As dores do mundo terreno, este plano de vida
em que evoluem pouco mais de sete bilhões de almas na era presente, muito têm
afligido e continuam a afligir o boníssimo coração do meigo Nazareno, o Guia
Máximo desta humanidade. Necessário se tornou procurar meios de reduzir ou
eliminar de todo, as causas originárias das dores do mundo, para que se reduzam
ou eliminem também os sofrimentos das almas aqui encarnadas.
Foi dito por Entidades que me precederam na
tarefa de aconselhar aos seres humanos a maneira de poderem preparar sua
próxima partida na mais absoluta paz e felicidade, foi dito que a oração há de
constituir o caminho único da sua salvação dos horrores que poderão surgir na
Terra em meio aos acontecimentos esperados. Pois bem; eu direi agora aos meus
irmãos encarnados de todas as regiões do mundo, que talvez nem mais a oração
seja meio suficiente para os livrar do provável dilúvio de fogo que se
aproxima, sendo necessário recorrer sem mais demora a outra maneira de agir
para que possam passar incólumes pela tempestade que se aproxima da Terra com
prazo irrecorrível. E não sendo já suficiente a oração nem tampouco a
meditação, o que poderá ser então necessário? Eu vos declaro meus filhos muito
estimados, porque muito vos amo em meu coração, que a emergência que se
aproxima do vosso pequeno planeta requer muito mais de todos vós. Além da
oração e da meditação diárias no ato de vos deitardes, é necessário que nesse
ato vos entregueis de todo o vosso coração ao Divino Mestre Jesus, o Nosso
Salvador Espiritual, mas que o façais com a mais sincera devoção, para que
vossa determinação possa receber imediata acolhida por parte do Senhor Jesus.
Sendo muitos milhares de almas a serem atendidas pelo Divino Salvador num
período de tempo relativamente curto, não bastará que vos entregueis à oração
assim como quem cumpre uma obrigação para consigo mesmo, porém com a
determinação sincera, iluminada por uma
fé ardente, dirigida com o empenho de quem espera alcançar algo de que
possa depender a própria felicidade.
Os seres humanos presentes têm uma grande
tarefa a desempenhar na operação em princípio de execução, tarefa de cujo
cumprimento deverá resultar, ou o abrandamento dos efeitos dos acontecimentos
em curso, ou a sua agravação e conseqüente estado de desesperação de todos os
habitantes da era que passa. Eu me explico. Se a totalidade dos homens e
mulheres se dispuserem a cooperar com as Forças Superiores, passando a emitir
em suas orações diárias vibrações realmente puras, dirigidas ao coração de
Nosso Senhor Jesus, e o fizerem com o pensamento absolutamente limpo dos ódios
e maldades da Terra, o conjunto dessas vibrações, aumentando diariamente pela
prática continuada, será então manipulado pelas Forças Superiores do Bem, no
sentido de reduzir ou até eliminar os dolorosos efeitos que poderão originar-se
das operações transformatórias em princípio de execução na Terra.
Já foi dito igualmente por outras Entidades e
vós deveis estar lembrados, que a atmosfera da Terra acha-se enegrecida, pela
volumosa emissão de pensamentos grosseiros pela quase totalidade dos seres
humanos da presente e de passadas eras. Se, no entanto, em face do
esclarecimento que está sendo difundido entre os homens, os pensamentos se
transformarem em vibrações amorosas para com todos os seres humanos, tratando
cada qual de policiar os seus próprios pensamentos, e, finalmente, se
adicionardes a esse fato a vossa determinação de vos entregardes diariamente ao
coração do Senhor Jesus, então, meus filhos muito estimados, é bem possível que
a transformação da Terra se processe de modo inteiramente imperceptível para
vós.
O fenômeno pode ser explicado da seguinte
maneira: a emissão de pensamentos bons, sãos, amorosos, dirigidos a todos os
seres humanos, formará na atmosfera terrena uma espécie de pequeno Sol ou
satélite, cuja luminosidade irá desfazendo gradativamente a densidade atual,
resultante de outra classe de pensamentos, o que desanuviará por completo essa
atmosfera atual. Direi mais ainda, filhos meus; a continuidade da irradiação de
pensamentos bons, que são, logicamente, a conseqüência de uma nova maneira de
proceder, viver e agir por parte dos seres humanos, produzirá dentro de pouco
mais de um século, a formação de um verdadeiro satélite da Terra, do qual a
humanidade futura poderá socorrer-se em momentos dados.
Tendes lido e ouvido que existem planetas
circundados por dois, três e até mais satélites, enquanto a Terra possui apenas
um, e outros planetas nenhum possuem até agora. Isto decorre precipuamente do
nível de vibrações emitidas pela mente dos habitantes desses mundos, podendo
então ajuizarmos do grau evolutivo dos habitantes de um planeta, ou mundo, e
também do próprio mundo, pelo número de satélites que o circundam. Eis um
assunto que eu submeto à vossa meditação, filhos meus, certo de que quanto mais
nele vos aprofundardes, mais depressa alcançareis a convicção de que é imprescindível
meditar a sério nas coisas de Deus, trabalhar e orar com o pensamento voltado
para a paz e o bem-estar dos vossos semelhantes, que outra coisa não são que
irmãos vossos, em busca, como vós mesmos, de luz e grandeza espiritual.
Quem hoje recebeu do Senhor Jesus a gloriosa
incumbência de vir ao vosso ambiente para grafar tão singelas palavras, é um
irmão mais velho, tão velho que me animo a tratar-vos de filhos, e que cumpriu
neste mundo bem dolorosas tarefas em milhares de existências vividas na carne.
Em quase todas as vindas a este plano de vida, eu procurava descobrir a pérola
verdadeira que pensava existir no âmago de todos os homens, e por vezes me
revoltava ao verificar que o que em muitos deles existia era o simples carbono.
Desconhecia eu que a pérola, no caso os bons sentimentos, o caráter por assim
dizer, encontravam-se ainda encobertos pela maldade — no caso o carbono — e eu
me revoltava com isso e profligava de rijo as fraquezas e maldades dos homens.
A certa altura, porém, o meu Divino Jesus
chamou-me e, com aquela bondade imensa que é característica de seu magnânimo
coração, disse-me certa vez quando d’Ele me despedia para uma nova existência
na carne:
“Vai meu filho à tua nova jornada na Terra.
Lembra-te porém, de que a carne constitui grande empecilho à vivência do
Espírito. Os homens não são propriamente maus, porque são Espíritos, e como
Espíritos aqui se demonstraram possuidores de excelentes qualidades. O
invólucro carnal é que lhes faz esquecer a posse de boa qualidades, levando-os
à realização e atos grandemente prejudiciais a si próprios. Assim, em vez de
procurares descobrir a pérola que existe em todos os corações, faze que cada um
a descubra e cultive através de atos meritórios ao longo de sua jornada
terrena. Vai, pois, filho meu, e cultiva ao máximo o amor e a tolerância para
com todos os meus filhos da Terra, sem te revoltares contra os que não puderem
compreender-te. Vai, meu filho, com a graça e as bênçãos do nosso Pai
Celestial” — foram as últimas palavras do meigo Nazareno.
Para sintetizar eu vos direi que a minha
última encarnação neste plano em que ora vos encontrais, decorreu de maneira
bem diferente das anteriores. Firmado na recomendação do Senhor Jesus à minha
despedida, eu meditei bastante acerca de como proceder para ajudar os homens a
descobrirem a pérola que existe em seu coração. E cheguei à conclusão de que
essa maneira seria, então, não a de me revoltar contra a ignorância porventura
demonstrada por eles, mas sim, e com grande eficiência o fiz: orar pelo
esclarecimento dos homens, orar muito, todos os dias com verdadeira unção, para
que a luz decorrente das minhas orações conseguisse iluminar o Espírito de cada
um, e eles pudessem ir aos poucos eliminando as camadas de carbono porventura
existentes, e descobrirem a sua pérola verdadeira — a luz espiritual.
Aí está meus filhos a receita que aqui vos
deixo para ajudardes a curar a ignorância que deparardes ao vosso redor. Orai
pelos vossos irmãos encarnados e conseguireis este duplo objetivo, já também
por mim conseguido: ajudareis a iluminar-lhes o Espírito, recebendo duplicado,
em troca, o produto de vossa oração. Aplicai a receita em vossa vida diária
filhos meus, sem prejuízo da vossa oração ao Senhor, que muito agradareis ao
seu magnânimo coração. É o que de melhor pode oferecer-vos este vosso
verdadeiro amigo, o Espírito de
CORNEILLE
Not.
biogr. — Pierre Corneille — 1606-1684 — Um dos maiores poetas trágicos
franceses de todos os tempos. Foi o verdadeiro criador da tragédia clássica. A
respeito de sua obra escreveu Racine, no elogio que proferiu na Academia: —
“Vós sabeis em que estado se encontrava a cena quando ele começou a trabalhar.
Que desordem! Que irregularidade! Todas as regras da arte, mesmo as da
honestidade e da decência por toda à parte viciadas. Nesta infância, ou, para
melhor dizer, nesta confusão do poema dramático entre nós, Corneille, depois de
ter procurado o bom caminho e lutado contra o mau gosto do seu século, enfim
inspirado de um gênio extraordinário e ajudado por leituras dos antigos, fez
ver na cena a razão, mas a razão acompanhada de toda a pompa, de todos os
ornamentos de que a nossa língua é capaz, conciliou admiravelmente a
verossimilhança e o maravilhoso, e deixou bem atrás de si todos os que tinha
como rivais!..."
Corneille
possuía no mais alto grau a invenção dramática, assim como o dom de ligar as
grandes intrigas, encontrando sempre combinações engenhosas. É por isso
chamado, merecidamente, o pai da tragédia francesa, por ter sido o primeiro que
apresentou no teatro a representação da alma humana. Diz-se que o teatro de
Corneille é uma escola de grandeza da alma, porque exalta os mais belos sentimentos
do coração humano. Revelando-se devotado servidor de Jesus, empreendeu uma
tradução em verso da Imitação de Cristo que apareceu em 1656, tendo
alcançado grande êxito. Foi membro destacado da Academia Francesa, tendo
desencarnado aos 78 anos de idade em situação material bastante difícil,
agravada pelo desgosto da perda de dois filhos e da incompreensão da geração
nova, que entristeceram muito a sua velhice.
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