Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

terça-feira, 15 de agosto de 2017

CAPÍTULO LXXIII – Livro: Corolarium – ditado pelo Espírito de Maria de Nazareth ao médium Diamantino Coelho Fernandes. O espírito religioso dos saturninos. — O culto religioso é o culto do Espírito. — A população saturnina frequenta diariamente os templos. — Não há analfabetos em Saturno. — Vida tranquila, harmoniosa, feliz. — Almas terrenas estagiando em Saturno.



A visita das almas estudantes ao grande planeta Saturno proporcionou-lhes diversos ensinamentos novos da maior utilidade para todas. O assunto religião e sua prática pelos saturninos foi talvez dos mais interessantes para as caravaneiras. Elas puderam observar com alegria como o espírito religioso se encontra ali tão difundido na população, face à frequência das pessoas de todas as idades aos templos, que são muitos, para poderem atender a toda a população. Verificaram as almas caravaneiras que naquele planeta gigantesco, o culto religioso é o culto do Espírito, iniciado nos lares e realizado nos templos, cientes todos os saturninos de que são realmente Espíritos revestidos de matéria densa durante sua existência no plano físico, onde foram, como acontece aos terrenos, em busca de mais luz para o engrandecimento dos respectivos diademas.

Encerrada a visita aos templos religiosos, nos quais a frequência é a mesma o dia todo, as almas visitantes desejaram conhecer algo sobre os ensinamentos ministrados às classes infantis de Saturno em suas escolas primárias, onde se inicia a formação intelectual de toda a população. Esta curiosidade foi-lhes satisfeita pelas almas saturninas à sua disposição, sendo os membros da caravana terrícola conduzidos a um belo edifício de apenas dois pavimentos, mas de grande extensão, que nós costumamos denominar grupo escolar. Foi então explicado às almas visitantes, que os dois pavimentos eram ali adotados para poupar às crianças maior esforço para galgarem outros pavimentos. Com esse propósito foi que se construíram os grupos escolares assim bastante amplos, podendo comportar até cinco mil crianças nos dois pavimentos de tão larga extensão. Indagadas as almas saturninas sobre a percentagem de analfabetos no seu grande planeta, se, como sucede na Terra, essa percentagem também existia, elas sorriram bondosamente para responder que tal fato não existe em Saturno, acrescentando:

— Os Dirigentes do planeta, isto é, o governo de todas as regiões é constituído de pessoas da maior evolução espiritual, para saber que a alfabetização das almas que baixam ao solo de Saturno é-lhes imprescindível, pois que o fazem com o único objetivo de desenvolver conhecimentos iniciados no passado, para o que se lhes torna indispensável conhecimento do alfabeto como roteiro necessário à aquisição de novos e maiores conhecimentos. Por tal motivo todas as crianças se iniciam na escola tão logo possam entender as palavras. Concluída a fase do ensino primário, segue-se o grau imediato, igualmente frequentado pela totalidade da população infantil, como base necessária ao seu desenvolvimento intelectual. Este segundo curso ministrado aos filhos de Saturno consiste de matérias muito práticas e sobretudo objetivas, destinadas ao desenvolvimento do raciocínio dos alunos. Em todo o curso, porém, existe fundamentalmente o ensino religioso à base da filiação divina de todas as almas, esclarecendo-as acerca dos objetivos da sua vinda ao planeta. Explica-se nesses ensinamentos que todas as criaturas humanas são Espíritos em busca de novos índices de progresso espiritual, e que terminada a vida do corpo eles regressarão aos planos do Espírito existentes no próprio ciclo do planeta no qual se encontram. Uma observação igualmente feita pelas almas terrícolas, a qual muito apreciaram, foi a fórmula de tratamento usada pela população saturnina, de uma grande reverência para com as pessoas idosas, e particular cordialidade entre elas próprias. Sentiram as caravaneiras um permanente estado de tranquilidade e bom-humor existente na população, e desejaram conhecer as razões do fenômeno, interrogando a respeito as almas saturninas. Estas o explicaram então da seguinte maneira:

— Isto que para vós é motivo de curiosidade, para nós é um fato absolutamente normal. A vida neste planeta desenvolve-se tranquila, harmoniosa e feliz. Todas as pessoas aqui se consideram irmãs por sua filiação divina, e por isso se empenham em servir e ajudar-se mutuamente quando necessário, para que nenhuma criatura se sinta desditosa. Todas nós sabemos desde o Mundo de Deus, a nossa morada eterna, que enquanto houver alma desditosa neste planeta, não poderá existir a felicidade, e citou a seguinte imagem: podereis vós sentir-vos ditosas se um dedo das vossas mãos estivesse enfermo ou dando-vos sérios cuidados? É evidente que não. Vós tudo faríeis para curá-lo até vos esquecerdes dele, não é exato? Pois assim vivemos nós neste grandioso planeta. Todas possuímos a consciência de sermos realmente irmãs por nossa filiação divina, e por isso nos empenhamos em que nenhum membro da nossa grande família sofra seja o que for.

A explicação agradou sobremodo às almas visitantes, pelo sentimento de fraternidade que ficaram conhecendo entre as almas viventes em Saturno. Sua curiosidade, porém, desejou abordar outro setor da vida saturnina, e indagaram das almas amigas que as acompanhavam, como se desenvolviam naquele planeta os serviços assistenciais no campo da medicina, principalmente. Obtiveram a respeito o seguinte esclarecimento das almas saturninas:

— Esses serviços funcionam entre nós desde séculos e séculos com perfeita regularidade. Os serviços médicos neste planeta funcionam, a bem dizer, como se fizessem parte da Natureza. Em princípio, as enfermidades que se registram aqui são mínimas, em face dos conhecimentos difundidos na população acerca dos meios sadios de viver. Se, entretanto, um ser saturnino necessita de médico ou de internação, tudo isto lhe está facultado em face dos seus direitos de cidadão e nada lhe custa. O governo de todas as regiões do planeta mantém estabelecimentos modelares para atender às pessoas deles carecentes, por maior que o seu número seja. Se houver necessidade de internação ou de serviços cirúrgicos, tudo será feito com a maior dedicação, sem nenhuma retribuição por parte dos beneficiados.

E esclareceram mais as almas saturninas:

— A consciência que preside entre nós à vivência de todos os seres é a de que é necessário socorrer a qualquer criatura que por descuido seu venha a contrair enfermidade que a impeça de trabalhar e viver a sua vida. Nestes casos, que sucedem frequentemente, é à comunidade que mais interessa salvar uma vida enferma, proporcionando-lhe os meios necessários para sobreviver. Eu vos apresentarei a seguinte imagem, queridas irmãs terrícolas, para melhor me compreenderdes. Quando uma criança adoece no vosso mundo, não se lhe pergunta, certamente, o de que carece para curar-se, tal como entre nós, naturalmente. Os pais a tomam nos braços e vão procurar socorro onde o encontrem, não é assim? E isto acontece por ser aos pais que a cura da criança mais interessa, como um rebento que é da sua família. Aqui a vida está situada dentro desse mesmo princípio: toda a população saturnina constitui uma grande família. Se um de seus membros cai enfermo, todo socorro lhe é proporcionado para que rapidamente se recupere para alegria da comunidade.

— Este princípio é realmente esplêndido, almas amigas — disseram as almas terrícolas. — Quer isto dizer, então, que todo o custeio dos serviços assistenciais do planeta cabe unicamente ao governo, que tudo providencia e dirige?

— Sim, almas terrícolas. A organização deste planeta está baseada no atendimento a todas as necessidades da população. Esta vive e trabalha para o engrandecimento do planeta em todos os sentidos. Do seu trabalho, cada indivíduo entrega ao governo a sua contribuição maior ou menor, segundo as suas possibilidades. E isso lhe confere o direito a toda assistência de que porventura necessite. Sabendo-se que pessoa alguma adoece por vontade própria, é necessário socorrê-la se isso lhe acontecer.

— Uma pergunta ainda, queridas almas saturninas. É a respeito da medicina neste planeta. Como se processa a retribuição do trabalho dos médicos nas organizações assistenciais; podereis dizer-nos?

— Perfeitamente, irmãs terrícolas, e com grande alegria. Partindo do princípio generalizado neste planeta, de que nenhuma criatura veio a ele para entesourar fortuna, mas sim e unicamente para nele viver e progredir moralmente, as almas que aqui se dedicam à prática da medicina nas organizações assistenciais são recompensadas dos seus serviços pela autoridade do governo, e de tal maneira que se sentem imensamente felizes no desempenho da sua profissão. Em geral, as almas que aqui se encaminham para o campo da medicina em suas diversas especialidades já se identificam pela sua grandeza espiritual, e só aspiram acrescentar sua própria luz em virtude do seu empenho em salvar as almas enfermas. Mas recebem, ainda , uma outra forma de recompensa, que é a seguinte: os filhos destas almas devotadas à prática da medicina nas organizações assistenciais têm prioridade em suas aspirações a igual posto de serviço, se o desejarem, ou a outras atividades nos serviços da respectiva região. Esta circunstância muito contribui então para que as organizações assistenciais possam dispor de um quadro de técnicos até superior às suas necessidades de atendimento. Isto, contudo, não impede que haja também médicos particulares para quantos os procurem, porque muitas pessoas de grandes recursos os preferem. Este é, de modo geral, o aspecto assistencial neste planeta que ora visitais.

— Muito vos agradecemos, almas saturninas, a gentileza da vossa inteligente explicação. Muito estamos aprendendo convosco nesta visita para nós tão agradável. Uma pergunta que desejaríamos fazer-vos também. E quanto à duração da vida neste planeta; podereis esclarecer-nos?

— Com muito gosto, almas terrícolas. A média da duração da vida em Saturno ultrapassa bastante de um século do vosso calendário. Falo desta maneira para melhor entenderdes a resposta, uma vez que o nosso calendário registra os períodos anuais menores que os da Terra. Ficareis sabendo, então, que feitas as devidas comparações, as pessoas vivem neste grande planeta um período médio de vida de cento e vinte a cento e cinquenta anos, contados pelo calendário terreno. Isto porque, sendo muito mais veloz que a da Terra a rotação de Saturno, podemos dar-vos esta medida de tempo do vosso mundo para a média da duração da vida humana neste planeta.

— Estamos verdadeiramente encantadas, almas saturninas, com a vossa explicação. Encantadas e agradecidas pela gentileza e fraternidade com que nos tratais. Em retribuição gostaríamos de poder receber-vos algum dia no nosso plano espiritual, a fim de podermos servir-vos também.

— Almas terrícolas, que tão amáveis sois, eu vou fazer-vos agora uma revelação que certamente vos surpreenderá. Eu mesma já vivi milênios no vosso pequeno mundo terreno, antes de vir para aqui. Recordo por isso ainda uma grande parte dos sofrimentos que defrontei na Terra em épocas que bem longe vão. Após cumprir no vosso planeta o meu aprendizado, obtive do vosso e meu querido Jesus a necessária permissão para me transferir para este planeta, onde consegui aprimorar quanto aprendi na Terra. Ingressando no ciclo de Saturno com a alma assaz purificada das maldades que defrontei na Terra, aqui fui acolhida com cativantes demonstrações de fraternidade e amor por parte das almas ditas saturninas, em cujo ciclo estou vivendo há perto de dois milênios. Mas eu não vim só, almas terrícolas; viemos um grupo de mais de mil almas para um estágio de promoção e aperfeiçoamento técnico e espiritual. Vedes que vos falo citando detalhes da vida e do calendário terreno, porque de fato os conheço bem. 

Nós nos encontramos em Saturno, não como incorporadas à vida e comunidade deste grande planeta, como talvez possais imaginar. Mas não, almas terrícolas que eu passarei a chamar irmãs queridas; nós não viemos aqui para ficar, mas para aprendermos do progresso saturnino aquilo que ainda falta na Terra. Eu acrescentarei que deverei reencarnar no vosso e meu mundo terreno dentro de poucos anos, em companhia de muitas outras almas, com a missão de continuarmos a servir ao nosso inesquecível Senhor Jesus. Efetivamente, eu e outras almas vindas da Terra, aqui nos especializamos em vários ramos de refinamento científico, com o objetivo de levar àquele querido mundo terreno os adiantamentos de que está necessitando. Estamos, portanto, eu e minhas companheiras planetárias, em vias de retornarmos à Terra ainda neste século que estais comemorando, e com que alegria o faremos!

Como a visita prossegue, voltaremos ao assunto no próximo capítulo.

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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