Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

CAPÍTULO XLIV - A CATEGORIA DOS IMPRUDENTES - Livro: Derradeira Chamada. Psicografado por Diamantino Coelho Fernandes. Ditado pelo Irmão Thomé.




Os homens e as mulheres que desfrutam presentemente mais uma de suas múltiplas encarnações na Terra, talvez não possam ou não saibam imaginar o tesouro que detêm em suas mãos. O tesouro que a presente encarnação representa para todos os seres humanos, vale muito mais para cada um dos Espíritos encarnados, do que a posse de todos os tesouros materiais da Terra. Mister se faz, por conseguinte, que tenham todos bem presente o que aqui fica, em beneficio exclusivo de si próprios e jamais do seu semelhante. 

Mister se faz, repito, que medite cada um em seu próprio futuro espiritual, futuro que se inicia a partir do momento de sua separação do corpo material, e, se prolonga pelos milênios em fora até aos limites do infinito. Julgo haver evidenciado nestas palavras simples, todo o panorama que aos Espíritos se defronta em seu regresso periódico ao plano espiritual a que pertencem. Bem pouco, aliás, há a fazer para que todos tenham presente o objetivo primordial de sua decida à Terra pela décima, centésima ou milésima vez, quem sabe? É a necessidade peculiar a todos os encarnados, da aquisição de mais luz com o aprimoramento de suas qualidades morais em cada nova descida à Terra - A luz do Espírito se adquire, por conseguinte, através do refinamento de seus atos e pensamentos, palavras e obras ao longo dos caminhos percorridos, enriquecendo com ela o seu patrimônio espiritual. Aí está mais uma vez definido o objetivo fundamental da reencarnação concedida pelo Senhor Jesus a quantos palmilham os áridos caminhos deste pobre planeta. 

Pelo que ficou dito em páginas anteriores, já se encontram perfeitamente esclarecidos todos os meus estimados irmãos leitores, de quem desejo fazer amigos muito estimados para todos os séculos do porvir. Consegui-lo-ei? Estou certo que sim. 

Tratarei então de outro dos numerosos assuntos que pretendo divulgar perante os meus irmãos leitores, e por seu intermédio aos seus amigos e conhecidos mais próximos, numa antecipação do que no Alto a todos aguarda em seu próximo regresso. E se ao desembarcarem no Além, os meus queridos leitores lá se encontrarem convenientemente preparados, suceder-lhes-á o que se verifica com o turista que estudou bem o seu itinerário e os costumes dos povos que pretende visitar. 

Tratarei então do que se relaciona mais de perto com a chegada no Além dos nossos irmãos que diariamente se libertam dos liames da matéria, e penetram nos planos espirituais correspondentes à sua categoria. Dizendo categoria, não me refiro absolutamente à classe social em que tenham vencido a sua encarnação, nem ao poderio maior ou menor que hajam enfeixado em suas mãos. Nada disto conta, meus queridos, em vosso regresso ao mundo dos Espíritos, ou plano do Além, como melhor vos agrade denominar o plano de cada um após a morte do corpo. O que no Alto conta exclusivamente é a categoria espiritual em que possam enquadrar-se quantos regressam da Terra, tanto aqueles que houverem cumprido toda a vida terrena que tinham a seu favor, como os que a houverem interrompido por suas próprias mãos, ou, ainda, os que podendo permanecer na Terra um determinado número de anos, oitenta, por exemplo, regressaram antes do tempo, por motivos que no Alto são criteriosamente apurados. 

Aquele que, no afã de andar depressa, de correr muito para não perder tempo de engrandecer sua fortuna material, perecível, sacrificando nesse objetivo suas horas de alimentação e de repouso, de certo terá sua vida algo encurtada pelo sacrifício imposto ao veículo, desgastando-o antes do tempo. Aquele outro que por prazer ou imprudência usou e abusou de alimentos impróprios para o corpo, ou de excesso de bebidas igualmente prejudiciais à sua saúde e bem-estar, encontrar-se-á no Alto muito antes do prazo predeterminado, e será por isso reunido à categoria dos imprudentes, apressados ou desleixados, passando a viver num plano onde a consciência de si mesmo passou ao estado de nebulosidade, até que seu tempo de reencarnado se complete. Nesse estado, nem o Espírito se encontra completamente desencarnado, nem pode considerar-se encarnado por lhe faltar o veículo material, embora a muitos custe acreditar que já deixaram a Terra. Aos que assim se consideram, existe um meio fácil de os convencer: é mostrar-lhes o estado de sua matéria, e eles prontamente se convencem da realidade. Se eu vos disser, irmãos leitores, ser muito grande o número de desencarnados nestas condições, estarei dizendo-vos uma triste verdade. Poderemos denominar então estes irmãos como pertencentes à categoria dos imprudentes, para não usarmos de outro qualificativo que poderia magoá-los. 

Vencido o prazo de sua permanência no solo terreno, estes irmãos são então como que despertados e conduzidos ao plano a que tiverem feito jus, segundo o comportamento registrado em sua estada na Terra. Alguns deles, não obstante a falta de método ou de cuidados demonstrados ao longo de sua encarnação, apuraram de certa maneira suas qualidades morais e ganharam com isso um maior foco de luz para os seus Espíritos. Neste caso eles registram em seu arquivo espiritual os fatos relacionados com o bem e o mal de seu comportamento na Terra, e isso é o que em linguagem terrena conheceis pela designação de experiência. Em sua encarnação seguinte essa experiência acumulada em seu patrimônio espiritual, já lhes diz que o homem deve ter e respeitar suas horas de levantar, comer, trabalhar e repousar, para que sua máquina possa durar longo tempo e funcionar a inteiro contento, para o melhor êxito da encarnação. 

Estou imaginando ao tratar deste detalhe que podereis alimentar a curiosidade de conhecer os motivos pelos quais certas criaturas realmente cuidadosas e metódicas em seus hábitos, partem deste mundo na idade infantil, juventude ou na mocidade, deixando um vácuo imenso em seu meio familiar. Sei que desejais conhecer o motivo dessa partida, por vos parecer que não foram ai nem a imprudência, o desleixo, nem a ambição, que determinaram sua partida prematura, como costumais referir. 

Estes casos acontecem muito frequentemente, é verdade, e raros são os lares que não choram a partida do seu ente querido. Existe aí, porém, um determinismo que deve cumprir-se, seja pelo cumprimento de um prazo predeterminado para a estada na Terra do Espírito que parte, seja pela necessidade de despertar em certos corações o principio da fé, através da saudade daquele ente querido que se foi. De qualquer maneira, a partida prematura de um Espírito obedece a planos preestabelecidos, cuja grandiosidade haveis de conhecer um dia. Devo informar-vos, contudo, que tais Espíritos cumpriram delicada missão ao reencarnarem nesses lares, vindo sua partida a contribuir, não raro, para o despertar dos corações que lhes foram familiares, tornando-se eles próprios no Alto verdadeiros agentes missionários da fé e do aprimoramento espiritual recíproco. 

Não podeis sequer imaginar, estimados irmãos leitores, o que representa para a evolução de um Espírito no Alto, a vibração de amor a ele dirigida através da prece diária daqueles que deixou na Terra, vibração essa de duplo efeito, porque beneficia igualmente os corações que a emitem. E existem casos de que eu talvez possa tratar ainda com o necessário desenvolvimento, em que determinado Espírito reencarna num meio familiar que é preciso conquistar para Deus e para Jesus, e sua missão consiste precisamente em captar a fundo os corações familiares, pela sua inteligência, pela sua bondade, pela delicadeza que lhe é peculiar, para, inesperadamente ou ao termo de certo padecimento, despedir-se dos seus e voar para bem alto em busca do luminoso plano a que pertence, com o coração igualmente repleto de saudade dos que ficaram. Não há em casos tais, nenhum dos motivos antes apontados. Apenas um Espírito missionário concluiu sua tarefa e parte de volta ao mundo espiritual, para tornar-se ali um ponto de referência, de amor e de saudade dos que ficaram na Terra. Estes passam a orar fervorosamente pelo parente que partiu, e suas orações, absolutamente sinceras contribuem para que, tanto aquele a quem são dirigidas quanto os que as dirigem, se engrandeçam, se elevem e se iluminem. Dai resultará invariavelmente, que Nosso Senhor Jesus virá a penetrar um dia no lar deixado por seus dedicados missionários, conquistando assim um lar a mais para o Serviço divino. 

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