Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

12. A FONTE ETERNA DO SUPRIMENTO – Livro: As Forças do Bem.



A vida terrena, tal como deve ser vivida, constitui um autêntico meio de aprimoramento do Espírito, pelos conhecimentos que a todo momento lhe proporciona. Isto, bem entendido, como esta vida terrena deve ser vivida, e não como uma grande maioria de seres humanos entende e insiste em perlustrar o solo terreno, durante encarnações numerosas bem pouco frutíferas.

A Terra foi constituída em planeta habitável para a espécie humana, com objetivos já declinados em capítulo anterior, visando à iluminação dos Espíritos destacados para aqui alcançarem os numerosos graus evolutivos de que carecem, até chegarem à perfeição espiritual que é a meta de todos os seres do Universo.

Concedido o livre arbítrio ao Espírito encarnado, bem depressa verificou o Criador, o quanto este divino dom se tornou pernicioso aos homens em sua grande maioria, preponderando quase sempre as baixas tendências do instinto, sobre as verdadeiras necessidades do Espírito. E o descalabro chegou por vezes a tal ponto que os Dirigentes Espirituais não tiveram outra alternativa, senão fazer desencadear a violência através dos prélios guerreiros, de que está repleta a História dos povos, a fim de conter e anular o oceano de ambições humanas surgido de século em século.

Tudo, entretanto, tem de ter um fim, à exceção do Espírito, cuja vida mergulha naturalmente pela eternidade em fora. E assim sendo, um fim está prestes a ser posto às desmedidas ambições humanas, desviando-se-lhes o rumo para melhores destinos. É mister que as melhores energias da alma sejam aplicadas ao seu próprio engrandecimento, pela aquisição de conhecimentos e experiências em vários dos setores humanos, em cada uma de suas estadas na Terra, abandonando de vez o culto do instinto com seu cortejo de ambições de grandeza e poder meramente material, transformado por si mesmo em prejuízo para o Espírito.

O Espírito, irmãos meus, não necessita de poderes materiais, nem eles podem servir para a sua ascensão na escala espiritual. O único bem que o homem pode proporcionar ao Espírito, ou seja, a si próprio, é o que de bom, de útil e proveitoso consiga realizar em favor do seu próximo aqui mesmo, neste plano de vida. E para aqueles cujo coração se encontre preparado para receber e pôr em prática estes conselhos, não faltará oportunidade nem meios de fazer algo em tal sentido. Bem sei que numerosos irmãos a quem estes conselhos chegarem ou deles notícia tiverem, manifestarão de pronto sua disposição de pôr em prática o que eu lhes aconselho, mas certamente lamentarão a falta de meios para ajudar, para repartir, para proporcionar felicidade ao seu próximo, o que fariam em boa escala se haveres, fortuna ou prosperidade tivessem. A esses eu ensinarei qual o meio a utilizarem, muito fácil, muito prático e extremamente eficiente, ao alcance de qualquer mendigo que seja. Se não possui nada para dar; se suas posses falharam na presente existência. quando precisamente sentem tocado o coração pelo desejo de ajudar, então lancem mão deste valioso recurso para auxiliar o próximo: todas as noites, ao deitar, ponham o joelho em terra, concentrem-se por um instante e em seguida elevem seu pensamento àquela Fonte Eterna do Suprimento que é Deus e peçam, peçam sincera e fervorosamente tudo de bom para seus irmãos necessitados, lembrando-se dos que não possuem teto enxuto sob o qual possam repousar o corpo durante a noite; lembrando-se dos milhares de irmãos que se encontram nos hospitais ou doentes em seus lares, impossibilitados de ganhar o pão de cada dia; lembrando-se daqueles que vieram ao mundo privados da luz dos olhos e necessitam de se alimentar para viver sua vida atual; lembrando-se enfim de quantos, ainda pequeninos seres à mercê das intempéries humanas, necessitam de amparo, educação e encaminhamento pelos caminhos do Senhor.

Aí está, irmãos meus, um meio altamente eficaz de praticar a caridade e o amor ao próximo, quando não se possui outros meios de ordem material para isso. O pedido assim elevado chega aos pés de Deus ampliado na proporção do número de Espíritos encarnados que o produziram, o qual se transforma numa corrente magnética extraordinariamente poderosa, em favor da melhora das condições ambientes de quantas classes forem lembradas. Uma vibração espiritual então se formará no Alto com o fim de ajudar a todos aqueles necessitados, e os ajudará realmente, graças à onda mental projetada por aqueles que pediram. E, como quem dá também recebe em proporção igual, todos os encarnados que se lembrarem dos seus irmãos necessitados, receberão uma ajuda igual àquela que para outros pediram a Deus, a Fonte Eterna do Suprimento.

Isto quanto aos irmãos que não têm nada de material para dar. Quanto aos encarnados a quem a deusa da fortuna aquinhoou, esses serão tocados em seu coração pela onda vibratória concentrada no Alto, e, por muito endurecido que seu coração possa realmente ser, sentirão um certo desejo de fazer algo pelo próximo; e nesse momento todos nós, mensageiros do Senhor, aproveitamos esse bom sentimento para lhes transmitirmos idéias filantrópicas dia após dia, e ei-los ajudando materialmente aos seus semelhantes necessitados, com o que sentirão em seguida momentos de verdadeira felicidade. Mas não é só, irmãos meus; algo mais acontece em favor daqueles que ajudam, e que supera de muito o muito que possam dar. É que, tocados que foram em seu coração por um sentimento bom que os levou a ajudar o próximo, a mesma corrente vibratória que tal sentimento lhes inculcou, eliminou concomitantemente do seu campo mental a marca de atos (faltas) ou procedimentos que em futuro próximo ou remoto poderiam acarretar-lhes sofrimentos correspondentes. Estará funcionando neste princípio a chamada Lei do Perdão, que ameniza ou elimina a pena em face de um ou mais atos bons praticados pelos Espíritos faltosos. O que em vossas letras jurídicas considerais bons antecedentes para reduzir a pena do réu, na ordem espiritual funciona a posteriori: se o encarnado faltoso passou a praticar atos meritórios capazes de o absolverem, ele será realmente absolvido, perdoado, e, por fim até ajudado, desde que se haja tornado útil à comunidade humana de que faz parte.


Eis um conselho a mais para a vossa meditação, irmãos meus, este que aqui vos deixa o vosso dedicado amigo e — Irmão Tomé.

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