Gostaria de poder falar
diretamente ao coração das minhas queridas filhas terrenas e também ao dos meus
filhos muito estimados, aquela linguagem falada que neles ficasse gravada para
sempre, e jamais olvidada. Eu diria então a todos esses corações muito queridos
do meu, que os objetivos da vinda de cada um ao mundo terreno têm uma
finalidade tão bela e grandiosa na construção da felicidade e progresso de suas
almas, que não tem sido por elas observada devidamente.
Efetivamente, meus queridos,
a vinda de cada um a este plano físico para uma nova existência na carne
dependeu de uma série bem grande de esforços que vós não podeis recordar na
vossa memória atual. Isto acontece a quantos filhos e filhas se encontram na
Terra, em face do número muito grande de almas que vivem nos planos
espirituais, desejosas e também necessitadas de novas reencarnações. Como,
porém, a população terrena na era atual já seja um pouco superior às condições
normais da vida neste planeta, há necessidade de se estabelecer no Alto uma espécie
de triagem das almas que devem reencarnar. Todas vós fostes, por conseguinte,
favorecidas com esta oportunidade, em face dos compromissos que todas
assumistes com os Dirigentes Espirituais no sentido da vossa vivência neste
século. Entre os compromissos que no Alto assumistes existe um pelo qual vos
comprometestes a trilhar na Terra uma estrada que vos conduza à aquisição de
novas e maiores luzes para os vossos diademas. Nesse propósito é que devereis
firmar os vossos passos e os vossos pensamentos, para que os atos que
praticardes os confirmem. Todos sabemos no Alto, de experiência própria, que o
ambiente terreno consegue desviar as almas dos seus verdadeiros objetivos
espirituais, pelas seduções que as espreitam em todos os momentos. Isto sucede inclusive
às almas melhor preparadas que mergulham na carne, participando por conseguinte
de todos os atos peculiares à vida
terrena. Existe porém aquele recurso infalível que é a prece, para a qual
apelam constantemente as almas boas, graças à qual ou se reduzem ao mínimo as
vibrações negativas do meio terreno, ou de todo se anulam. A prece foi criada
pelo Pai exatamente como meio da alma encarnada, como a desencarnada,
reforçarem a posição espiritual na qual desejam manter-se, eliminando por esse
meio vibrações e influências más, contrárias ao seu bem-estar, perturbadoras ou
deletérias.
Pode dar-se que vos pareça
desnecessário falarmos desta maneira e insistentemente, nas vantagens e
virtudes da prece em nossos escritos a vós dirigidos, porém eu vos explicarei
em seguida que assim não é. A prece constitui por assim dizer, o alimento e a
fortaleza de todas as almas em todos os planos do Universo. Não existe um único
recanto em toda a vastidão imensurável dos mundos habitados em que a prece não
constitua para todos esses seres que neles vivem, o recurso infalível em todas
as suas atividades. Isto que aqui vos afirmo é uma grande verdade, filhas e
filhos que eu muito amo. Ora o Pai Celestial no cimo de todos os mundos, planos
e sub planos do Universo infinito, pela paz, felicidade e bem-estar de todos os
filhos que vivem, trabalham e progridem ao longo de todos esses mundos. Ora o
Senhor Jesus na cúpula do mundo terreno em que sois hóspedes, pela vossa paz,
felicidade, progresso e bem-estar, fornecendo-vos em cada som emitido nesse ato
as vibrações mais puras que as vossas almas podem captar e recolher em ajuda
necessária e constante na consecução dos vossos objetivos. Oram no Alto todas
as Entidades que alcançaram o grau máximo de evolução peculiar ao mundo em que
viveis, com o objetivo de reforçar no ambiente terreno o volume de vibrações
puras, elevadas, numa operação que vos permita viver na claridade espiritual,
livres o quanto possível da onda envolvente de vibrações inferiores, em que
ainda é tão rico o meio em que viveis. Oram nos seus respectivos planos as
almas estagiárias, procurando atrair cada uma um pouco mais de luz através da
prece, enquanto aguardam novas oportunidades de voltar à Terra em corpo físico
em busca de luzes mais fortes. Oram na Terra as mães sinceramente devotadas à
sua luminosa tarefa, rogando ao Senhor proteção e ajuda para seus filhinhos,
desejando vê-los crescidos, alegres, prósperos e felizes. Este tipo de prece é
saudado em todos os planos espirituais com a maior reverência, por ser talvez a
mais bela das manifestações do ser humano: a prece das mães pelos filhos. Oram
na Terra os homens esclarecidos, cônscios de suas responsabilidades, deveres e
obrigações para com os semelhantes, sabendo que por meio da prece sua tarefa se
lhes tornará bem mais suave e mais eficiente. Oram igualmente os menos
esclarecidos com o objetivo de receberem do Alto boa parcela de ajuda de que se
julgam carecentes para sua maior tranquilidade e felicidade. Oram ainda, minhas
queridas filhas e filhos queridos, os próprios irracionais em meio ao processo
de alimentação, quando emitem vibrações de contentamento por esse ato. Essas
vibrações que os animais emitem instintivamente são preces de agradecimento ao
Criador que as recebe e entende devidamente.
Pelo que aí fica, e pelo
muito que ainda pode ser dito sobre as virtudes da prece, tereis a medida da
utilidade que a mesma oferece a todos vós, assim como a todos os demais seres
do Universo. Fica, portanto, firmado nos vossos corações o princípio que eu
direi luminoso, da utilidade da prece como o caminho mais direto e seguro de
chegardes todos vós aos vossos belos objetivos da vida presente. Orai pois,
orai muito, orai sempre, não me cansarei de repetir, em face da poderosa ajuda
que da prece colhereis, não apenas enquanto na Terra, mas em vossa vida
infinita. Não falei de mim em relação à prece, mas desejo fazê-lo também,
dizendo-vos que eu adoto desde séculos e séculos sem conta, o hábito para mim
muito agradável de orar três vezes ao dia por todas as minhas filhas e filhos
que vivem na Terra. Constituem para mim momentos de verdadeira felicidade
apreciar as irradiações luminosas das minhas orações, descendo numa espécie de
chuveiro sobre as vossas cabeças em todas as regiões do mundo, contribuindo
poderosamente, quantas vezes, para o afastamento de muitos males trazidos por
outras vibrações inferiores ou maléficas do ambiente em que viveis. Devo
dizer-vos minhas queridas, e a vós principalmente, que vossas vidas e
felicidade enquanto na Terra, exigem de nós no Alto atenções e proteção muito
especial. Apesar de vos encontrardes no plano terreno acompanhadas por
Entidades protetoras de grande poder, nós todos do Alto vos dedicamos uma
assistência particular em nossas orações diárias, a fim de que possais
preservar-vos de situações indesejáveis ou dolorosas exclusivamente pela vossa
condição de mulher que nós tanto veneramos. Assim pois, se às nossas preces
protetoras emitidas do Alto, vós próprias vos habituardes às vossas de todos os
dias, vossa existência na carne
tornar-se-á cada dia mais suave, e mais bela a vossa santa missão na
Terra.
Em seguida desejo contar-vos
uma pequena história relacionada com a nossa vida no Além, sempre curiosa e
interessante para quantos vivem a vida terrena inteiramente olvidados de sua
vivência espiritual. Sucedeu certa vez em que eu visitava outro plano que não
aquele em que vivo habitualmente, deter-me a apreciar um grupo de almas que se
entretinham a cultivar flores muito mimosas, cuja espécie está sendo preparada
para cultivar também no solo terreno. São flores muito lindas, muito belas,
exalando perfume agradável e duradouro. Estavam ali ocupadas no tratamento de
um canteiro dessas pequeninas flores, cerca de dez ou doze almas juvenis que me
reconheceram e logo se acercaram de mim, com demonstrações as mais delicadas e
cativantes de amor filial. Eu as recebi afetuosamente, abracei-as todas, e ali
me detive um pouco entretendo com elas uma palestra muito agradável. Ao fim de
nossa palestra, indaguei daquelas almas juvenis, de filhas que há muito haviam
regressado da Terra, o que gostariam de obter de minha parte, após o nosso tão agradável encontro.
Aquele pequeno grupo de almas juvenis entreolhou-se por momentos como a indagarem-se
mutuamente o que deveriam pedir-me, quando uma delas decidiu manifestar-se em
nome do grupo. Achegou-se então a mim, pegou as minhas mãos, e beijando-as,
declarou-me que o que todas aquelas almas mais desejavam manifestar-me naquele
momento, era o seu desejo de me acompanharem ao meu plano e lá permanecerem ao
meu lado o maior tempo possível. Eu achei esse desejo muito natural e
preparei-me para atendê-lo. Digo preparei-me porque em verdade eu necessitava
de fazer algo a fim de poder atender ao desejo que me havia sido manifestado.
Comuniquei-me instantaneamente com o meu amado Filho e roguei a necessária
permissão para responder afirmativamente àquelas belas almas juvenis que se
mantinham em atitude de expectativa. Esta comunicação com o Senhor e sua
resposta ocorreu em questão de segundos. Eu a fiz em obediência à lei
espiritual que todos cumprimos no Alto, em virtude da qual nada se faz que não
seja devidamente autorizado por quem de direito, no caso o Senhor Jesus, dada a
circunstância de conduzir a um plano superior, almas viventes em outro algo
inferior. Transmitindo a resposta afirmativa recebida do Senhor àquele pequeno
grupo de almas, senti em meu coração toda a alegria que das mesmas se apoderou
ao receberem a noticia de que seguiriam comigo, a fim de visitar a minha moradia e nela residirem durante algum tempo.
Como não podiam partir sem o cumprimento de certas formalidades como mandam as
leis que nos regem, eu própria solicitei ao Chefe Espiritual do plano em
questão a necessária permissão para conduzir aquelas almas em minha companhia, e também a designação de
substitutas para a tarefa de que então se ocupavam. Isto conseguido, foi nossa
partida assistida por uma pequena multidão de almas do plano, desejosas todas
de obterem igual oportunidade, e apresentando felicitações às que partiam.
Nossa chegada ao plano em
que vivo no Alto produziu nas minhas hóspedes um pequeno deslumbramento, como
era natural. Minha chegada já era
esperada pelo meu grupo de assessores e numerosas Entidades que também se informaram
acerca do meu regresso. Direi então que o aeroporto estava repleto de
luminosidade, e isto encantou deveras as minhas hóspedes. Deixamos este local e
nos acomodamos no veículo à nossa espera, no qual viajamos até a minha residência, fazendo pequena parada no
majestoso templo de topázio que se ergue bem próximo do local de desembarque.
Ali oramos durante alguns momentos elevando preces ao Pai Celestial, pela
felicidade de todos os seres daquele e de todos os planos do Universo. Em
seguida retomamos o nosso trajeto. Minhas hóspedes estavam felicíssimas com o
que viam ao longo do caminho que percorríamos. Maravilhavam-se, segundo diziam,
como os belos jardins que encontrávamos à nossa passagem, e com o perfume que
suas flores nos ofereciam, essências que minhas hospedes desconheciam. Também
admiravam extasiadas as altas torres de topázio elevadas no templo onde
havíamos orado, e viajavam sorrindo para as belas paisagens que descortinavam
pelo trajeto que fazíamos. Chegadas finalmente à minha moradia, encontraram as
minhas hóspedes juvenis, uma recepção que muito as encantou. Ali nos esperavam
todos os meus assessores e assessoras em número que se pode contar por
centenas, de quem as jovens receberam cumprimentos os mais cordiais. Isto as
deslumbrou sobremaneira, como era visível a todos. Assim recebidas entre as
mais evidentes demonstrações de simpatia e carinho, as minhas hóspedes podiam
considerar-se naquele momento as criaturas mais felizes do Universo, tal o seu
estado d'alma em face do carinho e simpatia que todos demonstravam. Determinei
a alguém que as acomodasse da maneira mais confortável, a fim de que as mesmas
pudessem considerar-se verdadeiramente hospedadas no Céu de sua imaginação.
Muito ainda desejo dizer-vos a respeito deste fato, o que farei no próximo
capítulo. Pretendo fazer-vos uma pequena descrição daquele plano em que vivo, e
por isso é que desejo voltar ao assunto no capítulo a seguir.
Deixo-vos aqui a bênção que
o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.
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