Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

XXVI - A TORMENTA JÁ FOI LIBERADA - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.



Nosso Senhor Jesus, que palmilhou os caminhos da Terra há pouco mais de dois mil anos, tinha por objetivo naquela sua vinda ao solo terreno, preparar as transformações que agora se estão operando na estrutura física do planeta, das quais vos tem falado as Entidades que me precederam na feitura deste livro.

Desejava o Senhor Jesus com sua palavra, dirigida daquela região onde nasceu, despertar os corações de todos os viventes de então, para que em tempo se preparassem para o momento das transformações. Verificou porém, o Divino Pastor, que suas ovelhas não conseguiam entender a palavra de amor que então lhes dirigia, porque seus Espíritos se encontravam tão profundamente mergulhados na carne, que não tomavam conhecimento nem da palavra nem do sentido que a mesma traduzia. Foi por este motivo deliberado um adiamento de dois mil anos na execução dos planos já concluídos naquela época, a fim de dar tempo ao despertar dos corações para a realidade em curso.

Para colaborar eficientemente no plano de chamamento dos viventes de então, vários conflitos armados foram programados e finalmente deflagrados por toda à parte, podendo mesmo dizer-se que não chegou a existir uma verdadeira paz na Terra nestes mais de dois milênios decorridos. Poderemos dizer então, que os viventes humanos de hoje, se encontram devidamente preparados para o que vem por ai? A observação está sendo feita por toda parte do planeta, sendo as conclusões bastante insatisfatórias. Verifica-se ainda hoje, mais de dois mil anos decorridos, que os homens e as mulheres vivem quase exclusivamente a sua vida material, no interesse primordial do seu bem-estar físico, procurando só e só ocupar seu pensamento no rendimento puramente material de sua existência, sendo ínfima a percentagem dos que realmente se preocupam com os interesses espirituais que deram causa à sua presente encarnação.

Em face destas conclusões, e como não seja mais possível adiar a transformação planetária para receber um novo surto de progresso no solo terreno, a ser habitado em breve por uma nova categoria de seres humanos, ou seja, uma categoria de Espíritos mais evoluídos que deverão reencarnar no meio terreno, como não seria mais possível adiar a operação transformatória, Nosso Senhor, dando novas provas da grandiosidade do seu coração, determinou a numerosos de seus servidores espirituais o cumprimento de tarefas no meio terreno, uma das quais a cumprir-se por meio da palavra escrita, que é este e os dois livros anteriores que conheceis.

Mas além desta modalidade de tarefa de serviço, outras aí estão sendo executadas de várias maneiras, todas com este único objetivo: fazer compreender a todos os Espíritos encarnados, que no seu próprio interesse devem voltar sem demora seus pensamentos para o Alto, dirigindo-os ao magnânimo coração do Senhor Jesus, antes que a tormenta se deflagre e envolva a todos, sem possibilidade de socorro. Tão certo está o Senhor da extensão dos efeitos desta tormenta, e das conseqüências que podem advir para quantos os subestimarem, que resolveu mobilizar todos os seus mais destacados servidores para virem dizer também a sua palavra de advertência aos vossos corações, para que bem vos inteireis desta grande necessidade: serdes socorridos e salvos dentro de bem pouco tempo dos efeitos da anunciada tormenta, e conduzidos em paz e segurança ao vosso verdadeiro lar espiritual.

Confirmando estas palavras, aí tendes nas páginas anteriores assinando cada qual o seu capítulo deste livro, nomes dos mais destacados que passaram à História Universal pelo mérito evidenciado em sua passagem pela Terra. Todos esses nomes pertencem a Entidades que se encontram, desde então, inteiramente devotadas ao serviço divino no Alto, como mensageiros do Senhor Jesus, ansiosos por colaborar no progresso de quantos tem vindo a Terra desde então, e de quantos ora aqui se encontram.

Uma coisa é absolutamente certa meus amiguinhos terrenos: vossa presença no ambiente terreno é apenas transitória, e terminará a qualquer momento por circunstâncias várias. Conseqüentemente, o vosso regresso ao plano espiritual que deixastes alhures é também certo, iniludível. Seria então para lamentar, tanto cada um de vós como todos nós que tanto nos empenhamos pela vossa maior felicidade, se vós e nós viéssemos a constatar que nada quisestes aproveitar destes nossos conselhos.

Estou a adivinhar a possibilidade de que algum de vós, meus amiguinhos, movido por uma curiosidade fora de propósito, desejasse saber a razão deste nosso empenho pela felicidade de cada um, nós que já alcançamos elevado grau de progresso espiritual. Como essa espécie de curiosidade possa surgir para Espíritos menos evoluídos, eu me proponho a antecipar aqui desde agora o esclarecimento a respeito, que é o seguinte: — Todo Espírito evoluído sente necessidade de contribuir para que seus irmãos mais novos evoluam também, para que possam fugir a toda sorte de lutas e sofrimento por que estão passando.

Conhecendo como efetivamente conhecem os Espíritos adiantados, a grandeza da lei divina que premia a quantos se esforçarem pelo seu aprimoramento moral, todos eles se empenham em levar de todas as maneiras este conhecimento aos seus irmãos mais novos, com o objetivo de os esclarecer e ajudar a galgarem novos degraus, para sua felicidade e bem-estar. Uma imagem que no momento me ocorre poderá esclarecer melhor o meu pensamento. Imaginai todos vós que vos encontrais na Terra, que ao passardes algum dia por determinado caminho, deparásseis com dezenas de seres humanos que por inadvertência, resolveram encurtar seu trajeto e entraram num atoleiro do qual não conseguiam sair. Qualquer de vós, é claro, imediatamente se colocaria a serviço do salvamento desses irmãos, lançando mão dos elementos possíveis de os ajudar. Sentindo-se impotente para agir sozinho, de certo chamaria gente para cooperar e se muniria dos meios de o fazer. Sua satisfação seria imensa quando, após haver empregado seus melhores esforços, tivesse a felicidade de ver todos aqueles irmãos completamente sãos e salvos do atoleiro, a seguirem também o caminho seguro e sólido de sua jornada. Haveria então nessa felicidade, nesse contentamento pelo serviço prestado àquele punhado de irmãos, uma alegria, um bem-estar que não teriam preço nem recompensa, por haver sido o auxilio prestado por um sentimento de solidariedade humana, que não conhece nenhuma espécie de recompensa. Esta, meus amiguinhos, existe, porém, inteira, completa, absolutamente de acordo com o valor da ação: passa a refletir-se na maior luminosidade do Espírito, e a ele incorpora para todo o sempre.

É esta, pois, a recompensa a que fazemos jus, todos nós que agora nos empenhamos em despertar em vossos corações o sentimento de urgência de vos voltardes já e já para Nosso Senhor Jesus, dirigindo-lhe diariamente os vossos melhores pensamentos, imaginando-vos vós próprios caídos no atoleiro das inferioridades da vida terrena, do qual necessitais de sair urgentemente a fim de escapardes de uma avalancha que se desloca sobre vós, embora não vos deis conta dela. Atoleiro é o termo justo que me ocorre dar à situação presente da vida terrena, na qual vêm chafurdando criaturas que reencarnaram animadas dos mais elevados propósitos, seja de se elevarem a si próprios ao longo da presente encarnação, seja em suas reiteradas promessas de aqui se dedicarem também ao serviço do Senhor, como verdadeiros emissários encarnados. Uma vez, porém, mergulhados neste montão de miasmas, como aos nossos olhos espirituais se afigura o ambiente que envolve todo o planeta, vê-se cada qual esmagado ao peso do mercantilismo grosseiro, que oblitera em todos os encarnados as suas mais belas promessas feitas ao Senhor no Alto, quando não os conduz a situações de verdadeiro naufrágio espiritual. A esta altura, então, o único salva-vidas — já o disse o bom Irmão Thomé, é o devotamento urgente ao Senhor Jesus através da oração e meditação diárias.

Irmãos queridos: a tormenta já foi deflagrada, ou liberada se preferirdes, e não tarda a ressoar aos vossos ouvidos. Se concordardes em vos considerar também caminheiros que entraram pelo atalho e afundaram na lama, onde aflitos se debatem à espera de socorro, se concordardes com a imagem, meus amiguinhos, vosso socorrista único é o Senhor Jesus, que, conhecendo de sobra a situação de cada um, apenas aguarda o pedido para vos salvar do perigo que aí vem, e poderá submergir os mais afoitos. Meditai nestas palavras, assim como nas que vos deixaram outras luminosas Entidades, retirando delas o bastante para vos livrardes a tempo. Minha situação, assim como a de quantos vos falaram antes de mim, será aquela que vós mesmos gozaríeis após verdes retirado do atoleiro os vossos irmãos que nele haviam caído: à parte que nos tocar no salvamento vosso, incorporar-se-á por mercê divina, a luminosidade de que somos portadores.

De mim próprio não precisarei falar-vos. A figura que de mim encontrareis nos documentos arquivados na Terra, é a de um homem que envelheceu no estudo, na meditação e no serviço do Senhor. Muito sobre o meu nome se escreveu que carece de fundamento, porém que em nada me prejudicou. Uma coisa é o que se é, e outra às vezes bem diferente é o que os historiadores dizem que se foi. Deixemos então que os historiadores se expandam à sua vontade, porque nós, os historiados, continuamos a ser unicamente o que fomos. Eu direi que fui apenas um Espírito que se comprometera no Alto a corrigir certos desacertos existentes no mundo no setor religioso-doutrinário, e nisso empenhei toda a minha existência terrena, bem pouco havendo conseguido, pela oposição que tive em meus objetivos. Regressando ao Espaço, dei contas ao Senhor de minha tarefa, que eu desempenhara com absoluta sinceridade e desinteresse pessoal. O Senhor tudo ouviu pacientemente, tendo ao final da minha narrativa me dirigido o seu olhar de magna excelsitude, com as seguintes palavras que sempre recordarei: — Fizeste o que pudeste, filho amado; e aquele que consegue fazer o que pode, é certo que fez o máximo. Recebe minha bênção carinhosa e mais este belo galardão a que teus esforços fizeram jus.

Fazei igualmente todos vós o que puderdes por vós próprios, certos de que o fareis também pela causa do Senhor. Que Jesus vos abençoe, ilumine e conduza à vossa redenção espiritual, é o que ora e sempre lhe roga o Espírito de
IGNÁCIO DE LOYOLA

Not. biogr. — Ignácio de Loyola — 1491-1556 — O fundador da Companhia de Jesus nasceu no castelo de Loyola, em Guipuzcoa, Espanha, em 1491, tendo sido pajem do rei Fernando V, e depois oficial do Exército espanhol, encontrando-se entre os defensores de Pamplona, em 1521, quando a cidade foi atacada pelos franceses, recebendo aí grave ferimento na perna direita. Como o tratamento requeresse sérios cuidados, Loyola foi transportado para o castelo do pai, onde sofreu diversas operações. Foi durante a convalescença que o nobre cavaleiro Loyola fez leituras que o levaram a determinação de se afastar do mundo. Consagrou-se inicialmente à Virgem, no santuário de Nossa Senhora de Monserrate, na Catalunha, retirando-se em seguida para o hospital de Manreza, a fim de continuar o tratamento.

Conta-se que o jovem Loyola passou a visitar uma gruta próxima à cidade, onde se entregava às práticas das mais duras austeridades, acreditando-se que tenha criado nessa ocasião a célebre máxima que se tornou a divisa da futura congregação: Ad majorem Dei gloriam (Para a maior glória de Deus). Em 1524 seguiu em peregrinação à Terra Santa, e no regresso aprofundou seus conhecimentos de teologia e filosofia, em Alcalá e Salamanca. Por causa das prédicas que fazia aos pobres, foi preso duas vezes pela Inquisição, mas a sua inocência foi em breve reconhecida, sendo posto em liberdade e retirando-se para Paris a fim de completar seus estudos.

Foi em Paris que Ignácio de Loyola deu início à congregação que mais tarde se transformaria na todo-poderosa Companhia de Jesus. Aí reuniu seis condiscípulos, e juntos fizeram voto de se congregarem à conversão dos infiéis e de colocarem suas pessoas à disposição do Papa, pela altura do ano de 1534. Dessa data em diante a congregação de Loyola tomou grande impulso.

O Papa Paulo III aprovou os Estatutos da nova sociedade, que além dos três votos monásticos, ajuntava o de prestar ao Papa obediência absoluta. Loyola já havia então recebido ordens eclesiásticas, sendo-lhe concedida a Igreja de Gesu e nomeados os seus religiosos Clérigos da Companhia de Jesus, aos quais o povo passou a designar jesuítas. Ignácio de Loyola foi eleito Geral em 1541, assistindo então ao maior desenvolvimento da sua obra, a qual ainda hoje se mantém em diversos países, graças aos sólidos alicerces da sua organização, construídos pelo seu fundador.

Diz um dos biógrafos de Loyola: “Os seus homens penetraram, como núncios, na Irlanda, na Polônia, no Egito e no Japão. Os seus teólogos brilharam no Concílio de Trento. Os seus pregadores eram notados nas Universidades da Louvaina e de Salamanca, nos cursos de Valadolid, de Bruxelas e de Viena. Esses homens nunca perguntaram, nem nos bons momentos nem em frente dos obstáculos, para onde iam. Assim como o bem-aventurado Xavier inflamava países uns após outros, Loyola, o grande imperialista, organizava agora uma província, logo outra.

Sua desencarnação verificou-se no dia 1º de agosto de 1556, às seis horas da manhã, surpreendendo a quantos o rodeavam. O Papa Gregório XV canonizou-o em 1622. O Papa Urbano VII concedeu-lhe um atestado que rezava: "Ignácio servia de grande socorro aos pobres e aos doentes; consolava os presos, ensinava às crianças e aos ignorantes a doutrina cristã; criou missões entre os canibais e os heréticos; constituiu igrejas e escolas, e edificou casas para órfãos e convertidos. Evitou questões e deu prudentes conselhos. Foi autor desses exercícios, que se tornaram como que uma escada do céu.”


Entre as obras principais deixadas por Santo Ignácio de Loyola, devem destacar-se: Fórmula do Instituto, Carta da observância religiosa, Carta da perfeição, e Exercícios espirituais, da qual têm sido tiradas várias edições. 

XXV - CULTIVO DA VIRTUDE- Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.



A Terra está em princípio de ascensão a um grau evolutivo pelo qual já passaram outros mundos igualmente habitados por seres espirituais apenas mais evoluídos, porque também mais velhos do que os atuais habitantes da Terra. A ascensão a que em breve atingirá este vosso planeta, requer de todos os seus habitantes uma certa colaboração no sentido de facilitar o processo transitório, ou seja, ajudar com a emissão de pensamentos bons, sãos, elevados, a mudança necessária com um mínimo de abalos em sua estrutura.

Eu me explicarei melhor. A vida planetária está estreitamente relacionada com o nível e o volume das vibrações mentais emitidas pela totalidade dos seus habitantes. Se estes se esmeram na emissão somente de vibrações de alto nível moral, de maneira que o seu conjunto possa proporcionar às Forças Superiores elementos capazes de promover mudanças tranqüilas e pacíficas quando estas se fizerem necessárias, grandes coisas podem suceder em benefício de todos, do planeta inclusive, sem que seus habitantes cheguem a sentir abalos físicos na estrutura do planeta. Todo o trabalho espiritual presentemente iniciado no meio terreno visa precisamente a esse objetivo: elevar o quanto possível o nível das vibrações mentais dos seres humanos, a fim de reduzir ao mínimo os efeitos sensíveis das operações em curso para a transformação planetária terrena.

Todo o empenho do Alto é, por conseguinte, em fazer despertar quantos seres humanos aqui se encontram, para que prevenidos estejam no momento em que determinados fatos se positivem em meio ao trabalho já em andamento no interior do planeta. Poderá talvez causar espécie a alguns leitores, o fato de lhes dizer que o trabalho já está em andamento no interior da Terra, quando sua aparência é a de um bloco compacto, seja na parte sólida como em sua superfície líquida, onde nenhuma abertura visível existe por onde trabalhadores tivessem podido penetrar. O fenômeno explica-se facilmente à luz da vida espiritual, quando todos sabem que para os Espíritos nada existe de impenetrável.

Os Espíritos gozam do privilégio de poder penetrar através da matéria, não havendo para eles nenhum obstáculo em varar os corpos sólidos, desde que isso se torne necessário. Nos dias da segunda metade do século XXI, iniciou-se o trabalho preparatório das transformações do solo terreno, havendo presentemente alguns milhares de operários espirituais em plena atividade junto ao coração do planeta, preparando os elementos que deverão aparecer em breve na superfície, modificando, regulando, melhorando as condições externas da Terra, a fim de adaptá-las às necessidades das gerações vindouras. Já foi dito em páginas anteriores que a parte do solo terreno atual inadaptado à produção de alimentos é muito grande, sendo por isso imprescindível transformar esses setores em campos de produção. Para que essa transformação se realize, há necessidade de revolver o solo em profundidade, mudando-lhe também a topografia, como se faz necessário à obtenção das áreas de produção. E como uma empresa desse tipo não poderá ser realizada com o simples derrame de maior ou menor volume de chuvas, há necessidade de algo que possa modificar a própria estrutura do solo, demolindo elevações, destruindo rochedos onde os houver, e dando nova topografia ao local. Para conseguir-se tal efeito, é que se preparam na profundidade dessas áreas os elementos que há seu tempo se encarregarão de operar as modificações necessárias, podendo dar-se que esse trabalho chegue aos vossos ouvidos com algum estrondo, dando-vos a impressão de que poderosa carga de dinamite acabou de explodir na pedreira mais próxima, cujo eco se projetará por centenas ou talvez milhares de quilômetros em volta.

É exatamente para que todos estejam prevenidos, que as Forças Superiores, sob a chefia imediata de Nosso Senhor Jesus, empreenderam e estão tentando levar a todos os lares esta Grande Cruzada de Esclarecimento, pois que muito sofreria o Senhor Jesus se alguns dos filhos presentemente na Terra, viessem a dispersar-se na imensidade do Cosmos pelo fato de não terem sido avisados do fenômeno em perspectiva. Cabe, pois aqui um novo conselho a todos os encarnados, que é o seguinte: cientes como estão dos fatos em vias de se positivarem, uma só preocupação devem então alimentar, que é a de se manterem em perfeita harmonia com essas Forças Superiores, entre as quais devem encontrar-se as Entidades de sua devoção particular, e a elas se mantenham permanentemente ligados, como se tratasse, vamos dizer, de um próximo naufrágio em pleno oceano. Essa ligação deve ser comparada àquele objeto que constitui a aspiração mais imediata de quantos se vêem de um instante para outro lançados à mercê dos elementos: o seu salva-vidas.

Vindo por minha vez dizer-vos estas palavras a convite de Nosso Senhor, eu o faço verdadeiramente emocionado pelo fato de me encontrar por momentos no solo terreno, donde há muito me afastei para servir ao Senhor em outros setores da vida espiritual. Minha presença entre vós, traz-me profundas recordações de minha última encarnação na Terra, quando tanto me esforcei em preparar caminhos à religião e à filosofia, no meu entender de então os que melhor poderiam conduzir os homens à bem-aventurança. Se o consegui ou não, é coisa que não me cabe julgar. Contudo, do exame a que tenho procedido em minha vida de Espírito livre da matéria, tem-me parecido que algo realizei de realmente útil na Terra, donde me chega vez por outra o eco de citações do meu nome, entre vários dos vossos filósofos. O Senhor Jesus, de quem tenho recebido variadas missões de serviço divino, houve por bem agraciar meu pobre Espírito com formoso galardão, mal chegado que fui ao meu plano espiritual, cuja honra excepcionalmente grandiosa me deu a convicção de haver cumprido o meu dever entre vós. Tudo isto está, entretanto, tão distanciado dos dias presentes, que já não consigo penetrar o âmago dos assuntos que então tanto me preocuparam na Terra, deixando-os de boa mente ao julgamento dos meus estimados irmãos encarnados.

Desejo afirmar-vos nesta minha presente visita ao vosso meio, que nenhum dos seres humanos encarnados através de milênios, por mais culta e desenvolvida que seja a sua mente, pode formar uma idéia aproximada, enquanto encarnado, dos tesouros espirituais que no Alto se oferecem àqueles que tiverem a felicidade de pautar sua existência terrena pelos caminhos do bem e do amor aos seus semelhantes. No dia em que cada homem ou mulher se compenetrar de que pode tornar-se um segundo e autêntico Jesus, mediante o traçado de um procedimento realmente correto, digno, exemplar para os seus companheiros de jornada, nesse dia cada homem ou mulher que assim fizer, passará a ser como o próprio Jesus, um Ser Superior, capaz de operar verdadeiros fenômenos que poderão valer por autênticos milagres. Convém que todos vos compenetreis, meus filhos, de que quando Nosso Senhor declarou que “qualquer de vós pode fazer o que faço ou ainda melhor”, não o fez pelo desejo de que o imitásseis, mas sim, com a segurança absoluta de que as coisas que fez, podem ser repetidas por qualquer filho encarnado, desde que se prepare devotadamente para isso.

Todos sabeis que a condição indispensável ao Espírito encarnado ou não, para realizar certos fenômenos, relacionados com a felicidade, a saúde e o bem-estar dos filhos da Terra, é encontrar-se em perfeita harmonia com as leis da Natureza, as leis divinas, ao alcance de todos. E quem assim se encontrar, quem houver traçado e cumprido um programa de vida terrena escoimado de tudo o que possa afastá-lo da convivência das Forças Superiores que presidem e superintendem a vida terrena, quem tal houver conseguido pela pureza e correção de seus atos e pensamentos, esse alguém passou a representar em verdade, uma das inúmeras potências espirituais, cuja voz, alimentada pela chama da sua fé na presença do Senhor Jesus a seu lado, passa a traduzir uma ordem que será cumprida em quaisquer circunstâncias.

Sabendo-se que não existem milagres porque tudo tem a sua explicação, tanto no solo terreno como nos planos do Além, qualquer realização assim considerada, nada mais é do que a aplicação certa e consciente da lei divina ao alcance de todos os filhos de Deus, em todos os mundos do Universo. O de que apenas se necessita para movimentar determinada lei com o desejado êxito, é a existência de condições para isso. É necessário apenas o cultivo da virtude pessoal em todos os sentidos, o que se encontra na exclusiva dependência de cada um.

Do cultivo da virtude nasce e prospera o cultivo da fé, dado que ambas constituem o primeiro ornamento da personalidade humana. Se, pois, vos entregardes decididamente ao cultivo da virtude em todos os vossos atos, vendo em vossos semelhantes uma partícula da Divindade como vós próprios o sois, e desta maneira considerardes que vós e os vossos semelhantes sois igualmente queridos por Nosso Senhor, e, por conseguinte, não fareis aos vossos semelhantes senão o que a Nosso Senhor faríeis, eu aqui vos declaro com toda a minha sinceridade de Espírito redimido, que podereis transformar em boas todas as más ações com as quais porventura vos defrontardes. Vossa vontade acionada pela força da virtude e iluminada pela radiosidade da vossa fé, operarão verdadeiras maravilhas, capazes inclusive de colocar o mundo a vossos pés.

Experimentai seguir por este caminho, pelo qual, com um mínimo de esforço, chegareis sem o sentir à categoria de quem assim vos fala e todo o bem vos deseja
SÃO TOMAZ DE AQUINO

Not. biogr. — São Tomaz de Aquino — 1226-1274 — O maior teólogo da Igreja. Nasceu no castelo de Roccaseca, no reino de Nápoles, em 1226, tendo desencarnado em Fossa Nuova, a 7 de março de 1274. Descendente dos condes de Aquino, era primo do imperador Frederico II. Foi educado entre os frades de Monte-Cassino, e ingressou na Ordem de São Domingos em 1243, apesar da tenaz resistência da sua família. Na Abadia do Monte-Cassino o pequeno Tomaz devotou-se profundamente ao estudo, e aos dez anos de idade iniciava os primeiros elementos de latim; e aos treze anos já conhecia grande parte do Saltério, dos Evangelhos, e das Epístolas de São Paulo. Tendo o imperador da Alemanha ocupado e fechado a Abadia, Tomaz de Aquino transferiu-se para a Universidade de Nápoles, onde prosseguiu na sua extraordinária formação cultural, tendo recebido ai o grau de Doutor em Teologia, matéria que lecionou durante dez anos em Paris, Roma e Bolonha.

São Tomaz de Aquino destacou-se notavelmente entre os maiores teólogos da lgreja pela sua inteligência superior, e pela pujança da sua cultura projetada através de numerosas obras que podem dividir-se nas seguintes categorias: apologéticas, polêmicas, exegéticas, poéticas, filosóficas, e ainda ascéticas, místicas e teológicas. As obras de Tomaz de Aquino são consideradas como fontes abundantes e seguras, escritas numa linguagem precisa e sem metáforas, onde o bom senso prático, o conhecimento da alma, a ciência teológica e a experiência pessoal, combinam-se admiravelmente. Toda a obra de São Tomaz de Aquino representa a escolástica na sua pureza, em teologia e filosofia.


A desencarnação de São Tomaz de Aquino ocorreu aos quarenta e oito anos de idade, quando o Doutor Angélico seguia por ordem do Papa para o Concilio de Lyão, tendo sido atribuída, na ocasião, a envenenamento por instigação do rei Carlos I da Sicília, opinião que é sustentada por Dante, em “Purgatório”, mas o fato não foi apurado. São Tomaz de Aquino foi canonizado em 1323 pelo Papa João XXII. Conta-se que os seus restos mortais foram disputados, encontrando-se o braço direito em São Jacques, Paris, e outros membros em Salerino, Nápoles, e o resto de seu corpo em Roma. A obra principal de São Tomas de Aquino é a “Súmula Teológica”, que contém a síntese de sua doutrina, elaborada por ele no fim da vida, numa erudita exposição científica do Cristianismo. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

XXIV- AS ALMAS MATERIALISTAS Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





Os homens, as mulheres e as crianças que se encontram no mundo terreno nos dias que correm, vão ter oportunidade de testemunhar certo número de fenômenos que jamais se apagarão de sua memória. Terão todos uma oportunidade única em toda a vida deste pequeno planeta, só talvez a repetir-se daqui a uns vinte mil anos ou mais, quando novas modificações de estrutura poderão verificar-se.

Dizendo-vos isto que ai fica, não estou avançando senão uma parte do que poderia trazer ao vosso conhecimento sobre o assunto, mas é, porém, o que me foi autorizado dizer-vos. Como estou falando para irmãos espirituais encarnados, cuja sensibilidade se manifesta sempre ampliada pelas vibrações da matéria que os envolve, não é prudente dizer muito do muito que lhes poderia dizer, pelos reflexos que se poderiam manifestar em sua organização psíquica. Por tal motivo é que nos recomenda o Senhor Jesus usarmos sempre da maior cautela em nossas mensagens, em vez de nos alongarmos demasiado num tema que possa causar perturbação aos encarnados, por mínima que seja.

Aos homens e mulheres maiores de trinta anos, eu direi em particular que não percam tempo, daquele que ainda lhes resta do permanecer na carne, devendo antes tratar de aproveitar todos os minutos disponíveis na elevação do nível moral ou espiritual de suas almas, num esforço que bem cedo saberão reconhecer como bem aproveitado lhes foi. Certos como todos já estão de que o que a Terra pertence nela tem de ficar, e que, por conseguinte, apenas conduzirão em sua bagagem de volta o perfume das boas ações que houverem praticado, perfume esse que se transformará em focos de luz espiritual, necessidade não haverá mais, creio eu, de prosseguir na vibração desta mesma tecla, pelo que passarei então a ocupar-me de outro tema.

Muito curioso e muito interessante mesmo, é em todos os planos do Além, assistirmos à chegada de almas que voltam da Terra após o cumprimento de sua última encarnação. É curioso e muito interessante, repito, esse momento, pelos ensinamentos que fornece aos observadores atentos, possuidores da necessária autorização para presenciá-lo. 

Tratando-se do regresso constante de almas que venceram sua última vida terrena nos lugares mais dispares da Terra, a observação que ali fazemos constitui em verdade uma fonte insuperável de ensinamentos para todos. Verificamos então quão diferente se apresenta o grau de espiritualidade em meio a uma leva de desencarnados que viveram sua vida terrena em latitudes várias, onde foram adeptos de credos religiosos também diversificados. Essa observação se faz segundo a coloração projetada pelas almas, variando de tal maneira, que verdadeiramente surpreende os observadores.

Todos sabemos que o objetivo dos vários credos religiosos consiste, ou deveria consistir no esclarecimento dos encarnados acerca da vida espiritual e sua relação com o Criador e Animador de todos os seres do Universo. Pois bem, leitores meus; não vos cause espanto a minha afirmação de que religiões existem na Terra empenhadas em destruir tal princípio religioso, procurando incutir no coração dos adeptos a idéia de que o Criador não passa de um mito, apenas acreditado pelos povos inferiores, e que toda a criação é obra da geração espontânea, tão espontânea quanto o nascimento de uma flor num monturo qualquer. As almas provindas dos setores humanos que assim pensam e ensinam, nós as identificamos prontamente pela coloração enegrecida de suas auras, sinal de que viveram vidas absolutamente voltadas para a materialidade grosseira, sem nenhum sentimento mais elevado em relação ao próximo. Estas almas assim saturadas de materialidade — porque materialistas se confessam — são encaminhadas a determinados planos em que possam livrar-se de sua concepção materialista. É tal entretanto, o arraigamento desta idéia em muitas destas almas, que dificilmente mesmo, consentem em receber outra espécie de ensinamento espiritual.

Ocorre-me a propósito uma imagem que poderá ajudar-vos a ajuizar melhor a teimosia das almas profundamente impregnadas da idéia materialista, que é a seguinte: acercai-vos de um regular bloco de granito, figurando no caso o endurecimento das almas de quem vos falo. Derramai sobre ele, em gotas delicadas, o mais saboroso néctar que possuirdes, e que eu figurarei aqui como uma saborosa solução do mais apurado mel que conhecerdes. Derramai diariamente duas, três ou quatro vezes ao dia várias gotas desse néctar sobre o mesmo ponto do bloco de granito, observando atentamente se alguma modificação nele se apresenta ao cabo de dias, meses ou anos dessa experiência. O resultado, meus amigos, dar-vos-á a idéia aproximada do que no Alto se verificará com a nossa tentativa de esclarecimento das almas assim empedernidas.

A Justiça Divina é, porém, tão grande e tão bela, que até nesses casos profundamente lamentáveis ela se manifesta em toda a sua grandiosidade Nenhuma espécie de pressão nem de violência é jamais empregada no esclarecimento da alma humana. Nada no Alto se processa nesse objetivo que não esteja devidamente previsto ajustado a todas as circunstâncias. No caso, pois, das almas que ali aportam com suas auras enegrecidas pelas convicções e práticas materiais, o recurso a utilizar é sempre aquele que melhor possa sensibilizá-las em seu coração, meio que não falha em nenhum caso específico. E que meio é esse? — perguntareis justamente interessados. Esse meio, meus queridos leitores, é o amor. Sabendo-se ser o amor a maior força existente no Universo, a força que consegue movimentar e sustentar no Espaço a todos os mundos vivos ou não, empregamos então a força do amor para converter à espiritualidade todas as almas desviadas desse caminho. Vós podereis fazer também a vossa experiência neste sentido, a qual vereis igualmente coroada de êxito. Se conhecerdes alguém impregnado da idéia materialista que nega a existência duma força superior a dirigir a vida universal, uma força que existe, vive e está presente em todos os momentos e circunstâncias da vida terrena, se conhecerdes alguém que assim pense, certos estareis de que nele se encontra encarnada uma alma materialista. Procedei então da seguinte maneira em vossa experiência: no momento da vossa oração seguida de meditação noturna, enviai um pensamento de amor a essa criatura. Imaginai por alguns momentos que a estais envolvendo num círculo de luz projetado pelo vosso pensamento, mas imaginai igualmente que essa alma, sentindo-se assim envolvida pela luminosidade do vosso pensamento, passa a dar sinais desse sentimento, e, estranhando-o, eleva seu pensamento para Deus como a agradecer esse belo momento de bem-estar em que se sente envolvida. A continuação dessa prática alcança invariavelmente o seguinte resultado: a alma assim envolvida, certa de que não pode tratar-se de um fenômeno produzido pela matéria, já que a matéria é completamente insensível, passa a raciocinar acerca da procedência do fenômeno. A esta altura a alma ou a criatura humana, já terá perdido toda a rigidez do seu materialismo, passando a um estado de investigação, no qual todas as suas células se encontrarão seriamente empenhadas.


E sabeis acaso, leitores meus, o que significa nas terras cobertas de vinhedos o aparecimento do pintor nos primeiros cachos de uva? Para o vinicultor esse fato significa a certeza matemática de que seus vinhedos começaram a amadurecer e em breve estarão sendo colhidos e transformados nesse apreciado licor que se derrama por toda a Terra. No caso das vossas experiências, o fato tem igualmente uma grande semelhança. No Alto, ao observarmos os primeiros sinais de interesse demonstrado pelas almas empedernidas pelo materialismo, em desejar conhecer a razão do que com elas se passa, logo adivinhamos a presença também do pintor mas de outra espécie, em virtude do qual podemos esperar a conversão total daquelas almas ao amor de Nosso Senhor Jesus. Conceituado está por conseguinte, que o materialismo traduz a ausência do amor espiritual no coração dos homens, e a crença de que o nascimento da flor perfumada num monturo, pode responder questão do nascimento das almas na Terra. Ignoram assim, os adeptos do materialismo que ainda resta na Terra, que seu próprio nascimento do íntimo de um ser humano, foi uma obra do mais puro amor espiritual, traduzindo em sua grandeza a existência de um Poder Superior a governar a vida e enriquecer de felicidade todos os povos do Universo infinito. Esse Poder Superior que dirige e superintende a vida dos próprios mundos, pode ser designado de diferentes maneiras, segundo o estado evolutivo de cada ser humano ou espiritual. Nós o designamos por esta carinhosa expressão: DEUS, ou então Pai Celestial, as quais nos transportam, logo que pronunciadas amorosamente, às mais elevadas regiões que nossos Espíritos possam imaginar, e por isso só as devemos pronunciar em ocasiões em que possamos fazê-lo com verdadeiro sentimento de veneração em nossos corações.

Amigos leitores: minha tarefa ao redigir esta mensagem por determinação do Nosso Amado Jesus, é a de abordar um assunto que deve constar deste grandioso livro, talvez o último da série iniciada pelo iluminado Espírito do apóstolo Thomé visando ao chamamento de quantos se encontram presentemente na Terra, para o caminho de sua verdadeira felicidade. Belo seria, por conseguinte, que qualquer de vós que identificar um irmão ainda dominado pela idéia materialista, iniciasse um serviço realmente apostolar, envolvendo-o diariamente em ondas mentais do mais puro amor espiritual, com o que terão antecipado de muitos anos talvez, a iluminação e conversão dessa alma ao amor de Nosso Senhor Jesus e eliminado, dessa maneira, mais um bloco de granito espiritual.

Aqui vos saúda muito carinhosa e fraternalmente, um Espírito que anseia por servir sempre e sempre melhor ao Divino Mestre Jesus,
TERESA D’ÁVILA

Not. biogr. — Teresa D’Ávila — 1515-1582 — Nasceu na Cidade de Ávila, Espanha, descendente da alta nobreza espanhola, revelando-se bem cedo possuidora de uma inteligência superior e de uma fé ardente. Desde muito jovem procurou subtrair-se às vaidades do mundo, ingressando na Ordem do Carmelo em 1534. Aí se iniciou para aquela que mais tarde seria chamada Santa Teresa, uma vida singular, cujas práticas religiosas, visões espirituais e êxtases, logo despertaram a atenção dos altos dignitários do clero romano. Durante muitos anos as suas obras religiosas empolgaram toda a Espanha. Santa Teresa fundou, num período de vinte anos, dezessete mosteiros de mulheres e quinze de homens, instalando neles abrigos e escolas para as crianças pobres. Deu nova organização às ordens carmelitas da Espanha, a qual passou a ser adotada em muitas de suas congêneres do mundo inteiro.

Numa fase em que uma peste violenta atacou grande parte da população, produzindo deformações horríveis no rosto das vítimas, Santa Teresa recebeu indicações de origem espiritual acerca do remédio para o tratamento das pessoas deformadas, que eram muitas, de todas as idades, mas sobretudo crianças. Havia aí uma condição: só ela própria poderia colher as ervas milagrosas na profundidade de um abismo existente entre duas altas montanhas. Soror Teresa, fazendo-se acompanhar de algumas de suas monjas, arrostou o perigo de descer sozinha ao fundo do abismo por meio de uma corda, e colheu as ervas indicadas, com as quais preparou o elixir que ela mesma ministrava aos enfermos. Inicialmente tratou das suas crianças internadas, cujo resultado logo apareceu na recomposição do tecido deformado.

XXIII - NOSSO SENHOR E OS POETAS - Livro: Vida Nova – Ditado pelas “Forças do Bem”, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes.





As obras do Senhor Jesus, executadas na Terra pelas Forças Superiores através de suas ligações com Espíritos encarnados, previamente instruídos e convenientemente preparados para o desempenho da sua parte, essas obras alcançam sempre os seus objetivos. Nós, Espíritos missionários do Senhor Jesus, não perdemos nenhuma oportunidade de intensificar os trabalhos santos que devemos realizar na Terra, e para isso nos mantemos atentos aos desejos e pensamentos manifestados pelos irmãos encarnados, quando em seus corações se manifesta o sentido do compromisso assumido com o Senhor Jesus de se tornarem na Terra verdadeiras colunas a sustentar o divino serviço.

Não é tarefa fácil para nós a descoberta de um Espírito encarnado em condições de servir plenamente ao Senhor, isto é, possuidor destas três condições absolutamente necessárias: aptidão, boa vontade e tempo disponível para a realização deste serviço. Irmãos existem na Terra, possuidores de algumas das qualidades apontadas; entretanto, só as três reunidas podem ser por nós utilizadas com eficiência. De que nos pode valer, por exemplo, a boa vontade e o tempo de um irmão encarnado, se lhe faltar à aptidão necessária que depende de certo preparo intelectual para receber os nossos ditados? Do mesmo modo, um irmão possuidor dessa aptidão desacompanhada das demais, a boa vontade e o tempo disponível, torna-se para nós um instrumento incompleto que não nos permite a realização do nosso trabalho. Digo-vos isto, meus estimados irmãos, para pôr em relevo todo o valor que para os trabalhos do Senhor no meio terreno encontramos neste irmão que nos serve de intermediário, permitindo-nos transmitir a todos os homens e mulheres a palavra do Senhor em forma escrita, para que perdure e se espalhe por toda a superfície terrena.

Já foi explicado nos livros do Irmão Thomé o processo ao alcance de todos os leitores que desejam tornar-se outros tantos intermediários das Entidades Superiores a serviço do Senhor na Terra. Mas eu o repetirei sucintamente aqui. Para desenvolver a psicografia é bastante se forrar o candidato destas duas disposições iniciais: exercitá-la regularmente em dias e horas certos inicialmente, após a elevação de uma prece ao Senhor Jesus, a fim de que algum dos seus trabalhadores invisíveis se aproxime do candidato a ajudá-lo em seu exercício. O candidato se prepara então para grafar no papel as palavras que lhe forem inspiradas pouco a pouco, porque em breve alcançará certa virtuosidade no exercício. Deve, por conseguinte, o candidato conhecer seu idioma e escrevê-lo com alguma fluência; mas se isto não acontecer, a boa vontade suprirá as deficiências, entregando depois o ditado a alguém que possa colocá-lo na linguagem correta. Isto conseguido, portanto, já terá o candidato a médium psicógrafo vencido a parte principal do caminho. A parte final, pois, e igualmente muito importante para poder servir aos Espíritos de Deus, é fácil de vencer também, porque apenas depende do estabelecimento de um horário de trabalho espiritual combinado com a Entidade incumbida de sua direção. Difícil isto? Absolutamente. E é de tal modo grandiosa a recompensa que o Senhor destina a quantos se dedicarem ao seu serviço na Terra, que essa tarefa justificará por si só toda uma reencarnação. Eis aí meus estimados irmãos mais alguns esclarecimentos acerca de como poderá cada um de vós tornar-se um verdadeiro apóstolo do Senhor na Terra e dessa maneira iluminar ao máximo o seu Espírito. Vamos experimentar, pois?

A seguir ocupar-me-ei de outro assunto de que me incumbiu o Senhor Jesus, com o objetivo de que todos possais capacitar-vos do valor dos ensinamentos que vos estão sendo trazidos pelas Entidades convidadas pelo Senhor para elaborarem o presente volume, e que tantas serão quantos forem os seus capítulos. Minha tarefa é, pois, a de vos falar acerca de certos detalhes da vivência espiritual para quantos possam regressar aos planos do Além ostentando em seu Espírito já algumas onças de luz adquiridas na Terra. Não vos admireis de que eu vos fale em onças de luz, quando outras são as designações usadas entre vós para medir as claridades energéticas que conheceis. No Alto tudo é pesado e medido por processos diferentes dos vossos; e referindo-se aqui à unidade onça da luz estou designando realmente uma das maneiras pelas quais podem ali ser avaliadas as claridades espirituais portadas por quantos vivem nesse plano. Desejo pois vos dizer, estimados irmãos, que enquanto permanecerdes na Terra, a par dos vossos labores diários podereis tratar eficientemente da aquisição, não de uma, duas ou algumas onças de luz espiritual, mas de um notável volume delas, e tão grande, que de certo vos surpreendereis ao constatá-lo em vosso regresso ao plano espiritual. 

O processo é muito simples, simplíssimo. Tudo dependerá da maneira pela qual possais aceitar e entender as razões de vossa vinda a Terra, numa existência que estais desfrutando a mais em vossa presente encarnação. Para pôr em prática esse processo não tereis mais do que vos capacitar de que não viestes à Terra para ficar mas unicamente para evoluir. Deveis capacitar-vos então, de que a Terra é simplesmente um caminho e jamais uma morada.

Percorrendo esse caminho que haveis percorrido já inúmeras vezes em diversas regiões que não essa na qual vos encontrais, tivestes oportunidade de travar conhecimento com muitos povos dos quais fizestes parte, recolhendo ensinamentos e observações que muito contribuíram para a vossa existência atual, que deverá ser uma espécie de exame final para o vosso Espírito. Que vos compete fazer então, para adquirirdes um notável volume de onças de luz espiritual? Nada que exija sacrifício, por mínimo que seja. Nada que vos impeça de viver os vossos dias com alegria e tranqüilidade espiritual. Dispor-vos apenas em ajudar a enorme tarefa das Forças Superiores em missão do Senhor na Terra, empenhadas em preparar os Espíritos encarnados para o seu regresso ao plano espiritual quando a hora soar para cada um deles. Se vos dispuserdes a cooperar nessa ingente tarefa, meus estimados irmãos, estareis acumulando onças de luz em vosso belo Espírito, cujo volume, repito, certo vos surpreenderá ao recebê-lo a seu tempo. Como agir então? Muito simplesmente. Habituai-vos a procurar descobrir se as pessoas de vossas relações já tomaram conhecimento do conteúdo dos livros do Irmão Thomé, e também do presente volume. Isto o podeis conseguir indagando cordialmente se este ou aquele assunto enfeixado nestes três volumes já é do conhecimento dessas pessoas. Se o não for, falai-lhes por alto a respeito, pondo sempre o vosso pensamento em Nosso Divino Mestre Jesus. No caso em que as vossas relações não conheçam os livros, proponde-lhes emprestá-los a fim de que deles se inteirem. Afirmai-lhes porém, que a natureza dos conselhos neles enfeixados exige uma leitura constante por se tratar da maior riqueza que pode ser oferecida a quantos ainda perlustram os caminhos terrenos. Fazei, pois, o que estiver na vossa disposição a este respeito, na certeza de que estareis com isso engrandecendo o vosso Espírito em face das claridades imensuráveis que Nosso Senhor Jesus vos concederá, a cada irmão terreno que conseguirdes inteirar-se do quanto foi enfeixado nos volumes citados, este inclusive, com este único e grandioso objetivo: ajudar a salvar os Espíritos encarnados de provações possivelmente dolorosas quando certos acontecimentos se positivarem na Terra.

Como vedes meus amiguinhos, a tarefa que podeis desempenhar é das que não exigem nem esforço nem dispêndio de vossa parte. Aqui mesmo tereis ocasião de testemunhar a alegria que tereis levado às pessoas às quais sugerirdes a leitura atenta destes livros, escritos por determinação do Senhor Jesus. Vosso Espírito, inscrito desde logo entre a luminosa corte de mensageiros do Senhor, sentirá refletir-se em sua presente existência, como efeito imediato da cooperação prestada aos irmãos encarnados no sentido do seu esclarecimento, uma felicidade nova, porque não sentida até então, como reflexo da luminosidade que seu trabalho santo estará acumulando no Alto.

Estimados irmãos que eu me empenho em fazer também amigos meus: minha presença como redator de um dos capítulos deste livro, extraordinário luzeiro disseminado na Terra, eu a devo ao honroso convite com que me distinguiu o Senhor Jesus, o Nosso Divino Mestre, para vir juntar a minha obscura palavra à de tantas Entidades Superiores que redigiram outros capítulos. Este convite, declaro-o com a maior das minhas homenagens ao Senhor que tanto venero, permitiu-me voltar por momentos ao solo deste grande país em que também nasci, vivi e amei em minha última existência de trabalhos, lutas e sofrimentos. Não vai nestas palavras um mínimo que seja de queixa contra o ambiente em que vivi. Absolutamente. Tudo quanto padeci era-me necessário ao Espírito, embalado que era apenas pelos sons melodiosos da poesia que cultivava, desligado da verdadeira realidade da vida. Cantei assim quanto a minha inspiração me sugeria, dando largas ao vôo da imaginação poética que constituía para mim toda a razão do meu viver. Regressando, porém, ao meu plano no Além, foi que constatei o que bem pouco de útil havia conseguido em minha última existência terrena. Nosso Senhor tem, entretanto, uma condescendência particular para com os Espíritos dos poetas, mesmo para aqueles que, como este que vos fala, nada mais tenham feito do que cantar em verso a beleza incomparável da natureza e seus encantos, considerando-os como se pássaros fossem, a amenizar a dureza do viver terreno. Desta maneira, Nosso Senhor recebe e perdoa a todos os poetas da Terra o seu descaso pelo verdadeiro sentido da vida, e agracia-os com o galardão a que a sinceridade da sua poesia possa ter feito jus, contribuindo para amenizar a tristeza e o sofrimento dos seus companheiros de jornada terrena. Eu tive a felicidade de ser assim considerado pelo Nosso Divino Salvador, e aqui me encontro novamente por curtos momentos, meu Espírito em deleite, enquanto redijo estas palavras toscas que vos dirijo por determinação do Senhor Jesus. Atentai em quanto vos deixo nestas páginas, meus amigos encarnados, porque aí fica um meio de vos constituirdes desde agora em novos apóstolos do Senhor, conquistando paralelamente a gratidão ou o reconhecimento dos nossos irmãos a quem fizerdes conhecer quanto vem de ser escrito na Terra por determinação de Nosso Senhor Jesus. Aqui termina sua tarefa e se despede de vós, aquele que aqui viveu, lutou, cantou e sofreu como todos vós
GONÇALVES DIAS

Not. biogr. — Antonio Gonçalves Dias — 1823-1864 — Um dos primeiros poetas brasileiros. Nasceu em Caxias, Maranhão. Freqüentou a Universidade de Coimbra, onde se diplomou em ciências jurídicas e sociais. Regressou ao Brasil em 1845, quando publicou seus “Primeiros cantos”, trabalho que foi acolhido com grande entusiasmo por Alexandre Herculano. Publicou depois vários volumes de versos, sendo colocado pela crítica entre os poetas mais ilustres da sua geração. Escreveu também vários dramas e fundou no Rio de Janeiro o jornal “Guanabara”. Publicou um “Dicionário da língua tupi”. Nomeado membro de uma Comissão exploradora, subiu o Amazonas em 1860, percorrendo muitos lugares na selva à procura de dados históricos, tendo coligido elementos curiosos e importantes. Acometido de doença grave no ano seguinte, seguiu para a Europa em busca de tratamento, mas sem êxito. Encontrando-se em Paris extremamente doente e sem recursos, resolveu regressar ao Brasil, embarcando a 3 de novembro de 1864 no veleiro “Ville de Boulongne”, o qual naufragou à vista do Maranhão, sua terra natal. Verificou-se então esta coisa curiosa: todos os demais passageiros se salvaram menos o egrégio poeta, de quem a literatura brasileira justamente se ufana. A notícia, por inesperada, causou no Brasil uma grande emoção, tendo o país inteiro deplorado amargamente o desaparecimento de Gonçalves Dias, considerado pela crítica um talento completo, o engenho mais acabado e mais vasto da literatura brasileira. O Brasil fez de Gonçalves Dias o seu poeta favorito.