Tudo o que cumpre à
humanidade realizar é exclusivamente a sua própria preparação. Tudo o que os
homens e mulheres deste momento têm a fazer é nada mais do que tratarem de se
preparar desde já, sem perda de um dia sequer, para a sua partida iminente de
regresso aos planos de onde vieram, e que possam fazê-lo em condições de não
terem de que se arrepender quando ali aportarem. Os dias atuais são decisivos,
devo repeti-lo ainda uma vez, na vida de cada ser humano na face da Terra. Não
importa que alguns dos meus leitores leiam isto com ceticismo ou descrença,
porque isso em nada pode modificar as circunstâncias, assim como o fato de
alguém correr para debaixo de um abrigo não tem força de fazer parar a chuva. A
chuva, no caso figurado, não tarda a cair sobre a face do Planeta, e bom será
por conseguinte, que aqueles dos meus queridos irmãos terrenos que não quiserem
molhar-se tratem de construir seu abrigo desde este momento.
Sim, um abrigo deve começar
a ser construído por todos os homens e mulheres da hora presente, abrigo esse
que não requer nenhuma espécie de material de construção, e muito menos
dispêndio de dinheiro para que bem forte se torne, e por isso da maior
eficiência. Esse abrigo, queridos irmãos, requer apenas pensamento, meditação e
prece a Nosso Senhor, para que nenhum temporal possa destruí-lo. Com
pensamento, meditação e prece, estarão todos os homens e mulheres ao abrigo de
todos os perigos que podem vir, e virão certamente.
É com grande pesar para o
meu coração que tenho registrado, em essência, os assuntos predominantes na
impressionante maioria dos viventes desta e de outras grandes cidades deste
belo país, nos quais se trata de tudo, tudo, menos do que em verdade se deveria
tratar: do amor ao próximo, para honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Desejo deixar bem claro,
ainda uma vez, que quando menciono como fundamental para a felicidade dos
encarnados a necessidade de honrar e glorificar a Nosso Senhor, não deve isto
ser entendido como uma necessidade sentida pelo Divino Mestre, mas, unicamente,
como um bem exclusivo para quantos o fizerem. Nosso Senhor apenas reúne em seu
imenso coração os pensamentos e as preces que da Terra lhe são enviados, e logo
os transforma em ajuda, proteção e auxílio àqueles que lhos enviam. Ora, se
apenas um pequeno número de Espíritos encarnados se lembram de enviar pensamentos
bons acompanhados da prece, da oração, a Nosso Senhor, claro está que apenas
esses o Divino Salvador pode ajudar, por serem os únicos que dele precisam.
É em virtude dessa falta que
muitos homens e mulheres sofrem as conseqüências de uma vida realmente difícil,
quando poderiam viver tranqüilamente com aqueles que os cercam. A causa é
apenas essa. Dizer que há muitas pessoas que outra coisa não fazem senão rezar,
e no entanto sofrem da mesma maneira, não é contestação plausível ao que acabo
de dizer. Rezar por obrigação ou profissão representa simplesmente o
cumprimento de um dever livremente assumido, e por isso de mérito muito
relativo. Nem Deus nem Jesus instituíram a reza como profissão, nem atribuem a
ela maior valor. Deixemos porém o assunto para outro capítulo, do qual me
ocuparei se para tal receber a necessária permissão do Senhor.
Assim como sucede neste
planeta, também no Espaço existem Espíritos que se mantêm em estado permanente
de oração, na suposição de que tal atitude agrade particularmente ao Senhor. É
uma atitude absolutamente espontânea a desses Espíritos, e ninguém lhes vá
dizer que em vez dessa oração permanente, mas também ineficiente, Nosso Senhor
mais apreciaria uma atitude de ação e cooperação com os mensageiros do bem, no
socorro que prestam ininterruptamente aos milhares de irmãos que regressam da
Terra em situação de causar pena. Nosso Senhor deixa esses rezadores entregues
à sua concepção, até que um dia, pelo próprio raciocínio, resolvam
transformar-se em seus devotados servidores.
Dito isto, irmãos queridos,
desejo agora informar-vos a respeito de algo muito sério, muito importante,
para o que Nosso Divino Mestre deseja deixar-vos convenientemente preparados.
Já sabeis de sobra que o corpo nada mais é do que um conjunto de células
reunidas e alimentadas pelo Espírito, como o veículo de todo Espírito
encarnado. A própria expressão encarnado já significa tratar-se de um veículo
feito de carne, e conseqüentemente desagregável com a morte — do corpo. Deseja
então Nosso Senhor informar-vos para que prevenidos estejais, de certos
movimentos subterrâneos, que em maior ou menor profundidade devem começar a
sentir-se em determinados pontos da Terra, como início de acontecimentos que
foram previstos há mais de dois mil anos.
Serão abalos sísmicos
provenientes do choque de correntes magnéticas, registrados no coração da
Terra, e, assim como o fluido do vosso próprio coração se dirige a todas as
partes e extremidades do corpo, os choques produzidos no coração do planeta
devem atingir e ser registrados por todo o orbe em que ora vos encontrais.
Certamente que tais
fenômenos provocarão, como de fato já vêm provocando de longa data, a passagem
de regresso de muitos milhares de Espíritos encarnados, que hão de considerar o
fato como uma grande desgraça. Nada disso, irmãos meus. Aquilo que a muitos
poderá parecer uma desgraça, pode ser, bem ao contrário disso, uma graça
autêntica da misericórdia divina. O essencial, portanto, é que todos vos
encontreis convenientemente preparados para o regresso, a qualquer momento em
que a isso sejais chamados. O essencial é que vosso Espírito se encontre em
estado de perfeita harmonia com as Forças do Bem, limpo o coração de todos os
prejuízos que nele se tenham abrigado, e que eu me dispenso de repetir aqui. O
essencial na vida de todos os encarnados é que se habituem a considerar cada
dia como o último de sua presente encarnação, e que bem poderão deitar o corpo
em seu leito de repouso, para não voltarem a ocupá-lo no dia seguinte.
Não será preciso lembrar-vos
casos em que conhecidos vossos se deitaram para repousar ao fim de um dia de
atividades de rotina, e na manhã seguinte lá estava apenas o corpo
completamente inerte. Estariam esses irmãos convenientemente preparados para a
viagem de regresso ao lar espiritual? Talvez sim, e talvez não. Em face disto,
o que há a fazer é bem pouco porque nenhum esforço exige: colocar-vos
diariamente em contato com Nosso Senhor Jesus Cristo, que recebe em seu coração
os vossos bons pensamentos e orações, e imediatamente os transforma em bênçãos
e luzes para vós mesmos, os quais logo se incorporam ao vosso Espírito. E se
acontecer a qualquer de vós, que esta noite venha a ser a derradeira de vossa
atual encarnação, tereis preparado com o vosso coração espiritual um regresso
harmonioso e feliz ao plano de onde partistes para cá.
Este vosso irmão e amigo
dedicado, que tais coisas veio grafar na face da Terra, deseja que recebais
estas palavras, estes conselhos e informações, como a expressão do bem que
sinceramente vos deseja, e, sobretudo, como a recomendação que o coração magnânimo
do Senhor determinou vos fizesse no decorrer deste livro, destinado a alcançar
desusado sucesso entre os encarnados da hora presente. São conselhos e são
avisos, irmãos queridos, sobre os quais vos cumpre meditar seriamente. Os fatos
estão aí para confirmar as previsões. Vivei, vivei a vossa vida terrena da
maneira que vos apetecer, mas orai, orai muito e meditai diariamente, porque
somente vós mesmos lucrareis com isso.
Aqui se despede e vos
abençoa, em nome do Senhor, o vosso dedicado amigo — Irmão Tomé.
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