O SENHOR JESUS DESEJA
dizer algumas palavras a respeito do desentendimento
surgido entre adeptos de duas correntes religiosas que se dizem cristas
em certo país da Europa, que se guerreiam por motivos políticos
com vistas à preponderância de uma sobre a outra. O
Senhor Jesus lamenta profundamente esse fato, do qual tem resultado
a perda de preciosas vidas, cujas almas interromperam o seu aprendizado
terreno, do qual tanto necessitavam para o seu progresso
espiritual. Que fatos semelhantes tivessem ocorrido em séculos
passados em que a obscuridade espiritual ainda predominava no
mundo, explica-se; mas que os mesmos fatos ainda se verifiquem na época atual, é o que as Forças Superiores não podem admitir de
maneira nenhuma. A Doutrina pregada pelo Senhor Jesus em
Sua estada na Terra há mais de dois mil anos é a Doutrina do Amor e da
Fraternidade, sob o fundamento de que todos os homens são irmãos
perante a Divindade, porque filhos do mesmo Pai Celestial e como
tais se devem amar. Não compreende pois o Senhor Jesus
que irmãos que aceitaram tão bela Doutrina se agridam pelas
armas como está acontecendo na Europa, sob o fundamento de estar
cada uma dessas duas correntes mais certa do que a outra.
O Senhor Jesus deseja
fazer sentir aos dirigentes daquelas duas correntes que eles
não estão servindo de maneira nenhuma à Sua Doutrina, que é de
amor e fraternidade, mas, ao contrário disto, se deixaram envolver
pela ação das forças negativas do mundo inferior que só
desejam a destruição e a morte dos seres humanos adeptos do
Cristianismo. Deseja então o Senhor Jesus pedir aos dirigentes das
duas correntes em luta que meditem seriamente sobre o que está
acontecendo, e que em nada poderá beneficiar a Sua Doutrina de amor
e fraternidade lançada há mais de dois mil anos, e se entendam, se
aproximem, e se harmonizem como irmãos que são, aos quais o
Senhor ama igualmente de todo o coração. Roga o Senhor Jesus aos
dirigentes de cada uma das duas correntes religiosas em luta,
que se armem do sentimento de paz que deve prevalecer no coração
de todas as almas verdadeiramente cristãs e se dêem as mãos
como verdadeiros irmãos que realmente são, repudiando as forças
negativas que conseguiram atirá-los a essa luta em que nenhuma
dessas duas correntes logrará vencer pela força. Ao contrário
disso, a vitória espiritual há de caber aquela que melhor puder
interpretar esta palavra do Senhor e convidar a outra a se entenderem sob a
égide do puro e são Cristianismo, pregado e exemplificado pelo
Senhor, como a Doutrina consoladora de todas as almas encarnadas.
É preciso que ainda uma vez o princípio do bem e do amor ao
próximo prevaleça sobre a influência das forças negativas do mundo
inferior, seriamente empenhadas na destruição da harmonia e
felicidade até há pouco existentes entre os adeptos das correntes
em choque. Entendam-se, pois, fraternalmente os dois lados e
dêem-se as mãos em nome do Senhor Jesus que tão belo
gesto lhes pede, e que do Alto lançará as Suas bênçãos e a ajuda
espiritual sobre os dirigentes e adeptos das duas correntes atualmente
em choque.
Deseja o Senhor Jesus lembrar ainda aos dirigentes
das duas correntes religiosas aquela Sua afirmativa milenar de que só o
amor constrói para a eternidade. O Senhor aguarda, no
Alto, que este Seu apelo possa merecer a consideração de quem
de direito, em favor da paz e do amor que devem reinar em todos
os corações.
Em seguida o Senhor
Jesus abordará um tema dos mais interessantes e oportunos para
todas as almas que se encontram encarnadas no solo terreno.
Deseja o Senhor referir-se a um velho costume existente na
Terra em quase todas as regiões, a respeito da prática dos
preceitos religiosos pelos respectivos adeptos. Esclarece a propósito o Senhor
que os preceitos religiosos estabelecidos pelos dirigentes das
diversas religiões existentes na Terra o foram com a
finalidade de manter seus adeptos estreitamente ligados ao culto de seus
princípios religiosos como pontos fundamentais a serem cumpridos.
Com a evolução, entretanto da mentalidade humana nos dias que
correm, certos preceitos religiosos cairiam em desuso por
absolutamente desnecessários ao culto das populações. O Senhor Jesus deseja
focalizar aqui apenas dois daqueles preceitos religiosos que são a
confissão e a comunhão praticadas há mais de dois milênios
com maior ou menor espírito religioso por grande parte das
almas encarnadas no solo terreno. O preceito da confissão foi
instituído pela Igreja Católica certamente com objetivos louváveis
de aconselhar individualmente os confessandos acerca da melhor
maneira de encaminharem as suas vidas em harmonia com as leis divinas.
Em parte esse preceito produziu certamente bons frutos pelo
conselho educativo transmitido dessa maneira às populações
que ao mesmo se submetiam durante os vinte séculos
decorridos. Não faltaram, entretanto, resultados negativos desse preceito mal
conduzido por alguns dos seus executores, com a perda ou
sacrifício de grande número de criaturas, vítimas que foram da
aplicação de tal preceito.
Os tempos evoluíram de tal maneira,
porém, com a vinda ao solo terreno de numerosas almas assaz
evoluídas, que o preceito da confissão não mais se justifica e
deve ser abandonado. A confissão a ser
preferida pelas almas encarnadas, sempre que a julgarem
necessária ou oportuna, deve ser feita diretamente à Divindade em seus
momentos de oração no silêncio do seu dormitório, quando
então abrirão seu coração confessando à Divindade quanto possa
estar-lhes pesando na consciência, para que a Divindade as ouça,
julgue e absolva quando for o caso. Isto porque, como é óbvio, ninguém
deverá esperar da Divindade a sua absolvição de faltas
graves cometidas contra a vida ou a dignidade do semelhante.
Contudo, a confissão dessas faltas perante a Divindade, terá o mérito de
amenizar-lhes as conseqüências na presente existência, até que
as Forças Superiores julguem o caso em definitivo
oportunamente no mundo espiritual. Esta é a única confissão recomendada a todas
as almas encarnadas, como alívio da sua consciência. O
estado de meditação em seguida à confissão poderá indicar-lhes
qual é o tipo de penitência determinada pela Divindade em
desagravo dos fatos confessados. Um ponto deseja o Senhor Jesus deixar
bem claro a respeito das faltas praticadas pelas almas
encarnadas, que é o seguinte:- Nenhuma criatura terrena por mais
evoluída possui poderes divinos para perdoar faltas cometidas
pelas almas encarnadas, anulando-lhes os efeitos pelo fato de terem
sido confessadas. Determinam as leis espirituais que cada qual terá de
resgatar ele próprio em encarnações futuras
as faltas mais ou
menos graves que houver cometido contra os seus semelhantes. É
em tudo a aplicação da lei de Causa Efeito, já mencionada em
Mensagem anterior. Em face desta lei espiritual, cada alma voltará à
Terra em encarnações futuras com a determinação de sofrer na própria
carne quanto tenha feito sofrer a outrem em sua existência
anterior. A confissão dirigida à Divindade pelas almas
infratoras, terá contudo o mérito de atrair a benevolência da Divindade e de
preservá-la quanto possível na presente encarnação, dos
efeitos mais ou menos dolorosos da ação confessada.
Vejamos em seguida o
outro preceito religioso instituído também pelas religiões
terrenas - o da comunhão, também designado sagrada comunhão.
Esta prática religiosa ainda praticada por muitos milhões de almas com
verdadeira devoção, tem apenas o valor que cada uma lhe
atribuir em face do ato em si, sendo porém, destituída de valor
espiritual para as criaturas que a praticam. Raciocinando espiritualmente e com
algum discernimento, não pode ser aceitável que as
pessoas que comparecem à mesa da comunhão pretendam receber por
via oral o corpo e o sangue do Senhor Jesus, elementos
desaparecidos do solo terreno há mais de dois mil anos. E mais
ainda que esses elementos ministrados às criaturas humanas
em tais condições tenham o mérito atribuído pela religião.
Ingerir, mesmo intencionalmente o corpo e o sangue de Jesus para
se purificarem de faltas porventura cometidas pelos seres humanos,
é aceitar verdadeiramente o absurdo em matéria de
religião. É este igualmente um preceito de efeitos puramente materiais,
valendo apenas pela unção com que as criaturas a ele se submetem,
uma vez que na ordem espiritual este ato não encontra
correspondência.
O Senhor Jesus
recomenda a todas as almas encarnadas a maneira de realizarem
a sua verdadeira comunhão, que é a comunhão espiritual com a
Divindade, a qual deve ser realizada no silêncio do seu
dormitório momentos antes de se deitarem, após realizarem a sua
oração seguida do ato de meditação. Este é o momento ideal para
uma alma de puros sentimentos religiosos se dirigir sinceramente
à Divindade, entrando verdadeiramente em comunhão espiritual
com ela e atraindo para o seu coração as messes de luzes e
bênçãos que desse ato resultarão para a sua personalidade
espiritual. É este um ato que o Senhor Jesus recomenda com empenho a todas
as almas viventes na Terra como a comunhão que
verdadeiramente lhes acarretará a graça e o estado de purificação
espiritual de que tanto carecem as almas viventes na Terra. Se ao fim
desse ato praticado com toda sinceridade, as almas desejarem um
elemento espiritualizado para a satisfação dos anseios do seu
organismo, façam então o seguinte: antes de iniciarem o ato em
referência, coloquem um copo com água até ao meio ou mais se
quiserem, sobre sua mesa de cabeceira ou perto do local em que
irão orar, cujo líquido será impregnado durante o ato de meditação de
fluídos espirituais espargidos por seus Protetores
espirituais. Concluído então o ato de sua confissão e meditação, sorvam a
água do copo aos goles, a qual irá impregnar de fluídos benéficos
o seu organismo, levando-lhe vibrações de saúde e bem estar.
Isto, aliás, pode ser feito diariamente por todas as pessoas que oram e
meditam com real vantagem para todas.
Como vêem os
leitores, há necessidade de dar cunho espiritual a todos os atos
religiosos praticados até agora, desprendendo-se as almas daqueles
que nada ou bem pouco representam para o seu progresso
espiritual. Confessar-se e comungar periodicamente com verdadeira devoção,
são atos a serem praticados somente perante a
Divindade e não por mero preceito estabelecido pelos homens. O
início do terceiro milênio da era cristã está destinado a modificar
numerosas práticas existentes no mundo terreno elevando-as à
categoria de práticas espirituais com real valor para as almas viventes
na Terra.
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