Julgo do meu dever dizer algumas palavras a guisa de
introdução a este livro absolutamente ímpar no mundo, e que serão as únicas
realmente minhas em todo o texto. Tudo quanto do livro consta, inclusive o
título dos capítulos, foi grafado pelo Irmão Tomé. Retirei de cada capítulo,
com sua aprovação, a frase que me pareceu sintetizar melhor o sentido do mesmo,
usando, por conseguinte, apenas palavras suas. Não colaborei nem interferi na
redação dos quarenta e três capítulos do livro, cujo estilo e linguagem
pertencem inteiramente ao Autor. Uma ou outra vez, na datilografia da matéria,
ocorreu-me a substituição de alguma expressão, o que eu anotava a lápis na
entrelinha.
Ao preparar, porém, o original para a gráfica, desprezava
minha emenda por achar que o correto era o que me havia sido ditado, e
mentalmente me censurava pela tentativa de emendar o que estava certo.
Devo confessar, com toda a sinceridade, que este livro
extraordinário constituiu para mim uma grande revelação. Exercitando com amor a
psicografia desde alguns anos, tendo recebido por este meio consolações
indizíveis através de mensagens altamente instrutivas e afetuosas, de velhos
amigos e parentes muito queridos do Além, jamais poderia imaginar que um dia me
tomaria intermediário de Entidades que aprendi a venerar desde a infância, pela
mão piedosa de minha Mãe.
Eis um pouco da pequena história deste grande livro: Eu e
minha esposa costumamos reunir-nos às quintas-feiras às 21 horas, à nossa mesa
de refeições, para uma concentração mental de cerca de trinta minutos, segundo
as instruções do CIRCULO ESPIRITUAL DO AMOR DE JESUS. As pessoas que estudam a
Vida de Jesus Ditada por Ele Mesmo sabem o que significa essa prática semanal
como meio de atrair bênçãos e luzes espirituais.
Cultivando a arte maravilhosa da psicografia semimecânica,
costumo dedicar os minutos finais da reunião ao aprimoramento desta faculdade.
Na quinta-feira 21 de junho de 1962, dia consagrado a Corpus
Christi, utilizou-se do meu lápis uma Entidade ainda desconhecida para nós,
produzindo uma bela mensagem de ensinamentos espirituais relacionados com a
data, assinando Irmão Tomé. Eu pedi à Entidade que nos fornecesse alguns dados
a seu respeito, para o registro que costumo fazer dos amigos que nos visitam,
ao que a mesma bondosamente aquiesceu, escrevendo o seguinte: Sim, amigo meu;
sou aquele que passou à História como o que só acreditaria que fosse o próprio
Mestre em pessoa se lhe tocasse as feridas. Daí o provérbio que correu e ainda
corre o mundo: “Ver para crer”. Adeus”.
Em outra de nossas concentrações mentais, a 26 de julho
seguinte, a mesma Entidade, entre outras coisas, escrevia:
“Minha presença está servindo igualmente para apurar ainda
mais a faculdade psicográfica do aparelho, na tentativa que tenho em vista de
aproveitá-la para transmitir à Terra uma série de conselhos de grande utilidade
para aqueles que desejarem aproveitá-los.”
No sábado 1º de setembro seguinte, às 20 horas, senti algo de
novo em torno de mim, como se fora uma presença invisível. Dirigi-me ao
escritório e tentei escrever psicograficamente alguma coisa. Nesse dia o Irmão
Tomé grafava o primeiro capítulo deste livro, realmente ímpar no mundo, assim
prosseguindo o nosso trabalho todos os sábados, inclusive no de carnaval,
conforme ele próprio assinala no texto.
Julgo também de interesse para os leitores conhecerem parte
dos diálogos que mantinha com o Irmão Tomé ao fim do nosso trabalho semanal,
durante os quais me eram transmitidas instruções do Senhor Jesus, para o maior
êxito deste livro; como parte que é da Grande Cruzada de Esclarecimento
iniciada na Terra. Assim, no sábado, 28 de maio de 1963, entre outras coisas,
disse-me o Irmão Tomé:
“Nosso livro está em vias de conclusão. Faltam poucos
capítulos para terminar. Nosso Senhor está satisfeitíssimo com o meu e o teu
trabalho. Qualquer idéia sobre a impressão e promoção podes ir anotando desde
já.”
Como eu tivesse apresentado três sugestões para o título,
inclusive a vitoriosa, indaguei do Irmão Tomé o que havia a respeito e ele
assim se manifestou:
“Sobre o título, existem ainda algumas sugestões a estudar.
Espero que provavelmente no próximo sábado já poderei comunicar.”
Efetivamente, no sábado 1º de junho, à minha pergunta
habitual sobre se havia, alguma instrução, assim me respondeu o Irmão Tomé:
“Sim. Temos hoje diversos assuntos a tratar. Primeiro, quanto
ao título. O Senhor escolheu para título o seguinte: AS FORÇAS DO BEM. É uma
sugestão tua, que mereceu a aprovação do Senhor. Em seguida desejo informar-te
que, com os capítulos que grafaremos no decorrer deste mês, o livro estará
concluído. Não desejamos fazer um volume muito grosso, considerando o que iria
custar a pessoas de parcos recursos.”
No dia 8 de junho eu havia colocado sobre a mesa de trabalho
um esboço da capa para submeter ao Irmão Tomé. Feita a pergunta habitual, ele
assim me respondeu:
“Pouca coisa tenho hoje para dizer-te. Apenas que o título do
nosso livro vai ficar magnífico com essa disposição. Gostei bastante e Nosso
Senhor também. Em seguida quero dizer-te que Nosso Senhor voltará aqui para
grafar Ele mesmo o Prefácio do livro. Isto Ele o fará provavelmente no primeiro
sábado de julho.”
Indaguei então do Apóstolo se Nosso Senhor escreveria o
Prefácio ali mesmo no meu pequeno escritório ou se nos deveríamos reunir à mesa
de refeições. Eis a sua resposta:
“Aqui mesmo, meu amigo, para que todo o livro seja
psicografado neste “Posto de Serviço” que me dedicaste.”
No sábado, 15 de junho, após responder a assuntos particulares,
escreveu o Apóstolo Tomé:
“Relativamente à tua sugestão de escreveres algo sobre mim
próprio, fui ouvir Nosso Senhor. Ele opinou que este particular deverá ficar
para outra obra que iniciaremos em breve, e será divulgada quando a atual já
estiver bastante difundida. Bem; agora o “nosso livro”. Nosso Senhor fará o
Prefácio, o que virá valorizar extraordinariamente o meu e o teu trabalho.
Podes ir preparando os planos de promoção e distribuição para serem postos em
prática logo que for iniciada a composição.”
No dia 22 de junho, manifestei ao Apóstolo o meu desejo de
incluir no livro, além do Prefácio do Senhor Jesus, algumas palavras de Nossa
Senhora, e perguntei-lhe se isto seria possível. Eis a sua resposta:
“Vou tentar obter o que desejas. Responderei provavelmente no
próximo sábado.”
Finalmente, no sábado, 29 de junho, após grafarmos o último
capítulo, fiz a pergunta habitual ao Apóstolo, que assim respondeu:
“Sim, meu amigo. Concluído fica o nosso belo livro, com a
graça do Senhor. No próximo sábado o Senhor Jesus virá grafar o Prefácio para
maior valia do nosso livro. Nossa Senhora, igualmente, grafará algumas palavras
a teu pedido, atendido por Ela com alegria. Provavelmente o fará numa
quinta-feira. Providenciarás em seguida o que se refere à impressão e
distribuição da melhor maneira. O Senhor confia inteiramente na tua capacidade
para isso. Nestas duas próximas semanas combinaremos nossa atividade futura,
depois de ouvir Nosso Senhor. Entendido?”
E após minha resposta afirmativa:
“Deixo-te o meu abraço muito amigo, e sempre às tuas ordens
me despeço por hoje. Adeus.”
Caro leitor: Essa é a pequena história deste livro, e serve
para demonstrar o empenho do Senhor Jesus pela maior difusão dos conselhos que
o mesmo encerra. Quero então fazer-lhe um pedido de todo o coração: se gostar
do livro, como certamente vai gostar, ajude-me na minha tarefa, inculcando-o
aos seus amigos, ajudando ao mesmo tempo ao Apóstolo Tomé na sua missão junto a
todos nós encarnados, e acima de tudo a Nosso Senhor Jesus Cristo, que
recompensará generosamente a todos. É o que sinceramente lhe pede e agradece.
DIAMANTINO COELHO FERNANDES
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