Pudessem os seres humanos deste século formar
uma vaga idéia sequer do tesouro de luzes que no Alto os aguardaria se bem
cumprissem os deveres que assumiram ao receberem uma nova encarnação na Terra,
e estou certo de que largariam de mão os seus interesses materiais, puramente
terrenos, para cuidarem apenas de se preparar para merecerem aquele verdadeiro
tesouro de luzes espirituais ao regressarem de sua presente existência na
carne.
É para lamentar, e muito, que se tenham
descuidado do único bem que deveriam adquirir na presente viagem pela Terra, a
qual para uma grande maioria pode ser considerada quase inteiramente perdida. É
para lamentar, repito, que seja esta a realidade presente para muitos dos seres
humanos do momento, mas ainda pode ser modificada a situação para quantos
conseguirem despertar desse estado letárgico em que mergulharam ao
reencarnarem, e decidir-se a cumprir deveres comezinhos do seu Espírito.
O trabalho e a oração, foi dito com muito
acerto, representam os deveres do homem na Terra, pela seguinte razão: pelo
trabalho os homens adquirem o alimento, o vestuário, a instrução e a moradia;
pela oração mantêm-se em contato permanente com as Forças Superiores, das quais
recebem a ajuda e proteção para os seus empreendimentos. Ao contrário disto
entretanto, muitos seres humanos preferem substituir a oração pela diversão, e
ei-los ao fim do dia de trabalho em busca dos locais em que se oferecem
diversões nem sempre condignas aos seus freqüentadores. Tais diversões onde o
vinho, os licores e outras categorias alcoólicas são oferecidas e aceitas como
índice de elegância e modernismo, constituem nada menos do que o caminho que
não raro conduz os freqüentadores a prepararem encarnações mais ou menos
dolorosas em mundos inferiores a Terra.
Efetivamente, a ação do álcool, sobre os
órgãos mais sensíveis e delicados do corpo humano, estende-se com o tempo ao
próprio Espírito, sobre o qual produz efeitos os mais desagradáveis, podendo
levá-lo até à própria inconsciência de longa ou curta duração. As vibrações
produzidas no Espírito pelos vapores alcoólicos podem em certos casos
determinar a sua estagnação por séculos ou milênios, o que para o Alto pouco
significa em face da eternidade da vida. Ora, se os homens persistirem na
substituição da oração pela diversão, além de estarem construindo para si
próprios um futuro espiritual de grande infelicidade, estarão se afastando
lentamente do Divino Pastor da humanidade terrena, porque, tendo de ser transferidos
deste para um planeta de categoria inferior a Terra, automaticamente se afastam
da chefia cristã do Senhor Jesus, para ingressar na de outro Guia Espiritual
que não podemos saber quem seja¹ mas que só poderá estar em relação com a
categoria do mundo em que esses homens tiverem de ingressar.
Para um melhor esclarecimento do assunto,
vamos tentar uma fórmula de comparação. Sabemos todos, tanto os Espíritos
encarnados como desencarnados, que a Terra foi confiada pelo Pai Celestial a
Nosso Senhor Jesus para nela promover a evolução de um determinado número de
almas, desde a sua formação como seres livres, conscientes, responsáveis, até
ao grau máximo que por seu esforço através de um sem número de encarnações
neste plano, possam ascender à luminosa categoria de Espíritos Superiores, à
qual efetivamente já atingiram muitos milhares delas desde que a Terra se
tornou habitável pela espécie humana.
Aqui, por conseguinte, têm vivido, evoluído e
progredido, várias gerações de seres humanos, sempre orientados pela
magnanimidade do Nosso Divino Mestre Jesus, o Chefe Supremo e Governador do
planeta. Sabemos todos quão suaves têm sido e sempre serão os métodos do Senhor
na condução dos seus guiados terrenos, e da enorme dose de tolerância com que o
Senhor sempre atende e aceita as faltas dos filhos de Deus em suas inúmeras
peregrinações terrenas. Quantos deles, porque incontável é o número, ao
regressarem ao Espaço após o término de mais uma existência na carne,
apresentam-se de tal maneira prejudicados em seus méritos, alguns — muitos e
muitos — em situação bem inferior àquela que possuíam antes de reencarnar! É
que, possuidores do livre arbítrio, enveredam cegamente por atalhos bastante
perigosos para a felicidade do Espírito, resultando disso enegrecerem-se em
conseqüência de atos impensadamente praticados nesses atalhos da vida.
Uma vez de volta ao Espaço, Nosso Divino
Mestre tem para com esses infelizes irmãos apenas a atitude que sua excelsa
bondade e infinita misericórdia poderia ter: perdoá-los e oferecer-lhes uma
nova oportunidade.
Imaginai porém, todos vós que minhas palavras
alcançardes, qual poderá ser a maneira de proceder do Chefe Espiritual de um
mundo onde a lei do mais forte ainda se constitua na decisão generalizada para
todas as criaturas viventes nesse mundo, habitado por seres humanos, sim, porém
no grau em que a Terra se encontrava há cerca de cinqüenta ou sessenta mil anos
do vosso calendário. Um mundo, imagino eu, onde as querelas podem surgir a
propósito de tudo, terminando invariavelmente pela consumação do vencido pelo
vencedor.
Ora, amigos e irmãos que cursais a presente
escola terrena: seria do vosso agrado sentir-vos nascidos de um momento para
outro num mundo assim, vivendo como os demais seres humanos uma vida sem amor,
sem Deus, vosso corpo algo semelhante ao dos vossos chimpanzés quanto à
cobertura da pele? Estou bem certo, certíssimo que não. Então, um único meio se
encontra ao vosso alcance para permanecer ligados a Terra e sob a chefia do
meigo Nazareno que tanto vos estima: voltar-vos sem demora para Ele, e
pedir-lhe a sua divina proteção para os vossos pobres Espíritos, a fim de que
possam evoluir sob a sua magnânima lei de amor e felicidade.
Dizendo-vos o que aí fica sob os vossos
olhos, eu dou por bem cumprida a tarefa que ao Senhor solicitei para reunir o
meu esforço e a minha palavra aos de quantos vos falaram antes de mim, pelo
sincero desejo que me anima de poder contribuir para que irmãos encarnados como
vós o sois, nesta fase decisiva da atual civilização da Terra, não venham a ser
escoimados da luminosa constelação da cristandade em que evoluíram até aqui,
para serem lançados onde há trevas e ranger de dentes conforme a
parábola do Senhor. Trevas e ranger de dentes são bem o significado da vida nos
mundos perturbados como o de que falei, em face do grau de inferioridade das
condições de vida neles existentes. Em vez de trevas e ranger de dentes o
Senhor vos oferece amor, luz, bondade e caridade, características da vida na
Terra, enquanto não tiverdes alcançado aquele desejado grau de Espíritos
Superiores, que confere a todos a faculdade de ascender a mais altos planos de
vida.
Para concluir quero ministrar-vos um
esclarecimento a mais, que é o seguinte: imaginai-vos de hoje em diante na
qualidade de hóspedes transitórios do Senhor Jesus, durante as horas de sono do
vosso corpo. Como hóspedes do Senhor, que assim vos imaginais, oferecei-lhe o
que de melhor possuirdes em vosso coração, que são os vossos bons sentimentos,
o vosso amor para com Deus, e os vossos semelhantes. Na qualidade de hóspedes
do Senhor, que assim vos imaginais, rogai-lhe para purificar ainda mais os
vossos bons sentimentos, de maneira a eliminardes totalmente os maus. Fazei
isso que vos sugiro, mas fazei-o como se o fizésseis com um vosso irmão mais
velho, um grande amigo ou vosso próprio pai, e dessa forma grandes e agradáveis
surpresas vos ocorrerão. Fazei isto e contai com a cooperação deste vosso amigo
que se chamou
LAVOISIER
Not. biogr.: Antonio Lourenço Lavoisier —
1743-1794 — Grande químico francês. Aos vinte e três anos alcançava um prêmio
na Academia das Ciências com a sua Memória sobre o melhor sistema de
iluminação de Paris. Aos vinte e cinco anos entrava para a Academia das
Ciências. Descobridor do oxigênio. Numa das suas famosas experiências, aqueceu
mercúrio ao ar durante doze dias e doze noites, e tendo analisado as películas
vermelhas de óxido de mercúrio que se tinham formado, proclamou que o ar era
composto de dois gases: o azoto e o oxigênio. Seus trabalhos experimentais
foram numerosos no campo da química, levando-o a estabelecer com Guyton de
Morveaus, uma nomenclatura química tão simples como fácil. Os trabalhos
realizados durante os últimos anos de sua vida consagraram-se à química
aplicada à fisiologia. Num dos seus estudos publicados nos Anais da
Sociedade de Medicina de Paris anunciava que a respiração não é uma simples
combustão de carbono, mas que também há combustão de hidrogênio, com formação
de vapor d’água. Denominou-se Lei de Lavoisier o princípio de que nas
transformações químicas, permanece invariável o peso total da matéria que se
transforma.
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