Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

CAPÍTULO LXXXI – Livro: Corolarium – ditado pelo Espírito de Maria de Nazareth ao médium Diamantino Coelho Fernandes. As coisas que acontecem às almas encarnadas. — O sofrimento como fator de progresso. — Quem semeia ventos... — Uma fórmula para evitar o sofrimento. — As leis do amor universal — Desejais voltar à Terra no próximo século?




As coisas que acontecem às almas viventes na Terra, ao longo da respectiva trajetória, nunca acontecem para lhes trazer sofrimento, se essas coisas forem de sentido desagradável. Essas coisas que podem ser designadas de várias maneiras já estavam previstas e registradas no plano de vida de cada alma, elaborado antes de sua descida ao solo terreno. Elas acontecem então como uma necessidade da própria alma, visando ao seu aprimoramento espiritual, e portanto para o seu bem, e jamais para o seu mal.

— E o sofrimento que certas coisas nos trazem? — perguntareis vós. — Sim, almas queridas, há sempre algum sofrimento nessas ocasiões. Mas todas as almas redimidas, vivendo no mundo espiritual, bendizem o sofrimento suportado em suas vidas terrenas, porque a ele devem em grande parte o seu aprimoramento espiritual. É o sofrimento que desperta nas almas as suas virtudes e aptidões latentes, levando-as à meditação em torno de si mesmas, o que não teriam ensejo de fazer se não fosse o sofrimento.

Isto que aqui vos deixo é muito importante para todas vós, almas queridas, durante a vossa permanência neste plano de vida terrena. Eu acrescentarei então que o sofrimento das almas deve ser tido como um fator de progresso espiritual como realmente o é. Existe também o sofrimento advindo por força de certas circunstâncias alheias à própria vontade das almas, assim considerado aquele que as atinge em seu coração em face da perda dum ente querido e que nós poderemos registrar como um grau elevado de saudade deixada nesses corações. Quando a humanidade houver evoluído um pouco mais, e já estiver convencida de que a morte não existe para as almas, o sofrimento moral produzido por aquelas que deixam os lares terrenos para regressar ao mundo espiritual, aos lares que lá deixaram também ao descerem à Terra, nesse tempo o sofrimento transformar-se-á em simples saudade para as almas encarnadas. Já saberão então estas almas que o ente que partiu da Terra continua a viver no Alto e continua também a amar de todo o coração aqueles que ficaram na Terra. Já saberão igualmente as almas encarnadas como se comunicarem com os entes queridos que partiram, permutando com eles os seus sentimentos de amor e de saudade. Isto que ora vos falo, minhas almas queridas, já devia ser conhecido e praticado em todo o mundo terreno desde alguns séculos, porque vem sendo emanado com empenho por Entidades de grande evolução. A circunstância, porém, de quase todas as religiões terrenas se oporem à comunicação entre as almas encarnadas com as desencarnadas, é que tem contribuído para a situação atual. Os ensinamentos que estão sendo divulgados por toda parte, porém, hão de surtir o efeito desejado, e proporcionar maior alegria e felicidade às almas viventes na Terra.

Eu falei até aqui do tipo de sofrimento moral, não provocado pelas almas encarnadas, que é o sofrimento que as atinge em seu coração por circunstâncias alheias à sua vontade. Há, porém, outro tipo de sofrimento a atingir profundamente muitas almas, que é aquele decorrente de atos ou atitudes das próprias almas. Será então este tipo de sofrimento o cumprimento da lei de causa e efeito, por meio da qual ficamos sabendo não existir efeito sem causa. Efetivamente, é do comportamento das almas encarnadas que resultam, invariavelmente, situações mais ou menos dolorosas para elas, e que poderiam ser citadas em muitos casos. Sim, minhas almas queridas, muitos dos sofrimentos que vos atingem ao longo da vossa existência terrena resultam da prática de atos impensados ou mal pensados, que por isto mesmo vieram a produzir efeitos desagradáveis. Um ato impensado ou inconveniente, levado a efeito por uma alma encarnada, corresponde em regra ao lançamento duma semente cujo fruto terá de ser degustado a seu tempo. Já diziam os nossos antepassados multimilenares que quem semeia ventos colhe tempestades, e diziam uma verdade autêntica. Isto é tão certo, exato, como dizer-se que aquele que semeia bondade e amor só poderá colher bênçãos e luzes para sua alma. Mas ainda são tantas as almas que refletida ou irrefletidamente ainda semeiam ventos em sua passagem pela Terra, que as tempestades chegam a formar-se e desabar sobre elas próprias aqui mesmo neste plano, acarretando-lhes não pequeno sofrimento. Este é então o tipo de sofrimento que eu chamarei de benéfico para essas almas, pelos efeitos elucidativos que nelas produzem. Ao se libertarem de situações dessa espécie, as almas atingidas pelo sofrimento adquiriram uma experiência a mais e altamente benéfica para o seu engrandecimento espiritual. Se me pedissem uma fórmula capaz de evitar às almas encarnadas o sofrimento decorrente de seus próprios atos, o sofrimento plantado, por conseguinte, eu a daria nos seguintes termos: — Imaginem as almas encarnadas que o próprio Senhor Jesus as acompanhe em todos os passos da sua vida terrena, tendo, pois, ao seu lado um excelente conselheiro. Assim, quando se encontrarem tentadas ou apenas inclinadas à prática de algum ato que a seu próprio juízo possa acarretar-lhes sofrimento de retorno, parem um instante os seus pensamentos e dirijam-se mentalmente ao Senhor, indagando a sua opinião a respeito do ato que intentam praticar. A resposta que instantaneamente colherão mentalmente será realmente inspirada pelo Senhor, e só lhes cumprirá então segui-la. E seguido-a, podem ficar certas de que agiram corretamente e nenhuma consequência desagradável ocorrerá. Se, entretanto, apesar da resposta recebida do Senhor, contrária à prática seja do que for, preferirem manter a própria decisão, nesse caso devem preparar-se para as consequências desse ato, porque as mesmas se apresentarão a seu tempo. Eu acrescentarei aqui que nem mesmo a título de revanche deve uma alma agir contrariamente aos interesses ou bem-estar de outra. Melhor seria, em casos tais, entregar o caso às Forças Superiores e esquecê-lo. Daí resultará um grande conforto espiritual para quem assim proceder, do que terá oportunidade de certificar-se um dia, em vez de arcar com a responsabilidade do que pudesse suceder a outrem.

As leis espirituais, que são as leis do amor universal, ensinam que só o amor constrói e fortalece as almas em todos os estágios evolutivos. Nada fora deste sábio princípio poderá contribuir para a felicidade dos seres humanos, que são as almas temporariamente encarnadas. Ora, assim sendo, em nada poderá ajudar o progresso de uma alma na Terra a prática de qualquer ato em desacordo com o princípio estabelecido pelas leis espirituais, aceitas e praticadas em todos os mundos do Universo. Se um vosso contemporâneo agiu em relação a vós, fora das leis do amor, e chegar a prejudicar-vos seja no que for, é procurar anular as consequências desse procedimento, usando o vosso direito de defesa, mas jamais revidando esse mal na mesma moeda. Cabe aqui então, ainda uma vez, a recomendação de todos os emissários do Senhor Jesus, no sentido de que vos dirijais ao Senhor representado pelas Forças Superiores que são as Forças do Bem, e lhes entregueis o vosso caso. Eu vos declaro que todas as almas encarnadas que assim têm procedido até ao dia de hoje, só tiveram motivos para bendizer o momento em que o fizeram. As Forças do Bem, de posse do assunto, se incumbirão de proporcionar às almas prejudicadas, toda a tranquilidade decorrente desse ato, tomando por outro lado a seu cargo o que deva suceder à parte contrária. Aplicai então, almas queridas, a lei do amor em todos os vossos atos, certas de que estareis efetivamente semeando também o amor na face da Terra. Já sabeis que semeando o amor colhereis bênçãos e luzes para o engrandecimento do vosso diadema, precisamente o grande objetivo da vossa estada presentemente na Terra. É este o conselho que eu aqui vos deixo de todo o meu coração, filhas e filhos que eu muito amo.

Falaremos a seguir de outro assunto que eu anotei desde muito na minha agenda para conversar convosco através deste livro, considerando que tão cedo eu não terei outra oportunidade de vos falar. Quero conversar então convosco acerca do que sucede no Alto todas às vezes em que acontecimentos verificados no solo terreno promovem a desencarnação de muitas almas ao mesmo tempo, o que bem se poderá chamar de “desencarnações em massa.” Isto verifica-se frequentemente durante os conflitos armados, que já deveriam ter cessado neste pequeno mundo, rompendo os laços espirituais de muitas almas, e enviando-as de volta ao seu plano espiritual. Este fato constitui um espetáculo bastante triste para todas nós no Alto, ao recebermos em nossos braços aquelas pobres almas que vieram à Terra com o coração repleto de esperanças de maiores luzes e novas experiências, e no entanto se defrontaram com o espectro da guerra a ceifar-lhes as esperanças e a própria vida terrena. Nada, entretanto, acontece por acaso, eu o repito aqui, visto como os planos de vida terrena daquelas almas assim devolvidas ao mundo espiritual, já assinalavam essa possibilidade. Todo o plano então se movimenta com a finalidade de oferecer conforto às almas recém-chegadas nessas condições, de maneira a ajudá-las a eliminar a tristeza que lhes enche o coração, e proporcionando-lhes alegria. Promovem-se então belas festividades constituídas de boa música, danças e outras diversões, às quais aquelas pobres almas comparecem como convidadas de honra. Ali elas se esquecem um pouco dos transes vividos na Terra, retemperam-se da necessária calma e tranquilidade espiritual, para a sua felicidade e bem-estar. Nessas festividades algo sucede de surpreendente e muito agradável às almas desencarnadas em meio ou em consequência dos conflitos armados. Nosso Senhor manda entregar a cada uma delas um novo foco de luzes e respectivo diadema, a recompensá-las do sacrifício por que tiveram de passar na Terra. O galardão assim recebido é igual ao que lograriam alcançar se tivessem vivido a sua existência integral na Terra e cumprido também integralmente o seu plano de vida. Como isto não lhes foi possível por motivos alheios à sua vontade. O Senhor, em Sua magnanimidade, manda recompensá-las daquela maneira, o que verdadeiramente as sensibiliza. Vedes, por este fato, como o Senhor Jesus procura compensar as almas aqui sacrificadas pelos homens, com novos focos de luzes concedidas pela Sua magnanimidade.

Os conflitos armados, contudo, hão de desaparecer em breve deste pequeno mundo, à proporção em que um determinado tipo de almas se afaste daqui. Este planeta foi criado pelo Pai Celestial para servir de escola às almas em processo evolutivo, e jamais para o desencadeamento dos terríveis conflitos armados que a história registra. O espírito de superioridade de umas nações sobre outras, alimentado pela ilusão de domínio, é que tem promovido todas as tragédias humanas em todos os tempos. Eu vos direi então que serão afastadas da Terra todas as almas assim ambiciosas para um estágio de alguns séculos no mundo espiritual, sendo algumas delas enviadas a outros planetas onde a paz já se tornou uma constante. O mundo terreno já se encontra no limiar de nova fase de grande conforto para as almas nele encarnadas, onde todas possam desfrutar uma vivência bem mais feliz e tranquila do que as vividas até aqui. As almas que estão chegando, e bem assim as que hão de vir para constituírem a civilização do terceiro milênio, saberão ajudar o progresso terreno num perfeito ambiente de paz e harmonia, de maneira a transformar a Terra no autêntico paraíso dos vossos sonhos.

Isto dito, eu perguntarei às minhas queridas filhas e filhos encarnados, se não desejariam voltar à Terra no próximo século, e saber qual a maneira de poderem consegui-lo. Sim, minhas queridas; eu vos direi que é perfeitamente possível esse desejado regresso em determinadas circunstâncias. O Senhor Jesus concederá permissão para regressarem à Terra após um curto período de repouso no Alto, a todas as almas que demonstrarem aptidões capazes de contribuir para ajudar as almas que aqui estiverem. E quais serão, porventura, essas aptidões? Eu explicarei que, primordialmente o Senhor necessita de almas possuidoras da mais perfeita integridade moral, para que sirvam de exemplo no seu ambiente. Em segundo lugar deseja o Senhor que a maravilhosa árvore da fé já se tenha implantado e viceje no coração das almas a serem escolhidas bem proximamente para voltarem à Terra. Com estes dois predicados principais, a integridade moral e a fé, acredita o Senhor Jesus poder confiar tarefas de serviço divino às almas que os possuírem. Estareis, então, dispostas a servir ao Senhor, minhas almas queridas? Eu mesma responderei por vós: estais, sim, e muito vos empenhareis a partir de agora, para aumentar estes dois predicados. Cultivando a integridade moral e desenvolvendo a fé, estou eu certa de que todas ou quase todas as minhas queridas filhas e filhos terrenos se tornarão bem proximamente novos apóstolos do Senhor neste pequeno mundo terreno. Eu só desejo que assim seja, minhas almas queridas. 

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio, e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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