A Terra, este pequeno mundo de Deus, escola
de desenvolvimento espiritual de uma classe de Espíritos que aqui têm vindo
durante milênios, prepara-se para receber em seu solo uma radiosa geração de
Entidades espirituais já bastante evoluídas, às quais incumbe formar a
civilização do terceiro milênio. Dizemos civilização do terceiro milênio,
partindo da era cristã, estabelecida desde a vinda do Senhor Jesus em corpo
físico, a tentar conduzir a humanidade de então para a luz e para Deus.
Sem querer fazer história, por outros serem
os meus objetivos ao redigir este capítulo, sempre direi que os homens e as
mulheres que na Terra se encontram neste momento, aqui estiveram quase todos,
séculos e até milênios anteriores à vinda do Senhor Jesus. Isto se explica pela
marcha demasiado lenta constatada na evolução da imensa maioria dos seres
humanos, sendo por isso necessárias encarnações e encarnações para alcançarem
um pequeno índice de progresso.
Dos diversos planetas que conformam o sistema
planetário a que pertence o vosso pequeno mundo, é a Terra talvez aquele em que
mais lenta se tem mostrado a marcha ascensional de seus habitantes. Se um
número apreciável de Espíritos que evoluíram na Terra já passou a viver em
mundos bem mais adiantados do que este, a verdade é que os Espíritos que
constituem a grande maioria da população terrena, já aqui se encontravam por
ocasião da vinda do Senhor, tendo várias, numerosas encarnações anteriores.
Disto se infere não ser assim tão nova a
humanidade atual, para se lhe desculpar os erros em que ainda insiste em
incidir, dada a sua já maturidade espiritual. Eis a razão, portanto, das
medidas preparadas no Alto para apressar o regresso de um sem número de almas
presentemente na Terra, a fim de regressarem no próximo século se possuírem
condições para isso, isto é, se puderem harmonizar suas próprias vibrações com
as do meio ambiente formado pela nova civilização.
Aqueles dos encarnados de hoje que
demonstrarem, no teste a que em breve serão convidados, não possuírem as
condições desejadas para tal, seguirão outro destino compatível com o nível de
suas vibrações. Não quero dizer com isto que um destino desagradável esteja
aguardando os seres humanos ainda distantes do grau evolutivo que deviam
possuir. Não, meus irmãos; esses graus variam segundo a idade espiritual de
cada um, sabido como é que as humanidades se sucedem constantemente, havendo
por conseguinte, nesses conjuntos, Espíritos velhos, Espíritos amadurecidos e
Espíritos novos.
Designo aqui essas três classes de Espíritos
para esclarecer melhor o meu pensamento, de que nem todos os homens e mulheres
atualmente na Terra são portadores da mesma idade espiritual. Considero então
como Espíritos velhos, aqueles que contam para mais de doze a quinze milênios
de existência só neste planeta, aqui tendo reencarnado um apreciável número de
vezes em busca de luz e experiência, razões não havendo para que não tenham
podido completar o ciclo de seu aprendizado terreno. É felizmente bem pequeno o
número de membros desta categoria que ainda não alcançou a sua redenção
espiritual, sendo provável que o consiga ainda no século presente, com a Graça
Divina.
Temos a seguir a categoria dos Espíritos ditos
amadurecidos, que são todos os que, pelo número de encarnações que lhe foram
concedidas, já deviam ter concluído o seu aprendizado. Muitos deles o fizeram
realmente para felicidade sua, podendo identificar-se entre os mensageiros e
servidores de Nosso Senhor Jesus, numerosos Espíritos aqui designados na
categoria dos amadurecidos. Numerosos destes Espíritos afeiçoaram-se de
tal maneira ao Senhor, pela aceitação, compreensão e prática de sua Doutrina,
cujo fato serviu para impulsionar o seu aprimoramento espiritual. Desta
categoria tem a Terra recebido muitos Espíritos missionários, tanto em
existência física como na condição de Instrutores espirituais, tendo uns e
outros ajudado sensivelmente o esclarecimento da humanidade através dos séculos
decorridos.
Referirei finalmente a categoria dos por mim
designados novos que são os homens e as mulheres em cujos corações mal
penetrou ainda a chama da fé, dado o seu endurecimento em face da luz
espiritual. Esta categoria de irmãos vem sendo assistida dia e noite pelos
luminosos mensageiros do Senhor, os quais procuraram de várias maneiras
tocar-lhes a sensibilidade mediúnica, a fim de incutirem em seu coração o
sentido da necessidade, da urgência de se voltarem sem mais demora a Deus e
Jesus, para receberem toda a ajuda de que irão em breve necessitar. Devo
declarar aqui, o que faço com regular satisfação, que algum progresso está
sendo alcançado pelas Forças do Bem junto a esta classe de seres encarnados.
Um dos motivos registrados no Alto para
justificar a falta de progresso espiritual da imensa maioria dos Espíritos
encarnados, é o abandono em que têm sido deixados pelos dirigentes das diversas
correntes religiosas, às quais compete assistir e espiritualizar os seus
adeptos. Examinando este assunto muito de perto, constata-se que cerca de duas
terças partes das criaturas humanas vivem completamente afastadas dos vários
credos, seja por não encontrarem em seus mentores autoridade para exercerem o
sacerdócio, seja pela própria conveniência de seus interesses puramente
materiais. Notamos, porém, nós todos que estudamos o problema, a ausência de
instituições onde o culto espiritual possa atrair essa grande maioria de nossos
estimados irmãos encarnados, e fazer deles fiéis seguidores, não de homens, mas
de Nosso Divino Mestre Jesus. Tudo isto tem sido cuidadosamente estudado em
assembléias memoráveis realizadas nos planos próximos a Terra, e algumas
medidas já estão sendo postas em prática no mundo terreno, no sentido de
transformar a indiferença de hoje no interesse de amanhã, graças às escolas e
métodos espiritualizantes que vão surgir no meio terreno.
De um modo geral todo o processo educacional
dos jovens irá receber novas condições e disciplinas, fazendo do estudo um
verdadeiro prazer para o estudante, ao invés de um esforço exaustivo como
presentemente. As cátedras de vossas Universidades irão ser ocupadas por
mestres possuidores, não apenas dos conhecimentos peculiares à especialidade,
como também de notável ascendente mediúnico que lhes permita fazer de suas
aulas um verdadeiro encanto para os alunos. Isto acontecerá em virtude da
assistência espiritual presente em todas as Universidades, com este duplo
objetivo: inspirar os mestres na explanação de suas aulas e abrir o
entendimento dos alunos para que as recebam com alegria, as entendam e
assimilem como devem. Desta perfeita colaboração do plano espiritual com o
plano terreno, há de resultar um maior aproveitamento do tempo dos mestres e
alunos, dentro de um ambiente espiritualizado, decorrente da própria espiritualização
da humanidade. E a Terra passará a ser, sem sombra de dúvida, um planeta de
vida de onde a dor e o sofrimento foram banidos para sempre.
Ora bem, amigos e irmãos; desejais fazer
parte de uma tal maneira de viver? Desejais encontrar-vos novamente na Terra,
na companhia de muitos de vossos irmãos e companheiros de hoje? Desejais
habitar, na realidade, um verdadeiro paraíso como a Terra o será? Sem dúvida
que o desejais, visto como devereis estar em algum lugar do Universo, não é
assim? Pois bem, irmãos meus; bem pouco tereis a fazer para alcançar tão grande
felicidade e alegria. Rogai isso a Jesus Nosso Senhor, mas rogai-o diariamente.
Firmai vosso pensamento no Senhor Nosso, e rogai-lhe a necessária permissão
para voltardes a Terra.
Isto vos recomenda para vossa felicidade, o
vosso irmão e Protetor Espiritual
COPÉRNICO
Not. biogr.: Nicolau Copérnico — 1473-1543.
Grande astrônomo polonês. Diplomado pela Universidade de Bolonha, dedicou-se
com tamanho êxito ao estudo da matemática, que foi convidado a lecionar esta
especialidade em Roma, onde era grande a sua reputação. Seu estudo favorito
era, porém, a astronomia, tendo levantado em Frauemburg um observatório que
passou a denominar-se Cúria Copérnica. Aí construiu para as suas
observações um instrumento paraláctico composto de três peças de madeira com
divisões a tinta, mais tarde considerado relíquia por Tycho Brahe. De seus
estudos e observações acuradas resultou a nova concepção do Universo conhecida
por Sistema Copérnico divulgado em 1512, quando o grande astrônomo
decidiu imprimir o seu imortal tratado denominado De revolutionibus orbium
celestium libri VI aparecido em Nuremberg no ano de 1543. Estando já com a
idade de 70 anos e bastante doente, apenas chegou a ter um exemplar da sua obra
poucos dias antes de desencarnar. Todos os países, mas especialmente a Polônia,
celebram altamente a memória deste grande astrônomo. Napoleão I visitou em 1806
a casa onde Copérnico nasceu.
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