Sempre que a humanidade terrena tiver de
ascender a um novo grau na escala da espiritualidade, sobretudo quando esta
ascensão tiver de ser coletiva, sinais desse auspicioso acontecimento serão
difundidos por toda a superfície terrena. Na era que todos estamos vivendo,
quer os Espíritos no Espaço quer os seres humanos na Terra, esses sinais serão
não apenas visíveis mas também sensíveis por toda à parte, e deles todos os
homens e mulheres da era presente tomarão perfeito conhecimento. A vida dos
planetas assim como a dos seres, obedece a um ciclo evolutivo que pode ter a
duração de anos como de séculos ou milênios, ao fim dos quais um novo ciclo se
apresenta para impulsionar o respectivo progresso. Estamos assim antevendo já o
que na Terra se passará em breves anos, para o encerramento de um e início de
outro ciclo de vida deste pequeníssimo planeta.
Um fato que todos haveis de presenciar porque
será verificado nos cinco continentes, é o que denominarei introversão
planetária, ou seja a reversão de várias áreas do planeta ao seu interior por
efeito de movimentos telúricos, com o aparecimento de outras presentemente
ocultas às vossas vistas. E como se processarão esses fenômenos? Duas
explicações podem ser dadas à vossa compreensão, meus irmãos encarnados. A
primeira delas é que em conseqüência de movimentos operados no centro do
planeta, grandes porções do mesmo serão expelidas com tal poder de expansão,
que as camadas superiores se desintegrarão e serão absorvidas pelo vácuo produzido
pelo fenômeno da expansão. Desta maneira, podem interiorizar-se no âmago do
vosso planeta grandes áreas atualmente iluminadas pelo Sol na superfície, vindo
outras ocupar seu lugar, ou, pelo menos se apresentar às vossas vistas e
passarem a fazer parte da nova superfície da Terra. Esta é uma das explicações
ao alcance da vossa compreensão.
A segunda é a da necessidade de modificar, em
alguns pontos do globo terráqueo, a topografia existente há centenas de
milênios, com o fim de tornar produtivas para a vida humana, largas áreas
terrenas até agora completamente improdutivas. Este trabalho há de parecer-vos
talvez ciclópico pela sua grandiosidade, irmãos encarnados, e em verdade o é.
Obedece porém a planos meticulosamente traçados no Alto há mais de quatro mil
anos, aguardando a época conveniente à sua execução.
Estou adivinhando o que em vosso cérebro se
passará ao tomardes conhecimento das coisas que estou aqui vos dizendo, e bem
percebo o temor que de muitos se apoderará, quanto à mortandade que a execução
deste plano poderá determinar entre as populações terrenas. Tranqüilizai-vos
porém, eu vos peço, irmãos meus, porque em se tratando de medidas executadas
por Forças Superiores, como no caso se trata, e mais ainda, sob a supervisão do
Nosso Amado Jesus, só o podem ser, como efetivamente são, para a felicidade e
bem-estar de quantos forem atingidos, e jamais para infelicidade ou sofrimento
de seus guiados terrenos.
Sabendo-se que nenhum ser humano da era
presente está na Terra pela vez primeira, aqui tendo nascido, vivido e morrido
um sem número de vezes, não há que temer o que possa ocorrer em face dos
fenômenos a se registrarem no planeta, desde que todos se convençam de que a
morte do corpo apenas se dá para libertar o Espírito, porque a vida deste sendo
como é eterna, infinita, aqueles cuja matéria perecer em conseqüência das
transformações operadas na Terra, têm assegurado no mesmo instante, não apenas
a sua liberdade espiritual, como ainda uma nova modalidade de vida tranqüila e
feliz, já por todos vivida antes da presente encarnação.
O mundo terreno, como sabeis, possui uma área
de solo fixo três vezes inferior àquela que se encontra coberta pelas águas, o
que reduz de muito a parte habitável pela sua população. Sendo necessário incrementar
o volume da população da Terra, para possibilitar a vinda ao planeta de muitas
milhões de almas de há muito aguardando oportunidade para reencarnarem,
tornou-se necessário reajustar a topografia da Terra, criando e ampliando áreas
até então ocultas, capazes de atender às necessidades de uma população algumas
vezes maior do que a atual.
Ao mesmo tempo em que esse fato se verificará
na Terra, constata-se no Alto também um grande empreendimento destinado a
receber, confortar e instalar todos os Espíritos que deverão deixar a Terra, e
serão provavelmente alguns milhões, de maneira a que todos estes possam
bendizer quanto lhes houver sucedido, como determinante de sua partida.
Bem sei que ao lerem estas palavras, todos os
meus irmãos começarão a pensar naqueles que formam o seu núcleo familiar, pela
circunstância de poderem deixá-los a seu tempo. Meus queridos: recordar-vos-eis
por acaso das inúmeras vezes em que tendes estado na Terra como parte de outros
núcleos familiares iguais ao vosso de hoje? Bem sei que não podeis
recordar-vos. Entretanto, eu vos digo que o fato já se verificou um sem número
de vezes, e Nosso Divino Mestre Jesus sempre tomou conta, abençoou, dirigiu e
protegeu os que ficaram, ao mesmo tempo em que recebia a cada um de vós no
plano espiritual a que todos fostes conduzidos em seguida à vossa
desencarnação.
Assim sendo, não há porque vos
impressionardes por tal motivo. A vida espiritual de cada filho de Deus é uma
seqüência de idas e vindas do Espaço para a Terra e desta para o Espaço ao fim
de cada nova existência de aprendizado nesta escola terrena. Estas alternativas
podem perdurar por milênios e milênios, e só terminam quando o Espírito de cada
ser humano tiver alcançado determinado grau de conhecimentos e experiência, que
determinarão o respectivo grau de evolução espiritual.
No Alto, meus estimados irmãos encarnados, a
distinção que se conhece entre os Espíritos, decorre de sua própria luz,
denunciadora do seu grau de aprimoramento espiritual. Este se adquire
exclusivamente ao longo das numerosas reencarnações de cada um, segundo o
esforço de cada Espírito encarnado, no sentido do aprimoramento de suas
qualidades morais. Morrer, por conseguinte, não pode causar temor a ninguém,
porque todos vós como eu próprio, já nascemos, tornamos a nascer e a morrer um
sem número de vezes. Quanto a mim, embora eu tenha já completado há muito o meu
curso de aprendizado terreno, ao longo de encarnações vividas nas mais diversas
circunstâncias, estou-me preparando para voltar a Terra como humilde vivente
entre vós, para o que apenas aguardo a palavra de ordem do meu amado Jesus.
Estou tratando de pôr em ordem os meus conhecimentos e experiências, que
formarão a bagagem que pretendo trazer à Terra, rogando ao Senhor que me ampare e inspire, a
fim de que eu possa dar o mais fiel desempenho à minha tarefa entre vós.
Vós sois também, amigos encarnados, outros
missionários do Senhor, pelos conhecimentos e experiências adquiridos no passado.
Se porventura não ocorrer à vossa memória física a tarefa que prometestes
realizar na Terra, então aceitai este conselho: colocai vosso joelho em terra
antes de vos entregardes ao repouso do corpo, dirigi-vos de coração a Nosso
Divino Jesus, e rogai-lhe que faça brotar em vossa memória o sentido verdadeiro
de vossa presente encarnação, enquanto for tempo de dela vos desempenhardes.
Seria para lamentar profundamente que ao vos libertardes do vosso veículo
carnal, viésseis a certificar-vos de um fracasso a mais em vossa existência
atual, por esquecimento ou desídia quanto aos deveres sagrados que assumistes
ao receber vossa presente encarnação.
Praticando o que vos aconselho, meus queridos
amigos e irmãos encarnados, uma certeza eu vos dou: é que ao regressardes ao
vosso grande e belo lar espiritual, onde vos aguardam centenas e centenas de
amigos e familiares de muitos milênios, podereis dizer com a maior
tranqüilidade a todos, que desta vez sim; desta vez cumpristes fiel e
completamente quanto a Nosso Senhor prometestes executar. E nessa oportunidade
sentireis integrar-se em vossa personalidade espiritual a mais bela, a mais
desejada, a mais útil de todas as recompensas: uma chuva de luzes espirituais
se incorporarão ao foco que possuís, ascendendo em conseqüência à mais alta
categoria de Espíritos de Deus, de quem vos tornastes mensageiros na Terra.
Filhos do meu coração: este irmão que vos
fala, o faz como se falasse a verdadeiros filhos da carne, pelo desejo
imensurável de contemplar oportunamente o progresso de cada um de vós. Se
necessitardes de mim em qualquer momento, aqui ou no Além, pensai firmemente no
Espírito de
SÃO LUIZ DE GONZAGA
Not.
biogr. — São Luiz de Gonzaga — 1568-1591. Nasceu em Roma, filho de D.
Fernando de Gonzaga, marquês de Castiglione. Tendo seguido para a Espanha,
ingressou na corte do rei Phelipe II, como pajem de seu sobrinho Thiago.
Possuindo grande inclinação para o sacerdócio, cedeu seus direitos e bens a seu
irmão Rodolfo em 1585, entrando no noviciado dos jesuítas em Roma, onde a sua
grande inteligência fez a edificação de todos. Dedicado em extremo ao serviço
da caridade, principalmente aos empestados, veio a su-cumbir muito jovem, aos
23 anos, contaminado pela doença. É considerado o padroeiro da juventude cristã.
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