Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

CAPÍTULO LIV - UMA PRÁTICA INCONVENIENTE - Livro: Derradeira Chamada. Psicografado por Diamantino Coelho Fernandes. Ditado pelo Irmão Thomé.





Sempre que Nosso Senhor desejou dirigir-se aos seus guiados da Terra, encontrou várias espécies de dificuldades, em face do relativo atraso espiritual desta humanidade. Os meios a utilizar foram sempre precários para esse fim, quer o tentasse fazer por meio da inspiração de idéias aos encarnados, quer o fizesse através do ascendente mediúnico dos homens e mulheres mais preparados para isso. O fato é que a transmissão das idéias espirituais sempre se apresentou extremamente difícil ao Senhor, principalmente até ao meado do século XIX, quando se verificaram os primeiros trabalhos do espiritismo. 

O Alto não descansou desde então no aprimoramento dos meios do intercâmbio espiritual, até que se puderam registrar as primeiras comunicações por meio da psicografia, meio este de que hoje me utilizo com a maior facilidade, para grafar minha palavra e meu pensamento no ambiente terreno. Vieram primeiro os chamados médiuns mecânicos, aqueles que tanto sucesso causaram e ainda causam em vários lugares, por intermédio dos quais uma vasta bibliografia já existe entre vós. Esses médiuns, utilizados pelas Entidades incumbidas de despertar a atenção dos terrenos para este aspecto do espiritismo, não colaboram espiritualmente nos trabalhos que recebem, cedendo apenas o braço à Entidade para escrever o que desejar sem o conhecimento do seu intermediário. São por isso chamados médiuns mecânicos, automáticos. 

Outra mediunidade já bem difundida é esta da qual me utilizo, que podemos designar acertadamente semi-mecânica, porque o intermediário recebe mentalmente o meu ditado e o registra no papel, como se fora um autêntico secretário que escrevesse ditado. Também este processo se apresenta excelente ao Espírito comunicante, que dita no seu próprio estilo a sua mensagem, tal como aqui o faço, com a felicidade de ver grafados fielmente o meu pensamento, a minha idéia e a minha palavra. De minha parte, por conseguinte, só tenho motivos para agradecer ao Senhor Jesus o intermediário que me designou, a quem já fiz referências no meu primeiro livro e no atual. 

Gostaria que o processo se multiplicasse por toda a parte, a fim de ampliar as comunicações do mais alto interesse para o intercâmbio entre os planos físico e espiritual. Existem no Alto milhares de Entidades já bastante evoluídas, também desejosas de desempenhar  tarefas como esta, carecendo porém de instrumentos aptos a receberem suas mensagens de amor para os nossos irmãos encarnados. Em capítulo anterior eu deixei instruções a respeito do desenvolvimento da faculdade psicográfica e aqui desejo deixar o meu apelo a todos os meus irmãos leitores para que se exercitem na prática de tão útil processo - cada um que isto fizer saberá de experiência própria todo o bem que lhe advirá daí. 

Irmãos e amigos meus: eu trago-vos hoje outro dos assuntos tipicamente espirituais, porque diz respeito justamente ao Espírito, desde sua permanência na Terra até ao seu regresso ao plano espiritual. O assunto de hoje prende-se a uma particularidade das mais importantes para todos vós, meus estimados irmãos leitores, cujo conhecimento poderá contribuir para o vosso mais rápido progresso espiritual. Quero referir-me ao uso bastante generalizado entre vós, da permuta de visitas sociais às pessoas do vosso círculo de relações, durante as quais se mata o tempo, por assim dizer, em comentar assuntos vários, mas sobretudo em criticar pessoas conhecidas ou não, discutindo atos e fatos com as mesmas relacionados. 

Esta prática traz consigo um grande inconveniente pela circunstância de atrair, não raro, para o lar e pessoas que se encontram reunidas nesse ambiente, vibrações desagradáveis e mesmo perigosas. O fenômeno pode ser assim explicado: - Encontrando-se reunidas duas, três ou mais pessoas em determinado local, ali se estabelece desde logo um pólo magnético positivo, constituído pela mente reunida dessas pessoas. No momento em que esse pólo positivo se dirige a qualquer lugar, a um lar próximo ou distante, e passa a referir-se a um ou mais ocupantes desse lar, uma corrente magnética imediatamente se estabelece entre os dois lares ou locais citados. Se no lar visado pela conversação se encontrarem, digamos, Entidades invisíveis perturbadas, das quais aliás está repleto o ambiente terreno, elas podem servir-se dessa ligação magnética e transferir-se para o local em que o pólo positivo se encontra, e se ligarem às pessoas com as quais possam mais facilmente afinizar-se. 

O que pode suceder então? Apenas isto, que muito é: as pessoas cujo ascendente mediúnico possibilite a aproximação ou até a ligação das Entidades perturbadas atraídas pela conversação, critica, ou o que for, poderão vir a sentir-se mal desde esse momento ou nos dias próximos, sem meios de se recuperarem que não seja pelo comparecimento aonde possam aliviar a carga fluídica em questão. 

O elemento feminino principalmente, que é o que mais se empenha em se ocupar do que acertadamente se designa por vida alheia, deve precaver-se contra essa prática absolutamente prejudicial à sua felicidade e bem-estar. Criticar o semelhante, parecendo embora coisa destituída de importância, é em verdade um dos grandes males ainda radicados entre os Espíritos encarnados. 

A vibração mental representa tão poderosa força, meus irmãos e amigos, que se todos vós a conhecêsseis um pouco, de muitos males vos livraríeis. Ela tanto pode atrair ao vosso ambiente Entidades de grande luminosidade e poder, se por esse meio as convocardes, como atrairá - o que mais frequentemente acontece - Entidades desocupadas, infelizes umas, perturbadas outras, as quais podem transmitir a vós outros os males de que padecem. Acontece, não raro, que as reuniões familiares do gênero de que falei atraem Entidades que passam a conviver com os encarnados reunidos, podendo transformar para pior o viver até então desfrutado pelos circunstantes. 

Que fazer então? - perguntareis vós. Banir se possível dos vossos hábitos as visitas que não sejam estritamente familiares, nas quais os assuntos não envolvam pessoas que nada têm com o motivo da visita, e esforçar-vos por vos ocupardes de coisas agradáveis ao coração e ao Espírito, imaginando que o Divino Mestre haja destacado um dos seus mensageiros para registrar os pensamentos ai irradiados. Tomai bem nota, portanto, reduzi no que puderdes as vossas visitas, no que reduzidos tereis paralelamente vossos desgostos ou aborrecimentos. Promovei o menor número possível de festas no vosso lar, para vos livrardes também das críticas alheias. Já haveis de ter observado pessoas que após participarem de todas as iguarias encontradas em determinada reunião social, saíram dali criticando desde a disposição dos móveis, o vestido da dona da casa, até às iguarias que com tanto apetite saborearam. 

Irmãos queridos, é este um defeito ainda peculiar a todos os encarnados, inclusive a vós próprios, permiti que assim generalize. Deveis porém, furtar-vos o quanto possível a nele incidirdes de agora em diante. E quando tiverdes de comparecer a alguma reunião, tende presente que sendo ainda imperfeita a humanidade, sem o que não estaria na Terra neste momento, fique cada qual com seus defeitos até que consiga livrar-se deles através da própria evolução. 

Minha recomendação e explanação que ai fica, tem o objetivo de preservar os meus queridos irmãos leitores dos males ainda tão comuns ao meio terreno neste particular. E aqui vou deixar-vos uma chave que pode representar para cada um de vós um autêntico talismã, que é a seguinte: sempre que tiverdes de comparecer às reuniões sociais do vosso meio, apoiai-vos antes na misericórdia do Senhor Jesus, para o que bastar-vos-á saudá-lo silenciosamente no momento de transpordes a entrada do local em que a reunião tiver lugar, dizendo mentalmente, mas com toda a fé o seguinte: - Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Podeis repetir a saudação em qualquer momento que julgardes necessário, para vos preservardes contra algo que vos não agrade. Fazei isto, irmãos e amigos meus! 

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