Aproximando-se o
encerramento deste volume, no qual procurei ampliar para os meus queridos
irmãos leitores, vários dos temas apenas tocados no meu primeiro livro, desejo
oferecer a todos nestas páginas finais tudo quanto possa contribuir para a
construção da vossa verdadeira felicidade no mundo espiritual, onde haveis
todos de reingressar em breves tempos.
Pela designação de
"breves tempos" não desejo significar que se aproxime de cada um dos
meus leitores, o dia do seu regresso ao plano espiritual donde veio à Terra,
mas apenas me refiro a uma Lei que conduz da Terra para o Além, e do Além para
a Terra, todas as almas em busca do seu progresso espiritual.
Não sendo os meus leitores
apenas pessoas de idade avançada, mas também jovens que se interessam pelos conselhos
que Nosso Senhor Jesus me recomendou trazer à Terra, partirá cada qual a seu
tempo, quando a Lei determinar que isto aconteça. O que desejo salientar uma
vez mais, para tranquilidade de todos, é o fato de que o regresso da Terra
nunca deve ser encarado com melancolia por quantos se habituaram a orar e
meditar diariamente, antes pelo contrário, deve ser encarado pelos encarnados
com alegria semelhante à do aluno que vê encerrar-se mais um ano letivo e vai
regressar ao lar, onde o esperam de braços abertos e sorridentes todos os seus
queridos que lá deixou. Esta é a melhor maneira de encarardes a vida terrena,
porque em verdade ela nada mais é do que uma estada a mais nesta escola de
aprimoramento moral, cujo certificado a apresentar aos vossos maiores do Alto,
estará evidente na luminosidade do vosso Espírito.
Nosso Senhor Jesus acaba de
recomendar-me o breve encerramento deste segundo volume, por lhe parecer que o
que dele consta é suficiente para conduzir vossos belos Espíritos a planos mais
elevados do que aqueles donde viestes em vossa presente encarnação. Com o
próximo encerramento eu terei novo encargo a desempenhar em companhia deste meu
estimado amigo que me serve de intermediário na execução do plano traçado por
ambos, sob as vistas do Senhor, qual seja o desdobramento da Grande Cruzada de Esclarecimento que
deve ser levada a todos os recantos deste grande e belo país.
Queria merecer então de
todos os meus queridos irmãos leitores uma valiosa cooperação neste sentido,
que seria dirigir-se cada um a seus amigos mais chegados, residentes por aí em
fora, e falar-lhes neste livro extraordinário que é ditado em verdade pelo mais
humilde dos apóstolos do Senhor. E feito isso, oferecer-se para lhes remeter o
volume se o não houver na cidade onde viverem esses amigos, desempenhando desta
forma uma verdadeira tarefa de cooperação no desdobramento desta Grande Cruzada, antes que os tempos
previstos se positivem.
A seguir desejo
apresentar-vos um novo assunto para o vosso desenvolvimento espiritual, numa
preparação que a todos interessa fazer para a sua felicidade. O assunto de hoje
prende-se ao hábito bastante arraigado entre os seres humanos, o qual se
apresenta a todos como coisa natural na Terra, mas que em verdade constitui um
prejuízo bem sério à vida terrena. Refiro-me ao hábito aparentemente inofensivo
de dizer uma coisa por outra, o que vale dizer, de ocultar a verdade por
conveniência própria. Isto sucede diariamente e em tal magnitude entre os
encarnados, que poucas são as pessoas que usam dizer só a verdade. É tudo uma
questão de correção moral e nada mais. Um filho da Terra que se disponha a ser
verdadeiro em todos os seus atos, palavras, pensamentos e ações, é um filho que
terá avançado séculos em sua evolução. O uso da verdade em todos os atos e
contatos com os semelhantes, pode ser comparado ao metal antes enferrujado, que
haja recebido um processo de cromação e se apresente então com todo o brilho
adquirido nesse processo. O mesmo se dará com o encarnado que, mergulhado como
muitos no velho hábito de dizer uma coisa por outra, se ponha a tornar-se um
cultor intransigente da verdade, e seu Espírito passará a refletir todo o
brilho resultante de seu cultivo da verdade. Sua luz espiritual, antes incerta
ou bruxuleante, tornar-se-á positiva, brilhante, denotando a existência duma
inteireza de caráter nesse Espírito encarnado.
A adoção de uma atitude
assim, além de dignificar desde logo a própria pessoa humana em seu meio
social, contribui decisivamente para a elevação desse Espírito à honrosa
categoria de Espíritos Radiosos, que são todos os auxiliares graduados de Nosso
Senhor Jesus. É preciso que essa reforma se processe sem tardança em todos os
Espíritos encarnados, começando pelas coisas mais simples para atingir as mais
importantes. Para que um homem ou uma mulher se disponham a proceder assim,
eles firmam-se desde logo no principio de que para só dizer a verdade em todas
as circunstâncias, muitas coisas que antes poderiam fazer e ocultar pela
palavra, já as não farão mais, o que por outras palavras significa dizer que
passam a viver uma vida absolutamente limpa, correta em todos os sentidos. Será
isto porventura difícil, irmãos e amigos meus? Eu respondo que não é, porque o
hábito de bem proceder radica-se de tal maneira à personalidade, o que vale
dizer ao Espírito, que este nada mais aceita do que não estiver em perfeita
harmonia com esta sua característica.
Agora o outro lado da
medalha, como costumais dizer na Terra. Os Espíritos que venceram o hábito da
mentira na Terra, ainda que de pequena monta, constroem uma tal fortaleza moral
para si próprios, que são capazes de resistir e vencer a todas as tentativas
que possam surgir-lhes, tanto no presente como no futuro, para transigirem com
toda espécie de maldade que tente defrontá-los. Nosso Senhor recomendou-me
apresentar-vos o assunto neste capítulo, a fim de que possais preparar-vos para
ingressar no serviço divino ainda na Terra, pela necessidade que tem de
agremiar Espíritos valorosos desde agora em Suas tarefas redentoras na Terra.
Cumprindo com alegria esta recomendação do Senhor quero acreditar que o Divino
Mestre poderá contar para esse mister com noventa e nove por cento dos meus
leitores e muito estimados irmãos. E por que não com a totalidade deles? -
perguntareis. A unanimidade em si não existe em parte alguma do Universo, meus
queridos. Sabeis todos vós por tradição, que entre os próprios Anjos houve
discordância, por motivos também vossos conhecidos, da qual resultou essa
aluvião de males e sofrimentos que tanto afetam os Espíritos encarnados. Não
sendo iguais as idades nem as experiências por que hajam passado os Espíritos
encarnados, e sendo também diferentes os interesses e pontos da vista de cada
um, eu quero admitir que haja um leitor em cada cem que prefira esperar os
acontecimentos para então se decidir. Tenho entretanto a certeza de que esses,
com o perpassar dos meses ou anos, e após meditarem seriamente no que aí fica,
também se decidirão pela aceitação dos meus conselhos, que pertencem antes ao Nosso Divino Mestre Jesus, o Guia Máximo
da humanidade terrena.
Assim sendo, eu desejo
reservar-me a agradável surpresa que encherá da mais pura alegria o meu
coração, assim como o do Senhor Jesus, ao constatar que não apenas os noventa e
nove por cento previstos, porém a totalidade dos meus queridos irmãos leitores
adotou os meus conselhos, e então poderá Nosso Divino Mestre e Senhor contar
com a mais numerosa equipe de servidores na Terra que jamais fora possível
reunir. Será isto possível então? Devo confessar de todo o meu coração que não
será apenas possível, mas sim uma realidade verdadeira, para a alegria e maior
felicidade de todos vós. Que Nosso Senhor vos abençoe e ilumine, pois.
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