Passa já da hora o vosso despertar espiritual . . . Saiba que a tua verdadeira pátria é no mundo espiritual . . . Teu objetivo aqui é adquirir luzes e bênçãos para que possas iluminar teus caminhos quando deixares esta dimensão, ascender e não ficar em trevas neste mundo de ilusão . . .   Muita Paz Saúde Luz e Amor . . . meu irmão . . . minha irmã

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

13. CAMINHO SEM RETORNO – Livro: As Forças do Bem.



Havia nos tempos de antanho, muito antes que a Terra começasse a receber os primeiros seres humanos, um clima somente suportável por animais que hoje são designados pré-históricos. Preparado que foi o solo terreno para ser palmilhado pelo homem, e nele lançada a semente de um sem-número de vegetais que haviam de servir de alimento aos primeiros seres humanos, tratou o Criador dos universos de selecionar, entre as classes espirituais, os Espíritos que deviam encarnar em o novo planeta, e aqui desenvolver suas faculdades latentes até alcançarem o nível evolutivo a que deveriam ascender.

Dizer o que foram os tempos decorridos desde então, através das várias épocas consignadas pela vossa História Geral, é tarefa desnecessária neste momento, porque pertence a objetivos que não pretendo abordar em meus conselhos de hoje. Direi apenas que os Espíritos designados para evoluir na Terra aceitaram de bom-grado essa designação, sem cuja anuência não poderiam vir a este planeta. Com sua anuência em virem para a Terra, receberam demoradas, repetidas e completas instruções acerca dos seus deveres como Espíritos encarnados para com Deus, o Pai Celestial, tendo sido ainda cientificados do prazo máximo de que poderiam dispor, para aqui alcançarem o grau evolutivo necessário à sua iluminação espiritual.

Juntamente com esses Espíritos em princípio de evolução, e, portanto, destinados por assim dizer, à aprendizagem do A B C evolutivo, a misericórdia do Pai fez baixarem à Terra outros Espíritos já bastante evoluídos, que hoje são designados entre vós como Profetas, Sábios e Patriarcas, incumbidos da feitura das leis humanas que passariam a reger a vida terrestre. Tudo foi predeterminado, pois, com sabedoria e amor pela magnanimidade do Pai Celestial, para que nada faltasse aos filhos que vinham habitar o novo planeta.

Se bem que a Divina Sabedoria tudo saiba e preveja com séculos e até milênios de antecipação, foi contudo com profunda melancolia que o Criador dos universos acompanhou a excessiva lentidão com que a grande maioria dos Espíritos terrenos (porque vivem na Terra) caminharam ao longo de numerosas existências no sentido de sua iluminação.

Para estudar meios de apressar esse desideratum, vários Conselhos Espirituais têm sido reunidos no Espaço, resultando no envio à Terra de numerosos missionários, reencarnados em todas as latitudes do Globo, com o objetivo de esclarecer, ajudar e conduzir os encarnados ao caminho do seu aprimoramento moral, o que vale dizer da sua iluminação espiritual.

De todos os esforços feitos em tal sentido, o mais notável foi sem dúvida o que empreendeu o filho do carpinteiro de Nazareth, Nosso Senhor Jesus Cristo, de cujo exemplo, entretanto, bem poucos aproveitaram, mergulhados como permaneceram nas trevas da vida terrena uns, nas ambições de domínio outros, e aqueles que deveriam conservar-lhe a doutrina e o exemplo, transformados por si mesmos em pretensos ministros de Deus, mas sem nenhuma credencial para isso, enlevados em sua própria grandeza, luxo e ostentação.

Em face, pois, da realidade terrena dos dias que correm, e da imprescindível quanto inadiável necessidade de transformação do atual estado de coisas, uma vez que esgotados se encontram todos os prazos e prorrogações concedidos ao ser humano desde aqueles tempos de antanho, um dilema está posto perante quantos se encontram neste momento com os pés firmados na face da Terra, que é o seguinte: meditarem seriamente nos objetivos da vida humana como finalidade evolutiva do Espírito, e neste caso procurarem reformular todos os seus planos de vida, ou, de outro modo, prepararem-se para seguir um caminho provavelmente tão longo e tão áspero, que talvez um bom número de caminheiros não consiga percorrê-lo, por lhe faltarem as forças para isso a certa altura da viagem.

Os que caírem pelo caminho podem estar de antemão informados de que nenhum socorro lhes poderá chegar, porque nessa região ainda não existe nenhuma organização socorrista. O recurso único em tal circunstância será este: valerem-se da prece sentida, verdadeira, e voltarem seu coração para aquela Fonte Suprema do Bem, que é Deus, o Pai Celestial, e procurarem fazer de suas fraquezas forças para prosseguirem, porque desse caminho não se retorna. O caminho do retorno é bem outro, o qual, entretanto, só aparece onde finda o primeiro...

Meus irmãos queridos: talvez as minhas palavras possam parecer-vos exageradas, na descrição que faço acerca do futuro que vos aguarda, porém eu vos asseguro que o não são. Longe de mim a idéia de pretender infundir o terror em vossos corações por meio destes conselhos que fui incumbido de trazer-vos. Mas resta-me a consolação de vos reafirmar que todas as possibilidades de seguirdes o caminho da luz estão à vossa frente, e todos podereis utilizá-las porque tendes para isso o vosso livre arbítrio.

Sustai por um instante em cada vinte e quatro horas a vossa preocupação de enriquecer, de subir, de mandar, de governar, de dominar os outros, e meditai sobre o que podereis fazer para alcançar a graça de Deus em vossos trabalhos e em vossas relações sociais. Eu vou deixar convosco uma espécie de fórmula, que em falta de outra melhor, todos podeis adotar para saberdes prontamente quando estareis caminhando certo ou errado em vossa vida. É a seguinte: Quando tiverdes de tomar uma resolução, uma providência, em vossos afazeres constantes, quando vos predispuserdes a efetuar a prática de um ato particular ou público, imaginai por um momento que Jesus, Nosso Senhor e Mestre, esteja presente ao vosso lado, e tomará conhecimento da vossa deliberação. Se vos parecer que Jesus a aprovará, praticai-a sem receio porque é boa, meritória. Se, ao contrário, vossa consciência vos disser baixinho que essa deliberação será desaprovada por Ele, por contrária aos princípios que regem as leis da moral, da caridade e do amor ao próximo, neste caso sustai semelhante ato, resolução, medida ou o que for, porque ela seria inconveniente, prejudicial e contrária à vossa felicidade, à vossa iluminação espiritual. Ao passo que, deixando de dar-lhe efetividade, sinal será de que o vosso Eu Superior que é a centelha divina que habita em vós, passou a orientar vossa vida e vossos atos no caminho do bem, da luz e da vossa felicidade.


Perdoai, queridos irmãos, porque é para o vosso bem, a insistência deste vosso afeiçoado — Irmão Tomé.

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