Os homens e as
mulheres do presente, constituem a classe por assim dizer mais evoluída dos
Espíritos encarnados neste século. Dirijo-me então no presente capítulo aos
maiores de sessenta, para dizer-lhes que muito podem fazer ainda pela sua maior
felicidade, nos dias mais próximos ou remotos a serem vividos na Terra.
Perguntarei a estes queridos irmãos o que fizeram pelo Espírito, ao longo
desses sessenta anos de sua atual peregrinação por este pobre planeta. Para
facilitar sua resposta, que representará um primeiro exame de consciência,
perguntarei se o coração lhes diz que hão cumprido a contento do Senhor Jesus,
aquela promessa feita às vésperas deste mergulho na carne, relativamente ao
cultivo da fé e dos sentimentos de amor para com os semelhantes. Perguntarei
se, em meio às suas preocupações de enriquecer, ou mesmo de adquirir o
necessário para viver, se haverão olvidado a firme promessa feita de entrarem
diariamente em contato com o Senhor Jesus, por meio da oração, para que o
Senhor pudesse identificar esses irmãos em meio à multidão daqueles que
esqueceram completamente o Senhor, para cuidarem unicamente da matéria.
Perguntar-lhes-ei ainda, se não terão porventura olvidado também a promessa de
se conduzirem numa linha impecável de moral cristã, em que a lealdade e a sinceridade,
a verdade e a justiça, constituem as principais colunas.
Na hipótese em que
algumas destas principais promessas solenemente feitas ao Senhor Jesus, na
véspera de retornarem ao planeta, tenham sido esquecidas, o que me parece muito
provável em muitos casos, meus queridos irmãos, quero dizer-vos ao coração que ainda
é tempo de procurardes cumpri-las a partir deste momento. No primeiro livro por
mim grafado, eu apresentei os meios pelos quais todos os encarnados poderão
reconciliar-se com o Senhor, nesse agitado fim de civilização, se assim o
desejarem: por meio da oração sincera, seguida de meditação ao deitarem, ou na
hora mais conveniente.
Nosso Senhor
enviou-me ao vosso meio precisamente para grafar estes conselhos, poderei mesmo
dizer, na undécima hora. E eu o fiz com todo o empenho,
ao longo do meu primeiro livro, acreditando ter chegado provavelmente a
tornar-me demasiado insistente, no só desejo de ser ouvido
e compreendido por todos os meus queridos irmãos encarnados.
Dirigindo-me neste
momento a todos os sexagenários, entre os quais se encontram Espíritos de
grande luminosidade, desejo alertá-los de modo particular para o regresso ao
seu verdadeiro lar espiritual, onde Nosso Senhor deseja recebê-los com
demonstrações de contentamento, em face da trajetória realmente proveitosa que
acabaram de cumprir na Terra. Assim pois, meus queridos irmãos sexagenários, e
mais ainda, já sabeis pelo amadurecimento de vossa matéria atual, que não é a posse
de bens materiais, fortuna ou abastança, que pode ajudar o progresso e a
felicidade do vosso Espírito, no plano espiritual que vos é próprio. Não, meus
queridos; os bens materiais servem apenas para proporcionar a existência da
matéria na Terra, enquanto o Espírito consegue progredir, engrandecer-se
através de atos e observações que realizar, dos quais possa adquirir a luz que
ainda lhe falte. Porque a posse de bens terrenos, por maior que seja o seu volume,
sem o complemento da posse de igual volume de atos bons, meritórios, perante as
Forças do Bem, nada representa para a maior luminosidade do Espírito, o qual
terá disto a prova no próprio dia de seu regresso ao plano espiritual de onde
veio à Terra.
Há, entretanto,
alguns minutos ainda, para que estes queridos irmãos enriqueçam a sua presente
encarnação, entregando-se sem mais demora ao
contato diário com o Senhor Jesus, de cujo coração receberão em troca, luzes e
bênçãos a reforçar seu patrimônio espiritual.
Agora outro assunto
para encerrarmos o presente capítulo. É assunto já tratado por diversos outros
enviados do Senhor, mas que esquecido ficou nas
sombras do passado, refiro-me à unificação de credos religiosos e filosóficos,
tão necessária ao entendimento da humanidade terrena. Muito se têm empenhado as
Forças do Bem, na consecução deste objetivo durante muitos séculos, ainda
entretanto sem resultados apreciáveis. Se Deus, o Pai Celestial é um só, e, por
conseguinte, todos os homens e mulheres Seus filhos são, como conciliar a idéia
de que na Terra se dividam e até se combatam ferozmente, filhos do mesmo Deus
único, por causa de suas crenças religiosas? Parece realmente incrível que tal
fato se dê, mas infelizmente é essa a verdade. Neste início de século, tudo
leva a crer, uma grande aproximação se dará das diversas correntes religiosas,
mercê da encarnação de Espíritos de grande luminosidade no seio de cada uma
delas, cujo propósito é precisamente o de anular as atuais divergências.
A palavra inicial em
tal sentido está para ser dada pela tradicional Igreja Católica, graças à
compreensão que se está apoderando de seus dignos Pontífices. Já se encontram a
caminho desse alto posto que é a cadeira de São Pedro, Espíritos que em breve
sensibilizarão o mundo com suas idéias, concretizadas em medidas
verdadeiramente notáveis. Estão de regresso à Terra vários Espíritos, que em
passadas encarnações ocuparam aquela cadeira pontifícia, e o fazem após haverem
debatido com Nosso Senhor, a maneira de promoverem a unificação do culto
cristão na Terra, ao qual dentro em pouco se juntarão outros cultos religiosos.
Neste sentido
trabalham e se empenham no Alto e em vosso meio, não pequeno número de
Entidades altamente evoluídas, já se podendo sentir a proximidade dos primeiros
resultados. Nosso Senhor reconhece e agradece à tradicional Igreja Católica, o
interesse demonstrado nestes dois milênios pela ampliação do culto cristão, grandes
recompensas tendo dispensado já a numerosos dos seus sacerdotes. Mas Nosso
Senhor não deseja de modo algum, que esse esforço de Roma vá ao ponto de mover
a menor perseguição aos adeptos de outra maneira de crer e de orar, porque
Nosso Senhor vê apenas o coração de seus guiados terrenos, qualquer que seja a
sua maneira de orar. Sabemos todos que nenhuma oração proferida com intuitos de
ostentação e exibicionismo, consegue chegar aos pés do Senhor, porque não tem
força de ultrapassar o ambiente em que foi proferida.
Nosso Senhor consegue
receber apenas a prece sincera provinda do coração, seja ela elevada num templo
religioso, num logradouro público, no seio da natureza, em pleno oceano, como
no recinto sagrado do lar. O que ressalta da prece é o sentimento que a produz,
é a sinceridade daquele que a faz e nunca a circunstância da riqueza e esplendor,
ou o aparato do local em que foi proferida.
Isto é o que em breve
começará a ser geralmente compreendido na Terra, com o mais belo resultado para
todos os viventes.
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