Quando a humanidade se der
conta dos acontecimentos que se aproximam, e tratar de se apegar a algo que
possa realmente influir na sua salvação, quando isto acontecer, estes conselhos
que ora venho trazer à Terra hão de ser recordados, procurados e seriamente
meditados por quantos tiverem a ventura de os possuir.
São conselhos que me foram
transmitidos por Nosso Senhor, semana após semana, com o elevado objetivo de
oferecer aos homens e mulheres deste século uma oportunidade a mais para o
encontro com sua própria felicidade, uma felicidade que procura os seres
humanos e que é por eles desprezada. E por quê? A resposta é muito fácil de
dar, mas talvez difícil de ser entendida. Necessário será remontar ao princípio
espiritual de cada um, para que todos possam recordar um pouco seu próprio
passado.
Assim é que, conforme tive
ocasião de referir em capítulo anterior, a lei da reencarnação, funcionando
desde os primórdios dos primórdios, tem facultado a todos os seres espirituais
a reencarnação sucessiva nas diversas regiões civilizadas da Terra, com o único
objetivo de adquirir, cada um pelo próprio esforço, a experiência e
adiantamento moral de que carece para atingir o grau evolutivo a que está
destinado, e ascender a mundos melhores. O mergulho na carne, porém, sendo
embora uma dura prova para o Espírito que nela se encontra, chega a empolgar de
tal maneira a quase totalidade, que a regra passou a ser o esquecimento total
de seus objetivos iniciais, terminando por se estagnarem quase todos ante as
vibrações inferiores da matéria. E o que sucede então, ao termo de cada uma
nova encarnação? Uma coisa demasiado triste para os guias e mentores espirituais
desta pobre humanidade. Aportam diariamente aos planos do Além, legiões e
legiões de almas que deixaram na Terra seus imprestáveis veículos carnais, mas
aportam em sua grande maioria em situação de causar dó.
Após uma nova existência
vivida exclusivamente no afã de ganhar o pão de cada dia e o supérfluo com o
máximo de preocupação, não lhes sobrou tempo para meditarem nos problemas da
vida espiritual, sendo que muitos nem permitem que certas boas almas que andam
espalhadas pela multidão, lhes falem de coisas tais, alegando que isso ficará
para mais tarde... para depois... quando tiverem de regressar.
Lamentável é que isso
aconteça, mas acontece realmente. E o resultado terá de ser constatado por cada
um pessoalmente, em seu próximo regresso ao mundo espiritual, porém já sem
remédio possível nessa ocasião. Tão fácil e tão agradável seria, no entanto, a
cada um dos seres humanos destinar alguns minutos diários, apenas alguns
minutos de suas vinte e quatro horas, para tratar dos interesses da alma... que
constituem, afinal de contas, os únicos motivos da reencarnação de cada um.
Mas, se considerarmos que
ainda se contesta, até com argumentos absurdos, a lei da reencarnação, no que
muito se empenham algumas correntes religiosas, havemos de concluir que o
atraso espiritual desta pobre humanidade ainda é maior do que se poderia
imaginar. Não obstante, a lei da reencarnação existe desde antes da formação da
Terra, e perdurará pelos milênios em fora, enquanto houver Espíritos em
evolução. Podem os homens contestar a pés juntos, como dizeis na Terra, a lei
da reencarnação, porque tal contestação não modifica de nenhum modo sua
finalidade. Os próprios que, por ignorância ou solércia, insistem em negá-la,
estão sendo por ela beneficiados, e aqui se encontram uma vez mais em virtude
dessa lei sábia e imutável.
Isto posto, que esperam os
homens e mulheres, para alcançarem a felicidade que em vão têm procurado
encontrar na Terra? Unicamente voltando suas mentes para Jesus e para Deus,
pedindo luz e entendimento para seus Espíritos, a fim de melhor poderem vencer
mais uma encarnação na Terra, e livrar-se, se possível, dos sofrimentos de toda
ordem que afetam a todas as almas encarnadas. Isto, irmãos meus; é tão fácil e
tão agradável, repito, que aqueles que desejarem experimentar, jamais deixarão
de fazê-lo. Nosso Senhor Jesus Cristo vem preparando há milênios um novo surto
de progresso para a Terra, o qual já deveria estar vigorando há muito tempo.
Não foi outro o objetivo de sua estada entre os homens há dois mil anos, senão
tentar convocá-los para o bem e o amor ao próximo, com sua luminosa presença em
carne e osso entre vós. Verificou com imenso pesar o nosso Divino Mestre, que o
endurecimento de muitos impedia a realização de seus imensos desejos de
implantar desde logo a nova civilização.
Regressando ao Espaço, Nosso
Senhor não descansou e não descansa um só instante, na preparação da Humanidade
para esse novo surto que agora se encontra muito próximo de vós. Poderei dizer
sem receio de erro que muitos homens e mulheres, ainda presenciarão a
implantação do novo surto de civilização na Terra. Tal sucederá como um fato
predeterminado, e sem possibilidade de adiamento, porque a Terra, por sua vez,
também já está cansada de suportar e alimentar em seu solo uma humanidade
recalcitrante, e por isso demasiado sofredora. E como a Terra, sendo embora um
planeta, também possui uma alma própria que necessita de evoluir, como
evoluíram numerosas outras que formam a grandiosidade de um sem-número de
outros planetas, a Terra já fez sentir às Forças do Bem que regem a vida em
todos os planetas do Universo, que chega de contemporização com estes bilhões
de seres humanos que persistem em usufruir-lhe os proventos dadivosos de seu
solo e de suas árvores, sem um mínimo de compensação em pensamentos de
reconhecimento e de amor.
A Terra, sim, irmãos meus,
está queixosa da vossa incrível ingratidão. Ela tudo vos oferece de graça: suas
águas cristalinas ou medicinais por toda parte; seus produtos alimentícios em
abundância ao vosso bel-prazer; frutos magníficos e das mais variadas espécies,
para vosso conforto e deleite; um sem-número de utilidades de que o solo
terreno é riquíssimo, desde os mais preciosos metais, tão úteis aos vossos
trabalhos e divertimentos; madeiras duríssimas para as vossas construções;
plantas em diversidades inumeráveis e ricas de substâncias medicinais
indispensáveis à saúde; alimento para os animais cuja companhia e utilidade vos
é absolutamente indispensável. E vós, o que dais à Terra em troca de tudo isso?
Apenas o desprezo, a ingratidão.
Assim, pois, se preferirdes
meditar sobre tudo quanto da Terra recebeis de graça, em vez de meditardes
sobre a grandiosidade da Providência Divina, podeis fazê-lo, porque, por
caminhos diferentes, chegareis ao mesmo resultado, esclarecendo numerosos fatos
que vos hão de parecer obscuros, mas que muito contribuirão para o
engrandecimento do vosso Espírito.
Este Espírito que assim vos
fala, é um dos viventes na Terra ao tempo da vinda de Jesus Nosso Senhor ao
Planeta, em corpo físico. Ouvindo acidentalmente uma de suas pregações, teve a
felicidade de sentir a verdade penetrar em seu coração, e resolveu seguir o
Senhor até à morte no topo do Calvário. Permanecendo na Terra, tudo fez ao seu
alcance pela propagação da maravilhosa doutrina de Jesus, consubstanciada no
amai-vos uns aos outros, e nunca mais, desde então, deixou de estar a serviço
da Grande Causa. E quero confessar-vos aqui com todo o meu devotamento a Jesus,
que a minha verdadeira felicidade começou naqueles tempos de há dois mil anos,
e daí para cá só tem aumentado, como aumenta constantemente o meu devotamento à
causa de Jesus na Terra, objeto destes conselhos que venho trazer-vos,
procurando despertar em vós aquele mesmo luminoso sentimento que a mim próprio
empolgou em tempos que longe vão.
Abri, pois, os vossos
corações à palavra de Jesus Nosso Senhor, irmãos queridos; vossa verdadeira felicidade,
a tranqüilidade e a paz de vossas consciências, o que vale dizer, dos vossos
Espíritos, está estreitamente relacionada com os vossos pensamentos, com as
vossas ações, com os vossos sinceros desejos de paz e harmonia espiritual.
Ouvi-me, pois, e orai
diariamente ao Senhor, porque dele recebereis algo mais do que pedirdes. Fazei
isto que eu me tornarei vosso fiador junto a Jesus, para que a paz espiritual
jamais se aparte de vós. É o que hoje vos oferece e cumprirá religiosamente o
vosso dedicado — Irmão Tomé.
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