A vida humana, que é o lapso
de tempo de permanência do Espírito na Terra em cada uma de suas passagens pela
carne, é demasiado curta para ser desperdiçada em boa parte de sua duração.
Se os Espíritos encarnados
se dispuserem a encarar com a seriedade necessária a sua situação atual, logo
verificarão a transitoriedade de tudo o que possuem, assim como de tudo o que
os cerca.
Já foi dito algures que a
vida humana não passa de uma ilusão. Eu não direi isto porque na realidade, a
vida de um ser humano é um novo período de aprendizado que lhe foi concedido
pelas Forças do Bem, e que por isto não pode ser uma ilusão. Ilusão, isto sim,
é a idéia que muitos possam fazer acerca dos ensinamentos espirituais que lhes
chegam constantemente, e por considerá-los uma ilusão, os desdenham, e
continuam em seu caminho.
Devo informar porém a todos
os meus leitores que a própria vida espiritual é uma realidade, e que todos os
Espíritos presentemente encarnados sabem disso, porque, em cada intervalo de
suas estadas na Terra, têm vivido no plano espiritual, encontrando-se tão reais
como aqui se encontram revestidos do fardo carnal. E o atraso espiritual de
grande parte da humanidade terrena resulta precisamente da idéia errada em que
vive, acerca de sua existência como seres humanos, esquecidos dos reais
objetivos de sua vinda à Terra.
O momento, entretanto,
amigos meus, não comporta mais a discussão acadêmica em torno do ser ou não
ser, porque os ponteiros do relógio já estão bastante avançados, e o sinal do
despertador não tarda a disparar. Não tarda a disparar é bem o termo, meus
queridos; e este despertador não pode ser travado em princípio, como fazeis ao
vosso relógio de cabeceira, para que o mesmo não prossiga no desempenho de sua
missão: despertar-vos.
Este despertador da imagem
precedente não pode ser travado porque a força que o anima é absolutamente
incontrolável, e apenas se deterá quando houver despertado a quantos preferiram
conservar fechados até agora os ouvidos espirituais ao chamamento do Senhor.
Continuando a usar a linguagem parabólica, amigos meus, eu vos direi que quando
a força do despertador terminar, muitos dos viventes da Terra terão sido
conduzidos a outras paragens no estado em que moralmente se encontrarem. E como
o Mestre Divino só deseja que seus guiados terrenos viajem nas melhores
condições possíveis, isto é, com o mínimo de sofrimentos, de surpresa e
decepções, destacou este vosso sincero amigo e irmão mais velho, para tentar
alertar-vos antes que os ponteiros do relógio se aproximem da hora
convencionada.
A esta altura dos meus
conselhos, eu já sei de antemão que noventa por cento dos meus leitores já se
convenceram dos objetivos desta Grande Cruzada de Esclarecimento, e passaram a
dedicar alguns minutos diários ao interesse do Espírito, entrando em contato
com as Forças do Bem, por meio da meditação e da prece diária. Mas a minha
missão não estará completa se os restantes dez por cento dos meus leitores se
mantiverem alheios, supondo que sua recusa não lhes poderá trazer sérias
conseqüências.
Para convencer a esses
irmãos que assim pensarem, eu lhes proponho que me chamem em pensamento ao
deitarem, no dia que melhor lhes convenha, e eu lhes mostrarei durante o sono
do corpo, o que poderá convencê-los da realidade das minhas palavras.
Prometo acompanhá-los ao
plano que lhes seja acessível, e ali mostrar-lhes os elementos que possam
esclarecê-los, na certeza de que, ao despertarem, terão desaparecido todas as
suas dúvidas e incertezas acerca dos próximos acontecimentos na Terra.
Irmãos meus: se isto nada
vos custa; se nenhum prejuízo poderá advir-vos deste meu oferecimento, visto
como, sendo eu um Espírito que já atingiu a elevado grau evolutivo, um Espírito
que vos fala por incumbência recebida do Divino Mestre, nenhum conselho,
nenhuma idéia, nenhum oferecimento poderei transmitir-vos, que não seja
exclusivamente para a vossa felicidade e bem-estar.
Quero por isto convencer-me,
ainda, de que não só a totalidade dos meus leitores adotará estes conselhos,
como se tornará, cada um de per si, em outro mensageiro do Senhor, repetindo
minhas palavras a todos os seus familiares e amigos. E ficai certos, meus
queridos, de que os que isto fizerem, iluminado o coração pela chama sagrada de
Nosso Mestre e Senhor, os que isto fizerem receberão também o galardão
espiritual com que o Senhor do Mundo costuma premiar os seus dedicados
servidores.
Ora bem, queridos irmãos. Um
ponto que desejo esclarecer através destes conselhos, para que nenhuma dúvida
possa pairar jamais em vossos corações, o que vale dizer em vossos Espíritos, é
que o anúncio que está sendo feito em toda parte da Terra, em torno do que está
para acontecer, não tem absolutamente o objetivo de assustar os seres humanos,
levando-os, possivelmente os mais sensíveis, ao desalento, à renúncia de suas
atividades materiais. Nada disto. O objetivo desta pregação, deste
esclarecimento dos Espíritos encarnados, é principalmente alertá-los, ou
melhor, despertá-los para a realidade da vida terrena, a tempo de poderem
voltar sua atenção para os interesses do Espírito, que nada têm de comum com os
interesses da matéria. É por isso que eu declarei em capítulo anterior, que
nada está definitivamente perdido para aqueles que, despertados, se decidam a
entrar em contato com o Nosso Divino Salvador, Autor e Diretor desta Cruzada.
E a razão por que a estamos
executando desde agora, está em que daqui a uns oito, dez ou quinze anos, seria
tarde demais para muitos irmãos encarnados que deverão partir antes, e não
teriam tempo de se preparar. Mas visamos muito especialmente à juventude atual,
esta juventude que vai dos vinte aos cinqüenta anos, de quem muito espera Jesus
para a implantação da nova civilização do terceiro milênio.
Nesta classe de Espíritos se
encontram Entidades bastante evoluídas, portadoras de grandes coisas para o
progresso da humanidade encarnada. É necessário apenas despertar nelas o
sentimento da responsabilidade assumida com o Senhor do Mundo, para que sua
mente comece a trabalhar desde agora nesse objetivo. Para isso, será bastante
adotar o hábito de se comunicar com o Senhor sempre que puder, seja durante
suas horas de trabalho, seja antes de deitar, a fim de receber a inspiração e a
ajuda de que carecem.
O mundo terreno, que está em
vias de passar por notáveis transformações, necessita da cooperação mental de
todas os seus habitantes, para que suas transformações se processem com o menor
índice de danos para si mesmos. Sabido como é que a união faz a força, a união
que se requer é a de pensamentos bons, construtivos, moralmente corretos, a fim
de que, assim unidos, possam opor um dique à avalancha de distúrbios de toda
ordem prestes a desencadear-se.
Serenidade, pois, amigos
meus, irmãos meus, é o que vos peço de todo o coração; serenidade, equilíbrio,
fé e oração, serão forças bastantes para impedir vosso próprio naufrágio, se
assim me posso expressar. Nosso Senhor muito se preocupa com o bem-estar e a
felicidade de todos os seus governados terrenos, e a de cada um de per si.
Dirigi-vos, pois, a Ele, que é o Nosso Mestre e Senhor, e confiai-lhe as vossas
dúvidas, as vossas apreensões. Fazei isto através da prece partida do vosso coração;
fazei-o se quiserdes em palavras vossas, porque Nosso Senhor não se preocupa
com as palavras pronunciadas pelos seus governados, mas com o sentido que elas
traduzem. Fazei isto, amiguinhos meus, e tereis todo esclarecimento, toda
ajuda, toda proteção que lhe pedirdes, porque o Divino Pastor jamais faltou com
o seu auxílio àqueles que sinceramente lhe pedem.
Uma grande parte da tarefa
depende, por conseguinte, de vós. Uma cooperação que pode ser decisiva para o
bem-estar e a tranqüilidade dos seres humanos, nos anos que se aproximam,
depende exclusivamente do modo pelo qual estes conselhos sejam recebidos em
toda a Terra. E eu, repito ainda uma vez, estou sinceramente convencido de que
todos os meus leitores, em toda, a parte, darão a Jesus a sua contribuição de
amor e boa-vontade.
Que nosso Senhor vos abençoe
e proteja agora e sempre, é o que constantemente lhe pede este vosso dedicado — Irmão
Tomé.
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