Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

terça-feira, 15 de agosto de 2017

CAPÍTULO LXXV – Livro: Corolarium – ditado pelo Espírito de Maria de Nazareth ao médium Diamantino Coelho Fernandes. Brevemente na Terra alguns melhoramentos observados em Saturno. — Alfabetização como base da iluminação espiritual das criaturas. — Poucos acidentes aéreos em Saturno. — A estabilidade dos aviões. — Motores silenciosos. — O “piloto invisível”. — A história de Zarziel.




As observações colhidas pelas almas visitantes de Saturno, uma vez regressadas estas ao nosso plano espiritual, foram devidamente selecionadas e anotadas para a eventualidade de serem oportunamente trazidas à Terra no melhoramento de vários serviços aqui existentes. Os melhoramentos que em breve conhecereis neste vosso mundo já serão em parte o resultado das observações colhidas pelas nossas caravaneiras em Saturno, e muito hão de contribuir para o progresso geral deste pequeno planeta. Algumas daquelas observações requerem mesmo certa urgência em sua aplicação neste mundo terreno, como meio de ajudar as almas encarnadas a adquirir mais rápida evolução. O problema da instrução primária, por exemplo, necessita de solução pronta e eficiente, para atender a essa população enorme de crianças difundida pelas regiões do interior de muitos países, ainda privadas de escolas. A simples alfabetização da criança já lhe proporciona oportunidades de progresso através da leitura de obras espiritualistas, que de outra maneira desconheceria. Da leitura das boas obras espiritualistas, novos horizontes se abrem à compreensão e desenvolvimento espiritual dessas almas encarnadas, permitindo-lhes o regresso ao seu plano no Além, já portadoras de novas luzes. Porque, segundo vem ocorrendo desde muito, a passagem de uma alma pela Terra privada do alfabeto, em nada ou muito pouco contribui para o seu desenvolvimento espiritual.

Há necessidade, por conseguinte, de os governantes de todos os países da Terra se devotarem mais à difusão do ensino, na certeza de que isso redundará na sua maior iluminação espiritual ao regressarem da Terra. Alfabetizar uma criança significa acender uma luz onde existe escuridão, possibilitando à criança conduzir-se na vida com maior acerto em suas atividades materiais, e obter maior volume de luzes para o Espirito. Firmai-vos, pois, neste princípio, todas vós que tiverdes uma parcela de responsabilidade na administração de qualquer fração do território terreno, e estareis prestando ao mesmo tempo um belo serviço ao Senhor Jesus. A luz decorrente da alfabetização das crianças e adultos tem o mérito de acender por sua vez a luz espiritual nessas criaturas, o que as mesmas agradecerão reconhecidas, a vida inteira.

Voltemos, porém, ao contato com as almas visitantes do grandioso Saturno, para colhermos também algumas observações importantes. Vencidos os primeiros três dias de visita àquele planeta, durante os quais várias observações foram colhidas e cuidadosamente anotadas, desejaram as caravaneiras conhecer um pouco dos serviços aéreos de transporte, tão intensos e silenciosos. Indagaram por isso das almas saturninas como se processavam tais serviços e com tanta segurança, ao que as mesmas responderam da seguinte maneira:

— Estes serviços são aqui muito importantes e funcionam maravilhosamente. Em afirmação disto, diremos que muito poucos acidentes aéreos aqui se registram, graças ao adiantado processo aqui usado. Os aviões que vedes cruzar os ares tão intensamente prestam grandes serviços à população, dada a extensão do nosso planeta. O fato de funcionarem assim tão silenciosamente, resulta do tipo de seus motores movidos eletronicamente, não necessitando de outro combustível. São assim tão seguros que podem inclusive fazer paradas no ar quando haja necessidade sem o risco de caírem.

— Mas isto é realmente extraordinário, queridas irmãs saturninas. No nosso mundo terreno isto é absolutamente impossível! Não só os aviões fazem um enorme ruído com seus motores, como se precipitam frequentemente ao solo, vitimando todos os passageiros e tripulantes. Vemos, assim, o grande progresso em que se encontra a vossa aviação.

— Sim, queridas terrícolas; a nossa aviação é absolutamente segura. Sem poder exprimir-nos em termos técnicos, vamos contudo tentar explicar a razão disso. Diremos então que os nossos aviões dividem-se tecnicamente em duas partes: a primeira é constituída do elemento de segurança, que o sustenta no ar com todos os passageiros. Trata-se de uma bela descoberta dos nossos técnicos, e já em uso há mais de um século. É um tipo de gás contido em vários tubos segundo o peso calculado de cada aparelho, suficiente para mantê-lo no ar em quaisquer circunstâncias. Daí a segurança de todos os nossos aviões. A segunda razão consiste em serem os motores por sua vez alimentados eletronicamente, e nunca falham, porque os há também de reserva, e assim vedes como cruzam os espaços constantemente. Há, entretanto, um dispositivo bastante recente, o qual, colocado em todos os aviões, impede que eles se choquem no espaço, terminando assim com o único motivo de acidentes que até então ainda se registravam. O funcionamento deste dispositivo é bastante curioso, e admira realmente como foi descoberto. Ele age à base da repulsão. Assim, se dois aparelhos estiverem voando na mesma linha, por exemplo, mas em sentido contrário, o dispositivo de repulsão entra imediatamente em funcionamento, e desvia os dois aparelhos o bastante para não se chocarem. Esta descoberta serviu para evitar muitos desastres por toda a parte. Colocados na posição desejada, eles agem a uma grande distância; desviando os aparelhos em sua rota para não se encontrarem. A este dispositivo foi dado pela população o apelido de piloto invisível de tão eficiente que é. Graças a ele cessaram os desastres aéreos em Saturno.

— É esplêndido, esse vosso piloto invisível! Gostaríamos de conhecê-lo de perto, queridas irmãs saturninas, uma vez que trazemos em nossa caravana almas que foram engenheiros na Terra.

— Muito bem, queridas terrícolas. Vamos combinar então uma visita ao centro de aviação mais próximo, onde podereis examinar de perto esse dispositivo. Iremos lá amanhã se estiverdes de acordo.

— Perfeitamente, queridas saturninas. Muito vos agradeceremos mais essa gentileza.

No dia imediato toda a caravana se achava em visita ao centro de aviação em companhia da Comissão de almas saturninas, que se esmeraram em apresentar às visitantes tudo o que pudesse interessar-lhes nesse setor. Oito almas de engenheiros incumbiram-se de examinar em detalhe o que mais pudesse interessar em relação a estes dois princípios instituídos na aviação saturnina: o da sustentação permanente dos aviões no ar, e aquele que efetua o desvio dos aparelhos quando se encontrem na mesma linha em sentido contrário, o chamado piloto invisível. Quanto a este, verificaram os engenheiros terrenos basear o seu funcionamento no princípio do radar. Sua maior utilidade está então em que por eles próprios, isto é, automaticamente, os dois pilotos invisíveis imprimem o desvio necessário às duas naves, para que não se choquem em sua rota. E mais ainda: passado o momento do cruzamento das duas naves, o movimento se desfaz e elas retornam à sua rota. Vê-se por esta simples explicação, toda a importância do piloto invisível na aviação hodierna. As almas de engenheiros terrenos tiveram permissão inclusive para levantar esquemas sobre quanto desejassem nesse setor, e elas o fizeram com empenho, visando à oportunidade de trazerem esse e outros melhoramentos para a Terra bem proximamente. Podeis contar então com esses novos melhoramentos a enriquecerem a vossa aviação, tão progredida, aliás, nestes últimos tempos.

Encerrada a visita ao centro de aviação, a caravana repousou o resto do dia, para o que se recolheu a um dos templos da cidade onde todas as almas renderam graças ao Senhor Jesus pela oportunidade que o Senhor lhes concedera de visitar Saturno, onde muito haviam aprendido e anotado. Foi durante a sua tarde de repouso no Templo que este fato as surpreendeu: havendo mentalizado o Senhor Jesus em suas preces de agradecimento, aproximou-se delas reunidas, uma figura de idade mais que várias vezes centenária, uma Entidade do mundo espiritual de Saturno, a qual as saudou com grande reverência. Dirigindo-lhes o seu amável cumprimento, disse-lhes a Entidade saturnina:

— Queridas filhas do mundo terreno! Como me sinto ditosa em vos encontrar neste local! O que fazeis porventura: emigrastes para aqui, ou encontrais-vos em vilegiatura?

— Querida e venerável Entidade! Nós nos encontramos aqui em viagem de estudos e observações. Estamos cursando a Universidade espiritual do mundo terreno, e viemos até aqui na graça e permissão de Nosso Senhor Jesus.

— Nosso Senhor Jesus! Como me enchem das mais caras recordações estas três palavras! Estas palavras emocionam-me profundamente, almas queridas! Eu, como vós, também me acostumei a amar o Senhor Jesus de todo o meu coração, desde quando tive a felicidade de ser por Ele recebida e admitida a viver no solo terreno. Isto aconteceu há muitos, muitos séculos, e eu recordo constantemente em minhas meditações naquele pequeno mundo dos mares salgados e profundos. Vendo-vos agora neste Templo orando a Jesus, Nosso Senhor, eu apressei-me em juntar às vossas a minha prece, numa recordação muito grata para o meu pobre coração. O vosso Jesus é o próprio Amor personificado. Felizes as almas e os seres que evoluem sob a graça e proteção de tão luminosa Entidade! Creio não exagerar em vos dizer que o vosso e meu querido Jesus é o filho mais querido do Pai Celestial Eu peço-vos então, almas queridas, levardes a  Nosso Senhor Jesus, as vibrações mais puras do meu coração agradecido.

— Nós o faremos com todo o gosto, venerável Entidade. Gostaría-mos de saber o vosso nome para melhor nos desempenharmos do vosso pedido junto ao Senhor.

— Dizei-Lhe que foi Zarziel que isto vos pediu, e o Senhor Jesus logo se recordará de mim.

— Se nos permitis uma indagação, venerável Entidade, nós pediríamos que nos dissésseis algo mais sobre vós própria, e como viestes para este grande planeta. Será isto possível?

— É perfeitamente possível, minhas filhas. A minha história é muito longa mas eu procurarei resumi-la. Faz já vários milênios que eu e muitas outras almas fomos entregues aos cuidados do Senhor Jesus, numa grande assembléia realizada num planeta deste mesmo sistema. Eu fazia parte do grupo de almas que tal assembléia decidiu entregar aos cuidados do Senhor Jesus, para nascer no solo terreno. Foi então um perfeito ato de caridade do Grande Jesus, minhas filhas. Fomos todas para a Terra, um mundo bastante atrasado para nós que procedíamos de outro bem mais evoluído. Nossa tristeza era então imensa. O povo não nos compreendia, se bem tivéssemos nascido no mesmo ambiente. É que nossos Espíritos recordavam a todo instante o paraíso que deixáramos em algum ponto do Universo, e se mantinham tristonhos. Estou bem lembrada de que a região em que fomos nascer ficava situada ao Norte do continente africano, onde lutamos e sofremos demasiadamente. Nós éramos então um povo desconhecido e hostilizado pelos terrenos, embora tivéssemos passado a ser terrenos também. Como possuíamos conhecimentos bastante mais adiantados que os outros povos, nós fomos à guerra com eles e os vencemos em toda a parte. Tanto lutamos e tanto vencemos que cansamos também. O nosso Espírito vivia voltado para a nossa antiga morada, e não se conformava em viver num mundo quase primitivo. Mas fomo-nos conformando pouco a pouco. A nossa situação só encontrava alternativa na morte, porém esta tardava a chegar. Mais conformadas com a nossa desdita, decidimos perpetuar nossa estada na Terra com alguns monumentos graníticos que então erigimos, alguns dos quais lá permanecem ainda em forma de pirâmides no antigo Egito. Estes monumentos serviram para assinalar a nossa estada no vosso pequeno mundo. Com o tempo, como disse, muitas de nós se afeiçoaram a Jesus, Nosso Senhor, e voltaram à Terra algumas vezes. Eu fui uma dessas almas. Tornei-me missionária do Senhor, e cumpri algumas missões do serviço divino, num preito de minha eterna gratidão por me haver recebido tão carinhosamente. Na Terra fui então várias coisas: fui guerreiro; dominador e por fim pastor de almas. Varei diversos países do Oriente na função da doce doutrina de Jesus, conquistando novos fiéis para o Cristianismo. Muitos séculos eu vivi assim ao serviço de Jesus, Nosso Senhor. Por fim, disse-me um dia o vosso e meu querido Jesus:

— Querido Zarziel: muito tenho apreciado a tua fiel dedicação ao serviço na Terra. Eu me congratulo contigo, e de coração te agradeço o muito que fizeste pela minha doutrina da fraternidade e do amor. Recebe, pois, mais este galardão, o mais belo que possuímos para recompensar dedicações como a tua. Mas eu vou precisar ainda de um novo serviço teu. Necessito que vás estudar num planeta mais adiantado os melhoramentos lá existentes, a fim de os aplicarmos no nosso pequeno mundo. Quero, pois, que viajes a Saturno por um prazo de cem a duzentos anos, após o qual regressarás a este plano. Posso contar contigo, querido Zarziel?

— A minha única resposta, amado Jesus — disse-lhe eu — é perguntar quando devo partir. Desempenharei mais essa missão possuído da maior alegria.

— Esta foi a minha resposta ao Senhor Jesus, e aqui me encontro ao seu serviço. Tenho estudado a fundo a vida e os costumes deste grande povo de Saturno, almas bastante evoluídas, com as quais muito tenho aprendido. Neste momento eu estou vivendo o intervalo de uma encarnação. Percebendo luminosidades estranhas no Templo, produzidas pelas nossas preces, vim juntar às vossas a minha própria ao Senhor Jesus, que eu amo e venero em meu coração. Creio demorar por aqui mais algum tempo, até quando o Senhor me chamar de volta. Possuo comigo um precioso tesouro de estudos e observações sobre a vida e costumes deste grande planeta, e também sobre os numerosos serviços e organização deste grande planeta. Peço-vos, então, no vosso regresso levardes o meu nome ao Senhor Jesus, de quem jamais me esquecerei em minhas meditações diárias.

— Foi para nós uma grande alegria haver-vos encontrado, Entidade venerável, e um grande prazer conhecermos os detalhes da vossa passagem pelo nosso pequeno mundo. Conhecemos a tradição das pirâmides do Egito, e sabíamos haverem sido construídas por um povo muito adiantado que fora entregue ao Senhor Jesus para evoluir na Terra. Na realidade, porém, aquele povo era já bem mais adiantado do que os terrenos. Ficamos sabendo agora que vós, Entidade venerável, fazíeis parte daquele povo adiantado. Nós nos felicitamos então por haver-vos encontrado neste grandioso planeta, e com todo o gosto levaremos as vossas palavras ao Senhor Jesus. Mas esperamos ver-vos algumas vezes mais antes de regressarmos. Viremos então diariamente a este Templo, que ficará sendo o nosso ponto de encontro. Prosseguiremos em nosso próximo capítulo.

Deixo-vos aqui a bênção que o Senhor vos envia por meu intermédio e a minha própria que eu vos ofereço de todo o coração.

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