As almas que lograram
permissão das Forças Superiores para reencarnar, e se encontram presentemente
na Terra, mal poderão avaliar a graça que receberam do Alto para mais uma
jornada terrena. Embora não possam recordar-se por estarem agora integradas num
corpo de carne, esperaram dezenas e dezenas de anos para conseguir permissão
para mais uma encarnação, com o objetivo de poderem completar na presente
jornada terrena o seu curso de aprendizado, para ascenderem, em seu regresso, a
mais elevados planos de vida espiritual. Uma vez encarnadas, porém, as almas se
esquecem do programa que se traçaram para cumprir enquanto na carne, e muitas
então se desviam dos seus objetivos. Há ainda aquelas que de tão esquecidas
desses programas não admitem que se lhes fale em vida e solução espiritual,
submetidas inteiramente às influências de sua própria matéria, e apenas
procuram desfrutá-la à sua vontade. Foi principalmente para despertar essas
almas para a realidade da vida espiritual, que o Senhor determinou a vinda de seus
emissários ao ambiente terreno e ditar os livros que aqui já se encontram,
aconselhando a todos a se voltarem para o Alto em face dos acontecimentos já
iniciados. E eu, por minha vez, desejosa de contribuir também com a minha
palavra e o meu conselho para a maior felicidade das minhas queridas filhas e
filhos encarnados, decidi empenhar-me eu própria nesta verdadeira Cruzada de
Esclarecimento, idealizada pelo Senhor Jesus, Nosso Verdadeiro mestre.
Juntamente com os meus conselhos que encontrareis em todas as páginas deste
livro, eu trago-vos informações e esclarecimentos relacionados com a vida no
Além, para o maior desenvolvimento espiritual das minhas queridas filhas e
filhos encarnados. É certo que várias das informações que eu vos trago nestas
páginas já são conhecidas de muitas de vós, almas queridas, mas se encontram
inteiramente olvidadas na vossa memória física. Recordando-as então, através da
leitura que eu vos ofereço, estareis aptas a regular os vossos atos na Terra em
harmonia com a realidade da vossa vida verdadeira, que é a vida espiritual, e
por isso a incorrer o menos possível nas infrações às leis divinas na Terra.
Ditas estas palavras que eu
considero da maior utilidade para todas as minhas queridas filhas e filhos
encarnados, pela circunstância de avivar compromissos e deveres relacionados
com a vida de cada um na Terra, nós passaremos novamente ao recanto da grande
Exposição de Belas-Artes que vimos visitando demorada e atentamente.
Dirijamo-nos então para lá. Eis-nos novamente no belo certame tão
esplendorosamente iluminado que se torna difícil estabelecer qualquer confronto
com a iluminação interna e externa, de pleno dia iluminado pela luz do Sol. De
nós se aproxima a bela alma que tão inteligentemente nos vem servindo de cicerone.
— Bela alma, aqui estamos
novamente para continuar em nossa visita a estes belos trabalhos. O que nos
sugeres para visitar hoje?
— Para hoje, Alma Excelsa,
temos um trabalho notável a examinar, um trabalho realmente raro. Ele está mais
adiante. Vamos até lá. Ei-lo. É este conjunto escultural elaborado por três
artistas para simbolizar a ação do Sol sobre o mundo terreno principalmente,
uma vez que todas nós nos encontramos vivendo no ciclo da Terra. Vejamos então
os detalhes deste grande conjunto. Os autores imaginaram apresentar esta figura
de homem milenar tendo nas mãos este facho em pleno funcionamento, no alto do
monumento. Aqui embaixo está a Terra representada por este pequeno globo em
movimento, para significar a sua rotatividade. Vemos então que a luminosidade
do facho sustentado pelo Sol vai clareando os caminhos da Terra, iluminando
suas montanhas, florestas, campos e cidades, inclusive os oceanos, à proporção
em que o planeta se movimenta em sua rotação diária. Agora observemos o que se
passa nesta miniatura da Terra. No lado que vai recebendo a luz solar projetada
por este facho contido nas mãos multimilenares desta figura, uma pequena
multidão de seres aparentemente vivos se ergue, agita-se, movimenta-se, para
voltar a se acalmar apenas a luminosidade do Sol se afasta. Este trabalho tem
sido muito apreciado por esta originalidade. Os autores conseguiram adaptar à
superfície imaginada do globo terrestre estas figuras minúsculas elaboradas de
matéria fluídica tão sensível à luminosidade, que estes milhares de figuras
como que se despertam apenas a luminosidade do Sol se aproxima, e novamente se
acomodam logo que deixam de recebê-la. Mas não são apenas as figuras ditas
humanas que se mostram sensíveis à luminosidade deste facho simbolizando a luz
solar. Vejamos, Alma Excelsa, as plantas da Terra como se agitam e abrem suas
folhas, e estas flores tão mimosas que se voltam para a luminosidade projetada
pelo Sol, em todas as rotações do globo terrestre. Vemos aqui, ainda, nesta
transparência fluídica das águas dos mares terrenos estes minúsculos seres
aquáticos como que despertam duma espécie de adormecimento ao receberem também
a luminosidade deste facho, numa perfeita demonstração da vida real no mundo
terreno. Agora fixemos nossa atenção na figura deste homem envelhecido pelos
milênios. Vejamos o seu olhar atento no desempenho da sua tarefa. Vemos aqui a
própria incidência do seu olhar sobre todos os recantos da Terra acompanhando a
luminosidade projetada pelo facho que sustém nas mãos, demonstrando esta
atitude a sua preocupação em que nenhum recanto do globo terrestre deixe de
receber e beneficiar-se da sua luminosidade. Este trabalho tem sido visitado
diariamente por milhares de almas, unânimes em admirar a grandiosidade da sua
confecção, sobretudo pelo dinamismo que nos apresenta em tão variadas figuras.
— A obra é realmente
magnífica, bela alma. E sua confecção muito honra os seus autores que devem ter
empregado nela muitos milhares de horas. Todo o seu mecanismo funciona à base
magnética, sem engrenagens nem atritos, o que muito nos diz da capacidade dos
seus autores. É um trabalho realmente notável este, bela alma.
A propósito desta grandiosa
concepção em torno da ação do Sol na vida terrena, eu pretendo apresentar-vos
um pequeno comentário, almas queridas. Estamos vendo como a vida animal e
vegetal é influenciada na Terra pela ação do Sol, sem a qual o planeta se
tornaria uma esfera completamente gelada, desaparecendo toda a vida animal e
grande parte da vida vegetal. Ficamos sabendo, por conseguinte, que todas vós,
almas queridas, necessitais da ação do Sol para vos manterdes na Terra por
varias dezenas de anos. É ao Sol que deveis a germinação, crescimento e
amadurecimento das plantas e os frutos de que vos alimentais, assim como das
flores que enfeitam os vossos jardins e as vossas moradas. É ao Sol que deveis
também o extermínio de milhões de seres ainda nocivos que sucumbem à
intensidade do seu calor, deixando assim de molestar-vos. O Sol torna mais
saudável o próprio ar que respirais, purificando-o e ionizando-o antes de o
aspirardes, e restabelecendo-lhe essa característica após o expelirdes
impregnado de ácido carbônico. É, portanto, graças à ação benéfica do Sol sobre
a superfície terrena, que a vida vegetal, animal e humana pode ser vivida por
quantos seres aqui vivem.
O Sol, porém, ainda influi
de uma outra maneira sobre a vivência das almas encarnadas no solo terreno. É
ainda atribuída à ação do Sol a descoberta de muitos fatos que permanecem
ocultos durante maior ou menor lapso de tempo, fatos cujo manto de segredo
parece recobri-las do conhecimento humano. Estes fatos são em regra infrações
cometidas contra as leis divinas, que também poderemos denominar leis do amor e
da fraternidade. Esses fatos sucedem muito frequentemente por toda a parte, e
foram tão bem projetados e executados, que inteiramente se ocultaram à argúcia
humana. Pois bem; os dias, meses ou anos decorrem sobre essa espécie de fatos,
cujos autores passaram a julgar-se absolutamente seguros e impunes se o fato
tiver sido delituoso. Eis porém que um dia, mais cedo ou mais tarde, a ação
benéfica do Sol, perpassando sobre os fatos assim ocultos ao conhecimento
humano, incide levemente sobre um pequeno detalhe e levanta a ponta do mistério
que os envolve, revelando-os completamente à coletividade. Dizemos que isto se
deu graças à ação do Sol, e dizemos bem, porque realmente assim é. O Sol é para
nós um ser vivo e atuante, tal como sucede com a Terra e os demais planetas do
Universo. Isto porque tudo quanto existe tem vida e ação na esfera de suas
atribuições. E se existe é exatamente porque vive, age, influi sobre aquilo que
se encontra em sua dependência. Tal é, por conseguinte, a ação do Sol sobre a
Terra e quanto nela existe pertencente aos quatro reinos da Natureza. Assim,
pois, se algum fato aqui verificado consegue ocultar-se do conhecimento humano
por algum tempo, o Sol se incumbe de o revelar mais cedo ou mais tarde, visto
como nada pode existir oculto que não seja revelado. Todas vós deveis ter conhecimento
de algum fato nestas condições, revelado após decorridos anos e anos, quando
talvez ninguém mais dele cuidasse. E sabendo disto, bom será que todas as almas
encarnadas se preocupem em praticar somente atos capazes de serem conhecidos de
todos, e, se puderem, também aqueles que possam receber o decidido aplauso da
coletividade. Estes últimos são atos que fornecem os desejados elementos
constituídos do progresso espiritual das almas encarnadas, e farão parte da
bagagem de todas quantas os houverem praticado na Terra. Estes atos, que são os
atos meritórios, a ação constante do Sol ainda mais os reforça, incidindo
beneficamente sobre eles para que todas as pessoas os conheçam e imitem.
Mas a ação do Sol sobre a
superfície terrena ainda pode ser vista sob outro aspecto altamente benéfico
para os seres humanos. A incidência diária dos raios solares sobre o corpo
humano moderadamente, penetra o seu interior através dos poros e aquecimento
exterior, para levar saúde e bem-estar aos órgãos internos, ajudando-os no
desempenho de suas respectivas funções. O coração, o fígado, o baço e os rins
apreciam de modo particular a ação benéfica dos raios solares, ação moderada, é
claro, uma vez que uma exposição demorada do corpo humano à intensidade dos
raios solares, em vez de benéfica pode tornar-se prejudicial à delicadeza e
sensibilidade de algumas células. Se alguma de vós, almas queridas, estiver
habituada a expor-se à intensidade dos raios solares para o chamado banho de
sol, eu vos recomendo fazê-lo de agora em diante com certa parcimônia, em face
do mal que poderá resultar para a saúde do vosso organismo, uma exposição de
algumas horas a essa intensidade.
Nos dias em que eu venho
ditar este livro, num lar muito próximo a uma das mais belas praias deste plano
terreno, eu tenho constatado a quase loucura de muitas criaturas inteiramente
expostas ao Sol sobre as areias da praia, na suposição de que essa prática
poderá beneficiar-lhes a saúde. Eu aconselharia a essas minhas queridas filhas
e filhos terrenos, que limitassem essa exposição aos raios solares a uma hora
no máximo, e no horário entre as sete e as nove horas à sua escolha, visto como
o excesso desse tempo causa certo constrangimento aos órgãos internos,
obrigando-os a uma atividade demasiada para recomporem as células que não
possam suportar o calor extremo. O próprio fluxo sanguíneo se compadece do
excesso de calor assim produzido pelos raios solares atuando sobre a pele,
obrigando-o a conduzir para o interior, para o coração mesmo, uma quantidade de
toxinas que estavam sendo eliminadas pela pele. Com a continuidade desta
prática pode vir a criatura a sofrer certa deficiências internas, sobretudo nos
rins, no fígado e no baço; tudo contribuindo para um regresso prematuro de
alguns anos ao mundo espiritual.
Que a ação dos raios solares
sobre o organismo humano é de caráter absolutamente benéfico, não há nenhuma
dúvida. Mas que esta ação se processe moderadamente, para evitar o excesso de
penetração dos raios ultravioleta nas células e órgãos, e a tal ponto que serão
capazes de destruí-los. Exponde os vossos corpos durante o período matutino
especialmente, mas fazei-o com moderação, para receberdes do Sol apenas o que
vos possa ser útil, e jamais o excesso. Quereis fazer uma experiência bem fácil
e prática, para melhor avaliardes a intensidade dos raios solares? Colocai uma
pequena lente contra os raios solares e dirigi sua luz sobre uma folha de papel
ou mesmo uma folha seca, e vereis que num intervalo de poucos segundos uma
chama se elevará do papel ou da folha seca. A ação da lente em nada aumentou a
intensidade dos raios solares; ela apenas os concentrou sobre a folha e estes a
incendiaram. Podeis então avaliar o que sucede às delicadas células do vosso
organismo quando exposto por um período demasiado longo à ação do Sol. Se
beneficia o organismo num pequeno período de tempo, uma hora, por exemplo, pode
prejudicá-lo seriamente depois desse período. Atentai bem nisto, minhas almas
queridas.
Deixo-vos aqui a bênção que
o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de
todo o coração.
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