Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quinta-feira, 16 de junho de 2016

CAPÍTULO XIV - O SENTIDO DA VIDA– Livro: Derradeira Chamada – pelo espírito do Irmão Thomé – psicografado por Diamantino Coelho Fernandes.





Muitas das pessoas aparentemente mais ilustradas da presente geração na Terra, supõem estar vivendo a vida integralmente compatível com os cânones espirituais que regem a existência dos Espíritos encarnados. Supõem essas pessoas erradamente, que o sentido da vida consiste apenas em nascer, crescer, lutar, e finalmente gozar os benefícios proporcionados pelo acúmulo de maior ou menor soma de bens terrenos, sem nenhuma outra obrigação para si mesmas.

Tal suposição está completamente errada, e só existe pela circunstância resultante do envolvimento total do Espírito pela carne, cerceando-lhe a recordação de sua própria existência multimilenar, como Espíritos de Deus em pleno estágio evolutivo. Esta é a grande verdade que eu gostaria de fazer compreender a todos os homens e mulheres do momento que passa, em seu próprio benefício. Mas gostaria, sobretudo, de penetrar no âmago de seus corações e lá plantar esta grande verdade, para que os dias porvindouros os encontrassem convenientemente preparados.

Isto dizendo, meus queridos irmãos encarnados, nada mais faço que cumprir determinação amorosa de Nosso Senhor Jesus, que não descansa um minuto sequer, no afã de preparar os seres humanos para a transição iminente das condições de vida na Terra. Já foi dito por uma Entidade de grande luminosidade, que a Terra vista de Alto assemelha-se a uma espécie de argamassa escura, em cuja superfície vivem Espíritos de várias tonalidades vibratórias. Esta observação traduz muito aproximadamente a situação do planeta em que viveis uma vez mais, e que vos parece coisa muito diferente, acostumados como estais a esse ambiente.

Eu vos direi, porém, que a vida que a todos vos espera no Alto, não tem comparação com a que ora viveis, e está sendo vivida por alguns de vossos entes queridos, amigos e conhecidos vossos que souberam preparar-se para ela. Dir-vos-ei ainda, irmãos e amigos meus, que nenhum Espírito possuidor de alguma luminosidade deseja reencarnar na Terra, a não ser no desempenho de tarefas de serviço de Nosso Senhor, ou para acompanhar e guiar outros Espíritos em fase de aprimoramento. E isso pela simples razão de que a vida na Terra consiste numa continuidade de lutas, sofrimentos e decepções para o Espírito já possuidor de determinada categoria. Há, contudo, milhões de almas nos planos mais próximos ao vosso, que outra coisa não desejam senão reingressar no plano físico, onde esperam prosseguir em suas existências precedentes, em que demonstraram apenas o desejo de viver a vida puramente material, com esquecimento total das necessidades do Espírito. Esses seres viveram vidas completamente negativas, e por isso sofrem atualmente as consequências num estágio de reformulação de idéias e concepções espirituais.

E não é de dizer-se que apenas Espíritos incultos compõem essa população de que vos falo, amigos meus. Há entre os que em tais planos vivem, Espíritos que aqui perlustraram vossas universidades e até brilharam na explanação de idéias e concepções que poderei denominar esdrúxulas, porque sem nenhum fundamento espiritual. Há nesse meio Espíritos que muito se destacaram na negativa da existência de Deus, Criador e Animador do Universo, afirmando que tudo não passa de uma lei mecânica surgida do nada e pelo nada alimentada, sendo o próprio indivíduo um seu produto.

Nesta e noutras teorias semelhantes, Espíritos desviados de seus objetivos evolutivos bastante se aprofundaram, e perdida a matéria com a morte do corpo, sentiram-se completamente perdidos no Espaço, por não possuírem nenhum sentido da direção que lhes cumpria tomar após a desencarnação. Estes irmãos foram então recolhidos amorosamente pelas falanges socorristas do Senhor, e conduzidos ao local em que ora se encontram, para refazerem suas idéias errôneas acerca do sentido da Vida. Há ali escolas à altura dos conhecimentos e aptidões de cada um, desde que concordem em frequentá-las, e com a graça do Senhor, um número bastante respeitável destes irmãos já deu provas de aproveitamento. Apenas não poderão reencarnar tão cedo na Terra, por estas duas razões: a de que não poderão fazê-lo por falta de condições para viver no ambiente atual, e a de que só elementos devidamente preparados poderão viver aqui. De maneira que, estuda-se presentemente no Alto a possibilidade de serem aquelas almas enviadas a outro mundo de vibração inferior à da Terra, ou permanecerem onde estão, por tempo indeterminado, em fase de recuperação total.

Isto que ora vos relato meus queridos irmãos e amigos, serve para que possais formar uma idéia aproximada dos trabalhos do Senhor, para conseguirmos corrigir juízos e concepções errôneas adquiridas na Terra, por Espíritos mal orientados e por isso sujeitos a grandes delongas em sua escala evolutiva. Afirmar, por exemplo, como alguém frequentemente afirma, que tudo é matéria, matéria e só matéria, e que nada mais existe além da matéria, é cometer leviandade lamentável em seu próprio prejuízo e daqueles que lhes derem ouvidos. Essa concepção total pode ter certo cabimento à luz da própria ciência espiritual, que bem define os diversos estados da matéria, segundo o plano em que a mesma venha a ser estudada. Consistirá tal conceito numa concepção altamente científica, em que se poderá atribuir ao próprio Espírito um determinado estado de matéria.

Não tem sido essa, porém, a concepção a que se entregaram aqueles nossos irmãos a quem me venho referindo, porque suas conclusões os levaram exatamente a considerar o homem como sendo o fator e dirigente máximo da vida planetária. Isto posto, a conclusão a que todos devemos chegar, por ser a única que a todos nos há de conduzir à perfectibilidades, e, consequentemente, à integração numa vida planetária absolutamente tranquila e feliz, é a de que todos os homens e mulheres da Terra são Espíritos em fase evolutiva, sob a direção superior de Nosso Senhor Jesus, o Divino Salvador de todos nós, e apelarmos constantemente para Ele, que outra coisa não deseja que não seja o bem-estar e a felicidade de todas as almas que o Pai Celestial lhe entregou para dirigir e aprimorar. E como sabemos que a vida não termina absolutamente no túmulo, como o prova o fato deste vosso amigo estar aqui ditando estes conceitos, a melhor maneira de todos porem termo aos seus sofrimentos e preocupações atuais, é voltarem-se diariamente para o Senhor e entregarem-Lhe os seus problemas.

Não há nem pode haver outra maneira de atrairdes a felicidade relativa que podereis desfrutar enquanto na Terra, além deste meio que ora vos aponto, e que representa a base e a razão de minha vinda ao vosso meio terreno. Aceitá-lo e pô-lo em prática, é determinação bastante agradável para todos vós, meus queridos, sobre a qual espero podermos um dia ainda conversar.

Referindo-me ainda àqueles irmãos nossos de quem falei em princípio, desejo informar-vos que eles não se encontram onde estão devido a alguma espécie de castigo; absolutamente, meus queridos. No Além não existe nenhuma espécie de castigo para quem quer que seja, porque tudo ali é amor, amor, e somente amor. O fato de grande número de almas passar a viver em determinado plano, resulta do seu próprio estado vibratório, que entrou em harmonia com vibração semelhante. E como os semelhantes se atraem , o que é uma grande verdade, as almas em referência, foram atraídas pelas vibrações afins, aproximando-se instintivamente do plano em que repousam. A todo o tempo em que suas vibrações se modifiquem pelo apuro e correção de concepções errôneas, essas almas automaticamente abandonam o plano em que se encontram, assim como abandonaram o corpo físico na Terra quando o mesmo se lhes tornou imprestável.

Este esclarecimento torna-se necessário para algumas pessoas que poderiam atribuir a Nosso Senhor a separação das almas no espaço, por meio de alguma seleção outra que não seja o rigoroso estado vibratório de cada uma. E dizendo estado vibratório, implícito está que a seleção se processa automaticamente, segundo o grau de aprimoramento moral e espiritual que acompanha todos os seres viventes, quer na Terra como no Espaço, isto é, tanto durante a encarnação como após a desencarnação dos Espíritos. E assim sendo... para que dizer mais?

CAPÍTULO XIII - OS DOIS CAMINHOS – Livro: Derradeira Chamada – pelo espírito do Irmão Thomé – psicografado por Diamantino Coelho Fernandes.





Os homens e as mulheres do presente têm diante de si bem abertos perante sua visão espiritual, dois grandes caminhos que podem conduzi-los a bem diferentes destinos: - Um deles, o caminho do Bem e da Verdade, é o caminho que seus Espíritos no íntimo gostariam de percorrer, se para tal conseguirem as forças necessárias. Este caminho pode conduzir-vos, meus irmãos encarnados, à situação de Espíritos felizes, num mundo que todos vós deixastes em certo ponto do Universo, ao ingressardes uma vez mais na presente encarnação em que viveis.

O outro caminho, aquele que vossa matéria mais aprecia pelas ilusões de prazer e de gozo que a todos oferece, é o caminho que conduz ao estacionamento, à estagnação espiritual de quantos o têm preferido na Terra. Tendes por conseguinte em vossa frente essas duas possibilidades para que vos decidais a utilizá-las, meus queridos irmãos encarnados.

Não necessitarei de dizer mais para convencer-vos acerca de qual dos dois caminhos deveis preferir para alcançardes a felicidade espiritual que viestes buscar, ou melhor, que viestes conquistar na Terra. Nosso Senhor espera que saibais escolher bem, uma vez que nenhuma forma de imposição pode ser exercida sobre cada um de vós neste sentido. Contudo, sempre vos apresentarei uma imagem que poderá esclarecer-vos melhor a respeito de vossa determinação. É a seguinte: -Todos haveis de ter observado nas grandes solenidades terrenas, duas categorias bem distintas de criaturas presentes. Uma delas, sempre bem apresentada, em trajes apurados e distintos, é a que toma parte efetiva, ocupando os lugares preferenciais, reservados exatamente para essa categoria de assistentes e convidados. A outra categoria ocupa quando muito os poucos lugares sobrantes e se estende pelos corredores e até pelos arredores, na tentativa de participar também da solenidade. No Alto verifica-se uma situação análoga, não apenas em relação às solenidades que ali se realizam, mas em toda a maneira de viver dos Espíritos desencarnados. Aqueles que na Terra se esforçaram no aprimoramento de suas qualidades morais, aqueles que souberam pôr em ação todas as virtudes latentes em seus Espíritos, com o que alcançaram a sua luminosidade, serão as criaturas privilegiadas no Alto, formando a primeira categoria nas solenidades que ali se realizam. Os Espíritos, porém, que preferiram desgastar sua encarnação na colheita apenas de prazeres materiais inteiramente negativos, esses, meus queridos, são os que no Alto vão formar aquela segunda, terceira ou quarta categorias, tal seja o grau de seu lamentável atraso espiritual.

E não caberá dizer-se que não souberam quando nem como enveredar pelo caminho do Bem, da Luz e da Verdade, porque na realidade, todas as noites durante o sono do corpo, homens e mulheres cujos Espíritos se afastam do corpo por determinação superior, recebem os necessários ensinamentos e conselhos para sua condução e comportamento nos dias subsequentes. Para recordá-los, bastará que cada um se habitue a orar e meditar todas as noites ao deitar, conforme ficou dito e redito noutros capítulos, hábito este cujo valor só o próprio poderá bem avaliar.

Disse o Senhor Jesus no Prefácio do nosso primeiro livro, que no Alto não existe nenhuma espécie de imposição para que cada um aceite ou não os ensinamentos que nos chegam de mais Alto, e disse Nosso Senhor a verdade completa. Lá como aqui, também nos chegam frequentemente de planos mais elevados, conselhos e ensinamentos, trazidos por Entidades missionárias, destinados a quantos desejem progredir espiritualmente, para sua maior felicidade.

A diferença que existe em relação aos Espíritos desencarnados, é apenas a ausência das vibrações grosseiras produzidas pela carne sobre o Espírito, sucedendo então que apenas uma parcela muito reduzida da população espiritual daqueles planos deixa de aceitar imediatamente os conselhos e ensinamentos recebidos. Esses mesmos, contudo, mais dia menos dia se decidem, e ele aprimorando gradativamente suas faculdades morais e alcançando novos planos de felicidade. O momento atual para os homens e mulheres terrenos, apresenta-se algo diferente em relação à opção de cada qual em aceitar ou não o que este e outros missionários do Senhor estão transmitindo à humanidade terrena. O momento atual deve ser encarado muito a sério irmãos e amigos queridos, por ser particularmente decisivo em vosso próximo futuro.

O momento presente representa para todos vós encarnados, aquele em que o náufrago, debatendo-se no mar alto, só deseja encontrar uma tábua que seja, que lhe permita flutuar um pouco mais na esperança de socorro. Estes conselhos que vos trago por determinação do Senhor, já o disse e repito, não representam apenas a tábua tão ansiosamente desejada pelo náufrago, mas o próprio socorro, seguro, real, verdadeiro, para quantos se encontram na Terra. Aceitar estes conselhos e agarrar-se a eles, com desprezo do mais que houver, é ter assegurada a sua salvação em face de acontecimentos que devem manifestar-se bem proximamente.

Vamos raciocinar um pouco, vós e eu meus queridos irmãos encarnados. Eu perguntarei a cada um de vós que estas linhas compulsais, se alimentareis alguma idéia de permanecer indefinidamente na Terra, por maior que possa ser a vossa fortuna e bem-estar material. Raciocinemos então, antes de responder. Sendo a vida e a saúde do corpo bastante precárias, não excedendo a média de duração da vida humana a setenta anos, visto como antes deste limite um grande número desencarna, certo é que nenhum de vós alimenta aquela idéia de permanência indefinida. Ora, se assim é, e sendo também certo que, enquanto o corpo segue o destino das coisas imprestáveis, o Espírito tem de seguir para alguma parte em obediência às leis da Criação e Evolução, uma vez que não pode ficar preso ao corpo nem um minuto além da morte deste. Para onde vai então, meus queridos, o Espírito? Ele vai ou será conduzido com todo o carinho pelos vossos amigos e Protetores invisíveis ao plano que lhe corresponder, segundo a sua categoria, vede bem, segundo a categoria que tiver alcançado ao longo de sua existência na carne. E tanto poderá ser conduzido a um autêntico paraíso, para usar uma expressão que para vós traduz um lugar de paz e de felicidade, como poderá ser encaminhado a algum plano bem diferente daquele, onde deverá meditar seriamente no que houver feito em sua trajetória recente, como também naquilo que prometeu fazer e não fez, por este ou por aquele motivo. E como a vida espiritual é infinita, o que poderá suceder a muitos é permanecerem, em planos de meditação por tempos indeterminados, segundo sua própria consciência o requerer.

Em face, pois, do dilema, dado que na Terra não podereis permanecer além do tempo previsto, parece-me que não podereis decidir-vos senão pela estrada luminosa do Bem, da Luz e da Verdade, que é a única que vos há de conduzir aos planos luminosos em que perduram a harmonia, o amor e a bem-aventurança. Lá, nesses autênticos paraísos, ireis encontrar todos os vossos parentes, amigos ou simples conhecidos que partiram antes, se houverem merecido viver ali. Pode dar-se que em visita que vos seja permitido fazer aos planos de meditação de que falei, lá possais encontrar algum ente caro ao vosso coração, cuja vida terrena para ali o encaminhou. Se isto acontecer, eis o que podereis fazer por ele, vós que lograstes alcançar melhor categoria: prostrar-vos perante o Senhor Jesus, e rogar que vos seja permitido oferecer-lhe uma parcela da vossa própria luz para que aquele Espírito que muito estimais possa melhorar de situação. Isto fazendo, meus queridos, surpreender-vos-eis ao constatar que o vosso pedido é atendido sem que percais um átomo sequer da vossa luminosidade. Como pode ser isto? - perguntareis certamente, admirados ante o fenômeno. Isto sucede pela grandiosidade da Misericórdia do Nosso Divino Salvador. Quando um filho pede sinceramente para repartir com outro uma parte do que possui, essa parte se transfere realmente ao segundo, recebendo o primeiro igual parcela daquilo que de coração puro ofereceu. É a grandiosidade da Misericórdia Divina, irmãos meus, que opera esse e outros prodígios que parecem milagres. Felizes quantos os merecerem.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

CAPÍTULO XII - RECADO AOS MAIORES DE SESSENTA– Livro: Derradeira Chamada – pelo espírito do Irmão Thomé – psicografado por Diamantino Coelho Fernandes.





Os homens e as mulheres do presente, constituem a classe por assim dizer mais evoluída dos Espíritos encarnados neste século. Dirijo-me então no presente capítulo aos maiores de sessenta, para dizer-lhes que muito podem fazer ainda pela sua maior felicidade, nos dias mais próximos ou remotos a serem vividos na Terra. Perguntarei a estes queridos irmãos o que fizeram pelo Espírito, ao longo desses sessenta anos de sua atual peregrinação por este pobre planeta. Para facilitar sua resposta, que representará um primeiro exame de consciência, perguntarei se o coração lhes diz que hão cumprido a contento do Senhor Jesus, aquela promessa feita às vésperas deste mergulho na carne, relativamente ao cultivo da fé e dos sentimentos de amor para com os semelhantes. Perguntarei se, em meio às suas preocupações de enriquecer, ou mesmo de adquirir o necessário para viver, se haverão olvidado a firme promessa feita de entrarem diariamente em contato com o Senhor Jesus, por meio da oração, para que o Senhor pudesse identificar esses irmãos em meio à multidão daqueles que esqueceram completamente o Senhor, para cuidarem unicamente da matéria. Perguntar-lhes-ei ainda, se não terão porventura olvidado também a promessa de se conduzirem numa linha impecável de moral cristã, em que a lealdade e a sinceridade, a verdade e a justiça, constituem as principais colunas.

Na hipótese em que algumas destas principais promessas solenemente feitas ao Senhor Jesus, na véspera de retornarem ao planeta, tenham sido esquecidas, o que me parece muito provável em muitos casos, meus queridos irmãos, quero dizer-vos ao coração que ainda é tempo de procurardes cumpri-las a partir deste momento. No primeiro livro por mim grafado, eu apresentei os meios pelos quais todos os encarnados poderão reconciliar-se com o Senhor, nesse agitado fim de civilização, se assim o desejarem: por meio da oração sincera, seguida de meditação ao deitarem, ou na hora mais conveniente.

Nosso Senhor enviou-me ao vosso meio precisamente para grafar estes conselhos, poderei mesmo dizer, na undécima hora. E eu o fiz com todo o empenho, ao longo do meu primeiro livro, acreditando ter chegado provavelmente a tornar-me demasiado insistente, no só desejo de ser ouvido e compreendido por todos os meus queridos irmãos encarnados.

Dirigindo-me neste momento a todos os sexagenários, entre os quais se encontram Espíritos de grande luminosidade, desejo alertá-los de modo particular para o regresso ao seu verdadeiro lar espiritual, onde Nosso Senhor deseja recebê-los com demonstrações de contentamento, em face da trajetória realmente proveitosa que acabaram de cumprir na Terra. Assim pois, meus queridos irmãos sexagenários, e mais ainda, já sabeis pelo amadurecimento de vossa matéria atual, que não é a posse de bens materiais, fortuna ou abastança, que pode ajudar o progresso e a felicidade do vosso Espírito, no plano espiritual que vos é próprio. Não, meus queridos; os bens materiais servem apenas para proporcionar a existência da matéria na Terra, enquanto o Espírito consegue progredir, engrandecer-se através de atos e observações que realizar, dos quais possa adquirir a luz que ainda lhe falte. Porque a posse de bens terrenos, por maior que seja o seu volume, sem o complemento da posse de igual volume de atos bons, meritórios, perante as Forças do Bem, nada representa para a maior luminosidade do Espírito, o qual terá disto a prova no próprio dia de seu regresso ao plano espiritual de onde veio à Terra.

Há, entretanto, alguns minutos ainda, para que estes queridos irmãos enriqueçam a sua presente encarnação, entregando-se sem mais demora ao contato diário com o Senhor Jesus, de cujo coração receberão em troca, luzes e bênçãos a reforçar seu patrimônio espiritual.

Agora outro assunto para encerrarmos o presente capítulo. É assunto já tratado por diversos outros enviados do Senhor, mas que esquecido ficou nas sombras do passado, refiro-me à unificação de credos religiosos e filosóficos, tão necessária ao entendimento da humanidade terrena. Muito se têm empenhado as Forças do Bem, na consecução deste objetivo durante muitos séculos, ainda entretanto sem resultados apreciáveis. Se Deus, o Pai Celestial é um só, e, por conseguinte, todos os homens e mulheres Seus filhos são, como conciliar a idéia de que na Terra se dividam e até se combatam ferozmente, filhos do mesmo Deus único, por causa de suas crenças religiosas? Parece realmente incrível que tal fato se dê, mas infelizmente é essa a verdade. Neste início de século, tudo leva a crer, uma grande aproximação se dará das diversas correntes religiosas, mercê da encarnação de Espíritos de grande luminosidade no seio de cada uma delas, cujo propósito é precisamente o de anular as atuais divergências.

A palavra inicial em tal sentido está para ser dada pela tradicional Igreja Católica, graças à compreensão que se está apoderando de seus dignos Pontífices. Já se encontram a caminho desse alto posto que é a cadeira de São Pedro, Espíritos que em breve sensibilizarão o mundo com suas idéias, concretizadas em medidas verdadeiramente notáveis. Estão de regresso à Terra vários Espíritos, que em passadas encarnações ocuparam aquela cadeira pontifícia, e o fazem após haverem debatido com Nosso Senhor, a maneira de promoverem a unificação do culto cristão na Terra, ao qual dentro em pouco se juntarão outros cultos religiosos.

Neste sentido trabalham e se empenham no Alto e em vosso meio, não pequeno número de Entidades altamente evoluídas, já se podendo sentir a proximidade dos primeiros resultados. Nosso Senhor reconhece e agradece à tradicional Igreja Católica, o interesse demonstrado nestes dois milênios pela ampliação do culto cristão, grandes recompensas tendo dispensado já a numerosos dos seus sacerdotes. Mas Nosso Senhor não deseja de modo algum, que esse esforço de Roma vá ao ponto de mover a menor perseguição aos adeptos de outra maneira de crer e de orar, porque Nosso Senhor vê apenas o coração de seus guiados terrenos, qualquer que seja a sua maneira de orar. Sabemos todos que nenhuma oração proferida com intuitos de ostentação e exibicionismo, consegue chegar aos pés do Senhor, porque não tem força de ultrapassar o ambiente em que foi proferida.

Nosso Senhor consegue receber apenas a prece sincera provinda do coração, seja ela elevada num templo religioso, num logradouro público, no seio da natureza, em pleno oceano, como no recinto sagrado do lar. O que ressalta da prece é o sentimento que a produz, é a sinceridade daquele que a faz e nunca a circunstância da riqueza e esplendor, ou o aparato do local em que foi proferida.

Isto é o que em breve começará a ser geralmente compreendido na Terra, com o mais belo resultado para todos os viventes.

CAPÍTULO XI - MILAGRES DA ORAÇÃO– Livro: Derradeira Chamada – pelo espírito do Irmão Thomé – psicografado por Diamantino Coelho Fernandes.





As dores do mundo terreno em que ainda se encontram firmados os vossos pés, tendem a demonstrar-se provavelmente superiores aos recursos a serem empregados na sua debelação. Isso sucede apenas porque a causa dessas dores provém de muito longe, do decorrer de muitos milênios, e por isso com profundas raízes mergulhadas no organismo terreno. A incredulidade de muitos, somada com a maldade de outros, alimentadas uma e outra pela indiferença da maioria, gerou essa enfermidade que está a exigir não pequena intervenção cirúrgica destinada a extirpar de uma vez a causa que está produzindo tamanhas dores no organismo terráqueo.

A linguagem, como vedes meus dedicados irmãos e amigos, é de certo modo parabólica porém seu sentido está patente aos olhos de todos vós. Sendo a Terra também um organismo vivo e atuante no conjunto do sistema de que faz parte, tem naturalmente de sentir e sofrer as reações provenientes dos elementos cuja vida lhe cabe alimentar, ao longo de muitos e muitos milênios de sua existência.

Sintomas de sua enfermidade vêm sendo auscultados pelas Forças do Bem, século após século, e grande número de médicos foram enviados à Terra por aquelas Forças, na pessoa de quantos missionários e profetas aqui estiveram, empenhados em curar pela persuasão os males então identificados. Como esses missionários e profetas somente houvessem logrado resultados pouco mais que insignificantes, a magnanimidade do Pai Celestial aqui enviou o maior médico de almas que foi o Divino Salvador Jesus, em mais uma e última tentativa de curar as chagas do mundo, e salvar as almas nele encarnadas por meio da dulçorosa doutrina do amor e do perdão.

Infelizmente porém, meus queridos irmãos leitores, o mal já se havia aprofundado demasiado no organismo terráqueo, e a tarefa do Messias resultou mais uma vez improfícua. Chegou finalmente para a Terra, amigos meus, aquele momento que muitos de vós já viveram ou tiveram ocasião de assistir alguma vez, em que o doente tem de ser levado à mesa de operações, onde o cirurgião tem de praticar a intervenção necessária e urgente para lhe salvar a vida. Nosso caso, não é o doente que tem de ser conduzido à sala de operações para o necessário tratamento, como sucede entre vós. Não, meus amigos; no caso em foco - as dores do mundo - são os cirurgiões que se aproximam do doente sem que ele disso se aperceba, para praticarem a intervenção indispensável e urgente. É precisamente isto o que está em princípio neste momento. Os cirurgiões já se encontram na Terra preparando o local por onde deva começar a intervenção, a qual está projetada para atingir todos os membros do organismo terreno. No decurso de uma tal intervenção, terão de ser removidas as próprias águas dos mares para o melhor êxito da lobotomia, devendo parte dessas águas ceder lugar ao aparecimento de continentes e ilhas presentemente submersos, assim como submergir partes geográficas atualmente visíveis.

Continuo a usar desta linguagem para melhor despertar a vossa atenção e curiosidade para o assunto, meus irmãos e amigos queridos. Os cirurgiões a quem me refiro, outros não são senão as próprias Forças do Bem que se empenham em salvar o maior número possível de almas encarnadas, e conduzi-las ao mundo espiritual que lhes pertencer, para o necessário repouso das fadigas provenientes desta encarnação findante. Salvar é bem o termo, meus queridos amigos; salvá-las de um naufrágio certo e irremediável, como se em alto mar se encontrassem sem meios de salvamento.

Minha tarefa atual, descendo de plano assaz elevado para grafar estas verdades por antecipação, significa o desejo imensurável de Nosso Senhor Jesus, de poder receber em Seu coração, quando os tempos chegarem, todas as almas atualmente em peregrinação na Terra em corpos físicos humanos. Já declarei em páginas de outro livro - As Forças do Bem - que mais tempo não há para doutrinação, nem catequese, mas apenas para a última chamada à consciência de cada um, porque os tempos estão muito perto do fim. Felizes serão, pois, quantos desistirem de ver para crer, como a mim me sucedeu em tempos idos, e aceitarem estas coisas como devem ser aceitas, isto é, uma nova e última advertência que lhes é feita em nome do Senhor Jesus, para que estejam preparados para partir a qualquer momento. Que esta minha insistência num assunto sobre o qual talvez um bom número de encarnados preferisse não ouvir falar, não seja interpretada como assunto indesejável e inoportuno; porém, aqueles que como este emissário do Senhor conhecem de sobra o que vem por aí, só podem servir aos irmãos presentemente na Terra, tudo fazendo no sentido de os despertar enquanto é tempo. Nisto se resume, por conseguinte, toda a minha insistência, todo o meu empenho em falar aos vossos corações, meus queridos irmãos leitores.

Para terminar o presente capítulo, deseja contar-vos uma pequena história que cada um de vós poderá ter pessoalmente nas modelares bibliotecas do Além, quando tiverem ensejo de nelas ingressar, experimentando então um indizível prazer espiritual, face ao que bem poderei chamar de maravilhoso. É a seguinte a pequena história que desejo contar-vos.

Ocorreu em determinado plano do Universo, um acontecimento inteiramente inexplicável pelos Espíritos mais categorizados desse plano, dadas as circunstâncias em que o fato ocorrera. Habitantes seculares desse plano, mundo, esfera ou planeta, entraram a operar certa espécie de transformação que passou a constituir surpresa, com características de aturdimento para todos. Seres de figura humana entraram a transformar-se de tal maneira e em circunstâncias tais, que possível não foi a nenhum dos habitantes dessa esfera compreender o que então se passava. Uma como endemia atingiu de chofre a população, cujo resultado aparecia na modificação total da expressão fisiológica daqueles seres, cujo fato produziu terrível impacto por toda a parte. Não se tratava em verdade de uma doença na acepção do termo, mas de uma espécie de endemia que se alastrava a todos os recantos da esfera. As modificações operadas na expressão física dos que iam sendo atingidos, como que horrorizavam os demais, pelo temor de assim ficarem também.

Isto ia durando já alguns anos pela vossa medida de tempo, se bem que para aquelas almas os dias pareciam séculos pela ânsia em que viviam de descobrir a causa e consequentemente o remédio salvador. Direi de passagem que a vida de cada ser em tal esfera, podia contar-se pelos vossos duzentos a trezentos anos, sendo-lhes permitido viver o período como muito bem lhes aprouvesse, pensando ou não em Deus, orando ou deixando de orar, porque para isso haviam conquistado merecimento ao longo de muitos milênios vividos em outros mundos de Deus.

O fato ocorrido, como disse, quase de chofre, horrorizou a todos, como é de prever. Reuniões de cientistas foram invocadas e o assunto debatido largamente por Espíritos altamente qualificados. Os resultados apurados nessas reuniões e logo aplicados à População, não alcançaram o desejado êxito. A situação agravava-se de dia para dia (os dias nessa esfera podem ser comparados a seis meses e pouco do vosso calendário) sem que a situação melhorasse. Até que em dado momento, a abóbada celeste que tal esfera envolvia, entrou a modificar-se em sua tonalidade, passando do azul-celeste a um avermelhado vivo, muito semelhante ao das chamas que conheceis e isso despertou de pronto a atenção de todos os habitantes da Esfera.

Três longos dias decorreram nesse espetáculo absolutamente desconhecido, e por isso impressionante para quem se habituara à doce paz e tranquilidade milenar. Fácil vos será imaginar, irmãos e amigos meus, o que então se passara em relação àquelas bondosas almas, habitantes felizes do plano em referência. Caíram por assim dizer, todas elas num estado que poderei designar de profunda concentração, tanto as vítimas, da endemia transformadora, quanto as ainda indenes. E nesse estado de profunda concentração, a maioria ainda perfeita, passou a exteriorizar vários de seus ascendentes mediúnicos, até que ao fim do terceiro dia um sinal foi visto no firmamento, tornando-se mais e mais compreensível a essa parte da população. Esse sinal, transmitido evidentemente àquela almas boas pelo conjunto de seus mentores espirituais, isto é, pelas Forças do Bem Peculiares àquela esfera, foi em breve traduzido por elas e gritado com alarido por toda a parte.

Lia-se no firmamento avermelhado de chamas uma frase ostensiva que em vossa linguagem terrena pode ser assim traduzida: Onde guardastes a oração? O conhecimento do sinal projetado no firmamento teve a virtude de chamar à realidade aquelas almas, cujo plácido viver em face de seu relativo grau de evolução espiritual lhes fizera esquecer o hábito da oração ao Pai Celestial, quando Ele próprio ora continuamente por todos os seres do Universo. Caídas todas as almas na realidade, seu primeiro gesto foi agradecer do íntimo a Deus o sinal salvador entregando-se a seguir e ininterruptamente, durante dias seguidos, à prática da oração salvadora. Em pouco, lenta e seguramente, todos os veículos físicos das almas foram readquirindo o estado saudável, voltando a paz e a alegria à população da esfera em referência.

A oração opera milagres, meus irmãos e amigos queridos. A oração é o antídoto de todos os males, de todas as infelicidades. A oração, porém a oração sincera, nascida do coração.