Ditada
pelo Apóstolo Thomé
Em 18-7-1970 Rio de Janeiro - Brasil
O
SENTIDO ESPIRITUAL DAS OBRAS TERRENAS – TODAS AS OBRAS DEVEM TER ALMA – AS LEIS ESPIRITUAIS – O VIAJANTE E A FERA – NECESSIDADE DA ORAÇÃO DIÁRIA À DIVINDADE
PARA
ESCLARECER devidamente a todos os homens e mulheres que na Terra se encontram
uma vez mais em busca de luz espiritual, o Senhor decidiu criar esta NOVA
ORDEM, através da qual está dirigindo estas Mensagens ao mundo terreno. Deseja
o Senhor que ao comemorar os primeiros dois mil anos de Sua vinda à Terra em
corpo humano, as almas que lograram reencarnar no século passado e neste, se esclareçam devidamente e possam alcançar o
grau evolutivo que tanto desejavam ao partirem para a sua presente encarnação.
As
almas que estão chegando à Terra a partir da segunda metade do século passado,
já trouxeram consigo um grau espiritual que lhes permitirá realizar novos e
grandes progressos materiais em favor do adiantamento do planeta. Necessitam,
porém, estas almas, que se lhes fale da vida espiritual e dos compromissos que
assumiram perante os dirigentes do mundo espiritual, para que as suas
realizações não se assemelhem a corpos sem alma, mas se afirmem como obras de
sentido espiritual.
Toda
obra material para se tornar eficiente, duradoura, e de utilidade para quantos
vivam na Terra, necessita de possuir o sentido espiritual transmitido pelos
seus realizadores. Esse sentido espiritual decorre do pensamento dos
realizadores voltado para o mundo espiritual através das orações diárias à
Divindade, recebendo em troca a clarividência de suas idéias na construção das
obras que empreenderem. Sem este sentido espiritual toda obra será considerada obra morta, assim
como o corpo deixado pelo Espírito.
O
sentido espiritual adquirido através da oração diária à Divindade, é
considerado pelas Forças Superiores a alma da obra. E uma obra provida de alma,
é uma obra destinada a longa duração e real utilidade para seus usuários. Vamos
exemplificar considerando, por exemplo, a construção de uma ponte, tão comum e
necessária em toda parte. Se, portanto, os construtores da obra se mantiverem
em contato diário com a Divindade por meio da oração noturna, pelo menos, eles
receberão do mundo espiritual as necessárias instruções acerca do seu trabalho, desde a
execução dos planos elaborados, até a colocação e resistência do material
empregado, uma autêntica colaboração das Forças Superiores que se mantêm
presentes e atuantes para o completo êxito da obra.
Em
tais circunstâncias, podem estar
seguros os construtores da ponte
imaginária que nada faltou para torná-la
uma obra segura, eficiente e duradoura. Uma obra construída com a colaboração
das Forças Superiores do mundo espiritual será para durar longos, longos anos,
talvez séculos até. Ao passo que aquela que tiver sido construída com o sentido
material exclusivo, porque os seus construtores hajam dispensado a colaboração
das Forças Superiores, seja porque motivo for, não oferecerá a mesma resistência e segurança, e poderá vir a
desmoronar de maneira imprevista.
Aqui
se confirma a assertiva de que todos os corpos possuem, ou devem possuir uma
alma. No caso da ponte em referência, a alma está representada nas orações
proferidas diariamente pelos seus construtores, constituindo assim a presença
vibratória das Forças Superiores a prolongar a vida e resistência da obra pelos
anos em fora.
A
exemplificação que o Senhor Jesus manda divulgar é de um valor inestimável para
todos os homens e mulheres, constituindo o segredo da duração e eficiência de
muitas obras construídas na Terra. Aquelas em que seus construtores, por
intuição se lembraram de pedir à Divindade as suas bênçãos e inspiração para as
obras em curso, receberam-nas efetivamente e por vezes descobriram detalhes a
corrigir. Suas construções se tornaram sólidas, seguras e eficientes, e aí
estão a desafiar a inclemência dos tempos. Isto que acabais de ler constitui
apenas um detalhe das leis espirituais, criadas especialmente para serem
invocadas pelas almas viventes em todos os planos do Universo.
Estabelecem
estas leis que aquele que pede, recebe, e jamais alguém terá apelado em vão
para as leis espirituais, também chamadas leis divinas. Refere-se o Senhor nas
linhas acima à construção das obras materiais com o apoio das leis divinas.
Deseja,
porém, esclarecer o Senhor, que estas leis funcionam em todos os setores da
vida terrena, quando invocadas pelos seres humanos regularmente, estabelecendo
uma ligação permanente com a Divindade.
Casos
ocorrem muito freqüentemente em que o homem como a mulher resolvem apelar em
determinados momentos para a Divindade, num momento de perigo, por exemplo,
em que se sentem atemorizados. Nesses
momentos a Divindade acorre ao chamado e opera o que puder operar no sentido de
livrar o ser humano do perigo. Isto a Divindade o faz dentro daquele citado
princípio de que quem pede, recebe.
O
melhor entretanto, o mais aconselhável pelas próprias Forças Superiores
representantes da Divindade, é evitar os momentos agudos de perigo, mantendo
uma ligação constante com a Divindade por meio das orações noturnas, para que a
Divindade se incumba de conduzir as criaturas pelos melhores caminhos, onde os
perigos não existem.
É
conhecido no mundo espiritual um episódio ocorrido na Terra, do qual se afere
todo o valor da prática da oração. Trata-se de um viajante profundamente
religioso que teve de passar em local
freqüentado por certos animais carnívoros, de grande ferocidade. O
viajante deste episódio considerava sua maior proteção numa oração que recitava
com fervor todas as noites ao deitar, e a conduzia em seu coração nas suas
viagens.
Atravessando
pela primeira vez um local situado numa região freqüentada por
animais ferozes, ele deparou com um deles e dos mais temidos, deitado
precisamente no leito da estrada que percorria. Sua emoção foi grande ao
constatar o fato.
Sustou
os passos do animal enquanto enviava um pensamento de socorro a Divindade, em
quem o viajante confiava cegamente. E iniciou ato contínuo a oração que portava
no coração. Eis que dentro de instantes a fera ergueu-se, olhou-o, estática,
penetrando a seguir na floresta numa fuga desabalada, como se estivesse sendo
perseguida.
O viajante não se surpreendeu porque a sua
fé no socorro divino era inablável.
Esse o fato material em si. Agora o que se passou de maneira invisível para o
viajante. Tão depressa ele enviara o pensamento de socorro à Divindade apoiado
na sua
fé na oração que recitava todas as noites, formou-se no plano invisível
um tipo de socorro adequado ao que ocorria.
Entidades
socorristas ocorreram ao local do fato munidas de uma projeção luminosa de
tal poder, que, lançada sobre a fera
estendida na estrada a deslumbrou a tal
ponto, que a induziu a fugir a toda a velocidade. E foi o que ela fez, não
chegando sequer a tentar atacar o viajante. Completamente ofuscada pela
projeção lançada pelas Entidades socorristas, a fera apavorou-se e penetrou a
toda velocidade na floresta. Estava salvo o viajante por sua própria
iniciativa. Podereis perguntar talvez: se o viajante não tivesse o hábito de
orar diariamente ao deitar, e o fizesse na ocasião do perigo, teria recebido o
mesmo tipo de socorro? Nosso Senhor Jesus responde à pergunta imaginária
dizendo que o socorro pedido à Divindade é sempre concedido.
Existem,
porém, vários graus de socorro. Uma alma que se habituou a orar fervorosamente
à Divindade, construiu no mundo espiritual uma situação algo diferente daquela
que apenas pede socorro nos momentos de perigo. A diferença é a seguinte: as
almas que oram por hábito e convicção constroem para si próprias no mundo
espiritual uma situação de proteção e socorro que funciona por assim dizer,
automaticamente, à simples emissão de um pensamento de socorro ou proteção por
parte dessas almas.
Foi
o que sucedeu ao viajante do episódio no momento em que se encontrou em sério
perigo na estrada. O pensamento por ele emitido acionou o dispositivo de
socorro no plano invisível, e este se positivou imediatamente e com tal
intensidade, que a fera se sentiu compelida a fugir em face da projeção
luminosa caída sobre ela.
O
que poderia acontecer a outra criatura não habituada a oração diária,
desprovida, por conseguinte, de um dispositivo de socorro no plano invisível ou
mundo espiritual, seria, provavelmente, ter de enfrentar a fera com os próprios
recursos, mas correndo o risco de ser vencida, e nesse caso...
Tudo
aconselha as almas encarnadas, vivendo num plano em que os perigos existem a
cada passo, a criarem o hábito da oração diária a Divindade, primeiro, para que
a Divindade saiba que elas existem e onde se encontram; e segundo, para
estabelecerem no mundo espiritual o seu dispositivo de proteção, do qual tanto
necessitam em sua permanência no mundo terreno. O socorro espiritual ou divino,
manifesta-se em todos os setores da vida
terrena.
O
motorista, por exemplo, que conduz o seu veículo tranqüilamente, pode deparar
com um precipício a sua frente, ou a ele ser impelido e aí se precipitar. Se
cultivar com empenho o hábito da oração diária à Divindade, pode estar certo de
receber o socorro necessário, o qual se manifestará de qualquer destas duas
maneiras: ou terá sido intuído da possibilidade do perigo e tratará de evitá-lo,
ou, se tal intuição o motorista não tiver percebido, será socorrido de maneira
a escapar do acidente.
Se,
porém, se habituou a viver exclusivamente a vida da matéria com desprezo pela
vida do Espírito, várias coisas poderão decorrer de um tal acidente. Tanto
poderá escapar com o mínimo de sofrimento, como poderá partir do local para o
mundo espiritual, onde, então, bem se informará acerca do valor da oração
diária à Divindade. A citação do motorista e do provável acidente é apenas um
exemplo entre milhares.
Os
acidentes ocorrem a todo momento em todos os setores da vida terrena. Vós todos
os constatais através do noticiário da imprensa mundial, verificados no solo,
no mar e no ar, sempre com determinado número de vítimas a lamentar. As
pessoas, porém, que elegerem a sua prece diária à Divindade, podem estar
seguras de contar com o socorro necessário no momento oportuno.
Não
foi, notai bem, a Divindade que as distinguiu das demais nesse momento de perigo; foram elas próprias que construíram
no mundo espiritual o dispositivo de proteção e socorro que lhes valeu na
emergência. Notai bem isto.
Somente
a oração evita os desvios!
Dai
alma ou sentido espiritual ao vosso trabalho!
Ainda
há tempo para que o interessado conclua o seu aprendizado terreno.
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