Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

CAPÍTULO XLI - O TRABALHO DOS ESPÍRITOS - Livro: Derradeira Chamada. Psicografado por Diamantino Coelho Fernandes. Ditado pelo Irmão Thomé.




A aproximação de uma nova civilização para o planeta terreno, com a transformação fundamental que este fato acarretará, deve elevar a vida humana ao nível em que ela se processa em planetas mais adiantados. Os pormenores a tal respeito estão sendo preparados cuidadosamente desde alguns séculos, visto como na vida universal nada é feito de improviso, mas sim longamente planejado. Assim, as modificações a serem implantadas na Terra abrangerão todos os setores da existência humana, para que possam reencarnar aqui numerosos Espíritos grandemente evoluídos, inclusive dos que habitam presentemente planetas altamente espiritualizados. 

Minha tarefa entre vós, repito-o ainda uma vez, é a de procurar despertar os encarnados da sonolência em que se encontram mergulhados em sua grande maioria, e cuidem sem demora de se prepararem para uma possível convocação ao regresso imediato ao seu plano de vida espiritual. Pelo que ficou dito e redito, já conheceis em boa parte os planos do Senhor em relação a todos os seus guiados presentemente na Terra, e o desejo imenso do Divino Salvador em resguardar a todos de possíveis dificuldades e sofrimentos. 

Acredito sinceramente, já nesta altura de meus conselhos, que minha tarefa está sendo perfeitamente compreendida pelos meus estimados irmãos leitores, com o que muito me felicito. Quero referir ainda uma vez o meu empenho em poder contar com a bondosa cooperação de todos vós, no sentido de transmitirdes aos vossos amigos e conhecidos a essência de meus conselhos, com o que estareis sendo, em verdade, outros mensageiros do Senhor junto a esses irmãos.

Nesse trabalho que eu denominarei de apostolado, peço-vos que não vos deixeis abater se porventura os defrontardes com a  incompreensão daqueles a quem vos dirigirdes, lembrando-vos de que toda a semente necessita de tempo para germinação. Ficai entretanto certos, de que a semente simbolizada na palavra do Senhor, possui poder suficiente para penetrar e germinar em todos os corações. Nosso Senhor Jesus vos recompensará generosamente pelo vosso trabalho. 

Estimados irmãos leitores, já verificastes através das páginas anteriores, que a introdução que dou a cada um dos capítulos, tem o propósito de reforçar o sentido do objetivo principal de minha missão em vosso meio, repetindo em palavras e imagens diversas, a necessidade de que todos vos volteis ardentemente para o Senhor Jesus, em cujo nome aqui me encontro. Está bem claro, já o disse antes, que os únicos beneficiados deste meu esforço são precisamente os meus estimados irmãos e amigos que se dispuserem a seguir o caminho amplo de sua própria elevação e felicidade espiritual. E eu espero sinceramente que assim será. 

Para o capítulo de hoje eu trago-vos um assunto que sei do vosso inteiro agrado, sobre o qual muitos de vós se têm preocupado em conhecer algo. Quero falar-vos então das diversas ocupações a que se entregam no Alto os Espíritos, no estágio entre uma e outra reencarnação. Inicialmente quero dizer-vos que no plano espiritual existe trabalho para todos, porém que nem todos desejam realmente trabalhar. Nisto aliás, já se distinguem as várias categorias de Espíritos desencarnados. Há ali, por exemplo, irmãos cujo estado evolutivo permanece estacionário, precisamente pela incompreensão que os domina, de que trabalhando ganharão luz e prosperidade. São em grande parte Espíritos que pouco aprenderam em suas vindas à Terra, século após século, aqui se tendo conduzido muito semelhantemente aos irracionais, isto é, vivendo a vida puramente instintiva. São irmãos nos quais o sentimento do amor ao semelhante não transpôs o próprio grupo familiar, isto mesmo sem maiores preocupações acerca do bem-estar dos demais. Esta categoria espiritual entretanto, não permanece abandonada no seu plano. Instrutores abnegados os visitam cotidianamente com o objetivo de despertar neles o sentido do amor e do bem, assim como ajudá-los a desenvolver a própria consciência, em muitos deles ainda em estado latente. Com o perpassar dos séculos essa categoria de irmãos vai alcançando relativo progresso, de modo que me permitirei avançar que nos próximos quatro milênios poderão encontrar-se no estado evolutivo em que ora vos encontrais. Este prognóstico dar-vos-á uma idéia aproximada do grau em que presentemente se encontram estes nossos irmãos mais novos. 

Há no Alto, porém, um número realmente incontável de Espíritos verdadeiramente devotados ao serviço dignificante do amor ao próximo, empenhados dia e noite em servir em todos os departamentos da vida espiritual. Entre estes existem milhões cuja tarefa é permanecer no ambiente terreno, ora velando por outros irmãos encarnados, ora aconselhando, orientando, ajudando no que puderem para que seus guiados vençam os obstáculos naturais da vida terrena, assim como as provas que frequentemente defrontam, como a testar o grau de seu aproveitamento. Devo dizer-vos, irmãos queridos, ser esta uma das mais árduas tarefas desempenhadas pelos mensageiros do Senhor, conhecidos também pela vossa designação de Anjos de Guarda. 

Estes Espíritos sofrem duramente com o endurecimento daqueles a quem foram incumbidos de guiar e proteger na Terra. Isto porque, paralelamente, outra categoria de Espíritos se empenha em neutralizar suas benéficas inspirações, para se divertirem com a queda ou insucesso dos encarnados, aos quais só desejam perder. Casos sucedem muito frequentemente até, em que dois Espíritos afeiçoados ao longo de existências seguidas, se encontram na seguinte situação: um reencarnado na Terra por desígnio providencial, enquanto o outro ficou no Alto por falta de oportunidade para reencarnar também. Isto sucede frequentemente por motivos que não me incumbe esclarecer aqui, mas sempre justos, providenciais. Ora, se aquele que ficou no Alto consegue descobrir o seu afeiçoado, então reencarnado, e não possuir ainda um grau de compreensão suficiente para se conformar com os desígnios da Providência - como em muitos casos se verifica - esse Espírito procura por todos os modos forçar o regresso da alma afeiçoada ao Espaço, colocando-lhe à frente toda sorte de armadilhas imagináveis, e algumas vezes consegue o seu intento.

Perguntar-me-eis porventura se no caso o Espírito Guia ou Anjo de Guarda, não pode evitar que isso aconteça. Sim, irmãos queridos; em muitos casos ele o consegue. Porém, sabendo-se que cada ser humano é possuidor do livre arbítrio, e que nenhuma força extraterrena pode impedir que o livre arbítrio funcione, podereis imaginar os esforços empregados pelos Espíritos Guias no sentido de conseguirem que seus guiados façam ou deixem de fazer determinadas coisas. E aqui apresentarei um exemplo disso.

Desejava um invisível (Espírito desencarnado) o regresso de um seu afeiçoado ao Espaço e tudo já havia feito em tal sentido sem lograr resultado. Um desastre na via pública, uma queda de animal, um mergulho mais profundo nas águas revoltas, e outros fatos semelhantes haviam acontecido, sempre, entretanto, com o mau resultado anulado pelo Espírito-Guia do encarnado, que todas as noites o prevenia durante as horas de sono, e ajudava no momento crítico. Sucedeu então receber o encarnado um convite para tomar parte num passeio marítimo a algumas milhas da costa, onde a segurança e conforto dos excursionistas merecera cuidados especiais. 

O Espírito em causa aceitara de bom grado o convite e se preparava convenientemente para a excursão, apesar dos conselhos e advertências de seu Espírito-Guia. Chegado o dia aprazado, o encarnado amanheceu estranhamente mal disposto apesar de nada sentir até à véspera. Seus familiares, apreensivos, fizeram o possível para reter no lar o nosso irmão em causa, no caso uma irmã, sem resultado. 

A alegação de compromisso assumido com palavra dada, foram mais fortes, e nossa irmã partiu entre apreensões dos seus e certa premonição de que algo poderia suceder. Seu Espírito-Guia fazia passar-lhe pela mente a idéia de que aquele estado de indisposição poderia muito bem traduzir a iminência de perigo, e rogava-lhe que desistisse... que deixasse para outra vez. Nossa irmã resistiu ante o conselho contrário do invisível, insistindo para que fosse, que nada de mau aconteceria, que pensasse no compromisso... que outros a esperavam...Segundo o adágio o que tem de ser traz força , nossa irmã insistiu contra si mesma e seguiu na excursão. Ela e mais alguns companheiros não puderam regressar ao lar por terem seus corpos afundados no mar alto, em seguida a grande temporal que a todos surpreendera. 

No Alto, entretanto, ao contemplar o quadro real de sua existência, nossa irmã arrependeu-se amargamente de não ter dado ouvidos ao seu dedicado Espírito-Guia. 

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