por seu intermédio com as Forças Superiores do Bem. Se até ao fim dos seus dias da presente vida terrena nada de extraordinário lhes suceder, sentir-se-ão também imensamente felizes ao regressarem ao seu plano espiritual num ambiente de tranquilidade, paz e bem estar. 

Poderei acrescentar que estes irmãos também fizeram o seu seguro espiritual e o mantiveram por anos e anos sem risco algum, mas se regozijaram, e muito, ao constatarem que o mesmo lhes serviu de veículo para alcançarem um tipo de felicidade não imaginada sequer durante sua existência na carne.

Queridos irmãos e leitores meus: todo o empenho que usei nas linhas que aqui vos deixo; todo o esforço que empreguei para me tornar o mais compreensivo possível, traduzem o meu desejo imensurável porque infinito, de poder consolidar em vossa mente quanto já foi dito pelas Entidades de grande luminosidade que vos falaram antes de mim. Meu propósito é, pois, sublime, tanto quanto o desejo que alimento de podermos encontrar-nos um dia nos planos do Além, e receber então do vosso Espírito belas palavras de reconhecimento por este meu trabalho de agora junto aos vossos corações. Estou, porém, servindo alegremente ao Senhor Jesus que me distinguiu com seu convite para vir até aqui falar-vos no solo terreno onde também vivi, lutei e sofri duramente, com o propósito que em mim se tornou inabalável de contribuir para o progresso dos meus irmãos terrenos, servindo dessa maneira ao meu amado Mestre e Senhor Jesus, de quem recebi ao regressar à sua corte o mais belo galardão que jamais poderia imaginar.

Fazei vós também outro tanto no mesmo sentido, meus queridos irmãos, certos de que não obrareis em vão. Além das luzes que os vossos trabalhos santos produzirem para os vossos Espíritos, podeis contar com a esplêndida recompensa que Nosso Senhor reserva a todos os seus servidores. Aqui vos abençoa em nome do Senhor Jesus e vos diz até logo este irmão muito mais velho, que em sua última peregrinação terrena se chamou simplesmente
DANTE ALIGHIERI

Not. biogr. — Dante Alighieri — 1265-1321 — O maior poeta italiano de todos os tempos. Descendente de família nobre, nasceu em Florença em 1265 e desencarnou em Ravena aos 56 anos, após vencer uma existência de dificuldades e dissabores. Tendo perdido o pai em tenra idade, foi educado por Brunette Latini, grande amigo da família, um sábio e estadista da maior reputação. Dante adquiriu o mais alto grau de cultura do seu tempo, não lhe sendo estranho nenhum ramo do saber humano. Conhecia profundamente a teologia e a jurisprudência. Como todos os homens importantes da sua época tinha de pertencer a um partido político, Dante fizera-se membro do partido dos guelfos, o qual se dividia em duas facções rivais: a dos brancos e a dos negros. Dante teve, por isso, de tomar parte ativa em várias lutas políticas, chegando a ocupar o priorato no ano de 1300. Nesse alto posto Dante empenhou-se na pacificação de Florença, o que conseguiu depois de grandes esforços. Sua bela atitude, porém, valeu-lhe mais tarde a proscrição ordenada por adversários poderosos que, penetrando na cidade à traição, franquearam-na à facção dos negros, que se apoderaram do governo de Florença. Dante foi então proscrito e condenado a pesada multa. Sua casa foi destruída e seus bens confiscados. Um segundo decreto condenou-o à morte. O grande poeta conseguiu exilar-se a tempo, iniciando então dolorosa peregrinação através da Itália, enquanto sua família, composta da esposa e cinco filhos, permanecia em Florença sem ser molestada. Dirigindo-se a Verona, aí encontrou Dante uma suntuosa hospitalidade por parte do podestá Cane della Scala, que por isso se tornou célebre.

Quase todas as obras de Dante foram escritas no exílio. A Divina Comédia, que o imortalizou, foi concluída em Ravena pouco antes da sua morte, acreditando-se que vinha sendo escrita desde a mocidade. Sua desencarnação ocorreu em Ravena cm 1321, tendo sido sepultado na Igreja dos Irmãos Menores de S. Francisco, cujo túmulo tem sido reparado por diversas vezes.