Aconteceu certa vez num
mundo habitado muito semelhante ao mundo terreno, haver necessidade de
introduzir modificações na sua superfície, com objetivos também semelhantes aos
estabelecidos agora na Terra. A população daquele mundo já excedia de certo modo
as possibilidades habitacionais, sendo por isto necessário ampliar em boa parte
as respectivas áreas. Isto, aliás, acontece de tempos em tempos em quase todos
os mundos habitados, onde surgem essas necessidades. Poderá parecer a muitos
dos habitantes atuais da Terra ser isto um fato extraordinário, porém eu lhes
direi que a vida dos planetas em muito se assemelha à vida das criaturas,
porque jamais estaciona; evolui e se modifica continuamente.
Desejo então inferir para as
minhas queridas filhas e filhos terrenos algo do que aconteceu naquele mundo de
que falei em princípio. Havia, como há presentemente na Terra, diversas
categorias de almas viventes, muitas das quais poderiam vir a ser atingidas
pelos trabalhos empreendidos no solo e terem por isso de ser conduzidas ao
plano espiritual em conexão com aquele mundo físico. As Forças Superiores
incumbidas de dirigir a vida dos seres encarnados naquele plano físico,
iniciaram o processo de esclarecimento das almas em toda a extensão do plano,
alertando-as para o que se preparava no Alto, convidando a todas, sem distinção
de categoria, a se prepararem para uma possível viagem de regresso ao Alto, sem
tempo para disporem dos seus interesses materiais, tal como vem sendo feito
pelos emissários de Jesus neste vosso pequeno mundo.
As reações produzidas então
pelas almas encarnadas, variavam entre a aceitação pronta das recomendações
vindas do Alto, as atitudes menos crentes nessas recomendações, e a recusa de
uma boa parte da população em acreditar no que lhes recomendavam as Forças
Superiores daquele mundo. Acontece que quando no Alto se tomam deliberações a
respeito do que deve ser feito em qualquer plano ou mundo habitado, isso é
feito invariavelmente com uma grande margem de tempo, o suficiente para
difundir o assunto por toda a superfície do mundo em causa, a fim de evitar a
surpresa para os respectivos habitantes. Uma vez, porém, estabelecida a margem
de tempo para a efetivação dos propósitos em vista, essa margem não mais se
altera, e os dias a encurtam desde esse momento até que os fatos se
produzam.
Assim aconteceu, pois, no
mundo em referência. A margem de tempo entre os prognósticos e a realização dos
fatos, era mais do que suficiente para que todos os habitantes do plano
tomassem perfeito conhecimento do assunto, e se preparassem devidamente,
segundo as instruções vindas do Alto. As almas já possuidoras de certo índice
de discernimento, receberiam como verdade o que se lhes dizia em nome das
Forças superiores, e trataram de se preparar para as eventualidades.
Entregaram-se com dedicação à sua preparação sobretudo moral, em ligação
constante com o seu mundo superior, de maneira a poderem seguir um caminho
certo em direção ao mesmo, quando isso viesse a acontecer. Esse estado
evolutivo desta categoria de almas corresponde de certa maneira ao das que
neste mundo vivem atualmente em ligação permanente com o Senhor Jesus, e por
isto se encontram também preparadas para qualquer eventualidade que possa
surgir. Havia a seguir a categoria daquelas almas que não acreditam facilmente
senão naquilo que podem ver ou tocar, e por isso preferem pôr de quarentena o
que do Alto lhes dizem os emissários de Jesus, a esperar pela confirmação. Esta
categoria de habitantes do mundo em referência, constituída de cerca de metade
de sua população, não tendo desprezado embora as recomendações vindas da parte
das Forças Superiores, também não cuidou da sua preparação espiritual para uma
partida imprevista. Vinha a seguir a categoria de almas absolutamente
refratárias a toda espécie de ensinamentos, recomendações ou conselhos de ordem
espiritual aos quais recusam intransigentemente dar ouvidos. São as almas
encarnadas pertencentes à terceira categoria, muito semelhantes a numerosas das
também viventes neste plano terreno, possuidoras de uma convicção bastante
arraigada de que nada existe fora do que suas vistas alcançam, e que tudo se
encerra para sempre na morte do corpo. Sucedeu, portanto, que esta terceira
categoria de habitantes do mundo em referência recusou tomar conhecimento do
que lhes anunciavam as Forças Superiores por considerarem de todo impossível
que vida e inteligência pudessem existir em seres de contextura diferente,
mormente porque, argumentavam, se alguém assim lograsse viver na imensidão do
infinito, nenhuma ação inteligente jamais poderia exercer sobre criaturas
possuidoras de um cérebro para pensar, refletir e agir com eficiência como era
o seu próprio caso. Esta categoria de almas, que representava parcela sensível
daquela população, recusou terminantemente as advertências e recomendações
largamente difundidas em seu mundo, para que se preparassem para enfrentar acontecimentos de monta, em tempos
que se aproximavam.
Assim como as nuvens se
movimentam lentamente sobre as áreas nas quais vão descarregar suas torrentes
de água a inundar o solo e quantas vezes destruir obras, haveres e vidas de
modo impetuoso, assim se aproximaram do mundo referido os acontecimentos
planejados para nele operarem modificações substanciais em sua superfície. Esse
momento ocorreu ao fim do prazo preestabelecido pelas Forças Superiores, e as
consequências, os efeitos produzidos, corresponderam exatamente às previsões de
seus mentores do mundo espiritual. Enquanto os efeitos produzidos pelas torrentes
se processam do alto para baixo, conduzindo em sua passagem o que exista sobre
o solo, no caso em foco os fatos se processaram do interior da esfera para o
exterior, logicamente com grande estrondo em face dos elementos mecânicos
usados para esse fim. O que se observou então, passados os primeiros momentos
de pânico entre a população? Passados esses primeiros momentos de terror
pânico, um quadro bastante constrangedor era observado, principalmente nas
regiões mais populosas. Montanhas fendidas umas, derrubadas outras, edifícios
destruídos em grandes áreas habitadas, cursos de água interrompidos a
procurarem caminho por sobre os escombros, cidades por assim dizer
completamente arrasadas. E as populações, o que foi feito delas? Uma grande
parcela das almas viventes nessas regiões fora libertada do corpo físico que
era seu, e estava sendo recolhida e conduzida por outras almas em missão de
socorro, ao plano onde devia estacionar no mundo espiritual. Para esse momento
psicológico foi que as Forças Superiores haviam empreendido uma larga campanha
de chamamento a todos os habitantes daquele mundo em processo de transformação.
O que previsto fora pelas Forças Superiores estava acontecendo então, e todos
os esforços eram empregados na tarefa de salvação de todas as almas que haviam
sido atingidas em seus veículos físicos. Enquanto se tornava tarefa fácil
recolher e conduzir as almas preparadas, aquelas que haviam aceito as
recomendações do Alto e se preparado espiritualmente para aquela eventualidade,
numerosas das que preferiram esperar pelos fatos ali se encontravam atônitas em
face da confirmação dos fatos anunciados, e clamavam em altas vozes por
socorro, embora este lhes estivesse sendo prestado. Estas almas, mesmo após
recolhidas e acomodadas em veículos fluídicos ali estacionados para esse fim,
persistiam em gritar por socorro, até que os mensageiros socorristas as
aconselharam a orar em vez de gritar. Este conselho foi para aquelas almas
aflitas o mesmo que uma caneca de água fria na fervura. Logo passaram a sentir-se
calmas, tranquilas, cessando toda excitação provocada pelo inesperado. Disse
então a estas almas em número bastante avultado, quando já se encontravam
perfeitamente tranquilas na condução que as levaria ao seu plano espiritual, um
dos mensageiros socorristas:
— A oração, conforme acabais
de constatar, tem o mérito de acalmar as almas e aproximá-las do Criador. Em
muitos e muitos casos, a oração supera o próprio sofrimento. Milhares de outras
almas que aceitaram as recomendações vindas do Alto, e as puseram em prática
com dedicação e amor, ei-las que acabam de partir naqueles belos veículos que
vieram busca-las e que nenhum sofrimento padeceram. Perfeitamente preparadas
espiritualmente, aquelas nossas irmãs deixaram tranquilamente seus corpos
físicos e instintivamente se aproximaram dos mensageiros socorristas que as recolheram
nos seus veículos. Vão tranquilas, acomodadas confortavelmente, e felizes em
busca do repouso a que fizeram jus pelo seu viver correto neste mundo físico.
Orai, pois, minhas irmãs, orai muito, orai sempre, desde este momento, e
certamente alcançareis, em breve um estágio semelhante ao das nossas irmãs que
seguiram à frente.
Havia, porém, o sério
problema do socorro às almas endurecidas, aquelas que haviam recusado, de toda
maneira, preparar-se para aquela eventualidade. Esta categoria de almas, das
quais muitas haviam sido também atingidas pelos acontecimentos, jaziam sobre o
solo em estado semelhante ao dos próprios corpos. Muitas destas almas não
haviam conseguido separar-se do corpo e ali jaziam também como se houvessem
morrido. Esta parcela de almas foi fácil de socorrer, principalmente aquelas
que se encontravam livres dos escombros. Porque outras sem qualquer
desenvolvimento espiritual, permaneciam ligadas ao corpo mesmo sob os
escombros, havendo certa dificuldade em retirá-las dali e conduzi-las para o
Alto. Isto, entretanto, se fez com maior ou menor duração de tempo, mas foram
afinal socorridas também. Já não sucedeu o mesmo a uma certa parcela destas
almas que, tomadas de pânico em face da positivação dos fatos anunciados,
largaram violentamente o próprio veículo e saltaram no infinito com tal impulso
que se precipitaram na região cósmica, onde só muito dificilmente puderam ser
alcançadas.
Precipitando-se no cosmo,
estas almas inteiramente despreparadas espiritualmente, por falta, em grande
parte, do hábito da oração, não conseguiram por isso emitir vibrações cujo
sentido pudesse ser alcançado pelos mensageiros socorristas do seu plano. Assim
peregrinaram algumas centenas ou milhares de almas por assim dizer dispersadas
do rebanho a que pertenciam, sentindo-se inteiramente perdidas e para sempre no
vácuo no qual se precipitaram. Uma vez mais, entretanto, a misericórdia divina
se incumbiu de recolher aquelas almas então desesperançadas de recuperação
pelas Forças Superiores do próprio plano. Isto ocorreu, porém, algum tempo
decorrido, tempo que pode ser contado por anos e anos de padecimento moral nas
regiões insondáveis do cosmo.
Por iniciativa das mais
ativas, resolveram aquelas almas dispersadas reunir-se num bloco compacto, para
assim experimentarem a prática da oração em conjunto, esperançosas de poderem
desta maneira alcançar o socorro espiritual e o próprio rumo a seguirem, visto
como na profundidade do vácuo em que haviam caído, nenhuma orientação logravam
ter acerca do rumo da salvação. Assim fizeram, recordando recomendações antes
recusadas, quando nada acreditavam do que lhes fora recomendado. Reuniram-se
assim em oração ao Criador de todos os mundos, implorando por aquele meio o
socorro, a salvação, paz e tranquilidade de que tanto careciam. A idéia posta
em prática surtiu o desejado efeito. A vibração espiritual emitida por aquele
conjunto de almas alcançou os dirigentes do plano a que pertenciam, e também os
de outro plano espiritual, donde partiram caravanas de socorro guiadas pela
fonte emissora daquelas vibrações. As diversas caravanas socorristas passaram a
emitir por sua vez vibrações orientadoras e ao mesmo tempo atrativas na direção
daquelas almas, as quais celebraram com alegria a proximidade do socorro
solicitado ao Criador. A operação foi então felizmente concluída, sendo aquele
conjunto de almas antes endurecidas, recuperado para o plano a que pertenciam.
A permanência vivida no insondável do cosmo operou sobre elas o efeito da sua
lapidação, dado o lapso de tempo em que tiveram de esquecer os interesses
materiais deixados no mundo físico, para apenas concentrarem suas forças
mentais na magnanimidade das leis divinas. O lapso de tempo vivido por aquele
conjunto de almas em desesperança lapidou várias de suas imperfeições
anteriores, projetando-as alguns degraus acima em sua escala evolutiva.
Este acontecimento que venho
de relatar bem sucintamente, eu o considero bastante ilustrativo para todas as
almas viventes neste mundo terreno neste fim de civilização. Existe uma grande
coincidência entre os fatos ocorridos naquele mundo de que falei e os que devem
ter lugar no vosso próprio mundo. Coincidência também existe entre as diversas
categorias de almas de outro mundo.
Também se encontram presentemente na Terra pessoas que receberam como verdade
as recomendações que vêm sendo difundidas através de livros para que se
preparem para o que possa acontecer, e por isso se estão preparando espiritualmente
para a viagem de regresso se isso lhes ocorrer. Estas pessoas podem ser
consideradas integrando a primeira categoria de almas viventes no momento
presente. Também temos constatado a existência de pessoas que pouco crédito
emprestam aos conselhos e recomendações vindos do Alto por intermédio dos
enviados do Senhor Jesus, julgando-as não raro apócrifas, sem autenticidade,
sob a alegação de que a Terra é dos seus habitantes, a ninguém competindo nela
interferir. Também considera, esta classe de pessoas, absolutamente inoperantes
as Entidades espirituais no plano físico, e daí não darem ouvidos ao que vem
sendo divulgado em livros iguais a este. Há, coincidentemente, a categoria dos
endurecidos, que são almas ainda bastante jovens, carecentes de experiência
porque pouco vividas, e que por isso se recusam a pôr em prática as
recomendações espirituais. O que poderá vir a suceder bem proximamente na
Terra, será a repetição do quadro citado em principio, sendo então para todos
lamentarmos o que poderá vir a suceder às duas ultimas categorias de almas aqui
especificadas.
Filhas e filhos encarnados a
quem eu muito amo de todo o coração: preparai-vos sem perda de tempo, com todo
o fervor dos vossos corações, porque os fatos estão bem próximos e nada poderá
impedir que eles se positivem, porque é urgente, é imprescindível adaptar o
solo terreno às necessidades das gerações que se aproximam. Fazei isto, mas
fazei de todo o coração, para que vossas almas, se atingidas pelos fatos, sejam
recolhidas e carinhosamente conduzidas, frontalmente ao plano a que pertenceis,
que é aquele mesmo em que habitamos eu, o senhor Jesus, e todos os Grandes
Espíritos que evoluíram na Terra. Fazei isto, filhas e filhos muito amados, no interesse
do vosso próprio bem, é o que eu vos peço e recomendo.
Deixo-vos aqui a bênção que
o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de
todo o coração.
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