Os fatos previstos
para acontecer no mundo terreno conforme vem sendo anunciado, têm por único
objetivo a implantação de melhores condições à vivência humana neste pequeno
planeta. Por tal motivo é que se encontram no meio terreno milhares de
emissários de Jesus Nosso Senhor, com a missão de despertar os corações
porventura adormecidos, para que possam estar atentos e preparados para o
transcurso daqueles fatos.
Pelo que tem sido
possível observar aos emissários do Senhor em todos os países da Terra, ainda
existe um número assaz avultado de seres humanos para
quem a ação dos emissários de Jesus ainda não conseguiu despertar maior
interesse, mergulhados como se encontram nos interesses de ordem material.
Este
fato, embora não constitua nenhuma
surpresa para nós, por estar desde muito previsto, é motivo de preocupações em
face do que pode suceder às almas que não estejam devidamente preparadas para
viajar no momento em que o transatlântico ancorar no porto dos seus corações.
E
não estando preparados para viajar, as almas que se tiverem recusado a tomar conhecimento
do trabalho desenvolvido pelos emissários do Senhor, o que certamente lhes
sucederá nessa ocasião, poderá ser algo como ficarem por aqui ao desabrigo, sem
um rumo que lhes indique o caminho a seguir.
Referindo-me aqui ao
transatlântico que poderá ancorar de um momento para o outro, eu desejo
significar a passagem de um verdadeiro transporte em busca das almas que tiverem
encerrado a sua existência terrena por causa dos fatos verificados em torno, a
fim de serem recolhidas e conduzidas ao seu plano de vida espiritual.
O
transporte de natureza espiritual existe realmente, e não apenas um, mas os que
se tornarem necessários para recolher as almas na Terra e conduzi-las ao seu
destino.
Será então para todos lamentarmos, se, por uma simples questão de crença
religiosa contrária ao princípio da sobrevivência espiritual, alguém rechaçar
os conselhos e advertências que Nosso Senhor nos determinou difundir no
ambiente terreno, e por esse motivo tiverem de ficar jogadas ao desamparo, por
um tempo que a ninguém é dado prever.
Bem sabemos todos
nós Espíritos de Deus, quais e quantas são as divisões de crenças e religiões
existentes na Terra, cada qual convicta de ser a única no caminho certo.
Há
entre as numerosas correntes religiosas as que juram estar com a verdade ao
afirmarem que não há
Espíritos, e que tudo termina com o sepultamento de quantos deixaram de existir
na Terra.
Há também as que afirmam não existir outro mundo ou plano de vida
além da Terra a não serem aqueles três lugares denominados purgatório, céu e
inferno, como definitiva morada de quantos a eles fizerem jus. Esses três
lugares só existem em verdade na imaginação de quem lhes dá crédito, do que logo
se convencerão ao se desprenderem dos seus corpos atuais. Esta é apenas uma das
correntes religiosas do mundo terreno, a qual deixará de existir quando os seus
adeptos se convencerem da verdade, que é muito diferente, mas não tenho
autorização para a contestar nesta oportunidade.
Desejo então deixar neste
capítulo um fervoroso apelo a todas as correntes religiosas existentes na
Terra, que é o seguinte: - Os tempos caminham a galope em direção aos acontecimentos
programados para a Terra, dos quais resultará, sem dúvida, eu não direi
apropriadamente mortandade, porque o termo não é bem esse, uma vez que a morte
como a considerais, o fim, não existe.
Deverá ocorrer provavelmente a partida
da Terra de um número avultado de almas em conseqüência daqueles acontecimentos.
O Senhor Jesus, juntamente com as Forças Superiores, tomou todas as
providências com vistas ao recolhimento e condução de todas as almas que vierem
a desencarnar, não direi também prematuramente, porque esse fato foi
devidamente previsto.
Em tal emergência, os emissários do Senhor incumbidos do
serviço de recolhimento, não irão indagar de cada alma a sua crença religiosa para
saber se deve aceitar ou não o socorro providencial. Não poderão, entretanto,
os emissários do Senhor recolher aquelas que, por se encontrarem
filiadas à corrente religiosa que em seus tabus não aceita a própria
sobrevivência, por não acreditarem, inclusive, na existência de Espíritos, se
recusem a ser recolhidas ao gigantesco transporte para serem conduzidas aos
planos espirituais.
Estas minhas palavras
vêm a propósito de certos pronunciamentos feitos no meio terreno ao saberem que
emissários de Jesus vieram escrever livros de conselhos e ensinamentos na
Terra. De alguns dos nossos irmãos encarnados ouvimos que esses livros só podem
ser apócrifos, visto como nenhuma alma partida da Terra jamais poderá voltar ao
meio em que viveu. Seu destino, segundo afirmam esses estimados irmãos, é,
irremediavelmente, viver para sempre num dos três estágios citados linhas
acima.
Temos ouvido,
igualmente, de pessoas possuidoras de elevado grau de cultura material, que se
Nosso Senhor tivesse necessidade de mandar escrever algo relacionado com a vida
e felicidade humana, de certo escolheria para essa missão personalidades de
grande autoridade no meio da sua igreja, ou fora dela, homens cujo saber e
posição social pudessem emprestar desde logo autenticidade aos assuntos
divulgados.
Disto se infere o grau de incompreensão em que ainda vivem na Terra
pessoas que se atribuem a tarefa de ensinar religião aos seus irmãos, após
haverem compulsado as obras que se harmonizam com o seu próprio modo de entender
a religião que pregam. Deus me livre, direi eu, de suscetibilizar nem de leve,
as convicções dos meus irmãos que assim pensam, porque lhe reconheço o pleno
direito de pensarem assim.
Eu pronuncio-me
desta maneira porque conheço no mundo espiritual algumas centenas de almas
(Espíritos) que ali vivem após terem pregado na Terra a repulsa ao espiritismo,
sob a alegação de que tal fenômeno não existe. Essas almas vivem no Alto a vida
que na Terra construíram, no entanto se conservam na recusa de aceitarem a existência
do Espírito. São almas, aliás, que pela intransigência de que dão provas,
nenhuma Entidade deseja contrariar nessa atitude.
O caso, porém, não é
abandonado pelas Forças Superiores até que conseguem incutir nelas um pouco da
verdade espiritual, sendo então o melhor caminho encontrado até agora, proporcionar
a cada uma das almas que assim pensam convictamente, uma nova encarnação em
meio completamente diferente daquele em que antes viveram. O resultado obtido
por esse meio tem sido excelente inclusive para as próprias almas.
Se acaso
encontrardes na Terra, estimados leitores, criaturas portadoras de excelentes
faculdades mediúnicas mas dizendo-se contrárias ao seu desenvolvimento,
podereis identificar na maioria delas, almas daquelas de quem acima falei. Com
o perpassar dos anos, entretanto, uma oportunidade surgirá no sentido de que suas
faculdades amadureçam e se desenvolvam, e aí tereis então médiuns excelentes na
prática da caridade e do amor ao próximo, redimindo-se, nessa prática, de suas
convicções errôneas do passado.
Retomo aqui o
assunto inicial, interrompido pela explicação que venho de encerrar. Os
acontecimentos em curso determinarão a necessidade prevista, do recolhimento de
quantas almas vierem a desencarnar em conseqüência, e isto será feito de
maneira impecável pelos emissários de Jesus e das Forças Superiores, sem
indagar sequer a crença religiosa de cada um. Eu apresentarei aqui uma idéia que,
a propósito, poderá satisfazer a todos, que é a seguinte:
- Para que nenhum
ser humano possa ficar perambulando no ambiente terreno após haver-se separado
do corpo - refiro-me evidentemente ao seu Espírito - eu sugiro que se prepare
desde agora para ser socorrido quando sua vez chegar, sem se preocupar se estes
conselhos chegaram à Terra pelo meio que chegaram, ou por meio de alguma
revelação divina.
Estando de antemão convenientemente preparados, todos os
necessitados de socorro serão socorridos sem que isso dependa da sua crença
religiosa. Eu apelarei aqui, para melhor compreensão do meu pensamento, para
aquela imagem do luxuoso navio que soçobra em alto mar, lançando passageiros e tripulantes
à própria sorte. Acorreram a prestar socorro aos náufragos, outros navios de
bandeira e países diferentes, numa verdadeira demonstração de amor e
solidariedade humana. Ao cabo de poucas horas todos os socorridos se
encontravam felizes em meio à tragédia que os envolveu, mas a nenhum deles
ocorreu a idéia de indagar da tripulação que os salvou, qual a sua crença
religiosa.
Em tais circunstâncias, como é lógico, a única idéia válida é a do
socorro e nenhuma outra. Vamos admitir porém, que passado o momento de terror,
e todos os náufragos confortavelmente instalados, algum elemento da tripulação
salvadora tivesse ordem de indagar de cada um a sua crença religiosa e houvesse
diversas a registrar. Se uma tal formalidade houvesse de ser cumprida, todos os
socorridos estariam tranqüilos quanto ao
próprio destino, certos de que ali seriam todos iguais, uma vez que
a Divina Providência a todos socorrera.
No caso que levou as
Forças Superiores a empreender na Terra a série de melhoramentos em curso,
também haverá necessidade de socorro aos possíveis atingidos pelos
acontecimentos. Essa parte ficou a cargo do Senhor Jesus e tudo foi preparado
para que vários navios socorristas estejam presentes nos locais em que os fatos
se verificarem.
Nessa ocasião, os
estimados irmãos que até então não tenham aceitado como autênticos estes
conselhos, por não terem visto nem ouvido quem os ditou, assim como aqueles dos
meus irmãos que reclamarem provas para que os aceitem, quando essa ocasião
chegar, podem ingressar confiadamente no escaler que os conduzirá para bordo,
independentemente de sua aceitação ou não dos presentes conselhos.
Eu desejo deixar bem
claro neste momento, para que todos os meus irmãos encarnados me entendam, que
eu não recebi a incumbência, nem de unificar as numerosas crenças religiosas
existentes na Terra, nem tampouco a de convencer ninguém de que eu seja ou não
determinada personalidade espiritual que necessite de apresentar minha carteira
de identidade.
Quando estive na
terra há dois mil anos com o nome com que assino este livro, eu já encontrei o
provérbio que nos diz que pelo fruto se conhece a
árvore.
Assim pois, se pelos meus conselhos alguns dos meus leitores não puderem ou não
quiserem identificar-me como Entidade autorizada pelo Senhor a vir trazer-vos
estes conselhos na undécima hora, ainda assim eu rogarei que os aceitem e os
pratiquem no seu próprio benefício. Prometo, então, a quantos dos meus estimados
leitores o desejarem, apresentar-lhes oportunamente a identidade que possuo de
longa data, como devotado servidor de Jesus em todas as oportunidades em que
fui enviado ao plano terreno, e que foram várias.
Acrescentarei que a
circunstância fortuita de um, dois, ou dezenas de leitores não desejarem
aceitar sem provas a minha palavra, este fato em nada os desmerece porque
estarão seguindo apenas aquela instrução do Mestre Kardec, de que é preferível
recusar noventa e nove verdades a aceitar uma mentira.
Estava absolutamente
certo o iluminado codificador da doutrina espírita ao proferir aquela instrução
no século passado. De então para cá novas faculdades foram desenvolvidas pelos
seres humanos, permitindo-lhes
aferir pela faculdade intuitiva onde se encontram a verdade e a
mistificação. Repito que não quererei mal a nenhum dos meus estimados leitores
que ainda cumpra a velha instrução kardeciana; apenas lhe pedirei que me chame
em pensamento durante a sua concentração mental, que eu terei grande alegria em lhe prestar todos os
esclarecimentos que desejar, para que aceite como autênticas estas minhas
palavras.
Prometo inclusive, a todos os leitores meus, que algum dia, quando
esse dia chegar, reuni-los em determinado plano do Além, e então confraternizar
com todos por haverem seguido os meus conselhos enfeixados neste livro.
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