A Terra, assim como os
demais planetas do seu sistema solar, é um organismo perfeito, vivente,
atuante, e como todos os organismos desta espécie, está sujeita a modificações
constantes e transformações periódicas. Constituída para servir de plano de
aprimoramento espiritual dos seres que nela viverem, a Terra possui também um
destino a cumprir através dos milênios.
Conheceis a propósito o
relato histórico de vossos antepassados acerca das diversas épocas ou estágios,
ao fim dos quais várias transformações foram operadas na estrutura física deste
pequeno planeta em que ora viveis. Pois bem, com o fim do estágio presente, com
toda a civilização dos vossos dias, resultará para os seres atualmente
encarnados um novo estágio, o século da espiritualidade.
Bem quisera eu dizer estas
coisas de viva voz, para que muitas palavras penetrassem vossos ouvidos, visto
como muito mais facilmente se aprende pelo órgão auditivo do que pelo visual.
Não podendo fazê-lo, porém, é que tenho de insistir em certos detalhes, na
esperança de que a repetição complete a imagem adquirida anteriormente,
conduzindo vossas mentes ao registro pleno de quanto me empenho em
transmitir-vos, no interesse único de ajudar-vos em horas provavelmente
difíceis.
A Terra está, por
conseguinte, em seu tempo predeterminado para alcançar seu estágio com
modificações mais e menos profundas em sua estrutura, como disse, devendo
apresentar-se à sua superfície, alguns setores submersos há longos séculos, por
ocasião de transformações como a próxima, cabendo a vez de submersão, desta
feita, a regiões que ora ostentam adiantamento material notável.
Isto acontecerá com a maior
naturalidade, tal como sucede quando utilizais uma carga de dinamite para
desmoronar velho edifício, que resistiu aos outros meios empregados, ou mesmo a
grande bloco de granito que necessitais de remover. São fatos corriqueiros, por
assim dizer, na vida dos planetas, sem que isso afete vida e progresso dos seus
habitantes.
Sabendo-se que nenhum ser
humano pertence à Terra, porque apenas nela vive a vida transitória do corpo
físico, não há porque ficarem os homens e mulheres preocupados ante as notícias
e instruções que tive a incumbência de trazer-vos.
Vossos campos santos estão
repletos de despojos de seres como vós, que vieram e partiram antes, no
cumprimento das leis divinas que permitem as reencarnações sucessivas em busca
de luz para o Espírito.
Se, por conseguinte,
tivestes a felicidade de tomar conhecimento de meus conselhos, no sentido de
vos preparardes com tempo para a vossa viagem de regresso ao lar espiritual,
isto, irmãos e amigos meus, representa para todos vós a prova da grandeza a
Misericórdia do Nosso Divino Salvador, a salvar-vos na hora difícil que a Terra
inteira viverá.
A seguir vou falar-vos de um
assunto bastante interessante para todos os vivente terrenos, sobre o qual
muito pouco foi dito até a data presente. Refiro-me ao princípio regulador da
vida de relação das várias espécies, conhecida apenas em seu aspecto
fisiológico.
Existe um principio
regulador dessa categoria de seres terrenos vivendo a vida puramente
instintiva, porém ligados no mundo espiritual a uma perfeita organização que
superintende e dirige esses seres no mundo físico.
Trata-se aqui de seres
absolutamente inconscientes de sua própria existência, vivendo a vida puramente
instintiva e aparentemente inútil na opinião de muitas pessoas. Não, meus caros
irmãos; não existe vida alguma inútil neste mundo de Deus. Todos os seres por
minúsculos que pareçam, desempenham uma finalidade. Sua vida terrena demasiado
curta em vários deles, representa o principio regulador de uma evolução,
vivendo apenas no ambiente material o período que seu duplo espiritual estiver
capacitado para suportar. Um verme, por exemplo, desprezível como possais
considerá-lo, é um ser que apenas se inicia na forma física, para se relacionar
pouco a pouco com o ambiente planetário em que começa a viver. Esse ser possui,
contudo, em estado latente, todos os princípios que o hão de tornar, com o
perpassar dos milênios, um ser inteligente e útil como vós próprios já o sois.
É bem de ver que nenhum
irracional possui ainda o dom maravilhoso da consciência não guardando também
memória de seus atos após a morte do corpo todos estes seres vivem simplesmente
a vida instintiva, diferindo apenas entre eles o grau de inteligência que
possam manifestar a força do ensinamento de certos hábitos que eles aprendam
pelo desenvolvimento da atenção. O que certamente surpreende a muitos Espíritos
que desencarnam, é o fato de encontrarem em certos planos mais próximos à
Terra, os mesmos seres minúsculos que aqui vivem, ou melhor dizendo, viveram, e
aqui deixaram seus despojos quantas vezes até esmagados por seres humanos. Sim,
amigos meus o que em verdade encontrareis nos planos de que falo, é o duplo
espiritual (não o Espírito) desses seres inferiores do vosso mundo, aguardando
oportunidade para aqui voltarem, sempre, é claro, sob o princípio regulador de
sua espécie.
Se me permitis uma
comparação a este respeito, sem que isto possa diminuir de algum modo a vossa
personalidade atual, eu vos direi que todos os seres humanos de todos os
tempos, foram e continuam a ser autênticos vermes em vilegiatura na Terra,
porque de vermes realmente é constituído o vosso corpo, tal qual o de todos os
outros viventes animados. Exato? Concordais plenamente? Certamente que sim em
face do que sucede aos despojos humanos quarenta e oito horas depois da
libertação do Espírito.
Ora, se assim é, se todos os
organismos humanos são formados pela reunião de milhões de outros organismos, e
apenas o Espírito que os anima constitui uma partícula da Divindade, partícula
possuidora de luz e calor, cujo destino é regressar um dia à Fonte Criadora,
por que insistirem os homens em manter como objeto precípuo o acúmulo de bens
terrenos, sem a contrapartida de sua elevação espiritual? Se certos estão os
seres humanos de que apenas ocupam temporariamente um veículo que não é seu
porque lhes foi proporcionado pela Providência Divina, o qual lhes será
retirado em momento dado, por que, então, não firmarem o princípio de sua
presente existência na Terra, na necessidade de acrescentarem mais luz e calor
à chama que trouxeram do Alto, para que possam alcançar paralelamente, alguns
novos degraus na escala de sua própria felicidade?
É esta uma verdade autêntica
porque não sofre nenhuma espécie de contestação: o ser humano não veio à Terra
para enriquecer a matéria com o acúmulo de bens, mas unicamente para enriquecer
o Espírito com a prática de boas ações, e da oração e meditação diárias. Não
importa que algumas opiniões se apresentem no sentido de convencer o vizinho de
que esta verdade não tem época, e poderá ficar para mais tarde... para
depois...
Já sabemos de experiência
própria que todos os frutos aparecem em épocas certas, infalíveis, ou não
aparecerão mais no ano em curso. Assim os conselhos que ora vos deixo; eles
estão destinados a produzir efeito em época determinada que se aproxima
aceleradamente. Uma vez ultrapassada esta, deles se aproveitou quem estava em
condições para tanto, e poderá então relatar ao vizinho o que de bom, de belo
ou maravilhoso houver aproveitado, nada podendo fazer aqueles que preferiram
deixá-los para outra oportunidade.
Uma coisa eu desejo submeter
à vossa consideração, ao vosso raciocínio: - Se Nosso Senhor Jesus enviou à
Terra um sem número de emissários com o objetivo de despertar os encarnados
para a preparação de seu próximo regresso ao mundo espiritual, o foi sem dúvida
possível, meus queridos irmãos, por motivo transcendente, relacionado muito
estreitamente com a felicidade de cada um dos seus guiados terrenos.
Meditai seriamente sobre
isto, eu vos peço.
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