Se todos os homens e
mulheres desejarem verdadeiramente alcançar a sua felicidade espiritual para
toda a eternidade, bem pouca coisa terão de fazer: apenas meditar a sério sobre
quanto lhes vim dizer por determinação do Nosso Divino Salvador, e seguirem os
conselhos que lhes deixo nos dois volumes que tenho grafado na Terra.
É indispensável que se
desprendam o quanto puderem das cadeias de seus interesses materiais, para se
prenderem, isso sim, aos interesses do Espírito, que é a fagulha divina que
anima e aquece a matéria física da qual se encontram prisioneiros, até ao
momento de sua desencarnação e consequente regresso ao mundo espiritual.
O momento a ser vivido pelos
seres humanos deve ser considerado de excepcional importância para todos,
porque se assemelhará ao crivo que há de separar os grãos perfeitos, vivos, dos
emurchecidos, sendo estes jogados fora por imprestáveis para qualquer finalidade. Há apenas uma diferença em relação
aos seres humanos: esta é que aqueles que tiverem de ser comparados aos grãos
imprestáveis, não serão jogados fora no sentido aplicado ao cereal. Aqueles que
por sua desventura não puderem passar no crivo selecionador, terão destino
adequado, ao qual já me referi de sobejo em mensagens anteriores. Irão
engrossar a população de outros mundos em estado evolutivo mais de acordo com o
seu, onde talvez possam ensinar algo do que aprenderam na Terra, aos seres que
lá evoluem.
O desejo, entretanto, do
Senhor Jesus, é que nem uma só ovelha do seu rebanho se perca, se isto depender
do Nosso Grande Pastor, cujo coração sangrará se algum dos seus guiados
terrenos, por desídia, desleixo ou preguiça, tiver de ser encaminhado a mundos
inferiores, onde a vida poderá ser cem vezes mais triste do que a da Terra.
Assim pois, irmãos e amigos que muito estimo, eu vos peço e recomendo uma vez
mais: relede os conselhos que vos trouxe por determinação do Senhor Jesus, e
praticai o que neles vos recomendo em vosso próprio e único benefício.
Quando um dia tivermos a
felicidade de nos encontrar no Alto, vós me agradecereis sinceramente tudo
quanto vos deixo grafado em meus livros, e Nosso Senhor, que estará presente,
lançará bênçãos e luzes sobre vossos belos espíritos.
Quero em seguida conversar
convosco sobre outro assunto, procurando transmitir-vos em palavras simples,
como simples tem sido a linguagem de Nosso Senhor, alguns conhecimentos novos
para a vossa edificação. Falarei hoje sobre assunto relacionado com o problema
da reencarnação dos Espíritos e as dificuldades que se lhes antepõem até ao
momento do deferimento de seu grande anseio de voltar à Terra.
Direi preliminarmente que
existem no Alto duas espécies de seleção dos Espíritos a reencarnar. Há os que
se oferecem ao Senhor Jesus para reencarnarem uma vez mais em missão de serviço
na Terra, dispondo-se a mais um mergulho na carne com todos os sofrimentos que
esse fato acarreta aos Espíritos Superiores, para aqui cooperarem na tarefa de
esclarecimento da humanidade encarnada. Esses Espíritos aparecem
invariavelmente em lares humildes onde as posses materiais são bastante
reduzidas, e iniciam uma infância de trabalhos até para a própria manutenção, e
assim prosseguem na juventude e mocidade. A luz de que são possuidores esses
Espíritos, é que os fez projetarem-se mais acentuadamente pela vida em fora,
trabalhando, lutando e sofrendo decepções em seus belos empreendimentos. Nosso
Senhor observa-os do Alto, ilumina-os quando necessário com sua divina luz, mas
deixa que se equilibrem e vençam pelo próprio esforço. Dia chegará em que o
amadurecimento mental desses Espíritos de Deus encarnados na Terra, começa a
desempenhar suas tarefas e então sua missão se inicia firme e decisiva junto
aos irmãos encarnados, cujo trabalho os identifica como autênticos servidores
do Senhor Jesus. Raríssimas vezes essa classe de Espíritos consegue realizar
suas tarefas antes da maturidade do corpo, contra cujas vibrações eles têm que
lutar e muito, para não submergirem.
Devo dizer-vos, contudo,
irmãos queridos que nem todos os missionários a quem me venho referindo
conseguem a realização total de suas tarefas, ou melhor dizendo, do programa
que se traçaram no Alto. O meio ambiente em não poucos casos consegue como que
anestesiar os mais elevados sentimentos de que são possuidores, resultando
então sua encarnação numa estagnação do seu ideal e antigo desejo de servir ao
Senhor, como no Alto haviam prometido. Uma minoria brilhante, porém, consegue
realizar boa parte do seu programa de trabalho na Terra, e regressa ao Espaço aureolada de novas e portentosas luzes
adquiridas através de anos e anos de esforço no trabalho santo de
esclarecimento e ajuda aos irmãos encarnados.
Falarei em seguida de outra
classe de Espíritos que devem reencarnar. Esta classe deve ser subdividida
entre os que recebem a desejada permissão para voltar à Terra, e os que recebem
determinação para reencarnar. Os primeiros são os irmãos que desejam
ardentemente um novo mergulho na carne, a fim de adquirirem novas luzes ao
longo dos trabalhos e dificuldades que os aguardam, cujo plano de vida eles
próprios elaboram meticulosamente. Acontece, infelizmente, o que já tenho
referido aqui: a grande maioria desses irmãos ao se encontrarem na Terra,
esquece promessas, programa e deveres, pouco aproveitando seus Espíritos ao
termo dessa encarnação. É o caso lamentável de muitos dos meus queridos
leitores, a quem eu convido a meditarem a sério no que aí fica. Quantos dos que
me lêem também traçaram belos planos e prometeram executá-los, e no entanto de
tudo se esqueceram! Mas ainda é tempo. Lembrem-se todos daquela parábola dos
trabalhadores da undécima hora, e de certo também, farão jus à igualdade do
salário.
Finalmente referirei o que
se passa com a outra classe de Espíritos, aqueles a quem foi necessário
determinar uma nova reencarnação, digamos... reparadora. Trata-se na hipótese
de irmãos que aqui faliram lamentavelmente por motivo de haverem olvidado
aquela recomendação do Senhor, orai e vigiai , e se deixaram envolver pela
treva das maldades terrenas, tendo ingressado na senda de crime ou outra
espécie de infração às leis divinas. Partindo do princípio espiritual de que a
todos é permitida a reabilitação, a Misericórdia Divina envia novamente à Terra
os Espíritos culpados pela prática de falta grave contra seus irmãos terrenos,
a fim de que, agora na situação de vítimas, possam resgatar na carne o mal que
a outros hajam feito. Há nisto uma demonstração a mais da Misericórdia Divina,
permitindo que aquele que feriu seja ferido, o que ultrajou seja ultrajado, o
que prejudicou seja prejudicado, o que enganou seja enganado, o que matou seja
morto, para que todos quantos tiverem delitos a resgatar, o façam no mesmo
cenário em que os houverem praticado. Vede, irmãos queridos, por este relato
sucinto, quanta grandeza existe na lei tão vossa conhecida como de Causa e
Efeito , também denominada lei do karma !
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